terça-feira, 14 de julho de 2009

Leio o Frenesi Polissilábico, de Nick Hornby

Se existe algo que qualquer escriba-genial-ignorado-do-grande-público gostaria de escrever, é um livro sobre livros. Membro postiço do libelo de Nick Hornby, Frenesi... apresenta obras interessantes para apreciadores da literatura, sem floreios e meneios.

No livro foram reunidas 28 colunas que Hornby produziu para a revista The Believer, publicação dirigida por sinistro grupo de jovens de roupão branco fanáticos de direita. Entre os mimos literários estão Dickens, C. S. Lewis e coisas novas, quase todas escritas em língua inglesa.

É provável que a pop prosa de Hornby seja resultado das auto-impostas limitações idiomáticas. O autor de Alta Fidelidade pode até apreciar Mario Vargas Llosa ou José Saramago, mas decidiu escrever fácil, extremamente fácil. O que por um lado repopulariza os livros (eles estavam impopulares?), por outro causa a impressão de que as linguagens falada e escrita são homogeneizáveis. Mas o que é bom para a comunicação torna-se trágico para o sentido artístico da obra escrita.

Certas curiosidades são impagáveis, como saber que Richard Yates, o autor de Revolutionary World, serviu de modelo para Alton Benes, o pai de Elaine, de Seinfeld. Sim, você poderia passar sem essa informação. Mas sou fã de Seinfeld.

Livro: Frenesi Polissilábico
Autor: Nick Hornby
Editora: Rocco
Preço: R$ 33,00

Les Mini-Feuilletés de Thon!

Boa Vista - Merci, Delphine. Je t'aime!!!




Informations générales :
* Temps de préparation : 20 minutes
* Temps de cuisson : 15 minutes - Thermostat 6

Ingrédients (environ 20 feuilletés):
* 200 grammes de thon à l'huile
* 1/2 poivron
* 1 gros oignon
* 100 grammes de gruyère râpé
* 2 grosses cuillères à soupe de moutarde
* Persil haché
* Graines de sésame
* 2 pâtes feuilletée
* 1 œuf
* Sel et Poivre



Préparation:
* Égoutter le thon
* Couper en dés le 1/2 poivron
* Couper en petits morceaux l'oignon
* Faire revenir l'oignon et le poivron dans une poêle
* Mélanger dans un saladier le thon + l'oignon + le poivron + le gruyère râpé + la moutarde + le persil + le sel et le poivre
* Couper la pâte feuilletée à l'aide d'un bol pour faire des ronds afin de former les mini-feuilletés
* Mettre la farce sur la pâte et fermer chaque feuilleté
* Battre l'œuf en omelette et "badigeonner" le dessus de chaque mini-feuilletés
* Saupoudrer de graines de sésame
* Chauffer pendant 15 minutes -Thermostat 6

Astuce:
* Ne pas avoir peur de mélanger avec les mains la farce !!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Fábulas Maranhenses

Boa Vista - O texto não tem autoria reconhecida e não é novo. Mas vale uma reflexão sobre os tempos atuais. Enquanto o presidente da República emplaca 80 por cento de aprovação, Judiciário e Legislativo naufragam em denúncias de todo gênero. Para engrossar os coros de "Fora, Gilmar" e "Fora, Sarney", segue o texto:

Para nascer, Maternidade Marly Sarney. Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou, Roseana Sarney. Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney.

Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um tal de José Sarney;

Para inteirar-se das notícias, leia o jornal "O Estado do Maranhão", ou ligue a TV na "TV Mirante", ou, se preferir ouvir rádio, sintonize as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney. Se estiver no interior do Estado ligue para uma das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante, todas do mesmo proprietário.

Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney (recém batizado com esse nome, o que é proibido pela Constituição, coisa que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor).

Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas 'maravilhosas' rodovias maranhenses e aporte no município José Sarney.

Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? Vá, então, ao Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney...

Seria cômico se não fosse tão triste....

E quando o Zé Sarney morrer.... o Maranhão fica para seus filhos ou volta para o povo????

Quando José Sarney (Presidente do Senado do Brasil) morrer...certamente irão trocar o nome do Maranhão.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Quatro anos

Boa Vista - Um ponto comum no apoio à queda do diploma para jornalistas são elucubrações precárias como a já clássica "Nelson Rodrigues e Claudio Abramo não tinham diploma". Bom, Abramo e Rodrigues são de tempos pré-diploma e liam Tucídides. A tentativa de comparar-se a eles é heresia.

A falta de conhecimento sobre a profissão é comum na sociedade, entre ministros do STF e debalde entre os que "praticam" jornalismo sem diploma.

Na imprensa de Boa Vista, onde o diploma nunca teve força suficiente para se impor, a pièce de résistance é o jornal Roraima Hoje. Até a afiliada local da Rede Globo mantém estagiários em seu quadro. Os demais praticam um serviço de notícias parnasiano, sensacionalista e eleitoreiro difícil de suportar.

E tudo isso porque os rábulas locais se recusam a passar quatro anos numa faculdade. Apenas quatro anos.

Guerra fria