quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Bola ao cesto

Belo Horizonte - A TV Globo ensaia interesse pelo basquete brasileiro, que hoje é menor que o argentino e o norte-americano, mas é dos melhores do mundo. Historicamente, somos quase tão campeões quanto os consagrados ianques.

Que isso aproxime a poderosa da NBA. Porque os times de basquete brasileiros e a própria seleção carecem de apoio. O ideal seria patrocínio dos exportadores, recentemente subsidiados com a queda do dólar e leis de incentivo. O Brasil está produzindo craques de basquete em série, como no futebol. Os empresários precisam ficar de olho e investir.

Como acontece no futebol espanhol e italiano, a vitrine mundial dos melhores jogadores de basquete do mundo é a NBA, onde aos poucos aumenta a presença de brazucas. Tem Leadrinho no Phoenix Suns, Anderson no Cleveland Cavaliers, Nenê nos Nuggets e Rafael Araújo no Toronto Raptors. Só queria saber o que aconteceu com as transmissões da ESPN.

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

quinta-feira, 18 de agosto de 2005

Ladrões

Divinópolis - Belo Horizonte - Pacato interior de Minas? Há dias ladrões arrombaram a porta da cozinha e roubaram um DVD player, umas jóias e meu notebook, levado com bateria e carregador na bolsa. O dinheiro compra tudo de volta, mas o último item é irreparável, não pelo preço ou recursos tecnológicos. O prejuízo imaterial (os artigos científicos que vinha escrevendo, o conteúdo multimídia, um velho livro inacabado) causa mais danos: a perda da memória, da produção artística e acadêmica. Backups diários nunca foram meu forte. A Polícia foi informada. Os dias passam e as chances de recuperação são cada vez menores. Dependentes químicos trocaram-no por 50 reais em crack ou foi coisa de profissional? Roubaram quatro portáteis na mesma semana em Divinópolis. Na hierarquia do crime, de ladrões e receptadores, estes últimos são quase incógnitos. No fundo, gente comum, que adquire usados do amigo do amigo. Que compra auto-peças a preços inacreditáveis, na certeza de estar fazendo um grande negócio: quem compra mercadoria roubada não se importa se há sangue no que compra. O roubo de notebooks tem levado profissionais à ruína ou à morte, como aconteceu ao executivo da Schering, Alexandre Feijó. Amigos e familiares criaram uma ONG. Visite.

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

F1

Divinópolis - Michael Schumacher na Ferrari
Felipe Massa na Ferrari
Rubem Barrichello na BAR
Nada de novo na Fórmula 1 em 2006

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

Na tela


Belo Horizonte - Sin City não tem uma estética inovadora, como apregoa a mídia média. É estética antiga, de histórias em quadrinhos.

Mas engana-se quem achar que Robert Rodriguez repetiu a fórmula observada em Homem-Aranha, X-Men, Demolidor ou no Batman de Tim Burton. Ao dividir a direção com o desenhista Frank Miller, criador de Sin City, Rodriguez usou de um expediente raro entre cineastas (a humildade) e deixou que o mestre dos quadrinhos trabalhasse com paciência no planejamento fotográfico. O resultado é impressionante. Sabe a Frank Miller animado.

Em Sin City as mulheres são belas, os homens truculentos e as chuvas escandalosamente cantareiras. Não atinge a qualidade que o suporte bidimensional do papel proporciona, mas o filme é de longe a melhor adaptação já feita dos quadrinhos para o cinema. Palavra de quem aos 9 anos viu no cinema um Peter Parker loiro, de cabelo comprido, com rastreador eletrônico e teias que eram cordas brancas sobre as quais um artista de circo fantasiado se equilibrava. O Homem-Aranha recente melhorou, mas excede na melancolia de órfão do tio Ben. Não tem o humor do super-herói dos quadrinhos.

Já em Quarteto Fantástico o humor comparece em doses generosas. O filme manda bem, apesar da origem pouco crível do Doutor Destino, submetido aos raios cósmicos na mesma nave dos quatro. Se contasse com o humor do Quarteto Fantástico e a estética de Sin City (e um outro ator no papel), o Homem-Aranha contemporâneo seria bem melhor. Mesmo com a tecnologia disponível, falta-lhe o filme definitivo.

Assim como ao Hulk, Demolidor, Elektra, X-Men...

Frank Miller, diferente de Gabriel García-Márquez e sua luta contra adaptações pouco fiéis, pode ficar tranqüilo. Com Rodriguez por perto dá pra pensar num Demolidor revisitado. Que tal?

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

Diesel and dust

Belo Horizonte - O trecho da BR-381 (Rodovia Fernão Dias) entre Betim e Belo Horizonte vive, nas últimas semanas, um caos ligeiramente maior que o ordinário, de motoristas-malabaristas e pedestres suicidas.

As placas indicam que a troca do asfalto é obra do Governo Federal; as filas de caminhões que jogam fumaça na sua janela indicam que o enfisema é uma meta possível; os operários com suas lanternas sinalizadoras não escondem o medo.

Enquanto isso, descubro caminhos alternativos no tráfego da grande BH, via Contagem a leste da rodovia ou atravessando a linha de trem que separa a Fernão Dias da MG-040, para chegar em tempo ao Campus da Papulha.

Leio Memórias de minhas putas tristes, de Gabriel García-Márquez

Belo Horizonte - Este não é o melhor livro de García-Márquez, mas é interessante, por seu texto mimetizado e pela moral dos personagens. Nesta novela o escritor colombiano, qual Lou Reed, assume a pele de um jornalista da virada do século 19 para o século 20. O texto impressiona pelos floreios típicos dos dinossauros do jornalismo. García-Márquez não escreve assim. Seu personagem escreve. No final, a conclusão de que todas as profissionais do corpo são infelizes.

Título: Memórias de Minhas Putas Tristes
Autor: Gabriel Garcia Marquez
Editora: Record
Páginas: 132
Preço: R$ 29,90

Guerra fria