quarta-feira, 14 de março de 2007

Jornalista: profissão ameaçada

Boa Vista -

A lei que regulamenta a profissão dos jornalistas no Brasil é constitucional e é esse o posicionamento que a FENAJ espera do Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda vai decidir sobre a validade da exigência do diploma de curso superior para o exercício do Jornalismo. A FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas de todo o país estão confiantes de que a regulamentação da profissão será reconhecida pelos ministros do STF no julgamento do mérito da questão.

No dia 6 de março, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) baixou a Portaria 22/2007, restabelecendo os registros de precários. Tal medida já era prevista e esperada, em função da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro do ano passado, que acatou uma medida cautelar proposta pela Procuradoria Geral da República.

No julgamento de questões de mérito, a única decisão desfavorável aos jornslistas profissionais foi a proferida pela juíza Karla Rister, em 2001. E tal decisão deverá ser reformada no julgamento do recurso extraordinário que se encontra no STF, como o foi na decisão unânime da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em 2005.

Os ataques sistemáticos contra a regulamentação da profissão, a formação específica em Jornalismo e o diploma só interessam àqueles que querem arrochar a categoria, pouco se importando com a qualidade da informação. O argumento de que a exigência da formação superior para o exercício profissional do Jornalismo cerceia a liberdade de expressão e o direito da sociedade à informação é frágil, inconsistente. É uma muleta para aqueles que querem, deliberadamente, distorcer a realidade.

Consistente, sim, foi a conclusão do TRF da 3a Região: “a exigência de formação em curso superior confere maior controle de qualidade na divulgação das notícias e das opiniões públicas não ferindo direito de liberdade de expressão e de profissão”.

É com o objetivo de vê-la reafirmada que, na semana passada, a coordenação do movimento em defesa do diploma lançou seu calendário de lutas para o próximo período. Os mais de 60 mil jornalistas brasileiros não podem ficar apenas aguardando uma manifestação definitiva da Justiça. A FENAJ e os 31 Sindicatos de Jornalistas conclamam a categoria a ampliar o vigor desta luta e denunciar à sociedade os interesses escusos dos grandes grupos de comunicação, principais interessados na desregulamentação da profissão e no fim do requisito do diploma para o exercício do Jornalismo.

Publicado no sítio da Fenaj


segunda-feira, 5 de março de 2007

Banda estreita

Boa Vista -
Se tivesse nascido 700 anos depois, Dante Alighieri teria criado na sua Divina Comédia um décimo círculo para o Inferno: o da conexão discada.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Casa nova

Boa Vista - Mais de mil posts depois, deixamos este endereço para inaugurar domínio próprio. Para acessar e-pístolas 2.0, clique aqui.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Busca Vida

Boa Vista - Quem chega do sul do Brasil pode se surpreender com este lugar. A cidade é plana, de ruas largas e limpas. De dia é bonita, verde e quente. À noite, a iluminação reproduz o dia. Tem praças e áreas verdes exageradamente. O trânsito ainda não causa problemas e as ruas são bem sinalizadas. Se um pedestre pisa a faixa, os carros param e esperam que ele atravesse.

As escolas preferidas ainda são as públicas, construídas com arquitetura que favorece a iluminação e a circulação dos ventos alíseos, que arrefecem o calor. A cidade tem universidade indígena e culinária idem. Tem franquias de fast food, mas continua com o mesmo único cinema.

Boa Vista é um balneário permanente, com a vantagem de não precisar de chuveiro para tirar o sal. Muitas praias. Boa Vista (250 mil habitantes) tem casas com quintais e pode-se cruzar a cidade em 15 minutos ou sair do país de carro e voltar no mesmo dia.

PS: A internet, claro, é discada.

Busca Vida

Boa Vista - Quem chega do Sudeste do Brasil pode se surpreender com este lugar. A cidade é plana, de ruas largas e limpas. De dia é bonita, verde e quente. À noite, a iluminação reproduz o dia. Tem praças e áreas verdes exageradamente. O trânsito é mínimo, as ruas bem sinalizadas. Se um pedestre pisa a faixa, todos os carros param e esperam que ele alcance a calçada. A cidade tem universidade indígena e culinária idem. Tem franquias de fast food, mas continua com o mesmo único cinema. Boa Vista é um balneário permanente, com rios limpos e muitas praias. Em seis anos este blog foi atualizado de diversas cidades pelo Brasil. Cada uma ensinou um tanto sobre a humanidade e sobre a urbe. Ao escolher Boa Vista (250 mil habitantes) para viver, optamos por qualidade de vida, churrascos e filmes. PS: A internet, claro, é discada

PS: A internet, claro, é discada

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

In the jungle


Manaus - Vivo um
inesperado caso
de amor com
esta cidade, como se
a antipatia do passado
fosse lavada com
a chuva fina.
Estamos ficando.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

A solução (?)

Porto Velho - Duas hidrelétricas que fornecerão energia para o Acre e para o Centro-Oeste são tidas como a solução para os problemas sócio-econômicos de Rondônia. Como se décadas de políticas públicas equivocadas pudessem ser esquecidas ou consertadas com o desaparecimento da Cachoeira do Teotônio e a promessa de sanear parte da capital. E viva as parcerias público-privadas!

sábado, 30 de dezembro de 2006

A vida e os limões

Porto Velho - Comprar peixe no Mercado Cai n'água, à beira do Rio Madeira, exige técnicas marroquinas de negociação, olhar de dona-de-casa, faro de gourmet.

O tambaqui pescado no rio, cuja carne sabe a todos os nutrientes da imensa Amazônia, é mais caro que os peixes criados em cativeiro, em que o amarelado da pele denuncia a ração.

Entre os melhores exemplos de verve mercantil está o Paixão, singelo vendedor de dourados (tinha, mas acabou) curimbas e tambaquis. "Aqui freguês compra o peixe e ganha o limão". A propaganda é tão boa que o freguês esquece os limões no final, eximindulgindo Paixão de qualquer crime.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

O Oeste

Porto Velho - O velho bandido me encarou com raiva, a barba mal-feita desenhando traços duros, pronto para sacar o colt. As portas do saloon bateram por causa do vento e um arbusto seco rolou pela rua. O sol se punha do lado esquerdo. Entre nós, apenas dez passos.

Epílogo
A poeira era tanta que deixava tudo ao redor avermelhado. A rua, as casas, tudo é vermelho.

sábado, 23 de dezembro de 2006

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Guerra fria