Por falar em passado, há coisas que precisam ser ditas sobre o filme "Homem-Aranha", aproveitando que já escreveram tudo o que havia para escrever sobre a super-produção: Não gostei. Pode me chamar de extremista e radical. De insensível à fotografia, este lugar-comum da crítica básica. De saudosista dos quadrinhos ou o que for. Tobey Maguire é insípido, muito diferente do Peter Parker espirituoso que cresceu em ambiente familiar tradicional e é cidadão comum, extrovertido e bem-humorado. Maguire tenta fazer um tipo nerd que se pretende outsider deprê e não convence.
Os Osborns estão absolutamente fora do padrão físico original, que é cabelo crespo e escuro. Mary Jane é rasa: não há complexidade na personagem como nos quadrinhos, em que MJ é mais intrigante, mais misteriosa. O sentido de aranha só funcionou uma vez, o que é absurdo, e é um dos poucos efeitos dgnos de nota. Quanto aos outros, estão muito mal finalizados, e comprometem a verossimilhança do vôo da aranha entre os arranha-céus.
Pra terminar, acho que ainda está por vir "o grande filme" sobre o Homem-Aranha.
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segunda-feira, 19 de agosto de 2002
sexta-feira, 16 de agosto de 2002
Ensaio sobre a Visão
Sidênia escreveu um artigo super bacana para o filme Janela da Alma - Um filme sobre o Olhar, de João Jardim no site Mnemocine.
Um trecho:
O olhar humano é metáfora da intervenção, podemos escolher a forma de como olhar para o real ou quando não temos essa escolha, a própria limitação irá criar outras estratégias de construção do real.
Um trecho:
O olhar humano é metáfora da intervenção, podemos escolher a forma de como olhar para o real ou quando não temos essa escolha, a própria limitação irá criar outras estratégias de construção do real.
terça-feira, 6 de agosto de 2002
Festa no Iraque
São Paulo - Saddam é um cara batuta.
Desta vez convidou os congressistas americanos a visitarem suas instalações secretas. Aquelas onde Bush 2 tem certeza, estão fabricando armas de destruição em massa.
Para Bush 2 é importante manter a patente sobre armas tão perigosas. Quem melhor para proteger a humanidade do perigo das armas biológicas e nucleares que os inventores da bomba atômica e do antrax?
É muito cinema na cabeça de Bush 2. Reagan na cabeça.
Desta vez convidou os congressistas americanos a visitarem suas instalações secretas. Aquelas onde Bush 2 tem certeza, estão fabricando armas de destruição em massa.
Para Bush 2 é importante manter a patente sobre armas tão perigosas. Quem melhor para proteger a humanidade do perigo das armas biológicas e nucleares que os inventores da bomba atômica e do antrax?
É muito cinema na cabeça de Bush 2. Reagan na cabeça.
segunda-feira, 5 de agosto de 2002
É tudo pose
São Paulo - Muito louco, o filme. Chama-se Herói por acidente.
Dustin Hoffman, que é um cara escroto com todas as letras, é preso. Um sem-teto esperto (Andy Garcia) finge ser o verdadeiro "anjo do vôo 401", o cara que entrou num avião em chamas, salvou todo mundo e foi guindado pela imprensa a uma condição angelical...
Ah, deixa pra lá. É um filme sobre a imprensa e sobre a vida recriada na televisão.
Dustin Hoffman, que é um cara escroto com todas as letras, é preso. Um sem-teto esperto (Andy Garcia) finge ser o verdadeiro "anjo do vôo 401", o cara que entrou num avião em chamas, salvou todo mundo e foi guindado pela imprensa a uma condição angelical...
Ah, deixa pra lá. É um filme sobre a imprensa e sobre a vida recriada na televisão.
domingo, 4 de agosto de 2002
Sapatos
São Paulo - Está passando na Rede TV um filme que não sei o nome, com Dustin Hoffman e Geena Davis no papel de uma jornalista que filma um suicídio, recebe um prêmio e na cerimônia de entrega faz um discurso muito louco, dizendo que jornalistas são pessoas que lidam com o que existe de mais desagradável na espécie humana e se sentem mais felizes a cada degrau de dignidade abaixo. Detalhe: ela fala tudo isso às lágrimas, descascando uma cebola. Pois bem. Hoffman é um cara super egoísta que agora está virando herói, salvando pessoas num acidente de avião. Mas ele não queria sujar os sapatos.
quinta-feira, 1 de agosto de 2002
terça-feira, 30 de julho de 2002
O primeiro ano do resto de nossas vidas
São Paulo - Falar de Joel Schumacher (Lost Boys) me deixa nostálgico.
Alguns filmes do cara foram super importantes na minha adolescência. Películas que nos dizem, enquanto vivemos numa cidade pequena, que viajar é preciso, principalmente se é para Nova Iorque, tentar a vida tocando saxofone, como o Billy de St. Elmo's Fire, ótimo filme sobre a Geração X que teve o pomposo título em português de O primeiro ano do resto de nossas vidas.
Neste filme, Schumacher conseguiu antecipar muito do que aconteceria com minha turma nos anos seguintes. Assisti-lo é encontrar, guardadas as proporções, tristezas e alegrias que são só suas num texto que não é seu. Adivinhação ou tempo circular?
Alguns filmes do cara foram super importantes na minha adolescência. Películas que nos dizem, enquanto vivemos numa cidade pequena, que viajar é preciso, principalmente se é para Nova Iorque, tentar a vida tocando saxofone, como o Billy de St. Elmo's Fire, ótimo filme sobre a Geração X que teve o pomposo título em português de O primeiro ano do resto de nossas vidas.
Neste filme, Schumacher conseguiu antecipar muito do que aconteceria com minha turma nos anos seguintes. Assisti-lo é encontrar, guardadas as proporções, tristezas e alegrias que são só suas num texto que não é seu. Adivinhação ou tempo circular?
Sobre ansiedade e crimes
Gosto muito do filme Um dia de fúria, de Joel Schumacher (Linha Mortal, O Cliente), que é exibido agora, no SBT. Não sou do tipo que viaja na alucinação do personagem de Michael Douglas e confunde arte com vida, mas o mito da Odisséia, aqui transformado em jornada de serial killer ao longo da tarde, é sempre interessante. Aqui, o anti-Ulisses é raptado por uma Circe neonazista e Telêmaco é uma menininha que faz aniversário.
Prefiro encontrar no roteiro, filigranas do cidadão médio, raspas de cotidiano que, se não podem levar o homo urbanus à loucura, como acontece com o Michael Douglas, revelam com fina ironia que nossas crianças conhecem o mecanismo de bazucas e que jogar golfe é para gente muito rica e muito chata. Na saga de Douglas pela cidade, operários, famílias ordinárias, neonazistas e playboys que, no fundo, podem mesmo nos levar à loucura.
Prefiro encontrar no roteiro, filigranas do cidadão médio, raspas de cotidiano que, se não podem levar o homo urbanus à loucura, como acontece com o Michael Douglas, revelam com fina ironia que nossas crianças conhecem o mecanismo de bazucas e que jogar golfe é para gente muito rica e muito chata. Na saga de Douglas pela cidade, operários, famílias ordinárias, neonazistas e playboys que, no fundo, podem mesmo nos levar à loucura.
quarta-feira, 24 de julho de 2002
Italian Leather Sofa
São Paulo - Agora sim, lembrei do que queria postar, flanando blogs: Um grande garoto é o tipo de filme que trabalha nosso astral de uma forma, digamos assim, bem inglesa - que pode até parecer norte-americana, por alternar momentos dramáticos e risíveis.
Mas a diferença deste roteiro (originalmente é um livro do Nick Hornby)para a estrutura tradicional da famigerada comédia romântica norte-americana é o enredo: a mão do escritor e sua capacidade de nos imprimir uma sensação espiral, de funil.
Mas a diferença deste roteiro (originalmente é um livro do Nick Hornby)para a estrutura tradicional da famigerada comédia romântica norte-americana é o enredo: a mão do escritor e sua capacidade de nos imprimir uma sensação espiral, de funil.
quarta-feira, 15 de maio de 2002
Hermanos
São Paulo - Ainda dá tempo. Quem estiver a fim de conhecer o novo cinema argentino (sim, há um novo cinema argentino, apesar do FMI) deve ir ao Cinusp (na USP, claro) até sexta-feira, 17. Todos os dias, às 16 e às 19 horas tem cinemão latinoamericano rolando por ali. De graça. Eu tenho ido.
Assista Um dia de Sorte, que mostra o desencanto da juventude num país em crise e Fuckland, que é super engraçado, estilo Dogma 95, aquele tipo amadorzão profissional. Um argentino, revoltado com a questão das Malvinas, bola um plano mirabolante para gerar descendentes de argentinos entre os habitantes das Falklands.
Assista Um dia de Sorte, que mostra o desencanto da juventude num país em crise e Fuckland, que é super engraçado, estilo Dogma 95, aquele tipo amadorzão profissional. Um argentino, revoltado com a questão das Malvinas, bola um plano mirabolante para gerar descendentes de argentinos entre os habitantes das Falklands.
sexta-feira, 30 de novembro de 2001
Invasores de Corpos
São Paulo - Neste momento, plena madrugada, centenas, milhares de pessoas Brasil afora sentam-se, extáticos, diante da tela. A web, essa maravilhosa diversão eletrônica, antes vista como lenta e monótona, avança sobre as presas humanas qual extraterrestres invasores de corpos. Assisti a esse filme, com Donald Sutherland, quando tinha 10 anos. Me assustou um bocado.
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