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sábado, 22 de novembro de 2014

Puerto Evo Morales


Puerto Evo Morales O sol se põe em um lugar na Amazônia boliviana esquecido por Deus, mas não pelo presidente indígena mais popular do continente. Originalmente constituída como Puerto Montevideo, a pequena vila foi totalmente destruída num incêndio em 1997 e depois reerguida pela Defesa Civil, num trabalho coordenado pessoalmente por Evo Morales. Os moradores, agradecidos, rebatizaram a nova cidade - uma corrutela de ruas de barro umedecidas pela chuva constante - com o nome do presidente.Separada de Plácido de Castro (AC) por uma frágil ponte de madeira sobre o rio Abunã que se atravessa em 20 passos, oferece roupas e eletrônicos, mas os preços estão caros graças à queda do Real (a moeda circulante) diante do Dólar.
A flutuação do câmbio afugentou turistas e sacoleiros, mas Morales já tem um plano para revolucionar o pequeno distrito da Província de Cochabamba. No ano que vem, funda uma escola de Medicina e Odontologia com mensalidades entre 500 e 700 reais. Nada mal para os acreanos de Rio Branco, que pagam R$ 8 mil todos os meses para adquirir o diploma de médico no único curso particular do Estado
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sábado, 1 de novembro de 2014

Amsterdam - Um lugar onde as pessoas nao se preocupam com maquiagem, chapinha, carroes e aparencias. Em que se anda de madrugada sem medo. Em que todas as tribos sao aceitas sem preconceito. A cidade mais cosmopolita do mundo eh uma licao para certas provincias.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Quito - Além das paisagens, dos sabores e dos aromas. Além dos tecidos, da arquitetura e da medicina tradicional, o que chama a atencao no Equador eh a educacao do seu povo. Sou tao bem tratado em toda parte que quase nao perdoo a fleuma de alguns vizinhos sulamericanos. Um castelhano claro e pausado que delicia qualquer falante. Uma atencao rara em todas as classes sociais. Nao se trata apenas de treinamento para agradar turistas. Uma sabedoria verdadeira emerge dessas pessoas acostumadas a uma alimentacao farta e saudavel. Ateh os junkies e bebados fazem questao de demonstrar sua educacao. 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Caracas - O psicodélico piso do Aeropuerto Internacional Simón Bolívar sob os pés.
Caracas - Os Awá são um dos últimos povos nômades caçadores-coletores do Brasil e dependem inteiramente da floresta. Vivem isolados e são vulneráveis a ataques e doenças contra as quais não têm imunidade.

O Brasil, tardiamente, se movimenta contra a exploraçao ilegal de madeira e a preservaçao do povo Awá. Mas o mundo teve que se movimentar antes.

Leia mais aqui.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

La Guaira - Depois de muita paciencia e sangue frio, conseguimos passagens de onibus para Caracas, onde chegamos de madrugada e percorremos as ruas desertas e estranhamente vazias da metrópole venezuelana. No terminal de onibus urbano, fui atacado por mosquitos, mas vale tudo para chegar a Quito (rima involuntaria). Passo o dia num pequeno hotel de frente para a Playa Verde em La Guaira, recuperando as forcas com cervejas e mariscos.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Porlamar - Porlamar. Décadence sans elégance. Ruas sujas, terrenos baldios, fachadas encarquilhadas e o comércio informal crescendo agressivamente. Haverá retorno para o charme perdido?

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Li Pesadelo Refrigerado, de Henry Miller

Em Pesadelo Refrigerado, escrito no começo dos anos 40 depois de uma longa viagem pelo país, Henry Miller abre as vísceras dos Estados Unidos para a gente menos interessada em conhecê-las. É que o povo mais belicoso e gordo do mundo preza demais a própria visão obtusa para fazer qualquer juízo. A atual resistência à socialização dos serviços de saúde é muito ilustrativa.

"Somos uma turba vulgar e opressiva cujas paixões são facilmente mobilizadas por demagogos, jornalistas, charlatães, religiosos, agitadores e que tais. Chamar isso aqui de sociedade de povos livres é uma blasfêmia." (p. 23)

Miller faz a viagem acompanhado inicialmente pelo pintor Abe Rattner. A ideia de produzir um livro ilustrado com bolsa da Fundação Guggenhein não dá em nada, mas ele viaja assim mesmo, esperando que pelo menos parte de seus compatriotas entenda o projeto. Um propósito que Miller sabia de certa forma inútil, mas poderia servir como terapia para um ex-expatriado expulso pela guerra da Europa.

"Os únicos artistas do presente que vêm sendo regiamente recompensados por seu trabalho são os charlatães; entre eles estão não apenas a variedade importada, mas também os filhos nativos que são capazes de levantar uma nuvem de poeira quando se trata de questões reais." (p. 146)

Milhares de quilômetros e centenas de páginas escritas depois, a análise de Miller é preciosa e pouco compreendida. Ainda que a America seja desvendada por gente como Miller, Kafka, Morgan Spurlock, Tzvetan Todorov, Allen Ginsberg, John Harris ou Bill Maher, o capítulo conclusivo parece perpetuamente escrito por Halliburton, GE, Taco Bell....

"A América não é lugar para artistas: ser artista é ser um leproso moral, um desajustado econômico, uma obrigação social. Um porco alimentado a milho tem vida melhor que um escritor criativo, um pintor ou um músico. Ser coelho é melhor ainda." (p. 19)

Talvez o problema esteja nas promessas de leite e mel advindas de uma formação religiosa capitalista e excludente. Um problema messiânico. Terras prometidas têm um quê de perfeição incapaz de ser modificado. Quando o cultivo dos próprios valores supera qualquer outra visão contraditória; quando cânones e tabus são respeitados geração após geração apesar do esforço de intelectuais, vanguardistas, visionários; quando o amor pela terra e seus frutos é maior que o amor pelas pessoas, percebemos a inutilidade de qualquer discurso de auto-crítica. Por isso temos Estados Unidos. Por isso temos Roraima.

Livro: Pesadelo Refrigerado
Editora: Francis
Ano: 1945 (Ed. 2006)
Preço: R$ 39

terça-feira, 16 de junho de 2009

Notícias do Planalto

Brasília - É Bloomsday, faz frio e o Los Angeles Lakers ganhou o campeonato. Kobe Bryant deu novo espetáculo e não vi absolutamente nada. Culpo Porto Velho (RO) e Santana do Livramento (RS) por isso, mas há coisas na vida mais importantes que basquete. Há?!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2004

As mulheres da minha vida

Belo Horizonte - A ansiedade dos aeroportos. A voz soft-robótica ouvida no check-in, nos corredores, nos banheiros. Saltos altos riscam o chão encerado. Vozes altas ao telefone móvel. Malas deslizam sobre rodas. Quatro horas de atraso, a sina dos vôos longos. Ruído de turbinas que pousam. Abraços há muito esperados sufocam crianças, velhos, amigos. Entre os sorrisos, cintilam os de minha mãe e minha filha. Aqui, neste não-lugar, onde vidas se separam e se reúnem, resvalo em lânguida pieguice familiar.

terça-feira, 27 de julho de 2004

Pensamentos de rodoviária

São Paulo - Sete da manhã. O ônibus ainda não chegou na rodoviária. Melhor, que assim como alguma coisa antes da viagem. O bilhete que comprei me leva até o último povoado da rota. Será um longo caminho até deixar esta cidade...

segunda-feira, 21 de junho de 2004

São Paulo

São Paulo - Buzinas luzes carros trânsito luzes ruídos luzes ruas avenidas metrô vielas pessoas gente gente gente gente barulho vendedores pressa filas táxis vozes carros casas gritos luzes USP casa filho Liu mulher Andréa amor amor amor Pinheiros sábado Madalena sábado Dolores DJs Morrison bar rock n' roll Zeppelin Jack Daniels Aspicuelta Black Label Joplin Wisard tequila sal Blue Curaçao táxi domingo Play Center filas carros filas queda filas vôo filas roda gigante filas filas trenzinho filas elefantes filas filas pizza filas filas filas casa comida roupa mochila metrô terminal ônibus estrada estrada estrada

domingo, 20 de junho de 2004

O mundo é pequeno?


O mundo é pequeno
São Paulo - O mundo acadêmico é. Ontem encontrei no Terminal Tietê (eu chegando a São Paulo, ele saindo de) o pesquisador da Embrapa, especialista em orquídeas, Joaci Freitas. Joaci faz doutorado ardido em cidade de nome doce, Jaboticabal. Está pesquisando o DNA de uma espécie de pimenta nativa de Roraima, que os índios usam imemorialmente. Permanece, no entanto, fotografando e pesquisando Cattleyas violaceas e outras espécies de orquídea do Norte e do Sudeste. Nos velhos tempos de minha banda, Carolina Cascão, Joaci recebeu-nos em casa para uma turnê Brasil-Venezuela marcada por muita sede e rock n' roll.

sexta-feira, 29 de junho de 2001

Feliz

São Paulo - Depois de um vôo de 4 mil quilômetros ela finalmente chega. A ecologista, futura cineasta, violinista, obstetra e compositora Nagisa Veríssimo. Minha filha.

Guerra fria