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quarta-feira, 19 de junho de 2013

O Brasil é lindo, mas o povo brasileiro sempre me pareceu um coletivo esquizofrênico, ao mesmo tempo cruel e bovino. Gente que elege Maluf, Afanásio, Anchieta e pastores loucos; que transforma rio em esgoto e joga lixo da janela do carro não é exatamente um ideal de sociedade. Mas nos últimos dias, assaltado por um orgulho inédito, o povo começa a entender o conceito de nação. Nas passeatas, professores e jornalistas protestam contra a PEC 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público. Jovens despertam do sonho do ópio do consumo e defendem uma sociedade menos corrupta. Mães levam filhos pra ensinar-lhes desde cedo que direitos sociais precisam estar acima das conveniências do poder. A nação brasileira é este monstro na rua, formado por brancos, pretos e índios, patricinhas, gays, funcionários públicos, estudantes, aposentados, prostitutas, religiosos e telespectadores. Um monstro que surge nos subterrâneos e faz milhares de desconhecidos cantarem juntos o Hino Nacional no metrô. Brasileiros com muito orgulho, com muito amor.

Guerra fria