quinta-feira, 23 de janeiro de 2003

Cidade da Juventude Carlo Giuliani
Porto Alegre - O acampamento lembra um show de rock n'roll, mas é uma aposta ideológica. Gente que quer mudar o sistema, que sabe que do jeito que as coisas estão, podemos nos inviabilizar enquanto seres humanos. Há pouca gente quando instalo minha barraca sob uma árvore, perto do MST e de uns chilenos. Os canadeneses (digo, quebequenses) estão aí já há algum tempo, ao lado de uns franceses radicais.

(Publicado há um ano, neste blog)
Leio
Ayrton Senna do Brasil - Francisco Santos

Fórum Social Mundial

Porto Alegre - Por motivos de for$a maior, este blog não será atualizado de Porto Alegre. Acompanharemos esta edição diante da tela, em algum ponto de São Paulo. Nossa passeata é virtual. Nosso protesto, digital. Nossas palavras de ordem, por escrito. Desejaremos um mundo melhor e sem guerras, mesmo que uns não queiram.
Averys


terça-feira, 21 de janeiro de 2003

Mad America
O escritor John le Carré avalia que os Estados Unidos vivem uma época de loucura histórica, mais grave que o McCartismo e potencialmente mais desastrosa que a guerra do Vietnã. No Times.
Na vitrola
My favourite things - John Coltrane
Sobre Imprensa
O que Miriam Leitão, Bóris Casoy e Arnaldo Jabor têm em comum? Não sabem nada sobre a Venezuela. E muito pouco sobre o Brasil. Hoje, Miriam Leitão disse que a Venezuela fornece energia para o Acre, que tem fronteiras com Peru e Bolívia. Na verdade a Venezuela fornece energia para Roraima. É o Peru que deseja vender energia ao Acre. Já as observações esta(tís)ticas de Arnaldo Jabor e Bóris Casoy ignoram as nuances políticas num país tão pluri-etno-geo-humano quanto a Venezuela, com ecosistemas amazônicos, andinos e caribenhos. A Venezuela não é só Caracas.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2003

Entrevista
Miriam Leitão - Mas se há um conflito aqui, ajudar uma das partes não é intervir em assuntos internos?
Hugo Chávez - Creio que a sua pergunta... como vou responder... não tem fundamento. Porque aqui não há duas partes. Na Colômbia, há uma guerra civil, interna, há 40 anos. Nós vendemos muitas coisas para a Colômbia. Poderá alguém dizer que a Venezuela está intervindo em assuntos internos da Colômbia? Se estamos apenas fazendo comércio! Então, a Rússia também intervém nos nossos assuntos internos, porque também nos vende muitas coisas. Os EUA também. É uma coisa irracional e que não é base nem para se fazer uma pergunta. Como vou responder, então, essa pergunta? Porque é totalmente sem lógica e sem razão. É uma coisa louca! Olha, em todos os países do mundo, há conflitos. Em todos. Então, ninguém poderia vender nada a ninguém - um copo de água, um quilo de café - porque significaria que se está intervindo no conflito do outro país? De onde saiu essa tese? Só da loucura ou da oposição venezuelana. Diante desta situação de subversão contra o Estado e contra o povo, pedimos ajuda.

domingo, 19 de janeiro de 2003



Waterboys - The Whole of the Moon
I pictured a rainbow
You held it in your hand
I had flashes
You saw the plan
I wandered out in the world for years
While you just stayed in your room
I saw the crescent
You saw the whole of the moon
The whole of the moon

You were there in the turnstiles
With the wind at your heels
You stretched for the stars
And you know how it feels
To reach too high
Too far
Too soon
You saw the whole of the moon

I was grounded
While you filled the skies
I was dumbfounded by truth
You cut through lies
I saw the rain dirty valley
You saw "Brigadoon"
I saw the crescent
You saw the whole of the moon

I spoke about wings
You just flew
I wondered, I guessed and I tried
You just knew
I sighed
And you swooned
I saw the crescent
You saw the whole of the moon
The whole of the moon
The whole of the moon

The torch in your pocket
And the wind on your heels
You climbed on a ladder
And you know how it feels
To get too high
Too far
Too soon
You saw the whole of the moon
The whole of the moon

Popcorn and cannonballs
All the season's fears
Trumpets, towers, and tenaments
Wide oceans full of tears
Flags, rags, ferryboats
Senators and scars
Every precious dream and vision
Underneath the stars
Yes, you climbed on a ladder
With the wind in your sails
You came like a comet
Blazing your trail
Too high
Too far
Too soon
You saw the whole of the moon

sábado, 18 de janeiro de 2003

Guerra e paz
Os protestos contra a guerra em Washington reuniram 200 mil pessoas. Enquanto isso, em Seul, coreanos do Sul apoiavam os Estados Unidos contra seus irmãos do Norte. Ouve manifestações na Alemanha, Japão, Rússia e Inglaterra. No Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, cidadãos norte-americanos participarão de um ato de paz.
Set list
A seleção da MTV é passável, mas ignorou clipes antológicos, como Road to Nowhere (Talking Heads), preferindo Burning down the house. Houve outras escolhas duvidosas, como os clipes do R.E.M. (Stand, mas poderia ser Fall on me) e Devo (Disco Dancer, mas poderia ser Satisfaction), mas pelo menos não esqueceram Replacements, Ultravox e Pixies. Menção honrosa a Waterboys, com The whole of the moon.

Outras grandes escolhas: Police - Every little thing she does is magic, Duran Duran - Hungry like the wolf, Stray Cats - Rock this town, The Clash - Rock the casbah, The Jam - A town called Malice, Men at work - Who can it be now, Pretenders - Back on the chain gang, The The - This is the day, David Bowie - Let's Dance, Nena - 99 luftballoons, The Cure - The love cats, Cindy Lauper - Girls just wanna to have fun, Eurhytmics - Sweet dreams (are made of this), Smiths - How soon is now?, Echo & The Bunnymen - The Killing Moon, New Order - Bizarre love triangle, Simple Minds - Alive and kicking, Ultravox - One small day, Jesus and Mary Chain - Happy when it rains e a fantástica Waterboys - The whole of the moon.

E ainda teve Human League, Culture Club, B-52's, The Carrs, Big Country, Soft Cell, Frankie Goes to Hollywood, Bronski Beat e os insuportáveis Oingo Boingo, Depeche Mode, Gene Loves Gezebel e Go-Go's.
Na tela
Maratona dos anos 80 na MTV. Interessante assistir a tão toscos clipes e perceber, além da moda kitsch e do apelo comercial das drum machines, que havia mais amor à música que ao dinheiro, como se o rock fosse menos comercial que na atualidade. Talvez uma impressão equivocada, de quem encontra na geração seguinte os defeitos que não via na sua - reconhecendo, ao mesmo tempo que a anterior foi mais feliz. Como naquele filme, em que o velho jornalista explica ao foca (jornalista iniciante) que o bom e verdadeiro rock n’roll estava morto naqueles 70. Que o espírito original do rock não existia mais. Errava nalgum Hades, Aasgard ou Brigadoon. Agora era um negócio chamado show-business.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2003

Uma piada
O presidente Bush, querendo aumentar sua popularidade, visita uma escola. As crianças são reunidas, ele explica a sua plataforma de governo e pede às crianças que façam perguntas. O pequeno Bob toma, então, a palavra:

-- Senhor presidente, tenho três perguntas:
1) Por que o senhor mesmo perdendo nas urnas ganhou a eleição?
2) Por que o senhor quer atacar o Iraque sem motivos?
3) O senhor não acha que a bomba de Hiroshima foi o maior ataque terrorista da história?

Neste momento, soa a campainha do recreio, e todos os alunos saem da sala. Na volta, Bush mais uma vez convida as crianças a fazerem perguntas, e Joe levanta a mão:

-- Senhor presidente, tenho cinco perguntas:
1) Por que o senhor mesmo perdendo nas urnas ganhou a eleição?
2) Por que o senhor quer atacar o Iraque sem motivos?
3) O senhor não acha que a bomba de Hiroshima foi o maior ataque terrorista da história?
4) Por que o sinal do recreio tocou 20 minutos mais cedo?
5) Cadê o Bob?

quinta-feira, 16 de janeiro de 2003

Fórum Social Mundial

Perto Alegre - A terceira edição do Fórum Social Mundial acontece entre os dias 23 e 28, em Porto Alegre (RS). Quem já lia este blog há um ano, acompanhou updates direto do Rio Grande do Sul. Se você mora em São Paulo e vai ao Fórum este ano - será o último na América Latina -, entre em contato.
Na tela
Gilberto Gil reúne a equipe, convida o ministério de Lula para uma reunião de trabalho e... dá um show liliputiano em pleno expediente, dedicando a música Drão a Ciro Gomes e Patrícia Pilar.

Adoro este país.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2003

Li
Trópico de Câncer - Henry Miller
Miller tem a capacidade de escrever sobre toda a maldade que temos mas não externamos ou que não temos mas gostaríamos de ter. Desaconselhável para leitores neófitos.

Guerra fria