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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Professor é agredido por dizer que é petista

Bruxelas - Salomão Nunes Santiago​ está sempre de bem com a vida. Ele é querido por todos no ANDES-SN por sua capacidade de trabalho e simpatia. Quando uma pessoa assim é atacada gratuitamente por quem perdeu o controle das finanças "graças ao PT", devemos reconhecer um princípio de convulsão social. Um episódio de desequilíbrio mental que não é isolado de outros, como o desequilíbrio moral do deputado que defende a suspensão armada da democracia ou o desequilíbrio ideológico de uma população repetidora de discursos de ódio, que adora televisão, mas odeia professores. A sequência de uma convulsão social é o estado de sítio, como o que vive esta cidade repleta de soldados do exército à caça de pessoas incapazes de conviver com as diferenças. A sequência de um estado de sítio é a anomia, a guerra civil. Os brasileiros que se cuidem: os canibais estão na sala de jantar. E eles são nossos vizinhos, colegas de trabalho, amigos e parentes. Os atentados de Bruxelas demonstraram que o inimigo não é mas externo. Ele está no meio de nós. Leia no Pragmatismo Político

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Educação em crise

A secretária de Educação de Roraima, Selma Mulinari, está neste momento no interior de três círculos concêntricos. O primeiro é seu gabinete de onde não sai desde as primeiras horas da manhã. Depois há um círculo com dezenas de policiais do grupo tático da PM, protegendo o prédio do lado de dentro dos portões. E, finalmente, do lado de fora, um círculo com professores, sindicalistas, movimentos sociais e estudantes indígenas indignados. Os professores da rede regular de ensino, iniciaram hoje uma greve, com 90 por cento de adesão e engrossaram as fileiras. Todos querem a cabeça da secretária, que é irmã da governadora Suely Campos. O ANDES-SN enviou representantes, que já prestaram seu apoio à causa dos professores indígenas em forma de moção e agora, pessoalmente, com membros do Comando Local de Greve. A greve é forte. A greve é multi-étnica. A greve é nacional. A greve é geral.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Dilma em fuga

Boa Vista - Neste momento, são apenas 32 graus à sombra. Mas a sensação térmica sob o toldo de lona facilmente ultrapassava os 40, quando a presidenta discursou aos povos. Havia movimentos sociais "casca grossa", como o MST, quietinho, quietinho. Havia indígenas em seus trajes, LGBTs em tons dourados aproveitando a alta luminosidade e um punhado de servidores da Educação, Justiça Federal e Previdência. O protesto quase não se ouviu. Defensores do governo, olhar misto de espanto e indignação, vaiaram. Pedir "Justiça e Educação" aqui, com esse calor, onde já se viu?! 

Os clientes do plano habitacional de maior sucesso na-história-desse-país exultavam. E havia a imprensa. E convidados VIPs, cujo critério de escolha é mistério. E finalmente o palco, onde os donos do poder dividam a mesa principal. Dois senadores e uma senadora eleitos por Roraima conversavam alegremente num evento quase privado, dado o esquema de segurança. Não fosse o Exército, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, seguranças oficiais e espiões em meio à turba suada, facilmente se confundiria com espetáculo de música. Tipo Wesley Safadão ao vivo no Mané Garrincha. 

Antes da presidenta, houve falas. A prefeita foi simpática e gentil. Same as it ever was. A governadora exigiu menos terras indígenas e áreas de proteção ambiental. Same as it ever was. Um ministro/pastor perguntava à plateia quem pagava aluguel acima de 500 reais. E 400 reais?! E 300?! E 200?? E 100, quem pagava mais de 100 reais de aluguel, minha gente? Braços suados em riste. Assessores políticos de bracos erguidos também. Leni Riefenstahl se refestelaria. Leques com a logo do Município foram distribuídos. Ventos a 4km/h. A presidenta falou até as 13h, abatida pelo calor. Disse que já resistiu a muitas dificuldades e não admite que haja desestabilização política. Só econômica. E só um pouco. O Brasil é forte. E já esteve pior. Quando a oposição foi governo, por exemplo... 

Depois entrou num helicóptero e se mandou sem falar com jornalistas. Parecia ter adivinhado que entre microfones, filmadoras e bloquinhos de papel havia um não-credenciado que cruzou cada uma das barreiras de acesso, sem crachá, como o alien de Gilberto Gil. Ou talvez o assessor tenha notado a camiseta vermelha do Comando Nacional de Greve do ANDES num jornalista que por acaso é professor federal em greve, portanto gente da pior espécie. Cinejornalistas frustrados, fotógrafos suados e decepção geral para quem entrevistaria a primeira celebridade. Repórteres maquiadas e lívidas, perderam a paciência e silenciosamente decidiram não votar em Dilma na próxima eleição.

Guerra fria