sábado, 30 de dezembro de 2006

A vida e os limões

Porto Velho - Comprar peixe no Mercado Cai n'água, à beira do Rio Madeira, exige técnicas marroquinas de negociação, olhar de dona-de-casa, faro de gourmet.

O tambaqui pescado no rio, cuja carne sabe a todos os nutrientes da imensa Amazônia, é mais caro que os peixes criados em cativeiro, em que o amarelado da pele denuncia a ração.

Entre os melhores exemplos de verve mercantil está o Paixão, singelo vendedor de dourados (tinha, mas acabou) curimbas e tambaquis. "Aqui freguês compra o peixe e ganha o limão". A propaganda é tão boa que o freguês esquece os limões no final, eximindulgindo Paixão de qualquer crime.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

O Oeste

Porto Velho - O velho bandido me encarou com raiva, a barba mal-feita desenhando traços duros, pronto para sacar o colt. As portas do saloon bateram por causa do vento e um arbusto seco rolou pela rua. O sol se punha do lado esquerdo. Entre nós, apenas dez passos.

Epílogo
A poeira era tanta que deixava tudo ao redor avermelhado. A rua, as casas, tudo é vermelho.

sábado, 23 de dezembro de 2006

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Reacionário


Ver Pete Townshend na Rolling Stone apoiando o sionismo armado e George Bush; destratando fãs e detonando companheiros de banda (Roger Daltrey seria um não-sico e o falecido John Entwistle, um junkie dominado pela namorada) é prova que do artista devemos reverenciar apenas a obra. Pessoas são imperfeitas.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

sábado, 2 de dezembro de 2006

Belo Horizonte - Ele é o afeto e o presente, pois abriu a mansão ao inverno espumante e ao rumor do verão, ele que purificou a bebida e os alimentos, ele que é o charme dos lugares em fuga e a delícia super-humana das estações. Ele é o afeto e o futuro, a força e o amor que nós, pisando sobre ódios e tédios, vamos passar num céu de tempestades e bandeiras de êxtase.

Ele é o amor, na perfeita medida reinventada, razão maravilhosa e imprevisível, e a eternidade: adorável máquina de qualidades fatais. Sentimos o terror de sua concessão e da nossa: ó prazer de nossa saúde, élan de nossos sentidos, afeto egoísta e paixão por ele, ele que nos ama em sua vida infinita.


(Arthur Rimbaud, Iluminuras)

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

A ponte que sumiu

Belo Horizonte - Matéria do Jornal Hoje (TV GLobo) informa que "finalmente" uma ponte foi construída (com recursos do Banco do Brasil) sobre o Rio Orinoco, na Venezuela, uma revolução na logística do país, que antes dependia do transporte por balsa.

Mentira. Desde 6 de janeiro de 1967 há uma ponte na região, em Ciudad Bolívar. Cruzei-a várias vezes. Chama-se Puente Angostura e é uma belíssima obra de engenharia, totalmente desconhecida do repórter enviado à região.

O erro de informação é resultado da arrogância da emissora, que envia repórteres do Sudeste para cobrir matérias na Bolívia, Colômbia, Venezuela e outras regiões, sem nenhum conhecimento das filigranas regionais. Morar no Rio de Janeiro ou São Paulo não faz de um repórter especialista em política venezuelana. E, francamente, ouvir a opinião dos cidadãos sobre o Governo Chávez é muita falta de imaginação.

O jornalismo da Rede Globo é superficial porque valoriza quantidade mais que qualidade. A única exceção ainda é o Globo Repórter, que aprofunda mais os temas, embora a pauta nem sempre seja interessante. Ao repórter oferecemos a foto da ponte e alguns links para deixá-lo melhor informado sobre o país de Wilmer Walderrama. Quem?! Bom, se 30 anos de profissão são insuficientes para nutrir um jornalista de informações fundamentais sobre política e economia do continente, que dizer da cultura pop?

sábado, 4 de novembro de 2006

P2P não é crime

Belo Horizonte - Baixar músicas em sistemas de troca de arquivos não é crime, pelo menos para a juíza espanhola Paz Aldecoa, da cidade de Santander. Aldecoa absolveu esta semana um homem de 48 anos acusado de compartilhar músicas pela Internet e abriu um novo precedente na batalha entre gravadoras e usuários da rede. Leia mais.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Hiperliteratura, de graça, para as massas

Belo Horizonte - A revista eletrônica de micronarrativas é temática. O número 1 tratou dO Banal. O atual, dO Azul. Além de jovens talentos de Portugal, Espanha e Brasil, há criações gráficas de Margarida Delgado, Dionísio Leitão e Ana Oliveira. Bela foto de Margarida Delgado ilustra a capa.

Projeto editorial maduro, graficamente bem organizado, autores afiados, Minguante é literatura contemporânea em pixels. Muda-se o suporte, mantém-se a mensagem. Loas ao corpo editorial formado por Fernando Gomes , Henrique Manuel Bento Fialho, Luís N. e Margarida Delgado.

Todos os textos merecem leitura, mas aí vão duas dicas de cada país: Inmaculada Luna e Francis Vaz (Espanha), Sílvia Chueire e Márcia Maia ( Brasil) , Rui Almeida e Vitor Mateus (Portugal).

Nesta edição, um noir infame de minha autoria. Publique também.

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Na vitrola

Belo Horizonte - Hoje, do Paralamas.
Barry Adamson, que é sugestão do Israel Barros e toca com o Nick Cave. Sim, ele é uma bad seed.
OK Go, que é divertido, de arranjos interessantes e pouco juízo. Na linha Sha-Na-Na.
Jet, que é a nova salvação do rock n' rol, tipo se você detesta o rótulo, precisa lembrar de Justin Timberlake, Kevin Federline, Robbie Willians, Pussy Cat Dolls e James Blunt. Portanto, no contexto da indústria cultural, blá blá, blá, blá, blá.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Caricatura



Avery Veríssimo, por José Alves Neto.
Belo Horizonte, Outubro de 2006

Totem 2

Belo Horizonte - Numa cantina italiana, oito amigos discutem a vida pós-estouro da bolha da blogosfera. A discussão já dura uma hora e estamos num momento impreciso da cronologia, pois que no virtual esta frase tem a mesma (val)idade que esta e enquanto isso não se sabe mais com quem está a palavra. A mistura de discursos exige uma tomada de providência. Resolvo assumir a parada, embora sem nenhuma intenção de encerrar o assunto.

- Não, não, interrompi. Acho que vivemos algo parecido com a transição da literatura para o cinema e daí para a televisão. Da mesma forma que as pessoas passaram a ler menos com o audiovisual, o hipertexto passou a ser desprezado se se mantém apenas como texto. Os internautas deste século querem ver, ouvir. Viajar em sensações programadas, ser conduzidos pela grade de opções da rede, como telespectadores dos programas de domingo à tarde.

- É, mas isso não é de todo verdade, diz Leãdro Wojak. O cinema, por exemplo, já foi tido como destruidor da literatura, mas não conseguiu fazer isso, e nem era essa sua intenção. Assim como a televisão não destruiu o cinema. As mídias podem conviver umas com as outras, tranqüilamente.

- Sim, mas isso não explica a queda brutal de audiência do meu blog, ri Edgar Borges.

- É que você é um ciberdissidente, gargalha Vandré Fonseca, reconhecendo logo depois a própria condição de publicador bissexto.

- O problema é que a gente não ocupa bem esse território anárquico do ciberespaço. Nós temos que avançar, rapaziada, entrar de sola nas outras formas de sociabilidade, com áudio, vídeo e o escambau, propõe um empolgado Israel Barros.

- Rapaz, não tenho certeza disso. Falta afetividade. Em vários lugares a territorialidade é importante. E não falo só do Acre. Em Guarulhos, não há campanha na TV. A eleição se decide com santinho e cartazete na rua. Ao mesmo tempo, a política é exercida de forma cada vez menos territorial e mais virtual. Portanto acho que é a possibilidade de falar, isso mesmo, simplesmente falar, que vai garantir nossa sobrevivência, atesta um messiânico Maurício Bittencourt.

- Mas isso só aumenta a dispersão, avalia Nei Costa. A internet é um punhado de lixo, muitas vezes reciclado, a maior parte inútil. Garimpar algo bom é tão difícil quanto garimpar mesmo. Por isso é que temos de instigar o povo a assumir os media.

- Falas como um comunicólogo, meu caro. O que todos nesta mesa, de certa forma, são, observo.

- E o corporativismo, onde fica? Não é assim não, qualquer um metendo o bedelho na nossa mais-valia?, grita Rogério Christofoletti, posando de sindicalista radical.

- Ó pá, mas que diabos vocês estão a dizer? Blogue é edição. Blog é edição. Blogging is editing. Mesmo, Avery, que um bandalho como tu, armado em chico esperto na terra da pavórnia, venha a dizer o contrário. E peçamos algo para comer, decreta Luís Ene.

- Só se for agora, atalha Leãdro, ávido por umas saltenhas chilenas das que têm na Vila Madalena. Saltenhas!

- Chico Esperto, como é que é isso?

- É comida italiana, italiana, grita o Vicenzo.

- Então mande mais algumas biras, grita Edgar.

- Você não era assim, diz Nei.

- Ô vida dura.

domingo, 8 de outubro de 2006

Manifesto

Estão abolidas, a partir de agora, todas as novas idéias sobre como manter as coisas do jeito que estão.

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Lula x Alckmin

Belo Horizonte - E agora, votar em quem? Faça nos comentários sua sugestão para o segundo turno da eleição para presidente do Brasil.

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Desaparecidos XV, XVI, XVII e XVIII

Belo Horizonte - Perder discos dos Smiths é sempre doloroso. Se são LPs de vinil, a perda é maior. Especialmente quando estes estão entre os primeiros discos que você comprou.

The Smiths - O primeiro disco dos caras de Manchester é repleto de melancolia e cinismo pós-punk. Muita filosofia existencial, cinema e crimes. Da série de discos que salvaram nossas vidas.

Hatful of Hollow - Heaven knows i'm miserable now, How soon is now e Handome Devil estão entre as 50 melhores músicas que começam com a letra H. Tem ainda a mediterrânea Please Please Let Me Get What I Want e outras pérolas, como Girl Afraid e This charming man. Gravado parte no estúdio, parte ao vivo no programa John Peel com alta inspiração, Hatful of Hollow é o melhor disco da banda. Embora digam por aí que o melhor é o The Queen is Dead.

Meat is murder - Ainda não tinha esse, o terceiro, quando Nasser Hamid propôs trocar pelo recém-lançado Momentary Lapse of Reason, do Pink Floyd. Topei. O estranho terceiro disco tem coisas pouco executadas, mas não menos brilhantes, como Well i wonder, What She Said, That Joke Isn't Funny Anymore e Barbarism Begins at Home, além da música mais anti-açougue da história, Meat is Murder.

The queen is dead - Ela ainda está viva, mas sua majestade havia sofrido pouco nas mãos dos Sex Pistols. Faltavam algumas pancadas dos Smiths. Querido charles, você não anseia aparecer na primeira página do Daily mail vestido com o véu de noiva de sua mãe?, provoca Morrisey. No final dos 80, algumas garotas eram bigger than others. Lembra as idas da velha turma aos Cemetry Gates. Lembra quantas vezes acabamos a festa ouvindo I know it's over. Certas luzes nunca se apagam.

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Leio Cinzas do Norte, de Milton Hatoum

Belo Horizonte - Entre outras estórias, um artista que deixa a Amazônia para cumprir auto-exílio noutras plagas. Mais do que isso, um livro sobre amizade, arte, dramas familiares, sobre a morte, sobre destinos não-cumpridos, sobre natureza devastada, sobre natureza humana, sobre política. A narrativa original de Milton Hatoum permite que o retrato do inconformismo e da inadequação ganhe cores surpreendentes neste livro sobre o(s) desterro(s).

Algumas pessoas fazem o impossível para deixar seu lugar e às vezes vão longe demais.
(p. 160)

Pensei: todo ser humano em qualquer momento de sua vida devia ter algum lugar aonde ir. Não queria perambular para sempre... morrer sufocado em terra estrangeira. (p. 308)

Cinzas do Norte
Companhia das Letras
311 Páginas
R$ 41,00

O Onze

Belo Horizonte - Há cinco anos um grupo de estudantes de pós-graduação assistia, pela internet, aviões sendo lançados contra o World Trade Center e o Pentágono, no coração do Império Americano. O local: um dos laboratórios de informática da ECA-USP. Os estudantes eram, salvo engano, o autor deste blog, o cartunartista Marcelo D' Salete; o jornambientalista Alberto Gonçalves; o criador do Barata Elétrica, Derneval Cunha e Antônio Filho, excêntrico pesquisador do cinema de Carlos Prates Correia. Aplausos e apupos da turma socialista. Agora o império pensaria duas vezes antes de começar uma nova guerra? O tempo provaria que não. E onde estaria Leãdro Wojak em data tão simbólica?

Abraços, camaradas, aonde quer que estejam.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Desaparecidos (Cap. XIV)

Belo Horizonte - Gosto das veres de "Perfect Day", "Riptide" e "Busload of faith" contidas nesta Perfect Night in London, do mestre do new-journalism em versos, Lou Reed. Hoje toca em algum lugar de São Paulo, presa de algum receptador de CDs roubados.

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Leio Almanaque Anos 70, de Ana Maria Bahiana

Belo Horizonte - Parte de meu ralo conhecimento sobre cultura pop devo a Ana Maria Bahiana, que junto com José Emílio Rondeau, Alex Antunes, Thomas Pappon, Jean-Yves de Neufville, Marcel Plasse e outros escribas da Revista Bizz influenciaram significativamente o texto e as idéias da minha geração, nascida nos anos 70.

É desse período o Almanaque Anos 70 (R$ 49, Ediouro, 416 p.): os sons, as cores, a moda, a música, o cinema, a comida, os brinquedos, os móveis, os cheiros, os carros e a memorabilia de uma época de transformações sociais e tecnológicas, berço e nascedouro dos últimos literatti.

Se você foi criança nos anos 70, não pode perder. Se já era adulto, acenderá um incenso. Se não viveu os anos 70, vai aprender um bocado sobre aqueles tempos de cabelos compridos, boca-de-sino, discoteca, macrobiótica, cavalo-de-aço... Recomendo enfaticamente.

domingo, 27 de agosto de 2006

Post número 1000 (P2P)

Belo Horizonte - Há mash-ups improváveis na rede, como os que reúnem Gang of Four e 50 Cent; Black Eyed Peas e Traveling Wilburys; The Clash e Gwen Stefani; Crosby, Stills, Nash & Young e Moby (participação de Public Enemy); Jimi Hendrix e Brk, Simon & Garfunkel e Depeche Mode, Snoop Dogg e Queen...

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Minguante

Belo Horizonte - Projeto coletivo dos blogueiros-escritores Luís Ene, Fernando Gomes, Henrique Fialho e Margarida Delgado, Minguante é revista de micro-narrativas com textos de escribas portugueses, brasileiros e espanhóis, em conceitual salada literária ibérica. Contém banalidades heréticas do autor destas e-pístolas. Minguante já está disponível aqui.

terça-feira, 22 de agosto de 2006

A incrível história do Bebê-Monstro de Sete Lagoas contra a Banda Calypso

Belo Horizonte - Jornal popular de BH publicou matéria interessante: um bebê-monstro (com três olhos e muitos dentes) teria nascido num hospital em Sete Lagoas. O hospital não confirma, nem médicos e enfermeiros. Os pais não foram localizados. Cientistas não foram ouvidos. E o ilustre recém-nascido não virou atração apenas por sua constituição física. Chamado de feio no momento do nascimento, o triclope teria respondido: "Feio é o que vai acontecer hoje à noite no show da Banda Calypso". Dizem que os dançarinos parenses amargaram prejuízo no show de Sete Lagoas. Faltou energia, etc.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Cassação em vista

Eis a lista de parlamentares de Minas Gerais envolvidos no escândalo de superfaturamento na compra de ambulâncias.



Cabo Júlio (PMDB-MG)


Cleuber Carneiro (PTB-MG)



Isaias Silvestre (PSB-MG)



João Magalhães (PMDB-MG)



José Militão (PTB-MG)


Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG)


Osmanio Pereira (PTB-MG)


Saraiva Felipe (PMDB-MG) Belo Horizonte -

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Da guerra e males duradouros

Belo Horizonte - Não dá mais pra disfarçar. Algo muito grave acontece no norte da África. E não se trata de mero alarmismo. Israel ocupa o Líbano em ato calculado de expansionismo (apoiado pelo Império Americano), realizado logo após a saída das tropas sírias. Se a invasão do Líbano unir os estados árabes contra o enclave israelense, teremos uma guerra de grandes proporções no Oriente Médio.

Dona ONU, que se preocupa muito com causas humanitárias, fez um protesto formal contra um míssil jogado no mar pela Coréia do Norte. Um simples míssil. Mas nenhuma menção à destruição da infra-estrutura e dos habitantes do Líbano. Até quando os mansos Irã, Egito, Líbia e Síria suportarão o massacre?

sexta-feira, 28 de julho de 2006

Impressões pessoais

Belo Horizonte - Piercings na úvula, máfia das sanguessugas, censura chinesa, hospitais do Hiszbollah, Carolina Cascão, MST, diploma de jornalista, línguas bovinas imensas, propaganda de cachaça, jogos de futebol transmitidos pela TV Globo, FASCISMO.

sábado, 15 de julho de 2006

Mário Wander Nascimento (1970-2006)

Belo Horizonte - Amigo, compadre, parceiro de bandas e de aventuras, agitador cultural, multiinstrumentista, bibliófilo,  professor e historiador Mário Wander Nascimento (à direita na foto de Orib Ziedson), morreu hoje em Porto Alegre, de meningite (infecção hospitalar contraída no Hospital após a retirada de um aneurismo).
Deixa a mulher, Marta e os filhos Fernando e Muriel. Mário partiu cedo demais, cancelando nossos planos de reunir a velha banda, gravar um CD desterritorializado, com bases gravadas em Belo Horizonte e no Sul. É revoltante saber que num país arruinado por uma saúde pública porca, jovens educadores sejam arrancados da vida prematuramente. Mário será enterrado em Roraima, onde nasceu.

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Estado de terror

Belo Horizonte - Absolutamente condenável o massacre que Israel promove na Palestina. A matança de inocentes e a destruição de universidades e hospitais (terrorismo de Estado) não ressuscita os mortos em atentados. Destruir a infraestrutura dos territórios palestinos não garante a segurança dos soldados israelenses seqüestrados. Violência gera violência.

terça-feira, 11 de julho de 2006

Shine on, crazy diamond



Belo Horizonte
- O baterista do Pink Floyd morreu.
- O quê?!
- Deu no jornal agora.
- Mulher, o Nick Mason não pode ter morrido.
- Acho que foi o baixista, então.
- O Roger Waters?!
- Não sei, não lembro.

Corro ao ecrã à procura da notícia, torcendo para que não tenha sido Mason, que deu pistas recentes sobre uma última turnê do Pink Floyd. Mas o morto era Syd Barrett, o genial fundador da banda, vítima de esquizofrenia e aposentado desde 1989. Meio morto desde as primeiras crises, em 1968, Barrett transformou o rock n' roll para sempre aos 23 anos. Segue na jornada histórica com Jimi Hendrix, John Entwistle e Miles Davis.

sexta-feira, 7 de julho de 2006

domingo, 2 de julho de 2006

sábado, 1 de julho de 2006

Se

Belo Horizonte - Se você não lê livros
Se você gosta de propaganda de cerveja
Se você compra abadá de carnaval pagando em 12 vezes
Se você não perde uma micareta
Se você gostou de "Dois filhos de Francisco"
Se você admira o Galvão Bueno
Se você tem adesivos no carro do tipo "Rastreado por mulheres"
Se você é fanático por qualquer coisa
Se você acha que Tati Quebra Barraco lidera o novo feminismo
Se você curte rodeios
Se você usa shorts curtos com salto alto
Se você acha que Internet só serve pra copiar trabalhos escolares
Se você acha que e-mail só serve para enviar piadas e correntes
Se você usa camisa aberta e tem cordões pendurados no pescoço
Se você curte hip-hop-gangsta-imbecil-de-carrões-e-mulheres-fáceis
Se você vota no PFL, PRONA e PP
Se você tem anões de jardim
Se você se inscreve no Big Brother Brasil
Se você acha o resultado mais importante que jogar bonito
Por favor, não leia este blog.

Déjà vu

Belo Horizonte - França elimina o Brasil da Copa do Mundo. Em campo, apatia e reverência. O axioma "somente um idiota jamais muda de idéia" cabe bem ao técnico da Seleção Brasileira.

sexta-feira, 30 de junho de 2006

Uzalemão

Belo Horizonte - A Argentina perdeu a chance de chegar ao tricampeonato mundial por dois erros nos pênaltis. Pena. No Brasil, torcedores obtusos comemoram a derrota do rival sul-americano, mas esquecem que somente times europeus permanecem nas últimas fases da Copa do Mundo. A Alemanha pode, se vencer a Itália (caso esta vença a Ucrânia, daqui a pouco) colocar mais uma estrela no uniforme. Se o ataque brasileiro continuar dependendo do lento Adriano, vem aí mais um tetracampeão.

sexta-feira, 23 de junho de 2006

La canción de Cat Dog

Belo Horizonte - Un buen dia, con un guau y un miau,
Un bebe nos desconcerto.
No era un buitre ni un lobo feroz
Solo un perro y gato llamado CatDog

¡CatDog! ¡CatDog!
¡solito en el mundo vive el pobre CatDog!


En cada esquina y por toda la ciudad,
El pobre CatDog siempre alerta esta.
Sus enemigos tiene mala intencion,
Pero siempre canta esta cancion.

!CatDog! !CatDog!
¡solito en el mundo vive el pobre CatDog!


CatDog's Song

One fine day there was a woof and a purr
a baby was born and it caused a little stir
No blue buzzard, no three eyed frog
Just a feline/canine little CatDog

CatDog! CatDog!
Alone in the world is the little CatDog!

Out on the road or back in town
All kind of critters putting CatDog down
Gotta rise above it, gotta try to get along
Gotta walk together, gotta sing this song

CatDog! CatDog!
Alone in the world is the little CatDog!

CatDog! CatDog!
Alone in the world is the little CatDog!

Uma canção

Belo Horizonte - Tema do CatDog

Um bebê tão lindo ao nascer
Fez o mundo inteiro se surpreender
Por que era uma aberração
Coitadinho do pobre CatDog, irmão

CatDog! CatDog!
Sozinho no mundo o amigo Catdog!

Se tentar vai desistir
Pegar Catdog ninguém vai conseguir
A melhor maneira de estar com o amigão
É a gente se unir e cantar esta canção

CatDog! CatDog!
Sozinho no mundo o amigo Catdog!

quinta-feira, 22 de junho de 2006

A frase

Belo Horizonte - Infelizmente, temos que nos contentar em assistir a apenas um excelente jogador de meio-campo, e não ao genial reinventor do futebol. Pena! A Copa fica menos alegre.

Tostão, na Folha de São Paulo de hoje, sobre Ronaldinho.

Hoje tem jogo do Brasil

Belo Horizonte - Prepare-se, caro técnico-torcedor, para passar muita raiva com a escalação, o esquema tático e o revoltante pragmatismo do professor pé de uva.

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Argentina

Belo Horizonte - A Holanda é um tabu portenho. A Argentina só obteve uma vitória sobre o time laranja, na final de 1078. Perdeu e empatou mais, na história das copas. Hoje manteve a tradição no insosso zero a zero. Costa do Marfim (3) e Sérvia e Montenegro (2) era oão melhor na ESPN2.

sexta-feira, 16 de junho de 2006

Argentina

Belo Horizonte - Depois de golear Sérvia e Montenegro (6 a 0), a Argentina quer ser campeã da Copa 2006. O time sabe dar espetáculo. Podia fazer a final contra o Brasil, porque joga criativamente. Se o país do quadrado trágico for desclassificado, torço pelo tricampeonato dos argentinos. Antes premiar o bom futebol que ver Alemanha ou Itália ameaçando nossa liderança no ludopédio.

Bloom!

Belo Horizonte - Hoje é dia de flanar até Dublin (tem um barzinho com esse nome em Santa Tetesa ou na Savassi)

Guerra fria