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domingo, 13 de novembro de 2016

O cinema da minha infância ficava a três quadras de casa. Aos 9, 10 anos, já ia sozinho ver filmes dos Trapalhões. Ali descobri George Lucas e Steven Spielberg e mais tarde Stanley Kubrick. Tinha poltronas vermelhas e música de abertura antes de cada sessão. Um dia foi comprado pela IURD e transformado em templo para o culto a outras fantasias. A seita cristã fechou um número incalculável de cinemas e casas de espetáculo no Brasil e em outros países, inclusive o Marquee (Londres), onde tocaram Jimi Hendrix e Bob Dylan. Esta semana, um movimento contrário começou no Algarve, onde igrejas centenárias exibirão clássicos do cinema. O primeiro filme é Aurora, de Friederich Murnau, considerado a maior obra-prima do cinema por um certo François Truffaut. 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Brasília - Hoje tomo assento no Grupo de Trabalho de Comunicação e Artes do Andes-SN. Entre as atribuições, pensar e elaborar novos produtos de comunicação, como uma área de submissão de documentos para as associações de docentes e uma revista leve, ágil e atraente para comunicar as ações do sindicatos. 

terça-feira, 23 de abril de 2013

A redes de comunicação contemporâneas confundem o conceito clássico de zeitgeist. Uma época que coincide com o fim da criação e o início do longo e tenebroso período da resignificação, este talento nato dos manipuladores. Esta nova idade das trevas é um mistério futuro. Na época medieval, tivemos o Renascimento. E agora?

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Li Pesadelo Refrigerado, de Henry Miller

Em Pesadelo Refrigerado, escrito no começo dos anos 40 depois de uma longa viagem pelo país, Henry Miller abre as vísceras dos Estados Unidos para a gente menos interessada em conhecê-las. É que o povo mais belicoso e gordo do mundo preza demais a própria visão obtusa para fazer qualquer juízo. A atual resistência à socialização dos serviços de saúde é muito ilustrativa.

"Somos uma turba vulgar e opressiva cujas paixões são facilmente mobilizadas por demagogos, jornalistas, charlatães, religiosos, agitadores e que tais. Chamar isso aqui de sociedade de povos livres é uma blasfêmia." (p. 23)

Miller faz a viagem acompanhado inicialmente pelo pintor Abe Rattner. A ideia de produzir um livro ilustrado com bolsa da Fundação Guggenhein não dá em nada, mas ele viaja assim mesmo, esperando que pelo menos parte de seus compatriotas entenda o projeto. Um propósito que Miller sabia de certa forma inútil, mas poderia servir como terapia para um ex-expatriado expulso pela guerra da Europa.

"Os únicos artistas do presente que vêm sendo regiamente recompensados por seu trabalho são os charlatães; entre eles estão não apenas a variedade importada, mas também os filhos nativos que são capazes de levantar uma nuvem de poeira quando se trata de questões reais." (p. 146)

Milhares de quilômetros e centenas de páginas escritas depois, a análise de Miller é preciosa e pouco compreendida. Ainda que a America seja desvendada por gente como Miller, Kafka, Morgan Spurlock, Tzvetan Todorov, Allen Ginsberg, John Harris ou Bill Maher, o capítulo conclusivo parece perpetuamente escrito por Halliburton, GE, Taco Bell....

"A América não é lugar para artistas: ser artista é ser um leproso moral, um desajustado econômico, uma obrigação social. Um porco alimentado a milho tem vida melhor que um escritor criativo, um pintor ou um músico. Ser coelho é melhor ainda." (p. 19)

Talvez o problema esteja nas promessas de leite e mel advindas de uma formação religiosa capitalista e excludente. Um problema messiânico. Terras prometidas têm um quê de perfeição incapaz de ser modificado. Quando o cultivo dos próprios valores supera qualquer outra visão contraditória; quando cânones e tabus são respeitados geração após geração apesar do esforço de intelectuais, vanguardistas, visionários; quando o amor pela terra e seus frutos é maior que o amor pelas pessoas, percebemos a inutilidade de qualquer discurso de auto-crítica. Por isso temos Estados Unidos. Por isso temos Roraima.

Livro: Pesadelo Refrigerado
Editora: Francis
Ano: 1945 (Ed. 2006)
Preço: R$ 39

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Benício e o MC


Boa Vista - Volta à baila a capa do disco do Erasmo Carlos que vi quando criança, que teria me causado susto e asco e fixação e pesadelos intermitentes e processos arcaicos e sociopatia e internação, caso eu não fosse o típico garoto destemido, construtor de estradas e astronauta, amigo de dragões, homúnculos e gigantes.


O tema foi criado para o álbum Amar para viver ou morrer de amor (1982) pelo ilustrador Benício, hoje com 74 anos. Autor de ilustrações e cartazes de cinema como estes aí do lado,  Benício quer processar por plágio o MC Morlockk Dilemma, um alemão que parece um mix de Phil Collins e Dave Matthews. O trabalho de Benício é bem melhor. A programação visual também. 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A Escola de Funk Furt (O Bonde do Adornão)

Theodor Adorno ou MC Adornão
Adorno era um cara elitista de dar dó
Detestava sertanejo, axé, pagode e forró
O amigo Horkheimer era chato por igual
Irritado e inteligente, lutava contra as forças do mal.

Desencantados com a mídia,
da mesmice sempre igual, Adorno e Horkheimer desenvolveram o conceito
de que tudo que é malfeito vem da indústria Cultural.

A indústria cultural destrói qualquer sentido
de arte que queira subsistir
num mundo criado à parte,
que é mais limbo que devir,
que é mais todo do que parte.


Para saber mais sobre o Bonde de Funkfurt, desconfie até o fim.
Leia sobre Habermas sobre o Jazz e sobre Walter Benjamin.

E pra esse funk não acabar, date-me um martelo
e martela, martela, martela o Matellart.
Então martela, martela, martela o Matellart.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Formsprings.me

E em termos pragmáticos? O que não se aprende na faculdade por falta de espaço de prática? by marcusvflacerda

Acho que falta mesmo é teoria nos cursos de jornalismo. Deontologia, sociologia, apreço à vida humana. As tecnologias de comunicação obliteram a reflexão e favorecem muito a técnica, o que é erro fatal.

A técnica jornalística é simples, aprende-se em três semanas – por isso muita gente considera uma atividade simplória, como, por exemplo o ministro Gilmar Mendes. Mas não se trata disso. Jornalismo é arte, técnica e serviço. Mas antes de tudo é humanismo.

Pergunte qualquer coisa: http://www.formspring.me/averyverissimo

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Expocom

Porto Velho - Desde 2008 coordeno a Exposição de Projetos Experimentais em Comunicação (Expocom Norte), atividade que terei nos próximos dois anos em outras capitais amazônicas.

A Expocom é uma mostra de trabalhos de alunos de graduação de todas as áreas da Comunicação (Jornalismo, Audiovisual, Relações Públicas, Publicidade, Áreas emergentes). É o momento em que se descobre talentos nos campos das ciências e das artes.

Filmes experimentais, documentários, campanhas publicitárias, conscientização ambiental, revistas, mostras fotográficas, jornais-laboratório, programas de rádio, design de embalagens e uma miríade de outras produções podem ser vistas na exposição, que acontece na tarde de amanhã (18) e na manhã de sexta-feira (19) em Porto Velho.

É na Expocom que são revelados talentos acadêmicos e artísticos. Dali podem sair professores, pesquisadores, cineastas e o escambau. Porque o escambau, sabemos bem, está em toda parte.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2002

Arte Engajada

Porto Alegre - Tomo três rodadas de chimarrão com um grupo de moradores de rua de Porto Alegre que está fazendo uma exposição com arte feita de material reciclado.

Guerra fria