domingo, 11 de maio de 2008
Leio Jimi Hendrix, de Sharon Lawrence
Foi acusada de "puxar o saco" do músico por causa de sua ligação afetiva com ele, mas isso é coisa de crítico invejoso.
Lawrence consegue reconstituir a história do maior dos guitarristas desde a infância conturbada, a vida no exército e os primeiros trabalhos como músico profissional.
"Lenda" é o termo mais adequado para definir James Marshall Hendrix, o guitarrista mestiço de negros e índios nascido em Seattle que alterou para sempre o jeito de tocar (e ouvir) guitarra elétrica.
Dono de uma técnica muito pessoal, o mestre era amante de BBB: Bob Dylan, Beatles e Blues (pensou ontra coisa?).
Se estivesse vivo, muita gente penduraria a guitarra e talvez não fôssemos obrigados a ouvir Yngwie Malmsteen e outros chatos que confundem velocidade com criatividade.
Livro: Jimi Hendrix - A dramática história de uma lenda do rock
Autor: Sharon Lawrence
Editora: Jorge Zahar
Páginas: 356
Valor: R$ 29,90
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Duas canções
(Rodrigo Amarante)
Posso ouvir o vento passar, assistir à onda bater
mas o estrago que faz a vida é curta pra ver
Eu pensei que quando morrer
vou acordar para o tempo e para o tempo parar
um século, um mês, três vidas e mais um passo pra trás
Por que será? Vou pensar
Como pode alguém sonhar o que é impossível saber
Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer
e isso, eu vi, o vento leva
Não sei mais, sinto que é como sonhar
e o esforço pra lembrar é a vontade de esquecer
E isso porque diz mais!
Uh... Se a gente já não sabe mais
rir um do outro meu bem, então o que resta é chorar
e talvez, se tem que durar, vem renascido o amor bento de lágrimas
um século, três, se as vidas atrás são parte de nós
E como será?
O vento vai dizer, lento, o que virá
e se chover demais, a gente vai saber, claro que um trovão
se alguém depois sorrir em paz
só de encontrar
Slideshow
(Rufus Wainwright)
Do I love you because you treat me so indifferently?
Or is it the medication? Or is it me?
Do I love you because you don't want me to rub your back?
Or is it the medication? Or is it you? Or is it true?
And I better be prominently featured in your next slideshow
Because I paid a lot of money to get you over here, you know?
And if I am not prominently featured in your next slideshow
I don't know what I'm gonna do
Do I love you, or is this feeling just a little pain?
A treasure chest is broken easily open
And usually I am such a happy prince
Behind the iron curtain, the city walls a solid prison
And I better be prominently featured in your next slideshow
'Cause I paid a lot of money to get you over here, you know?
And if I am not prominently featured in your next slideshow
I don't know what I'm gonna do!Do I love you?Do I love you?Yes I do
Do I love you? Yes I do
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Leio The Dark side of the Moon, de John Harris
Boa Vista - Não há grandes novidades além de algumas fotos inéditas neste trabalho do jornalista inglês John Harris. O que pretendia ser um livro sobre a gravação de um dos mais incríveis discos da história da música termina como um registro superficial das atividades da banda, desde o começo dos anos 60 em Cambridge até a histórica apresentação no Live Aid de 2005. Nada que a imprensa musical e outros livros já não tenham publicado, como Saucerful of secrets: The Pink Floyd Odissey, de Nicholas Schaffner (2003) ou Inside Out, do baterista Nick Mason (2004).
Mas há espaço para descobertas interessantes sobre o processo de gravação e comentários sobre a estranha sincronicidade entre o The Dark side of the moon e O Mágico de Oz. Infelizmente, Harris deixa claro sua antipatia por Roger Waters e usa algumas das entrevistas para isso, como a concedida por Peter Jenner, que foi empresário da banda nos primórdios.
“O pior eram as calças vermelhas com penduricalhos dourados que ele colocava ao lado do traseiro – o tipo de coisa que se coloca em cortinas. E ainda punha o isqueiro numa espécie de coldre, pendurado no cinto. Era terrivelmente brega. Mas se achava maravilhoso”, diz Jenner.
Bom, o autor é jornalista e inglês, né?
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
Na vitrola
Barry Adamson, que é sugestão do Israel Barros e toca com o Nick Cave. Sim, ele é uma bad seed.
OK Go, que é divertido, de arranjos interessantes e pouco juízo. Na linha Sha-Na-Na.
Jet, que é a nova salvação do rock n' rol, tipo se você detesta o rótulo, precisa lembrar de Justin Timberlake, Kevin Federline, Robbie Willians, Pussy Cat Dolls e James Blunt. Portanto, no contexto da indústria cultural, blá blá, blá, blá, blá.
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
Desaparecidos XV, XVI, XVII e XVIII
The Smiths - O primeiro disco dos caras de Manchester é repleto de melancolia e cinismo pós-punk. Muita filosofia existencial, cinema e crimes. Da série de discos que salvaram nossas vidas.
Hatful of Hollow - Heaven knows i'm miserable now, How soon is now e Handome Devil estão entre as 50 melhores músicas que começam com a letra H. Tem ainda a mediterrânea Please Please Let Me Get What I Want e outras pérolas, como Girl Afraid e This charming man. Gravado parte no estúdio, parte ao vivo no programa John Peel com alta inspiração, Hatful of Hollow é o melhor disco da banda. Embora digam por aí que o melhor é o The Queen is Dead.
Meat is murder - Ainda não tinha esse, o terceiro, quando Nasser Hamid propôs trocar pelo recém-lançado Momentary Lapse of Reason, do Pink Floyd. Topei. O estranho terceiro disco tem coisas pouco executadas, mas não menos brilhantes, como Well i wonder, What She Said, That Joke Isn't Funny Anymore e Barbarism Begins at Home, além da música mais anti-açougue da história, Meat is Murder.
The queen is dead - Ela ainda está viva, mas sua majestade havia sofrido pouco nas mãos dos Sex Pistols. Faltavam algumas pancadas dos Smiths. Querido charles, você não anseia aparecer na primeira página do Daily mail vestido com o véu de noiva de sua mãe?, provoca Morrisey. No final dos 80, algumas garotas eram bigger than others. Lembra as idas da velha turma aos Cemetry Gates. Lembra quantas vezes acabamos a festa ouvindo I know it's over. Certas luzes nunca se apagam.
sexta-feira, 1 de setembro de 2006
Desaparecidos (Cap. XIV)
domingo, 27 de agosto de 2006
Post número 1000 (P2P)
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
sábado, 15 de julho de 2006
Mário Wander Nascimento (1970-2006)
Deixa a mulher, Marta e os filhos Fernando e Muriel. Mário partiu cedo demais, cancelando nossos planos de reunir a velha banda, gravar um CD desterritorializado, com bases gravadas em Belo Horizonte e no Sul. É revoltante saber que num país arruinado por uma saúde pública porca, jovens educadores sejam arrancados da vida prematuramente. Mário será enterrado em Roraima, onde nasceu.
terça-feira, 11 de julho de 2006
Shine on, crazy diamond
Belo Horizonte
- O baterista do Pink Floyd morreu.
- O quê?!
- Deu no jornal agora.
- Mulher, o Nick Mason não pode ter morrido.
- Acho que foi o baixista, então.
- O Roger Waters?!
- Não sei, não lembro.
Corro ao ecrã à procura da notícia, torcendo para que não tenha sido Mason, que deu pistas recentes sobre uma última turnê do Pink Floyd. Mas o morto era Syd Barrett, o genial fundador da banda, vítima de esquizofrenia e aposentado desde 1989. Meio morto desde as primeiras crises, em 1968, Barrett transformou o rock n' roll para sempre aos 23 anos. Segue na jornada histórica com Jimi Hendrix, John Entwistle e Miles Davis.
segunda-feira, 3 de julho de 2006
terça-feira, 6 de junho de 2006
Uma canção
(Carlos Saraiva)
pena que você não vê
que eu finjo que acredito
que você não topa
se não guria
a gente já teria
conquistado a europa
pena que você não lê
que em tudo quanto eu creio
é só no que vai fundo
se não guria
a gente já teria
dado a volta ao mundo
pena que você não crê
na cena que o VT
revela a toda hora
se não guria
a gente estaria
namorando agora
terça-feira, 23 de maio de 2006
Desaparecidos (12)
sábado, 13 de maio de 2006
Uma canção
(Kevin Ayers)
I just came in off the street
Looking for somewhere to eat
I find a small cafe
I see a girl and then I say
'May I sit and stare at you for a while?
I'd like the company of your smile'
You don't have to say a thing
You're the song without the sing
The sunlight in your hair
You look so good just sitting there
'May I sit and stare at you for a while?
I'd like the company of your smile'
terça-feira, 28 de março de 2006
Green is the colour
sexta-feira, 10 de março de 2006
Desaparecidos XI
Músicas como universo paralelo, amanhecendo na lagoa, el desdichado II, além da própria faixa-título, são mísseis musicais e poéticos que não têm par na história da música popular brasileira.
Com a mesma falta de vergonha na cara eu procurava alento no
Seu último vestígio, no território, da sua presença
Impregnando tudo tudo que
Eu não posso, nem quero, deixar que me abandone
Não posso, nem quero, deixar que me abandone
Não posso, nem quero, deixar que me abandone não
São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirênes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam, que viveram tão depressa,
Tão depressa, tão depressa (A Vida é doce)
segunda-feira, 6 de março de 2006
Humpf
Chega de falar de cinema Munique-Crash-Syriana, como se entendesse de indústria de petróleo, sionismo, afins.
Chega de downloads e de updatings.
Chega de leitura. Nunca mais leio um livro hoje.
Chega de blogs, de Pods (os Is e os casts), de logoffs.
Chega de praia e cerveja gelada, de estrada e música a caminho do trabalho. Nunca mais vou ouvir música hoje.
Chega desse papo-cabeça-pequeno-burguês disposto à efêmera eternidade dos bits.
Até o próximo post.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2006
Desaparecidos VII, VIII, IX e X
Makunaimeira, da dupla Zeca Preto e Neuber Uchôa (o segundo mora no Rio, atualmente), mistura ritmos caribenhos, forró e MPB. A beira de qualquer coisa sem saber / troquemos tudo em graúdo / pra não perder (...) A gosto do freguês somos os tais / buritizeiros demais / caimbezeiros boçais (Macuxis Salada).
George Farias apresenta, em seu primeiro CD, reggae, blues e música popular brasileira de alta estirpe, produzidas pelo cantor e compositor e parceiros como o irmão Cacá, que escreveu a formidável Correntes.
Eliakin Rufino: A produção de Paulo Amorim deu ao primeiro CD do poeta naturalista uma inesperada atualidade techno. O impacto de Mosquito da malária, entretanto, é sempre o mesmo, no batidão ou no violão.
Mosquito da malária
(Eliakin Rufino)
hoje quem defende a amazônia
é o mosquito da malária
se não fosse esse mosquito
a floresta virava palha
salve salve salve ele
viva sua febre incendiária
o maior ecologista da amazônia
é o mosquito da malária
não adianta sucam
jogar ddt na sua área
super-defensor da amazônia
é o mosquito da malária
quinta-feira, 19 de janeiro de 2006
Desaparecidos 6
Todas las mañanas que viví / todas las calles donde me escondí / El encantamiento de un amor / el sacrificio de mis madres / los zapatos de charol / Los domingos en el club / salvo que Cristo sigue allí en la cruz / las columnas de la catedral / y la tribuna grita gol el lunes por La Capital
, latinidade
La moneda en la vida de Juan / Chico Buarque, lo lentes, la estatua de sal
el suicida y su gato irreal / lo que fue, lo que es, lo que ya no será...
, utopia
I'm a hippie / siempre fue así / Hay un hippie / dentro de mí / no me tomes tan en serio / sólo dejo que ocurra.
e arte
Los cines ya no están / Rose Marie, mi amor / hoy vuelvo a la ciudad a encontrármelos/ donde volcó el Poseidón / donde escapó Papillón /Woody tenía razón
Si Disney despertase...
Ouça (leia) Normal 1 e renda-se. Circo Beat é vintage.Belo Horizonte -
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Porto Velho - “A formação específica em cursos de jornalismo não é meio idôneo para evitar eventuais riscos à coletividade ou danos a terce...
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Belo Horizonte - A PARTIR DE AMANHÃ MESMO começo a escrever sobre 50 CDs desaparecidos em 2001.
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O secretário de Estado adjunto para os Recursos Energéticos, Geoffrey Pyatt, afirmou que os Estados Unidos pretendem acabar com o projeto de...