terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Por que você nunca gostou de dar entrevista a jornalistas? A questão é falha na formação acadêmica dos atuais profissionais de imprensa ou é falha de caráter dos mesmos? by ricardodivino

Pergunta tinhosa. Tinha que ser de jornalista. Veja: há falhas sim, mas na (auto) formação acadêmica. Nenhuma faculdade pode ser culpada pelos maus jornalistas que saem de lá. A responsabilidade é dos próprios, que não seguem as recomendações e a bibliografia dadas. O que termina sendo uma boa desculpa para os que exercem a profissão sem diploma. Vejo falta de caráter mais nestes últimos, que ingressam numa atividade sem formação adequada, sem estudar ética jornalística, as linguagens individuais de cada meio, as formas corretas de se comportar no vídeo e no escrevinhar.

No mais, já tive entrevistas deturpadas (falha no caráter?) por descuido e, o que é mais grave, desinformação do entrevistador. Jornalista que não sabe a origem do Big Brother, quem é Truman Capote ou Winston Smith ou Raskohlnikov ou William Gibson ou Paulo Francis ou Stan Lee, deveria ter o diploma cassado. Quem estuda sabe a diferença entre crítica e calúnia. Não pode reclamar de processo depois. Temos que nos afirmar como área nobre do conhecimento e por isso é válido vetar as hordas bárbaras.

Pergunte qualquer coisa: http://www.formspring.me/averyverissimo

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Carnaval

Intelectuais não apreciam carnaval porque racionalizam tudo. Acadêmicos não apreciam carnaval porque não é explicável pela ciência. Roqueiros não apreciam carnaval porque as músicas não oferecem som e fúria. Budistas não apreciam carnaval porque lhes afasta do Nirvana. Evangélicos não apreciam carnaval porque o consideram coisa maligna. Plantonistas de hospital e paramédicos não apreciam carnaval por causa da sobrecarga de trabalho. Há artistas que não apreciam carnaval porque o consideram uma bobagem alegre, alienação cultural, comércio do corpo e deturpação da alma. De minha parte, concordo com todos.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Magic Buzz

Chama-se Buzz o novo produto de uma companhia que já guarda para si as informações pessoais de 17 por cento dos internautas. Os algoritmos do Google estão preparados para acabar com sua privacidade. Pretende se alimentar das informações de plataformas concorrentes e virar a maior rede social. Sua estrutura permite blogging, chat, compartilhamento e integração com produtos da casa. As contas no Gmail, Blogger, etc passam a ser adminstradas a partir de um perfil comum. A partir de agora, você se chama assim:  www.google.com/profiles/voce.

Sobre Educação em Roraima

Segundo o IBGE, Boa Vista apresenta o maior percentual de alunos sexualmente ativos. Nas escolas públicas, 33,1% dos alunos declararam ter feito sexo. Nas particulares, 29,2%.

Dos casos de agressão com facas e estiletes, os maiores índices se encontram em Boa Vista (9,5%) e os menores em Porto Velho (4,1%). Quem disse que lá é o Velho Oeste?

Nos casos de arma de fogo, a capital de Roraima lidera as estatísticas (9,4%), seguida de Curitiba (9,2%).

Os dados abaixo fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde com o Escolar (PENSE), realizada pelo IBGE em todo o Brasil. 

Numa terra em que os políticos pagam com dinheiro público shows de pornoforró, não é difícil entender porque ostentamos esses índices.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

J. D. Salinger morreu?


J.D. Salinger morreu mesmo ou é golpe publicitário? (piadinha mórbida sobre escritores reclusos, que deve ser feita de preferência durante o velório).

Se houver um céu dos escritores, Salinger será recepcionado por Zelda e F. Scott Fitzgerald, que farão o discurso de recepção e imitarão quadrúpedes para a diversão da platéia. Truman Capote contará piadas ácidas e espirituosas sobre as frescuras salingerianas. Serge Gainsbourg tocará (mal) alguma coisa ao piano. Virgina Woolf, Silvia Plath e Ernest Hemingway ficarão reclamando da vida post-morten e Hermann Hesse, cansado da bagunça e alegando dor de cabeça, vai mandar todo mundo pra casa mais cedo. Joseph Pulitzer vai achar bom, por causa do barulho e... ops, Pulitzer era jornalista. Jornalistas não vão para o céu.

PS: Chegou a hora de ler o Apanhador no Campo de Centeio. Tá, sei, já devia ter feito isso. Mas também não li O Pequeno Príncipe. Fiquei ocupado com Homero, Sartre, Platão, Saramago, Henry Miller, Don Delillo...

Um poema

Se perdem gestos, cartas de amor, malas, parentes
Se perdem vozes, cidades, países, amigos.
Romances perdidos, objetos perdidos, histórias se perdem.
 
Se perde o que fomos e o que queríamos ser
Se perde o momento
Mas não existe perda, existe movimento".

(Poema de Sombra - Bruna Lombardi)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Leio A misteriora chama da rainha Loana, de Umberto Eco

Um homem de 60 anos sofre um acidente vascular cerebral e não lembra mais da mulher, filhos, netos, nem do próprio rosto. A Amnésia, porém, não atinge a parte racional do cérebro.

Livreiro e bibliófilo, Yambo lembra de citações e obras diversas, mas perde o arcabouço emocional que lhe fazia ser quem era. Por isso parte em busca de seu passado vasculhando a memória de amigos e parentes, velhas revistas, discos e livros. O passeio pelas letras é acompanhado por imagens. É um romance ilustrado, avisa a capa brasileira.

Nesta bela história de Umberto Eco, percebemos como a sociedade do século 20 foi ligeiramente homogênea em relação aos produtos culturais da época. Tanto a geração de Yambo (nascida nos anos 1930) quanto a minha, nascida nos anos 1970, tiveram a infância embebida em literatura, cinema e quadrinhos.

O defeito, como na maioria dos livros de Eco, são umas 100 páginas a mais do que a estória realmente necessita. Talvez UE seja um dos autores com maior número de catataus publicados per capita. Acabo de testar isso com os volumes de Baudolino, O Nome da Rosa, O Pêndulo de Foucault e A misteriosa chama da rainha Loana: todos ficam em pé, sem necessidade de apoio.

Se preciso pegar alguma coisa no alto da estante, basta empilhar quatro livros do Umberto Eco.

Livro: A misteriora chama da rainha Loana
Autor: Umberto Eco 
Editora: Record 
Páginas: 454 
Preço: R$ 40,00

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Uma canção

Once in a lifetime
Talking Heads


You may find yourself living in a shotgun shack
You may find yourself in another part of the world
You may find yourself behind the wheel of a large automobile
You may find yourself in a beautiful house with a beautiful wife
You may ask yourself, well, how did I get here?

Letting the days go by, let the water hold me down
Letting the days go by, water flowing underground
Into the blue again after the money's gone
Once in a lifetime, water flowing underground

You may ask yourself, how do I work this?
You may ask yourself, where is that large automobile?
You may tell yourself, this is not my beautiful house
You may tell yourself, this is not my beautiful wife

Same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was, same as it ever wasSame as it ever was, same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was

Water dissolving and water removing
There is water at the bottom of the ocean
Remove the water, carry the water
Remove the water from the bottom of the ocean

Letting the days go by, let the water hold me down
Letting the days go by, water flowing underground
Into the blue again, after the money's gone
Once in a lifetime, water flowing underground
Into the blue again, into silent water
Under the rocks and stones, there is water underground

Letting the days go by, into silent water
Once in a lifetime, water flowing underground
You may ask yourself, what is that beautiful house?
You may ask yourself, where does that highway lead to?
You may ask yourself, am I right, am I wrong?
You may say to yourself, my god, what have I done?

Letting the days go by, let the water hold me down
Letting the days go by, water flowing underground
Into the blue again, after the money's gone
Once in a lifetime, water flowing underground
Into the blue again, into silent water
Under the rocks and stones, there is water underground

Letting the days go by, into silent water
Once in a lifetime, water flowing underground
Same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was
Same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was

Time isn't holding us, time isn't after us
Time isn't holding us, time doesn't hold you back
Time isn't holding us, time isn't after us
Time isn't holding us...
Letting the days go by, letting the days go by, letting the days go by, once in a lifetime

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Bola ao cesto

1 - Lakers x Cavaliers emocionante no Canal Space, com narrador tiete de Lebron James e comentarista em crise criativa. Jogo com cara de playoff. Deu Cavaliers, 93 a 87. O brasileiro Anderson Varejão marcou os dois últimos pontos em arremessos livres, definindo a partida.

2 - Darren Collison, jogador-revelação do Memphis Grizzlies, é filho dos corredores guianenses Dennis - recordista nos 100 e 200 metros rasos nos Jogos Pan Americanos - e June, segunda colocada nos 400 metros rasos no Pan de 1979 e correu pela Guiana na Olimpíada de Los Angeles, em 1984.

Zeitgeist

Tentava salvar o mundo todos os dias, mas Heroes já passava na TV.

Guerra fria