segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Vida de jornalista

Janet Jagan
Brasíia - Conheci alguns presidentes, brasileiros e estrangeiros (que entrevistei na língua deles), personagens da História apenas porque nós lhes garantimos um lugar nela.

Itamar Franco
Rafael Caldera
O mais educado foi Rafael Caldera. A mais vaselina, Janet Jagan. O mais assoberbado, Fernando Henrique Cardoso. O mais superestimado, Lula da Silva. O mais irritado, Hugo Chávez.

Porém, nada como o tratamento recebido em Belo Horizonte, em 2006: très chic, entro no salão recepcionado pelos Dragões da Inconfidência. Grande Itamar Franco.
Brasília - Numa época de super oferta de informação como a atual, o obscurantismo dos governos ainda é fato perturbador para pesquisadores e ativistas de todo o mundo. A disposição de manter em segredo números e ações espúrias de governos encontra no Brasil um locus ideal. Coisa que a greve de professores federais desmascara, ao revelar como é gasto o dinheiro público no Brasil.

Sabemos que metade do orçamentnto é usado para pagar dívidas com bancos e uma parte considerável vai para atividades que não trazem retorno nenhum (como os eventos esportivos que vêm aí). O Governo Dilma não quer gastar 6 por cento do orçamento com educação, mas doa graciosamente 10 bilhões de dólares para as falidas Grécia e Espanha. Isenta de impostos a poluente indústria automobilística e perdoa ruralistas que cometeram crimes ambientais. Enquanto isso, 300 mil servidores mobilizados aguardam negociar com um governo que não poderia estar mais à direita.

As tentativas de vencer o obscurantismo e dar mais transparência às ações de governos ditos democráticos terminam em situações escabrosas, como a do ciberativista Julian Assange, o australiano expulso da Suécia e com a cabeça a prêmio nos Estados Unidos por ter relevado documentos secretos da diplomacia do império. Assange agora é perseguido no Reino Unido, que desrespeita as leis internacionais ao sitiar a embaixada do Equador. A era da informação não pode mais conviver com esse tipo de brutalidade.

Pela wikileakização dos atos de todos os governos, já!!!

domingo, 19 de agosto de 2012

Brasília - De volta à cidade e ao Comando Nacional da Greve, reencontrando velhos amigos, perdendo outros. Aparelhos queimam em diferentes voltagens. Crianças crescem na escola, no parque, diante da tela. Minha mãe curte as netas. Na solidão dos inconformados, eu e meus filhos, espalhados por diferentes cidade. De novo. E de novo e de novo.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Manaus - Os professores da UFAM estão firmes em relação à greve. Aqui, como em todos os estados, um punhado de pelegos financiados pelo MEC distribui informação falsa sobre o fim da greve, mas não há nada parecido no horizonte.  

Pelo contrário, o abandono (depois negado em entrevistas) das negociações deixa o governo em situação vexatória. Após quase 80 dias de tergiversação, o governo do "Partido dos Tra  balhadores" ameaça de forma totalitária um movimento sindical legítimo.   O ANDES Sindicato Nacional é uma instituição absolutamente democrática. Todas as decisões são tomadas pela base. Acreditamos em educação de qualidade.

Nossa luta não é apenas por salários como o governo e a mídia pregam. É pela recuperação da universidade brasileira. Precisamos decidir agora se queremos mudar o Brasil para melhor ou não.   Aqui em Manaus, os colegas da UFAM decidiram encarar esse desafio. Daqui em diante, se é radicalismo que o governo quer, faremos a sua vontade.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Manaus - Ao interromper as negociações e ameaçar corte de salários dos docentes federais em greve, o governo (o poder é doce e estupefaciente) posiciona a bota no pescoço dos professores. Vergonha é pouco.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Manaus - Flavio Fachel: "O excesso de conteúdo atropela o jornalismo". De acordo. Mas o que me preocupa - enquanto consumidor e professor de jornalismo - é a falta de conteúdo, o que, no meu Estado, é a crise mais flagrante. Matérias de cunho institucional, fornecidas por assessorias abastecem todos os veículos. A crise é de pauta. Ou seja, de imaginação e de credibilidade. Comparar a imprensa de Roraima com a do Amazonas é covardia. 

terça-feira, 31 de julho de 2012

Seminário de Jornalismo da Amazônia

Manaus - Com um grupo de alunos da UFRR, chego a Manaus para o Seminário de Jornalismo da Amazônia. Mais do mesmo regional para quem já conhece o babado. Mas uma novidade irresistível para os estudantes, que encontram seus ídolos da reportagem na Rede Globo.

Guerra fria