domingo, 22 de maio de 2011
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Uma moto e a estrada
Boa Vista - Vejo comovente road movie canadense sobre homem que, ao descobrir-se com câncer em estágio avançado, decide cruzar o país sobre uma velha motocicleta.
Nada de especial na premissa, explorada muitas vezes em interpretações de medíocres a excepcionais, com atores de gêneros e estirpe variados, de Laura Linney a Jack Nicholson; de Morgan Freeman a Dermot Mulroney.
One Week me conquista não por tratar da brevidade da vida, mas pela organização de subjetividades, num inteligente ajuntamento de ações e atitudes diárias - aparentemente sem importância - que afetam todo o universo. E já não somos livres o suficiente para ignorar porque nos cassaram, dolorosamente, o direito a qualquer forma de egoísmo.
Nada de especial na premissa, explorada muitas vezes em interpretações de medíocres a excepcionais, com atores de gêneros e estirpe variados, de Laura Linney a Jack Nicholson; de Morgan Freeman a Dermot Mulroney.
One Week me conquista não por tratar da brevidade da vida, mas pela organização de subjetividades, num inteligente ajuntamento de ações e atitudes diárias - aparentemente sem importância - que afetam todo o universo. E já não somos livres o suficiente para ignorar porque nos cassaram, dolorosamente, o direito a qualquer forma de egoísmo.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
De terra e tributos
Boa Vista - A Prefeitura de Boa Vista foi "enganada" na época do loteamento do Parque Caçari. A imobiliária vendeu cada metro quadrado e não restou espaço para áreas institucionais. Ainda há muita área verde para se fazer as praças, quadras de esporte e outros benefícios que vários bairros têm, inclusive condomínios como o Monte Roraima.
A sugestão de pauta é para a imprensa. A sugestão de agir com zelo pela coisa pública, é para a prefeitura.
A sugestão de pauta é para a imprensa. A sugestão de agir com zelo pela coisa pública, é para a prefeitura.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Diário
Dia 416: É meio-dia e os últimos tuiteiros vivos anunciam que vão almoçar. Alguns mencionam o cardápio. Droga, logo não restará ninguém.
Dia 508: Há duas semanas ninguém publica nenhum tweet. A epidemia parece estar fora de controle. Mortos vivos nas ruas.
Dia 582: Depois de vasculhar a rede por dias, descubro uma sobrevivente. Disse que está viva por que nem mesmo zumbis acessam o Flogão.
Dia 508: Há duas semanas ninguém publica nenhum tweet. A epidemia parece estar fora de controle. Mortos vivos nas ruas.
Dia 582: Depois de vasculhar a rede por dias, descubro uma sobrevivente. Disse que está viva por que nem mesmo zumbis acessam o Flogão.
domingo, 1 de maio de 2011
Faroeste caboclo
Las Claritas - O reggaeton toca a altos decibeis na rua mais movimentada do lugarejo. Catadores deixam pilhas de latas de cerveja no asfalto para que os carros amassem. Se é preguica ou esperteza, nao sei, mas o espetaculo é deprimente.
Zed is dead, baby
Las Claritas - Anteontem mataram um homem em Las Claritas. Meu primo chegava pela mañha à loja do meu irmao quando notou o corpo estirado na rua. As pessoas passavam, olhavam e seguiam adiante. Tipo assim, nao há nada de errado com ele, exceto pelo fato de nao estar vivo.
Nao ha franquias em Las Claritas, mas em pelo menos uma coisa, o lugarejo se assemelha a Sao Paulo.
Os assassinatos, assaltos e latrocínios sao tao comuns por aqui que a populacao ja criou seu proprio toque de recolher. Quase ninguem sai as ruas depois das 22h. É o preco que se paga pelos diamantes e pelo ouro que se extrai da terra.
Nao ha franquias em Las Claritas, mas em pelo menos uma coisa, o lugarejo se assemelha a Sao Paulo.
Os assassinatos, assaltos e latrocínios sao tao comuns por aqui que a populacao ja criou seu proprio toque de recolher. Quase ninguem sai as ruas depois das 22h. É o preco que se paga pelos diamantes e pelo ouro que se extrai da terra.
sábado, 30 de abril de 2011
Bolivarianas
Las Claritas - Estou em um cybercafe - se assim podemos chamar o cubículo de 10 metros quadrados com 16 computadores e uma cabine telefónica - instalado ao lado de uma das trës farmácias de Las Claritas, um lugarejo perdido no meio do mundo, nos limites da Gran Sabana a 800 metros de altitude e 6° de latitude norte.
Falta luz e faz muito calor. Um pequeno gerador de energia mantém as máquinas funcionando. O teclado está configurado para escrever em espanhol e náo é possível enxergar as teclas.
Las Claritas é o retrato da República Bolivariana de Venezuela, um país outrora atraente para o turismo, mas que agora afugenta os visitantes devido aos constrangimentos ilegais pelos quais passam os viajantes de carro, parados por militares do exército e da guarda nacional dispostos a cobrar propina e destratar turistas em troca de uns mìseros trocados ou mesmo chocolate.
Morei na Venezuela quando criança e ainda tenho pai, primos e irmaos vivendo aqui. Todos chavistas, embora o caudilho presidente tenha perdido a simpatia do lado brasileiro da familia. Gostei - muita gente gostou dos primeiros anos de Hugo Chávez Frias à frente do país (ver arquivos do e-pístolas), mas agora a corrupçao, o desvio dos petrodolares e a formaçao de uma elite stalinista tornam desagradavel este país lindo, que se compara à Nova Zelandia em matéria de diversidade de natureza e paisagens que vao de praias caribenhas, a imensos deltas, savanas e selva amazonica, pantanais e picos nevados.
A sujeira toma conta do lugarejo, cuja economia está sustentada na atividade garimpeira. Uma miriade de homens e mulheres de diversas nacionalidades - colombianos, brasileiros, dominicanos e tambem venezuelanos - escavam a terra em busca de ouro e diamantes. A mineraçao por aqui é legalizada, mas nao significa que e ambientalmente correta. Ha uso de mercurio para minerar o ouro, que termina caindo nos mananciais.
Dias atrás estive em El Paují, uma comunidade meio hippie e meio indigena que começa a ser invadida pelos garimpos. Dizem que um irmao de Hugo Chavez tem mina por lá.
Que pasa, Venezuela??
Falta luz e faz muito calor. Um pequeno gerador de energia mantém as máquinas funcionando. O teclado está configurado para escrever em espanhol e náo é possível enxergar as teclas.
Las Claritas é o retrato da República Bolivariana de Venezuela, um país outrora atraente para o turismo, mas que agora afugenta os visitantes devido aos constrangimentos ilegais pelos quais passam os viajantes de carro, parados por militares do exército e da guarda nacional dispostos a cobrar propina e destratar turistas em troca de uns mìseros trocados ou mesmo chocolate.
Morei na Venezuela quando criança e ainda tenho pai, primos e irmaos vivendo aqui. Todos chavistas, embora o caudilho presidente tenha perdido a simpatia do lado brasileiro da familia. Gostei - muita gente gostou dos primeiros anos de Hugo Chávez Frias à frente do país (ver arquivos do e-pístolas), mas agora a corrupçao, o desvio dos petrodolares e a formaçao de uma elite stalinista tornam desagradavel este país lindo, que se compara à Nova Zelandia em matéria de diversidade de natureza e paisagens que vao de praias caribenhas, a imensos deltas, savanas e selva amazonica, pantanais e picos nevados.
A sujeira toma conta do lugarejo, cuja economia está sustentada na atividade garimpeira. Uma miriade de homens e mulheres de diversas nacionalidades - colombianos, brasileiros, dominicanos e tambem venezuelanos - escavam a terra em busca de ouro e diamantes. A mineraçao por aqui é legalizada, mas nao significa que e ambientalmente correta. Ha uso de mercurio para minerar o ouro, que termina caindo nos mananciais.
Dias atrás estive em El Paují, uma comunidade meio hippie e meio indigena que começa a ser invadida pelos garimpos. Dizem que um irmao de Hugo Chavez tem mina por lá.
Que pasa, Venezuela??
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Paris, Hilton
Boa Vista - Adrian Grenier explica a Paris Hilton o Mito de Narciso. Depois de ouvir a estória de um jovem muito bonito que se afoga ao admirar o próprio reflexo na água, Paris pergunta: "Isso é real?".
Vejo a cena em Teenage Papparazzo, documentário dirigido por Grenier sobre o garoto Austin, que de paparazzo-mirim, é tornado celebridade por conta do documentário dirigido por celebridade sobre papparazzo-mirim.
Vejo a cena em Teenage Papparazzo, documentário dirigido por Grenier sobre o garoto Austin, que de paparazzo-mirim, é tornado celebridade por conta do documentário dirigido por celebridade sobre papparazzo-mirim.
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