quinta-feira, 27 de setembro de 2001

Ars Longa Vita Brevis

São Paulo - Converso com Marcelo Fortes da Silva via correio eletrônico sobre gnose, luxações, amputações, a velha turma, rock, Nova Iorque... Ele tergiversa à moda dos obscuros e obnubilados anos 80 dizendo que não está nem um pouco preocupado com o WTC.

- Você que é cosmopolita se importa com isso. Einstein disse: 'se houver uma terceira guerra mundial, nem imagino quais armas serão usadas, mas na quarta usaremos pedras e tacapes'.

- Marceleza, O que aconteceu em Nova Iorque foi uma mistura de política, religião (gnosis) e arte. O que me interessa muito.

Tudo o que é passado e presente confunde-se numa boa conversa entre amigos.

domingo, 23 de setembro de 2001

Letal

São Paulo - Pesquisa e escrita no laboratório da ECA. Sansaço físico e mental. Olhei pra cima. Vi um teto com lâmpadas fluorescentes que exercia com toda dignidade o seu papel de teto e pensei: nada como a tranquilidade de uma rede. Letal.

quarta-feira, 29 de agosto de 2001

Mensagem eletrônica

São Paulo -
Dear Avery verissimo,
Thank you for your e-mail and your interest in our seminar on Environmental Journalism. Unfortunately it is not possible to apply for this year's seminar. For this year seminar on Environmental Journalism we received more than 150 applications and the selection of the 20 participants was done. Yours sincerely,

Christina Winso



...e lá se vai minha chance de fazer um curso gratuito na Suécia.

terça-feira, 21 de agosto de 2001

Fogo amigo

São Paulo - Marcelo Fortes me saúda em pixels com falsa alegria, revelando linhas depois que levou um tiro, em acidente de trabalho. Leitura tenebrosa. Recupere-se logo, meu velho. Lembre-se da velha banda.

segunda-feira, 30 de julho de 2001

Da serenidade hamidiana

São Paulo -Teclo provocações a Nasser Hamid, enquanto ouço You can't always get what you want e ameaço ingressar no establishment, exercer meu quinhão de hipocrisia e fingir que está tudo bem com o mundo e com as pessoas, cumprindo meu papel no teatro social via concurso público.

A resposta dele: Fazer um concurso público não é acomodar-se ou mediocrizar-se, é uma opção inteligente de progredir e ajudar a sociedade; o serviço público do Brasil necessita de pessoas inteligentes e críticas. A mudança de sistema, meu caro, é parto difícil e dolorido da lenta evolução social. Nada mudaremos da noite para o dia, talvez, se tivermos sorte, levaremos uma ou duas décadas. Ando cansado e decepcionado, mas nunca desistirei. Nunca.

Quer saber? Ele tem razão.

domingo, 29 de julho de 2001

Na ECA

São Paulo - Com excesso de trabalhos acumulados, tento conseguir mais tempo em Jornalismo Literário Avançado.

- Posso entregar meu trabalho na próxima quinta-feira?, pergunto.

- Não dá. Estou embarcando em poucas horas para meu pós-doutorado no Canadá, responde o professor Edvaldo.

Correria.

Guerra fria