sábado, 18 de agosto de 2018

Venezuelanos sofrem ataques xenófobos no Brasil

O título eufemiza a barbárie, mas as imagens mostram um caso explícito de xenofobia e violência contra venezuelanos em Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela. Revoltados com um homicídio atribuído a um venezuelano, moradores queimaram roupas e objetos de refugiados da fome e desemprego que o bloqueio comercial norte-americano impõe à Venezuela.

Milhares de brasileiros num passado bem recente tiveram a vida transformada por minerais preciosos e oportunidades de negócios oferecidos pela Venezuela. Moradores de Roraima aproveitavam os preços subsidiados pelo governo boliviariano e compravam de tudo com a empáfia, a ostentação e a arrogância que nos são conhecidas.

As coisas mudaram. A Venezuela já não oferece as mesmas oportunidades de lucro fácil. Para quem perdeu vantagens econômicas que nunca teve direito - o subsídio era para o povo venezuelano - a decepção aumenta quando se percebe que a Venezuela "envia" seus "miseráveis prostitutas comunistas" para uma sociedade ordeira, cristã, pela família e pelas armas.

Poderia dizer que o desconhecimento da História, mesmo da mais recente, explica a falta de diplomacia e fraternidade, mas o conceito de bom senso não pode ser exigido ao povo quando a barbárie começa nos centros de poder e de comunicação. A criação de um ambiente inóspito para refugiados haitianos, venezuelanos, africanos e do oriente-médio é potencializada por discursos xenófobos em todas as redes de comunicação.

Ao mesmo tempo, a imigração europeia é isenta de críticas. O Brasil adora imigrantes, desde que sejam brancos e ajudem a "clarear" a pele do brasileiro como se tenta há 100 anos.

Pressionadas pela imigração, comunismo, laicismo e outros medos primais, as milícias fascistas se multiplicam em Roraima apoiadas por defensores da ditadura militar e Jair Bolsonaro. Já cometeram diversos crimes, como atentados a bomba, esfaqueamentos e espancamentos de venezuelanos. Não se tem notícia de punição ou investigação a respeito.

A colaboração da Polícia (que não impediu a violência contra os venezuelanos) não causa surpresa. Junto com o processo eleitoral suspeito, o judiciário venal e o ódio aos pobres, a omissão estratégica da Polícia integra um conjunto de ações deliberadas que visam à constituição de uma nação isolada e em acelerado retrocesso. As sementes de um estado autoritário foram lançadas. Germinarão?

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

UN warns Brazil

Early today the UN Human Rights Comittee has requested Brazil for assure safety and avoid violations of human rights and political rights of Luís Inácio Lula da Silva, who runs for president of Brazil, jailed for four months on unproven corruption charges.

The UN pointed vices in the lawsuit conducted by Judge Sérgio Moro, who likes to appears in social photos with Lula's political opponents.

The UN reprimand comes days after Interpol refused to comply an arrest warrant issued by Sérgio Moro. For lack of evidence. As a house of cards, the coup d'etat in Brazil reveals itself in all its splendor.

Hoje a Comissão de Direitos da ONU censurou o Brasil por violações aos direitos humanos e direitos políticos de Luís Inácio Lula da Silva, candidato a presidente do Brasil que lidera as pesquisas e está preso há quatro meses por acusações de corrupção e lavagem de dinheiro nunca provadas.

A ONU apontou vícios no processo conduzido pelo juiz Sérgio Moro, que costuma aparecer em redes sociais a confraternizar com os adversários políticos de Lula.

A reprimenda da ONU acontece dias depois da Interpol negar-se a cumprir mandado de prisão expedido por Sérgio Moro. Por falta de evidências. Como  um castelo de cartas que rui, o golpe branco no Brasil revela-se em todo o seu esplendor.

Guerra fria