Se existe algo que qualquer escriba-genial-ignorado-do-grande-público gostaria de escrever, é um livro sobre livros. Membro postiço do libelo de Nick Hornby, Frenesi... apresenta obras interessantes para apreciadores da literatura, sem floreios e meneios.
No livro foram reunidas 28 colunas que Hornby produziu para a revista The Believer, publicação dirigida por sinistro grupo de jovens de roupão branco fanáticos de direita. Entre os mimos literários estão Dickens, C. S. Lewis e coisas novas, quase todas escritas em língua inglesa.
É provável que a pop prosa de Hornby seja resultado das auto-impostas limitações idiomáticas. O autor de Alta Fidelidade pode até apreciar Mario Vargas Llosa ou José Saramago, mas decidiu escrever fácil, extremamente fácil. O que por um lado repopulariza os livros (eles estavam impopulares?), por outro causa a impressão de que as linguagens falada e escrita são homogeneizáveis. Mas o que é bom para a comunicação torna-se trágico para o sentido artístico da obra escrita.
Certas curiosidades são impagáveis, como saber que Richard Yates, o autor de Revolutionary World, serviu de modelo para Alton Benes, o pai de Elaine, de Seinfeld. Sim, você poderia passar sem essa informação. Mas sou fã de Seinfeld.
Livro: Frenesi Polissilábico
Autor: Nick Hornby
Editora: Rocco
Preço: R$ 33,00
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
São Paulo - Intelectuais como Susan Son tag , Noam Ch omsky e outros menos ilustres, provam que ainda existe opinião própria e lúcida na A...
-
Porto Velho - “A formação específica em cursos de jornalismo não é meio idôneo para evitar eventuais riscos à coletividade ou danos a terce...
-
Belo Horizonte - A PARTIR DE AMANHÃ MESMO começo a escrever sobre 50 CDs desaparecidos em 2001.
Sem comentários:
Enviar um comentário