terça-feira, 13 de julho de 2004

Dia do rock

São Paulo - Robert Johnson B.B. King Elvis Presley Chuck Berry Etta James Buddy Holly Beatles Beach Boys Rolling Stones Jefferson Airplane Lovin' Spoonful Mutantes Led Zeppelin Canned Heat Deep Purple Jimi Hendrix Black Sabbath Joelho de Porco Rush Uriah Heep Nazareth Ten Years After Moody Blues T. Rex Casa das Máquinas Free Sui Generis The Doors Thin Lizzy Iron Maiden O Terço Suzie Quatro Charly Garcia AC/DC Raul Seixas Celso Blues Boy Humble Pie Legião Urbana The Clash Patti Smith Soda Stereo Peter Frampton Joy Division Style Council The Police Paralamas The Smiths Plebe Rude The Cure Echo and the Bunnymen The Mission Prefab Sprout Cocteau Twins Talk Talk Nirvana Chico Science e Nação Zumbi Cafe Tacuba Pearl Jam Aterciopelados Smashing Pumpkins The Strokes Kings of Leon (... e continua)

sexta-feira, 9 de julho de 2004

Micronações

São Paulo - A rede assemelha-se cada vez mais ao mundo real, com o detalhe de que por aqui as semelhanças começam pelas esquisitices. Como as primeiras home-pages, repletas dos famigerados GIFs animados, que surgiram como praga no meio dos anos 90 e até hoje podem ser encontradas nos porões da web.

E os sites de maledicência contra tipos insuportáveis (Casas Bahia, Galvão Bueno)? Tem os que homenageiam RPG, O Senhor dos Anéis e Harry Potter, com vocabulários específicos e herméticos. Há os codificados com a escrita semiótica dos chats que lembram idiomas falados pelo C3PO. E há os blogs adolescentes, cheios de dolls e temas de importância universal, como a última ida ao cabeleireiro.

Mas nada se compara em matéria de estranheza ao fenômeno das micronações. Nesses ambientes virtuais, cidadãos criam personas, instituições públicas e governam seus reinos de pixel com dedicação de estadistas, ampliando o espaço nos discos rígidos que sustentam a ciberesfera e, claro, a lentidão da rede. Mas quem não contribui para o grande engarrafamento virtual que atire o primeiro mouse.

Nas micronações, os internautas podem atuar em profissões diferentes das que exercem na realidade. Participam da administração do país, caso dos funcionários públicos e candidatam-se a eleições, desde que tenham partido político. Os partidos, por sua vez, devem ter sítio próprio. Para fundar uma micronação, basta ter um computador, hospedagem gratuita e perfil de estadista.

Vejam um trecho da história da Monarquia Hereditária de Brunão, que subsiste em uploads feitos de Curitiba:

A História de Brunão remonta (sic) os tempos da Guerra do Golfo (1991), quando um menino com ainda 5 anos sonhava fundar seu próprio país. Mais adiante (10 de outubro de 1996) é criado um país com o nome de Monarquia Hereditária de Brunão que existe até hoje, tendo como rei Vossa Alteza Real Rei Bruno Quadros e Quadros. O brunaíno é um idioma artificial que está sendo desenvolvido pelo Rei e procura ter raízes portuguesas, inglesas, romenas, célticas, vikings e gaélicas.

A veterana Pasárgada tem versões em português, inglês e espanhol e possui estrutura administrativa impécavel, com cantões (Éfaté, Icária, Inverness e Sloborskaia) e constituição própria:

Verdadeiro ícone do sentimento democrático Pasárgado, a Constituição define Pasárgada como "um estado social e democrático de Direito, que tem como valores superiores de seu ordenamento jurídico a Liberdade, a Justiça, a Igualdade e o Pluralismo político", onde "a soberania nacional reside no Povo Pasárgado, do qual emanam todos os poderes do Estado".

Outras, como a Comunidade Cecília, cansada de nações virtuais autocráticas, tem propostas mais ousadas:

Diferente de algumas micronações, temos como objetivo fazer com que os cidadãos pensem sobre a própria sociedade do mundo real. Pensem e, se acharem algo de errado, que façam alguma coisa.

Alguns links:
Micro-Nations
Reino Unido de Portugal e Algarves
Reino Unido de Sayed
Reino da Normandia

terça-feira, 29 de junho de 2004

Leio A artista do corpo, de John Delillo

Um livro curto, um tempo longo. Pouco mais de 120 páginas de pequenos parágrafos em corpo 13. A artista do corpo envolve romances incompletos, sentimentos contraditórios, incomunicabilidade, body art e provação. Exige leitura lenta (exagerei nos quatro meses!), com suas frases inacabadas que nos levam a crer que essa história corre numa linha de tempo congelada, como a superfície de um lago, como os carros que deslizam na auto-estrada, como se.

segunda-feira, 28 de junho de 2004

America

São Paulo - Os norte-americanos acreditam que o mundo exterior se divide em duas categorias: países que são uma anarquia tal que nem vale a pena pensar neles, e aqueles cuja anarquia ameaça nossa segurança ou nossa sensibilidade moral. No último caso, devemos invadí-los, restabelecer a ordem, retornar imediatamente e não pensar mais neles.

Do livro Detonando a Notícia, do jornalista norte-americano James Fallows, p. 172

domingo, 27 de junho de 2004

Imagens

Divinópolis - Elas começaram a aparecer não se sabe de onde, circundando as árvores próximas de uma ponte sobre a linha férrea que liga o centro de Divinópólis ao bairro Esplanada. Fiz com uma Fuji S5000 o registro das belas e barulhentas garças do centro-oeste mineiro.

quinta-feira, 24 de junho de 2004

quarta-feira, 23 de junho de 2004

Textos sem autor

São Paulo - Pululam, na rede, textos apócrifos atribuídos a escritores de renome. Não sei qual a intenção dos autores de tais peças, ordinariamente escritas e com um toque pessoal aqui e ali, atestando-lhes a insipiênsia.

Seriam descendentes dos desafetos de James Joyce os autores das cartas escatológicas que tentam lhe copiar a fleuma? Seriam separatistas os responsáveis pelos textos falsos atribuídos a Luís Fernando Verissimo?

Teria sido Sérgio Brito (Titãs) o autor de versos moribundos atribuídos a Jorge Luís Borges? Que fundamentalistas escreveram as mensagens piedosamente cristãs atribuídas ao pouco religioso Gabriel García-Márquez?

segunda-feira, 21 de junho de 2004

São Paulo

São Paulo - Buzinas luzes carros trânsito luzes ruídos luzes ruas avenidas metrô vielas pessoas gente gente gente gente barulho vendedores pressa filas táxis vozes carros casas gritos luzes USP casa filho Liu mulher Andréa amor amor amor Pinheiros sábado Madalena sábado Dolores DJs Morrison bar rock n' roll Zeppelin Jack Daniels Aspicuelta Black Label Joplin Wisard tequila sal Blue Curaçao táxi domingo Play Center filas carros filas queda filas vôo filas roda gigante filas filas trenzinho filas elefantes filas filas pizza filas filas filas casa comida roupa mochila metrô terminal ônibus estrada estrada estrada

domingo, 20 de junho de 2004

O mundo é pequeno?


O mundo é pequeno
São Paulo - O mundo acadêmico é. Ontem encontrei no Terminal Tietê (eu chegando a São Paulo, ele saindo de) o pesquisador da Embrapa, especialista em orquídeas, Joaci Freitas. Joaci faz doutorado ardido em cidade de nome doce, Jaboticabal. Está pesquisando o DNA de uma espécie de pimenta nativa de Roraima, que os índios usam imemorialmente. Permanece, no entanto, fotografando e pesquisando Cattleyas violaceas e outras espécies de orquídea do Norte e do Sudeste. Nos velhos tempos de minha banda, Carolina Cascão, Joaci recebeu-nos em casa para uma turnê Brasil-Venezuela marcada por muita sede e rock n' roll.

quarta-feira, 16 de junho de 2004

Bloomscentury

São Paulo - Faz cem anos hoje que Stephen Dedalus flanou pelas ruas de Dublin, encontrou Leopold Bloom, que encontrou Gerty McDowell que não gosta de Blazes Boylan (quem gosta?), que pardelhas, pardelhas, é mesmo a bloody bastard.

Há cem anos ocorria o Bloomsday.

Para entender, leia o Ulisses de James Joyce. Mas depois... sua vida será outra, com você pensando de forma multifacetada, querendo escrever complicado só pra sentir o gostinho, com idéias revolucionárias sobre arte e estética. Depois ficará surpreso com a memória das coisas, a organização interna das gavetas, o orgulho nacional e achará que conhece a loquaz Molly Bloom. Depois descobrirá que a vida é menos complexa, que dá pra encarar um Fernando Sabino sem perder a calma, assistir a Jay e Silent Bob, Hermes e Renato...

100 a 87

São Paulo - Toda a glória aos pistões de Detroit.

Ben Wallace nas alturas.

O abalado Los Angeles Lakers estava irreconhecível em quadra. Tinha que perder mesmo.

Sofrimento dobrado para Karl Malone, que apostou errado trocando os US$ 18 milhões de renovação com o Utah Jazz por 1/10 desse valor para jogar no Lakers.

Duelo de técnicos é um termo apropriado para a final da NBA. Ao derrotar o laureado Phil Jackson, Larry Brown (laureado de outrora) prova que no basquete, diferente da política externa, toda supremacia tem limites.

terça-feira, 15 de junho de 2004

Igualzinho

São Paulo - Essa eu vi num post do Israel Barros no Cabuloso Destino: com o singelo subtítulo de Star Estimator, o Analogia localiza celebridades que se pareçam com você. Isso mesmo, você. Basta ter uma foto no micro. O resultado nem sempre é fiel a nosso fenótipo. Ou então pareço com Diego Armando Maradona e Timothy Dalton. Encontre seu sósia-celebridade aqui.

Guerra fria