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sábado, 19 de fevereiro de 2011

terça-feira, 2 de junho de 2009

Minguante, a missão

Boa Vista - Edgar Borges,
destemido Kariña
que escreve
crônicas da fronteira,
entrevistou Luís Ene
para o
Overmundo
a perguntar
que história
é essa
de congelamento
da Minguante.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

O fim da Minguante

Boa Vista - O número 14 é o último da Minguante, anuncia o Luís Ene.

A revista ibero-americana de micronarrativas produziu quinze edições (porque existe um número zero) de irrepreensível qualidade técnica e literária.

Escritores de vários países ajudaram a desenvolver esse projeto coletivo de web art que agora fica eternizado na ciberesfera.

O último tema é, apropriadamente, O FIM. Abaixo, dois petiscos:

o fim
somos tão felizes juntos. recordo, como se fosse hoje, quando aqui chegaste
(o começo de o fim).
suicidaste-te, apenas, porque eu morri. és tão romântico, amor.

(Olinda de Freitas)



(João Pereira de Matos)


Leia (veja) o restante .

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Minguante

Boa Vista - Entre os textos do número 13 da Minguante há preciosidades como esta:


ACERVO DE SOMBRAS

Meu marido ronca ao lado meu, levanto-me com os ossos do ofício, fico na solidão eletrônica apalpando webcam, repassando canais, desligada de modas que a tela esquecerá, nada de sonhos, isso não me cabe perfume, não me fala arrepios, minhas mãos já não pegam no falo-não-calo com aquela crença no mundo, meu marido ronca abraçado aos temperos dalgum sonho ou de outro pesadelo que não eu; detesto-o quando chega tarde, mais ainda quando nunca chega – mesmo tendo chegado com cinco palavras, miúdo como um gato molhado, isso é o que me lembra quando chega e fala uns mínimos contos diluídos nalgum sorriso que um dia me absorveu com framboesa, mas já não é tempo de framboesas, tempo é de alicate na alma, turquez na carne, alfinetes malditos, ainda vivo a esperança de matar algo em mim, para que, talvez, possa continuar deste lado da cama, do mundo, longe de ti, do meu marido já morto ao lado meu, arfando feito baleia arpoada, barco louco avariado. Creio em sombras, não em deus-pai, na assombração que é o Mundo, nada de réquiem. Sinto pelos bamboleios nas paredes da mente que o medo existe, e assombra a ação.

(Darlan Cunha - Minguante)

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Um conto

O espéculo

Em certo país e cidade, há uma espécie de café e nele uma mesa em particular. A ela se sentam e a ela regressam aqueles clientes que notaram um dia o espelho defronte. Através do vidro velho, irregular e manchado, cada desses clientes tem a impressão de contemplar no lugar de si um outro, estranhamente próximo de qualquer coisa que desejaria em segredo ser: O velho eleva a chávena aos lábios dum eu antigo, de costas mais direitas; O pobre acende um cigarro amarfanhado mas saboreia a cigarrilha fina do vulto bem vestido que lhe segue os gestos; A jovem perplexa observa-se e detecta algo de claramente masculino no gesto simples de endireitar os óculos. Conheço bem aquela mesa. E esses vultos distorcidos, feitos da essência do desejo – dizer que os conheço bem seria bem pouco. Faço o que posso e me compete. Mas quando lá ao fundo a mesa está vaga e há que matar o tempo, sirvo-me deste caderninho que alguém nela deixou em desalento e vou alinhando palavras sobre as linhas azuis. Assim, devagar. Da direita para a esquerda.


(Carlos Tijolo, na Minguante)

domingo, 8 de abril de 2007

A ausência

Boa Vista - O número 5 de Minguante traz textos inspirados de autores de Portugal, Brasil, Espanha, México e Chile. O tema da ausência permitiu enredos competentes. Carlos Seabra vem de humor negro, Luís Ene envereda pela videoarte, Alberto Monteiro desafia a temática e Maria Pragana prega sustos.

Três amigos comparecem neste número. O já citado Luís Ene, o ausente homenageado aqui e o talentoso Ricardo Divino, meu prezado das Geraes.

Impressiona a quantidade de textos sem título, nesta edição. Ou não?

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Minguante

Belo Horizonte - Projeto coletivo dos blogueiros-escritores Luís Ene, Fernando Gomes, Henrique Fialho e Margarida Delgado, Minguante é revista de micro-narrativas com textos de escribas portugueses, brasileiros e espanhóis, em conceitual salada literária ibérica. Contém banalidades heréticas do autor destas e-pístolas. Minguante já está disponível aqui.

Guerra fria