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terça-feira, 16 de julho de 2019

Selling England by the Pound

Londres - Não sou nenhum especialista, mas é provável que a cidade que criou o capitalismo como o conhecemos sobreviva actualmente de moeda supervalorizada e impostos pesados, mais o factor tradição, que não deve ser ignorado. A Inglaterra nunca perdeu, nem quando foi expulsa da China, Índia, África e Antilhas ou quando Hitler destruiu seus monumentos cirurgicamente reconstruídos. Seus acordos sempre foram irresistivelmente conciliadores. Suas saídas, honrosas. Suas indenizações, vultosas. Suas revoluções, industriais.

Milhões de imigrantes sustentam Londres há várias gerações. Vinham das ex-colónias e agora da União Europeia - A Efêmera. Há muitos empregos e poucos londrinos em Londres.  O trabalho não-especializado é abundante e todos ajudam as famílias em países de preços honestos. Trabalhadores italianos, romenos, espanhois, marroquinos, gregos, croatas e portugueses afirmam que o lugar é bom para se fazer dinheiro, mas you know, easy come, easy go.

Há um valor para as coisas e há um valor para as coisas em Londres. Nada vale o que pedem, mas pagamos assim mesmo. Os preços estão fora da realidade da maioria dos países europeus porque o endomarketing londrino é uma tradição tão longa quanto as disputadas cerimônias kitsch com cavalos no Household Cavalry. O que talvez explique o Brexit. Embora o resto do mundo classifique-o  como a maior estupidez britânica dos últimos tempos, a decisão conservadora quer reforçar o histórico de sobrevivência da Ilha.

Lagos está cheia de ingleses que deixaram Londres, como meu amigo Asher, que recomenda visitar a cidade, nada mais. Tínhamos um amigo comum, o Nathan, que morava em Lagos e resolveu voltar para Londres mas morreu semanas depois. People die.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Mato eles?

São Luís - O Governo de Roseana Sarney não se destaca apenas na corrupção e no abandono do patrimônio cultural da humanidade que é o conjunto arquitetônico de São Luís. Movimentos de direitos humanos responsabilizam a governadora pelas atrocidades cometidas no Presídio de Pedrinhas, onde desde o ano passado 65 presos foram assassinados em condições medievais.

A tática faria Rachel Sheherazade e boa parte da população brasileira vibrar de felicidade: basta misturar facções rivais nas mesmas celas, como fizeram Bélgica e Inglaterra na colonização da África. A indiferença da ONU diante do genocídio em Uganda também inspirou a política de segurança do clã Sarney, que mantém o caso em segredo desde que a Polícia Militar ocupou o presídio, em dezembro.

Pergunta óbvia: por que não houve intervenção federal no presídio? Porque o governo Dilma, que tem amizade fraterna com Sarney e aliados, prefere perseguir movimento sociais, criminalizar manifestações e deslocar a Força Nacional para os protestos de rua. Os encarcerados no presídio mais inseguro do planeta e os operários da Copa da Corrupção que morram à míngua.

Guerra fria