quarta-feira, 28 de março de 2018

Would you let they kill them all?

Resultado de imagem para lula
Lula da Silva: who wants him dead?
Brazil's former presidente Lula da Silva and his fellows of PT (Partido dos Trabalhadores) were attacked by shots in Paraná, yesterday. Lula was travelling in nearby of Curitiba, where the coup was developed in its judiciary dimension.

"We have three identical buses and several cars. A bus was hit and it could be President Lula's bus. This is a political attack on an escalation of political violence that is taking place in Brazil", said congressist Maria do Rosário.

They killed Marielle Franco. 

They're trying to kill Lula da Silva. 

Would you let they kill them all?

terça-feira, 27 de março de 2018

Gunshots hit two buses in a caravan for former President Lula da Silva (NYT)

Gunshots hit two buses in a caravan for former President Luiz Inacio Lula da Silva's campaign tour in southern Brazil on Tuesday, officials in his Worker's Party said. No one was hurt.

Da Silva wasn't in either of the two buses, which were carrying guests and journalists, da Silva spokesman Jose Crispiniano said.

Da Silva has been traveling around southern Brazil to rally support for another presidential run in October. But the former president has been convicted of corruption, and it looks increasingly likely that he will be jailed and barred from contesting the election.

domingo, 25 de março de 2018

Copy cat or cop buddy? The Mechanism as a José Padilha's self-portrait

Resultado de imagem para jose padilha
The brazilian serie The Mechanism (Netflix), directed by José Padilha have a nice cast, good budget, careful production and relative creative freedom in these times when entertainment industry is becoming younger, reckeless and empty. To satisfy this industry, many works are mischaracterized. Characters change country, gender and profession; a pet that was not in the script could emerge as deus ex machina. Stereotypes of amorality and violence illustrates southern americans.And for that, Padilha is the right guy.
For some artists, dignity is not negotiable. For others, the control is bearable, OK, we add the dog. There is also a third group that portrays their own culture with platitudes of a north-american look. The effort for the colonizer's approval is paid in a closed-door meeting, where the terms of Mephistopheles are accepted one by one. Minutes later, a gorgeous filmmaker crosses the waiting room, filled with candidates for the pantheon, with a smile on his face.

José Padilha has expertise in Mondo Cane. Doesn’t have the literacy of Paulo Lins, the crudity of Peckimpah, the verve of Loach or the aesthetics of Tarantino. But intents to transforms violent TV shows in movies. He loves crimes and heroes, but especially crimes. His heroes are lawyers and policemen who act as templars of the authoritarian state on a divine mission. They live on the edge of reason, and this distemper is considered human complexity.
But there is no complexity in Padilha’s world. His dissatisfaction with “a corrupted system” doesn’t allow he thinks about the system itself. That is why the apologetic The Mechanism is based on books with titles like the megalomanous “Judge Sérgio Moro and the backstage of the operation that shook Brazil” (Vladimir Netto) and the forgetable “The fight against corruption: Lava Jato and the future of a country marked by impunity” (Deltan Dallagnol).
There are few technical defects in José Padilha's works. The locations and technical staff are fine, but the result is oblivion: his movies are functional and ideological, in a poor and violent universe of ruthless drug dealers, powerful businessmen, robotized cops and robot cops with incendiary and nihilistic speech. Average movies for average guys.
The Mechanism is juts like that. A revenge against left politicians that makes him more an internet hater than a film maker. His full-of-rage sub-elite manifests follow goebbelian paths that threatens society and arts in general and amuses a plethora of increasing fascists groups wich hate poors. 
He is a man of his time, knows himself as replaceable and will surf the conservative wave long as he can, enhancing hate and compromizing his artistic survival with a bunch of lies that makes The Mechanism a big fiasco. Time will tell if his raging manifest will generate more reflection than entertainment.

sábado, 24 de março de 2018

O Incendiário

A série brasileira O Mecanismo (Netflix) dirigida por José Padilha com os excelentes Selton Mello e Enrique Diaz, pode orgulhar-se do elenco, do orçamento gordo, da produção esmerada e da relativa liberdade criativa num momento em que a indústria do entretenimento torna-se refém de um público cada vez mais jovem e exigente.

Para atender à indústria, muitas obras são descaracterizadas. Personagens mudam de país, gênero e profissão; um animal de estimação que não estava no roteiro pode surgir como deus ex machina. Estereótipos de amoralidade, violência e brejeirice que ilustram o imaginário norte-americano sobre seus vizinhos do sul são contemplados.

É preciso despir-se de orgulho e vaidade. É preciso despir-se.

Para alguns artistas, a dignidade não é negociável. Para outros, o controle é suportável, OK,  acrescentamos o cão. Há ainda um terceiro grupo que retrata a própria cultura com platitudes do olhar norte-americano. O esforço pela aprovação do colonizador é compensado numa reunião a portas fechadas, onde os termos de Mefistófeles são aceitos um a um. Minutos depois, um faustoso cineasta atravessa a sala de espera repleta de candidatos ao panteão com um sorriso no rosto.

José Padilha é um especialista em mondo cane. Não tem a literacia de Paulo Lins, a crueza de Peckimpah, a verve de Loach ou a estética de Tarantino, mas consegue tornar programas de TV policialescos em linguagem de cinema. Seus heróis são advogados e policiais que agem como templários do estado autoritário, em missão divina. Vivem no limite da razão e esse destempero é vendido como resultado da complexidade humana.

Mas não há complexidade no cinema de Padilha. Sua insatisfação é com o "sistema corrompido", não com o sistema em si. Por isso a apologética O Mecanismo baseia-se em "Lava Jato: o juiz Sérgio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil. O livro de Vladimir Netto integra a Cesta de Leituras do MBL, um conjunto de escritos produzido na esteira do golpe com palavras-chave e títulos longos para leitores sem tempo de ler. Entre estes destacam-se "Operação Lava Lula" (Adib Abdouni), "O jogo sujo da corrupção" (Luiz Flávio Gomes) e o melhor de todos: "A luta contra a corrupção: a Lava Jato e o futuro de um país marcado pela impunidade", de Deltan Dallagnol.

Há poucos defeitos técnicos nas obras de José Padilha. As locações são excelentes e a equipe técnica é competente, mas o resultado é funcional e ideológico, num universo que vai de traficantes impiedosos a empresários poderosos e de policiais robôs a robôs policiais, num discurso incendiário e niilista. Average movies for average guys.

Vista a obra, percebe-se que o grande adversário de José Padilha é a esquerda, especificamente o PT, terceiro partido citado numa lista do doleiro de Enrique Diaz, logo após PMDB e PSDB. Causa a impressão de que a corrupção será discutida em suas origens, mas a falsa isenção dura pouco. Logo depois surgem as caricaturas de Lula da Silva e Dilma Rousseff como políticos ávidos por dinheiro, impiedosos com trabalhadores que pagam impostos. Gênios do mal que desafiam os herois de toga e colete.

Padilha sabe manipular o ódio deste brasileiro neo-politizado e "anti-corrupção" com resultados de Jornal Nacional. Para isso, vale colocar na boca de Lula uma frase de Romero Jucá: "estancar a sangria". Defende o orquestrador do golpe e acusa o PT na mesma cena. Quase brilhante. O casuísmo de produzir uma série no calor da investigação revela a sede de vingança de Padilha. extravasada em herois sombrios, reativos e feitos de aço. Líderes ideais para o hater brasileiro que leva a cruz numa mão, a espada na outra e não carrega um livro porque ninguém tem três mãos.

A criminalização da esquerda e a defesa de uma sub-elite raivosa manifesta em seus filmes revelam a opção por um caminho goebbeliano que ameaça a sociedade e as artes. Socialmente excludente, o cinema de Padilha é bem-vindo em tempos de crescente fascismo. Ele é um homem do seu tempo, sabe-se substituível e surfará a onda conservadora enquanto ela se sustentar. Mas não há redenção ou temperança na obra padilhesca que indiquem sua sobrevivência artística. O tempo dirá se o libelo policialesco que inaugurou em Tropa de Elite produziu mais reflexão que entretenimento.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Would they kill them all?

Resultado de imagem para marielle franco
The politician Marielle Franco was shot by Policia Federal bullets
The fascist swelling in Brazil is loud and clear, but international community didn't turn its concern into concrete actions.

Meanwhile, an abject elite supported by think tanks, plants hate speeches among a certain indebted racist under-schooling middle class. A plethora of liberals, small traders, conservative youth and government servants, believers in  the most popular and illusory brazilian dream: be accepted by the elite.

A week after the killing of Marielle Franco and Anderson Pedro by Federal Police's bullets in Rio de Janeiro, another brazilian activist was attacked by shots in Alter do Chão. Raoni Valle is archeologist and antropologist. As many other friends related to science, arts and politics in Brazil, struggles for social rights in a harmful place.

Nobody knows who's next.

Guerra fria