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quinta-feira, 31 de janeiro de 2002

Caminho contrário

Porto Alegre - Epnogoha fica agradavelmente surpreso ao saber que vim "da floresta" e que meu trabalho tem a ver com os problemas indígenas. Gosto de saber que esse cara, que largou a cidade para virar brujo e cuida, junto com o mexicano Oscar da fogueira mística, pensa de forma semelhante a este blogueiro (pesquisador de ciberativismo, caçador de respostas para essa desorganização mundial, prescrutador dos dominios virtuais em busca de cidadania planetária, teoórico do ativismo digital) que é, ao mesmo tempo, pesquisador e objeto num tal modelo de investigação participante.

Cidade da Juventude Carlo Giuliani

Porto Alegre - O acampamento lembra um show de rock n'roll, mas é uma aposta ideológica. Gente que quer mudar o sistema, que sabe que do jeito que as coisas estão, podemos nos inviabilizar enquanto seres humanos. Há pouca gente quando instalo minha barraca à sobra de uma árvore, próximo da barraca do MST e de uns chilenos. Os canadeneses (digo, quebequenses) estão aí já há algum tempo, ao lado de uns franceses radicais.

Parece evento de consumo, mas é anti-consumo. E se foi montada uma estrutura de consumo é porque não é possível suportar a chegada de 60 mil pessoas sem um mínimo de estrutura física, de alimentação e de logística.

Ou estou enganado ou esse é um som de um instrumento aborígine vindo daquele cara junto à fogueira. Descobrirei mais tarde que não. Trata-se de um brujo mexicano Oscar veio a pé para o Fórum. Partiu em maio do ano passado, conforme havia previsto durante o primeiro fórum. Ao seu lado, Epnogoha, que já chamou-se Sílvio, um gaúcho que descobriu-se feiticeiro durante um trabalho de preparação que durou três anos e três meses no alto da serra.

Guerra fria