quarta-feira, 8 de janeiro de 2003
terça-feira, 7 de janeiro de 2003
segunda-feira, 6 de janeiro de 2003
Entrevista
Larry King - Quatro homens foram presos em Dallas pelo FBI. Eles estão supostamente ligados a um esquema financeiro do Hamas. Sabe algo sobre isso?
Donald Runsfeld - Vi alguns relatórios. Isso acontece quase todos os dias. Em algum lugar do mundo, um grupo de pessoas é preso e interrogado.
Larry King - Por que alguém amarra uma bomba no corpo e se explode? Por que fazem isso? Aprendemos com aqueles que capturamos?
Donald Runsfeld - Claro, nós aprendemos. Muito dinheiro é injetado nas chamadas escolas espirituais. Eles não estão treinando as pessoas em matemática, idiomas, ciências... treinam pessoas para matar. Precisamos fazer com que essas escolas sejam fechadas e com que ensinem as coisas certas.
Larry King - Quatro homens foram presos em Dallas pelo FBI. Eles estão supostamente ligados a um esquema financeiro do Hamas. Sabe algo sobre isso?
Donald Runsfeld - Vi alguns relatórios. Isso acontece quase todos os dias. Em algum lugar do mundo, um grupo de pessoas é preso e interrogado.
Larry King - Por que alguém amarra uma bomba no corpo e se explode? Por que fazem isso? Aprendemos com aqueles que capturamos?
Donald Runsfeld - Claro, nós aprendemos. Muito dinheiro é injetado nas chamadas escolas espirituais. Eles não estão treinando as pessoas em matemática, idiomas, ciências... treinam pessoas para matar. Precisamos fazer com que essas escolas sejam fechadas e com que ensinem as coisas certas.
Internet, Ano 20
Esta semana a Internet completou, oficialmente, 20 anos de existência. O dia primeiro de Janeiro de 1983 marca o fim do prazo para que a Arpanet passasse a utilizar o protocolo TCP/IP, numa determinação expressa do (eles de novo) Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Soube em Red Door.
Esta semana a Internet completou, oficialmente, 20 anos de existência. O dia primeiro de Janeiro de 1983 marca o fim do prazo para que a Arpanet passasse a utilizar o protocolo TCP/IP, numa determinação expressa do (eles de novo) Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Soube em Red Door.
domingo, 5 de janeiro de 2003
Não em nossos nomes
Acreditamos, como pessoas que vivem nos Estados Unidos, que é nossa responsabilidade resistir às injustiças cometidas pelo governo em nosso nome.
Começa assim o manifesto The Pledge of Resistance, que vem sendo adotado por vários movimentos anti-guerra nos Estados Unidos. Protesto sincero, ainda que confundido com auto-preservação. Aliás, que é o pacifismo senão auto-preservação? Li (não lembro quem escreveu) que o verdadeiro pacifista não é aquele que foge à guerra, mas o que sabe o momento de lutar. Importa é que parte da sociedade norte-americana, ciente da carnificina que vem aí, grita contra. Sim, existem movimentos contrários ao belicismo e os canais tradicionais de informação não lhe contaram. Sorry. Alguns deles: Iraq peace pledge, Education for peace in iraq, End the war coalition e Xenophobia.
Cartaz
Por que as mulheres negras estão gritando contra a guerra? Porque são seus maridos e filhos que dão a vida por uma causa que lhes é estranha.
Por que as mulheres negras estão gritando contra a guerra? Porque são seus maridos e filhos que dão a vida por uma causa que lhes é estranha.
Apócrifos
Aviões dos Estados Unidos e Inglaterra estão despejando milhares de panfletos sobre o Iraque, aproveitando-se da área de exclusão aérea (sob jurisdição das Nações Unidas) e o embargo econômico que dilapida o país para fazer propaganda contra o governo de Saddan Husseim e poluir o ambiente. Este é o mundo livre.
O que diz o panfleto?
Caro Iraquiano,
Saddam Husseim é um cara muito, muito mal. Ele fabrica armas de destruição em massa, gases venonosos e quer contaminar com varíola o povo norte-americano. Ele não merece vocês (nem esse petróleo todo). Vamos derrubá-lo, e para isso contamos com seu apoio. Fique do nosso lado, que é o lado da liberdade e da justiça para todos. Podem perguntar à comunidade islâmica que vive na América. Todos vivem sob nossa proteção. Mantemos nossos computadores sempre munidos de todos os seus dados pessoais, relações de amizade e atividades profissionais; tudo registrado e disponível online para associados. Assim, se alguém esquecer que é terrorista, temos como lembrá-lo. É bem verdade que alguns negam e somos obrigados a usar um pouco da boa e velha tortura. Coisinha rápida, com direito a vista (e mergulhos) no mar. Contamos com a sua paciência porque em breve estaremos bombardeando suas casas. Só um pequeno exercício para nosso enorme arsenal. Teremos alguns civis mortos, famílias dilaceradas e crianças mutiladas. Nada demais. Assim que matarmos Husseim, ofereceremos um cardápio completo com candidatos a presidente. Lembram do Afeganistão? Granada? Nicarágua? República Dominicana? Brasil? Já escolhemos governantes para todos eles e nunca reclamaram. Também, se reclamar, nós temos F-18.
Sem mais para o momento,
George W(ar) Bush.
Aviões dos Estados Unidos e Inglaterra estão despejando milhares de panfletos sobre o Iraque, aproveitando-se da área de exclusão aérea (sob jurisdição das Nações Unidas) e o embargo econômico que dilapida o país para fazer propaganda contra o governo de Saddan Husseim e poluir o ambiente. Este é o mundo livre.
O que diz o panfleto?
Caro Iraquiano,
Saddam Husseim é um cara muito, muito mal. Ele fabrica armas de destruição em massa, gases venonosos e quer contaminar com varíola o povo norte-americano. Ele não merece vocês (nem esse petróleo todo). Vamos derrubá-lo, e para isso contamos com seu apoio. Fique do nosso lado, que é o lado da liberdade e da justiça para todos. Podem perguntar à comunidade islâmica que vive na América. Todos vivem sob nossa proteção. Mantemos nossos computadores sempre munidos de todos os seus dados pessoais, relações de amizade e atividades profissionais; tudo registrado e disponível online para associados. Assim, se alguém esquecer que é terrorista, temos como lembrá-lo. É bem verdade que alguns negam e somos obrigados a usar um pouco da boa e velha tortura. Coisinha rápida, com direito a vista (e mergulhos) no mar. Contamos com a sua paciência porque em breve estaremos bombardeando suas casas. Só um pequeno exercício para nosso enorme arsenal. Teremos alguns civis mortos, famílias dilaceradas e crianças mutiladas. Nada demais. Assim que matarmos Husseim, ofereceremos um cardápio completo com candidatos a presidente. Lembram do Afeganistão? Granada? Nicarágua? República Dominicana? Brasil? Já escolhemos governantes para todos eles e nunca reclamaram. Também, se reclamar, nós temos F-18.
Sem mais para o momento,
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O coronel em seu labirinto
Não sabemos quantos jornalistas estão seqüestrados na Colômbia. Conhecemos o novo presidente do Equador? Existe espionagem da CIA na fronteira Brasil-Paraguai-Argentina? Quem é Evo Morales? Diante da desinformação geral do brasileiro sobre a América Latina, devemos considerar que a imprensa brasileira é cega, ignorante ou mal-intencionada. Com uma despreocupação histórica pelo que acontece na América Latina, dedica-se exclusivamente ao varejo das agências de notícias. Mesmo a maior das redes de TV, recusa-se a manter gente fora de Washington e Nova Iorque. Inundações na Romênia? Tome imagens da CNN e do repórter em Londres. Terremoto no México? Entradas ao vivo direto de Manhattan. A CNN, que há muito tempo assina o jornalismo internacional de todas as nossas redes de TV, é a única voz corrente; nossa ponte com o mundo. Duvidar da CNN seria ato de verdadeiro ateísmo, heresia imperdoável.
Escrevo a propósito da greve geral na Venezuela, que está limitada ao setor petroleiro, enquanto nossa imprensa continua a noticiar uma paralisação geral da economia, como se supermercados, farmácias e cinemas estivessem fechados, recusando dinheiro em favor de uma ação eminentemente partidária. Engano lamentável.
Enquanto no restante do país a vida segue normalmente, Caracas é vitrine para um punhado de manifestantes, multiplicados pela lente da CNN. As manifestações favoráveis ao presidente Hugo Chávez são maiores, mas não recebem o mesmo espaço.
Chávez foi eleito pelo povo, conduziu os trabalhos de uma nova Constituição e convocou novas eleições pouco meses depois, sendo eleito novamente. Trata-se de um governo legitimado duas vezes pelas urnas. Poucos governantes podem ostentar a medalha da reeleição. O governo de Chávez aumentou a produção de petróleo, estabilizou a moeda e ampliou a ação social, mas levou a burguesia venezuelana à loucura.
A retaliação que a Fedecamaras (máfia que reúne todas as grandes confederações de comércio e indústria) pratica contra o povo venezuelano e contra a democracia latino-americana não será jamais reparada. O incitamento à desobediência e à suspensão do pagamento de impostos é sabotagem que merece ser punida com uma bela cadeia.
Mesmo que atinja o calcanhar de Aquiles do país, a greve dos petroleiros ainda não parou a Venezuela, como imagina ou quer a imprensa.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2003
Tarde, jovens
Os meninos do KLB, aqueles que representaram os jovens, a preço de ouro, na campanha de José Serra (PSDB). E outros contratados de Marlene Mattos. Meu Deus do céu, o que fizemos por merecer tal castigo? Como são androginados esses meninos.
Xico Sá, na Folha, sobre o programa Jovens Tardes.
Os meninos do KLB, aqueles que representaram os jovens, a preço de ouro, na campanha de José Serra (PSDB). E outros contratados de Marlene Mattos. Meu Deus do céu, o que fizemos por merecer tal castigo? Como são androginados esses meninos.
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