Mostrar mensagens com a etiqueta educação. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta educação. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Brasília - Professores em greve por educação de qualidade acreditam em utopia.

Governo entrincheirado entre discurso e prática promove distopia.

Sociedade alienada por futebol e telenovela viceja na entropia.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Brasília - O governo cancelou a reunião que teria na segunda-feira, 28,com os professores federais em greve. O encontro seria no Ministério do Planejamento (MP), mas o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público, Sérgio Mendonça, suspendeu o encontro sem justificativas. Veja aqui.

O Comando Nacional de Greve (CNG) avalia que o cancelamento "demonstra o desrespeito do governo em relação aos prazos estabelecidos por seus próprios representantes. Isso evidencia também a ausência de proposta efetiva a ser apresentada aos professores para resolver o impasse da greve".

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Boa Vista - Mensagem que chega por e-mail faz comparações entre o brasileiro e outros povos, que foram à luta por educação, ambiente, transparência na política. E apresenta o Brasil como nação alienada, mais dedicada a futebol, telenovela e religiosidade exacerbada que a direitos fundamentais como educação de qualidade. Nessa hora, o "cidadão consciente", nossa versão contemporânea de Policarpo Quaresma, ergue a voz para negar o que é absolutamente óbvio. E mascara com discurso nacionalista o que Sérgio Buarque de Holanda e Euclides da Cunha já percebiam há um século. O imobilismo do país do futebol e das commodities é caro a seus filhos.

sábado, 12 de maio de 2012

Brasília - Os estudantes universitários do interior de Minas Gerais provam ser os mais politizados do Brasil. Enquanto em todo o país, a adesão da estudantada é tímida, na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, alunos entram em greve no dia 17 de maio, junto com os professores. A Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha conta com o apoio dos alunos e na Federal de Ouro Preto, mais de 30 repúblicas declararam apoio à greve no dia 17. A página do movimento da UFOP no Facebook já tem mais de 700 cadastrados.
Brasília - O direito de greve é garantido por lei quando uma das partes quebra acordos ou não se dispõe a negociar. Desde o dia 4 de agosto de 2010 o Governo Federal não apresenta absolutamente nenhuma proposta satisfatória para os docentes. E no dia 31 de março quebrou o acordo de incorporação das gratificações e reajuste de 4 por cento. Portanto, deu todos os motivos para que a categoria paralise a partir do dia 17.
Brasília - A sala do hotel que sediaria a reunião de professores de universidades federais ficou pequena para o número de presentes. O encontro foi transferido para a sede do ANDES.

A indignação com os últimos acontecimentos se mistura à expectativa de que o Projeto de Lei 2203/11 seja transformado em Medida Provisória. A sugestão é do ministro Aloizio Mercadante. A decisão é da presidente Dilma Roussef. O interesse é nacional.
Brasilia - A sala do hotel que sediaria a reunião de professores de universidades federais ficou pequena para o número de presentes. O encontro foi transferido para a sede do ANDES. 

A indignação com os últimos acontecimentos se mistura à expectativa de que o Projeto de Lei 2203/11 seja transformado em Medida Provisória. A sugestão é do ministro Aloizio Mercadante. A decisão é da presidente Dilma Roussef. O interesse é nacional.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O Coronel em seu labirinto

Hugo Chávez: que revolucao mesmo?
Cumaná - Há vários dias o presidente aparece na Televisao para falar sobre o nada. Aliás, há vários anos. O politburo do autointitulado comandante-en-jefe teniente-coronel Hugo Rafael Chávez Frías usa os meios de comunicacao para falar apenas sobre o próprio presidente. Um culto à personalidade que se estende por murais, cartazes, outdoors e placas nas estradas de todo o país.

Uma maioria cada vez mais evidente de artistas e intelectuais venezuelanos deixa de acreditar na suposta revolucao bolivariana, que mudou o nome e a constituicao do país, mas nao mudou o estado de miséria como se esperava. Cerca de 37% da populacao venezuelana continua a viver abaixo da linha de pobreza e 20%  nao recebeu educacao formal.(2006). Um terco da populacao nao tem acesso a saneamento básico, segundo a ONU e 17 por cento nao tem água potável. Conheco bem quase 80 por cento do território venezuelano e pelo que vejo, essa estatística está subfaturada.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Todo meu apoio aos estudantes da USP

Não, senhores. Os estudantes não deixaram de ser a vanguarda do pensamento, da liberdade e das artes para defender futilidades. Quem se perdeu foi a sociedade, que já não possui capacidade cognitiva para discernir temas como educação, política, liberdades individuais, moda, economia, música e cozinha sem a orientação da mídia.

A pentecostal sociedade brasileira, que ama carnaval, churros e não perde a novela porque depois tem futebol, desconhece a primavera democrática que ocorre no mundo todo. Uma sociedade que contamina deliberadamente crianças, jovens, comércio e meios de comunicação com uma ética bíblico-capitalista de vulto eminentemente repressor. Uma sociedade que tem Paulo Maluf e apresentadores de programas policialescos como heróis populares; que se corrompe em todos os níveis e é guiada por José Nêumane Pinto e Victor Civita pouco merece a consideração que os estudantes da USP lhes dedica

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

To share, with love


Boa Vista - Isto não é pieguice. Educar é plantar uma semente que nalgumas vezes apresenta resultados imediatos e noutras só frutifica anos mais tarde. A missão de educador não é simples. Precisamos nos preparar diariamente dedicando tempo aos estudos e dinheiro à aquisição de livros e outras formas de conhecimento que muitas vezes sacrificam a nós e nossas famílias. Educar é amar e muitas vezes não ser amado. Professores são figuras vulneráveis, sozinhos diante de uma sala numerosa, sujeito a avaliações precipitadas, observações jocosas e a julgamentos por sua posição política, opção sexual, gênero, pelas roupas que veste. Professores são frágeis. Perdem horas de sono procurando fazer o melhor. Preocupam-se com aquele aluno que não conseguiu obter nivelamento com os demais. Preocupa-se com os investimentos na educação pública, com a crise mundial que bate à sua porta. Professores são seres humanos comuns, mas com uma missão especial. Aquela que lhe permite ler estas linhas. A que garante sua visão e sua condição de indivíduo no mundo. Por isso agradeço com emoção as felicitações pelo Dia do Professor que recebo de alunos e ex-alunos em diversas partes do Brasil e do mundo. De Osasco a Belo Horizonte; de Divinópolis a Dublin; de São Paulo a Boa Vista, obrigado.

sábado, 15 de outubro de 2011

Professor tem valor

Brasília - A gente podia tá matando, a gente podia tá roubando, mas a gente prefere tá educando. Por isso estamos aqui, reunidos no Sindicato Nacional, em pleno sábado, Dia do Professor, propondo educação de qualidade a um governo truculento e insensível que trata uma questão de estratégica e diretamente ligada à democracia como mero item orçamentário. Povo que não valoriza o professor é povo sofredor. Governo que desvaloriza o professor é governo opressor.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Não verás país nenhum

Brasília - Na reunião do setor das IFES, tentativa de evoluir da perplexidade à ação contra o Projeto de Lei 1992, que acaba com a aposentadoria integral e cria um modelo de previdência privada para o servidor público, baseado no sistema de bolsas de valores. 
Com o PL, o valor da aposentadoria flutuará de acordo com a volubilidade do mercado financeiro. O momento não é mais de esclarecimento, mas de mobilização. Coisa que a sociedade brasileira sabe fazer, pelo menos de vez em quando. A insurreição no Chile e em Wall Street nos inspirará?

Os chatos

Brasília - O governo conseguiu fazer com que 100 professsores, vindos de todo o Brasil, perdessem seu tempo em Brasília por conta de rusgas com o Sinasefe, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica. A oficina não ocorreu e o grupo ficou trancado num auditório cercado de manifestantes cobertos de razão. Antes isso se chamaria censura. E hoje?

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Para amar o Grande Irmão

Brasília - Manifestantes do Sinasefe na entrada da Enap e representantes do governo inesperadamente concordam em atrasar a oficina. Os representantes do Ministério do Planejamento se recusam a começar a oficina por conta dos manifestantes, que estão na entrada do auditório em perfeita ordem, todos com nariz de palhaço. Enquanto isso, os professores  esperam bovinamente que o MPOG considere o encontro inviável. 

Como amar ao Grande Irmão

Brasília - Estou na Escola Nacional de Administração Pública numa oficina oferecida pelo Ministério do Planejamento aos professores das IFES para aprender a negociar com o governo. Sim, é irônico.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Contra o acordo e pela greve docente nas universidades federais

Boa Vista - A sensação de desamparo causada aos professores federais por suas entidades representativas, Andes e Proifes, é quase resignadora. Quase. Porque a indignação, este combustível das democracias, e a coragem, gene contido no DNA de qualquer educador, são mais fortes que a resignação.

Antes não aceitávamos o tratamento desrespeitoso por parte do Governo Federal, incapaz de apresentar uma proposta para repor as perdas históricas da categoria. Agora, assistimos perplexos, à assinatura de um acordo realizado sem aprovação das bases. Um acordo que pouco muda a vida do educador e em nada melhora a qualidade da educação.

Nossos representantes nacionais não têm o direito de assinar acordos sem a anuência das bases. Já agüentamos esse desrespeito de nossos legisladores, que rechaçam a Lei de Ficha Limpa e do STF, que tornou obsoletos os cursos de Jornalismo numa canetada. Isso significa que nossos representantes não cumprem seu papel e devem ser destituídos.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Proposta ladina, resposta aquilina


Boa Vista - Professores da Universidade Federal de Roraima acabam de rejeitar a proposta do governo de reajuste na ordem de fabulosos 4 por cento. Amanhã ocorre a última negociação com o MPOG antes do fechamento do orçamento para 2012. A assembléia geral que discutirá indicativo de greve foi marcada para o dia 1 de setembro. Sim, o velho clichê “A luta continua” é apropriado para o momento.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Brasília - A Universidade Pública está em sério perigo. Nos últimos anos abriu-se muitas vagas, mas não se ampliou o número de professores. Os que estavam no quadro tiveram seus salários achatados e os igressantes já chegaram com uma remuneração pífia e com um plano de carreira menos que razoável. OU melhor, sem um plano de carreira.

Minha dúvida é: aonde o governo quer chegar monetarizando a questão, deixando tudo a cargo do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão?

Nós, professores das universidades federais, devemos alertar a sociedade sobre o sucateamento das IFES, as condições de trabalho cada vez mais precárias e o ensino médio espúrio que nos remete alunos cada vez menos preparados. A Educação precisa se tornar uma questão de Estado.

Nos últimos anos perdemos a capacidade de defender a saúde pública e a educação pública de qualidade. Associações de Docentes (claro, há exceções) passaram a ser pouco mais que administradoras de planos de saúde e clubes recreativos.

Somente juntos, técnicos e professores das IFES, podem construir uma possibilidade de enfrentamento (greve) ao que os governos FHC, Lula e Dilma, inesperadamente concordam: de que gastar com educação é prejuízo.

Pela destinação de 10 por cento do PIB à educação JÁ!

sábado, 16 de abril de 2011

Há 10 anos

São Paulo - Cegos, caminhamos pelos jardins da universidade, guiados por alguém de confiança. Sons. Formas. Adaptação. Medo. Ser cego é estar mutilado, deprimido e estranhamente tranqüilo. Eu e Damião Marques cegos num velho exercício de teatro. Wide eyes shut. Reféns da confiança. Verdadeiro acinte à vida urbana. Verdadeiro banho de imersão na complexidade dos quatro sentidos restantes.

Guerra fria