sexta-feira, 20 de dezembro de 2002

Classificados
Chega da inconstante (mas também libertadora), perigosa (mas também instigante) e irregular (talvez movimentada?) vida de free-lancer. Aceitamos propostas.
Decifra-me ou te devoro
ke sabe! naum vo fika me irritando com issu... so vo fala uns treko... eu odeio o osama... naum suporto akela piranha barbuda... tah sim admito que os americanos saum metidos... so que agora mata eh a solucaum?! ta certo que eh o que eles fazem mais vai adianta no que mata +?! nada... e so um negocio... se o brasil fosse + poderoso que os americanos, como o povo que fala que tem que mata os americanos se comportariam?! beim pior que os americanos e naum adianta fala que naum... intaum pronto! falei o que tinha pra fala... naum gosto?! COMENTA! ahuuhauHUHAhAHUHUAhua :P

Ke sabe? Ele tem razaum.
Cripta
Herbert Vianna e Roberto Carlos com muito mais em comum que as canções, na Discoteca Básica.
Nós, górdios
I work slowly and like to be sure of my efforts. There are people who write marvellous songs or poems in the back of a taxi cab. I would have loved to have this talent, but that is not the case.

Leonard Cohen (Le Magazine de L'Optimum, Outubro 2001)
Cinema
Fãs de Kieslowiski, devem ler este texto de Sidenia Freire publicado no Mnemocine. Leia também Kubrick: Perfeccionista do imperfeito, por Cid José Machado dos Santos Júnior.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2002

Na vitrola
Mudança de tempo - O Terço.
Índole
Notas Políticas
Olho para a Venezuela em crise e não a reconheço, porque tendo morado lá por seis anos (durante o milagre econômico dos anos 70), a memória sobrevém à realidade. Nessa época estavam por lá Isabel Allende e Eduardo Galeano, entre outros latino-americanos que erravam pelo continente, como meu pai, que nunca mais voltou. Havia muito petróleo, muita grana circulando; eu, pequeno, passeando com meus pais à noite. Vitrines. (Quase) tudo era importado, Made in USA.

O presidente era Carlos Andrés Perez, que voltaria a governar o país entre 1989 e 1994 e seria condenado por corrupção - chegando a ficar preso. A economia desandou. O petróleo caiu, a inflação cresceu e o descontrole nas contas públicas lançou o país num caos que não é estranho à América Latina. Uma série de presidentes depois - incluindo um herói nacional, Rafael Caldera - não conseguiram melhorar a economia: até hoje o país carece de um parque industrial eficiente porque se apoiou, durante muito tempo, nos petrodólares.

O povo desesperado que elegeu Hugo Chávez presidente, espera uma revolução social pacífica, mas o messianismo não foi bem aceito pela velha burguesia venezuelana - leia-se Fedecaramas -, que com o apoio aberto dos Estados Unidos, tenta iniviabilizar um governo legítimo, que busca recuperar a economia e a auto-estima de um país belíssimo, a "pérola do Caribe".
Fora da estante
A Expedição Kon-Tiki - Thor Heyerdahl

Na vitrola
Heroin - Velvet Underground.

sábado, 14 de dezembro de 2002

Do mal
É oficial. Os Estados Unidos querem um novo governo para a Venezuela. Depois do golpe fracassado, quando o FMI ofereceu "ajuda para a recuperação econômica do país", agora o presidente norte-americano reconhece a necessidade de tirar o governo de Hugo Chávez em favor de algum candidato neoliberal. Com isto, está reconhecida a existência de um eixo do mal na América Latina (Cuba, Venezuela, Equador e, quem sabe, Brasil), além do eixo do mal no Oriente Médio (Iraque, Irã, Arábia Saudita, Síria e Líbia) e o recentíssimo, mas não menos preocupante eixo do mal norte-coreano. Alheio a tratados internacionais de autonomia e confiante nas tecnologias de informação e bélicas (já não são a mesma coisa?), o bushismo encena uma guerra global.

Guerra fria