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domingo, 20 de novembro de 2016

Querido diário, hoje uma significativa parcela da população com muito ódio represado aprendeu a alegar censura para seus pontos de vista radicais e reclamam direito de expressão. Sem saber o que é direito ou o que é expressão. Que expressão é uma síntese e só se faz síntese após o pensamento. E que o pensamento não é instintivo, mas o final de um processo interno. A falta de abertura para o diálogo que caracteriza esse novo homos politicus é uma anomalia (ou ajuste) na matrix que destruiu o debate dos últimos 100 anos. E vejo pessoas nesta rede intimidados por amigos e parentes de discurso radical, numa tentativa de silenciar pelo grito que muitas vezes funciona. Estamos submetidos à autocensura para tentar costurar, remendar, recuperar vínculos que foram cortados por outras pessoas declaradamente contra os direitos humanos. Algo que encerra qualquer negociação. Mas tudo tem suas vantagens. Chegou o momento de reconhecer o que é recuperável e o que é irrecuperável nessa luta.  Guardemos as energias para o que tem conserto.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2001

Diálogos do Milênio

São Paulo - Agora tento recuperar anotações dispersas e atualizar as informações do que chamo de “Diálogos do Milênio”, um punhado de registros em áudio, vídeo e bytes de conversas e entrevistas com os representantes de uma geração.
Somos (acabo de me incluir) os que chegaram ao ano 2000 sem aeromóveis, os que desconhecem a exosfera; subtraíram-nos o teletransporte; ainda queimamos combustível fóssil.
Sub traíram-nos? Trabalhamos para uma elite triássica que condena, em nome de um bem-estar efêmero, a sobrevivência dos próprios netos.
Os Diálogos – que foram realizados/obtidos entre 1999 e 2001 – pretendem ser um testemunho superficial e sem pretensões de um grupo de pessoas no limiar do Século 21. Gente que nasceu assistindo televisão e virtua nas redes de computador. Recortes banais da vida fin-de-siècle no Brasil. Excelente pra ser publicado no início do século 22.

Guerra fria