terça-feira, 28 de março de 2006

Green is the colour

Belo Horizonte - Filhos do Carnaval é bom porque soma Shakespeare a três Thomas: Mann, Anderson e Winterberg. Rei Lear, Festa de Família, Magnólia e os Buddenbrook comparecem nesta saga particular que está mais para Mike Leigh que Fernando Meirelles.

terça-feira, 21 de março de 2006

Como extinguir pássaros

Belo Horizonte - A fronteira agrícola na Amazônia não destrói apenas matas e rios. O desequilíbrio provocado pela monocultura de arroz no extremo norte do Brasil afeta, em diferentes instâncias, os bichos e os homens.

O desaparecimento de espécies de pássaros como o João-de-barba-grisalha (Synallaxis Kollari), que só existe em Roraima, é um indício.

Matérias como as de Vandré Fonseca, além de bem-elaboradas (jornalismo se faz assim) chamam a atenção para um problema mais que sério: urgente.

segunda-feira, 20 de março de 2006

Demônios

Belo Horizonte - No conjunto de mímicas do país do futebol e do carnaval destaca-se à crítica ao sistema, ao Hip-Hop e à TV Globo. É muito fácil demonizar a Globo ou ao Hip-Hop. É fácil berrar contra o sistema, culpar o poder público pela degradação social das grandes cidades.

Por isso Falcão: Meninos do Tráfico, dói em nossa alma pequena, desacostumada à vida real. O cotidiano de crianças em risco social, acompanhados pelo olhar atento e nem sempre passivo de uma câmara, nos é apresentado em imagens e depoimentos dolorosos, que insultam nosso comodismo social. Fazer o quê, agora?

sexta-feira, 10 de março de 2006

Desaparecidos XI

Belo Horizonte - Funcionários pouco éticos da Expresso Araçatuba também levaram o CD A vida é doce, do Lobão, um dos melhores, senão o melhor trabalho de João Luiz Woerdenbag Filho.

Músicas como universo paralelo, amanhecendo na lagoa, el desdichado II, além da própria faixa-título, são mísseis musicais e poéticos que não têm par na história da música popular brasileira.



Com a mesma falta de vergonha na cara eu procurava alento no
Seu último vestígio, no território, da sua presença
Impregnando tudo tudo que
Eu não posso, nem quero, deixar que me abandone
Não posso, nem quero, deixar que me abandone
Não posso, nem quero, deixar que me abandone não
São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirênes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam, que viveram tão depressa,
Tão depressa, tão depressa (A Vida é doce)

segunda-feira, 6 de março de 2006

Humpf

Belo Horizonte - Chega de escrever sobre carnaval, férias, shows de roquenrou, política, trânsito, poesia, crianças.

Chega de falar de cinema Munique-Crash-Syriana, como se entendesse de indústria de petróleo, sionismo, afins.

Chega de downloads e de updatings.

Chega de leitura. Nunca mais leio um livro hoje.

Chega de blogs, de Pods (os Is e os casts), de logoffs.

Chega de praia e cerveja gelada, de estrada e música a caminho do trabalho. Nunca mais vou ouvir música hoje.

Chega desse papo-cabeça-pequeno-burguês disposto à efêmera eternidade dos bits.

Até o próximo post.

sexta-feira, 3 de março de 2006

Guerra fria