O Brasil é lindo, mas o povo brasileiro sempre me pareceu um coletivo esquizofrênico, ao mesmo tempo cruel e bovino. Gente que elege Maluf, Afanásio, Anchieta e pastores loucos; que transforma rio em esgoto e joga lixo da janela do carro não é exatamente um ideal de sociedade. Mas nos últimos dias, assaltado por um orgulho inédito, o povo começa a entender o conceito de nação. Nas passeatas, professores e jornalistas protestam contra a PEC 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público. Jovens despertam do sonho do ópio do consumo e defendem uma sociedade menos corrupta. Mães levam filhos pra ensinar-lhes desde cedo que direitos sociais precisam estar acima das conveniências do poder. A nação brasileira é este monstro na rua, formado por brancos, pretos e índios, patricinhas, gays, funcionários públicos, estudantes, aposentados, prostitutas, religiosos e telespectadores. Um monstro que surge nos subterrâneos e faz milhares de desconhecidos cantarem juntos o Hino Nacional no metrô. Brasileiros com muito orgulho, com muito amor.
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quarta-feira, 19 de junho de 2013
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sexta-feira, 20 de agosto de 2004
Salve o Ministério Público
São Paulo - Entre as mais recentes contribuições do Judiciário para o crime em banda larga está a tentativa de reduzir os poderes de investigação do Ministério Público. Dois membros do Supremo Tribunal Federal já concordaram em limitar o trabalho de investigação do MP contra fraudes no Sistema Único de Saúde no Estado do Maranhão.
Um Ministério Público independente é fundamental para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais. A Justiça brasileira já contribuiu o suficiente com o crime organizado nos últimos anos, fornecendo pessoal especializado como os juízes Nicolau dos Santos Neto e João Carlos da Rocha Mattos. O primeiro comandou um esquema de superfaturamento nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo , deixando o prédio uns 50 milhões de Euros mais caro. Cumpre prisão domiciliar. Rocha Mattos negociava sentenças e livrava grandes criminosos da cadeia por quantias generosas e alguns eletroeletrônicos. Está preso e promete entregar mais bandidos de toga e distintivo.
A Transparência Brasil está coletando assinaturas contra a nefasta atitude do STF de limitar os poderes de investigação do Ministério Público. Leia o Manifesto e assine.
Um Ministério Público independente é fundamental para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais. A Justiça brasileira já contribuiu o suficiente com o crime organizado nos últimos anos, fornecendo pessoal especializado como os juízes Nicolau dos Santos Neto e João Carlos da Rocha Mattos. O primeiro comandou um esquema de superfaturamento nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo , deixando o prédio uns 50 milhões de Euros mais caro. Cumpre prisão domiciliar. Rocha Mattos negociava sentenças e livrava grandes criminosos da cadeia por quantias generosas e alguns eletroeletrônicos. Está preso e promete entregar mais bandidos de toga e distintivo.
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