segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Cílios postiços perdidos
rolhas e cacos de vidro
Desvelo, festas, amigos
Empertigado de carro
No avião, empedernido

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012



Os Waimiri Atroari se autodenominam kinja (gente verdadeira) e têm cantos rituais que são puro jornalismo. Exterminados desde as primeiras incursões portuguesas até a abertura da BR-174 nos anos 1970, o povo sobreviveu e há pouco tempo a população começou a aumentar. 

Uma hidrelétrica já foi construída em suas terras e querem instalar outra rio Branco acima. Caso isso aconteça, um lago gigantesco mudará as características da região e comprometerá a caça e a pesca rio abaixo. Para esse povo sobreviver, o Brasil precisa encontrar outra solução para a geração de energia. 

Estudos comprovam que totalmente aproveitado, nosso potencial de energia eólica e solar abastece 13 Brasis. O que favorece a corrupção nos grandes projetos é o desprezo pela vida e natureza aliado à apatia do cidadão urbano que desperdiça energia. Defenda a vida. Clique Contra a Hidrelétrica no rio Branco e assine a petição contra o projeto Bem-Querer.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

You bet, you bet, you Betting

Joelmir Betting morreu e o chato de se perder um jornalista de texto sagaz como ele é que dificilmente haverá substituição. 


A constituição de uma inteligência capaz de analisar os acontecimentos contemporâneos com acuidade e luvas de pelica só é possível a partir de uma somatória que inclui escola, formação política e leitura dos clássicos.


Pergunto-me quantos estudantes de jornalismo fazem isso, agora, no Brasil.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Sobre representatividade

Já somos quase 23 milhões e estamos em crescimento. Em números exatos,  22.735.725 eleitores brasileiros resolveram não votar na última eleição. É como se toda a população do Chile e do Paraguai decidisse não ir às urnas.

O crescimento da população não-votante é notável. Foram pouco mais de 18 milhões na eleição anterior, em 2010. Até então, o índice de abstenção chegava a 14,5 por cento. Desta vez, mais de 16,4 por cento do eleitorado brasileiro não votou. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais o índice ultrapassou 18 por cento, enquanto no Maranhão chegou a 19 por cento.

Em Boa Vista, 16,72 por cento dos eleitores decidiram que não valia a pena sair de casa para votar. Foram mais de 30 mil ausentes, o que significa mais da metade do total de votos obtidos pela prefeita eleita. Se alguém aí pensou em crise de representatividade, acertou em cheio.

Alienação? Niilismo? Farra? As explicações se acumulam, mas o recado parece ser claro: o voto não pode mais ser obrigatório e o sistema eleitoral precisa de regras mais transparentes. Com investimento pesado em educação para uma melhor reflexão diante da urna, a democracia brasileira pode chegar a algo mais que uma sociedade anônima, fatiada entre PT, PSDB, PMDB e DEM. O povo é bobo, mas não o tempo todo.

sábado, 6 de outubro de 2012

Vejo cenas do pós-capitalismo na TV: crianças trocam brinquedos usados entre si, sem a interferência dos pais. O financeiro abolido em favor da fantasia.

domingo, 2 de setembro de 2012

Dilmá

Brasília - A presidente Dilma Roussef se considera a nova Dama de Ferro, mas está muito longe do status de Margaret Tatcher, Angela Merkel ou Condoleeza Rice. Na verdade, age como uma versão piorada de Cristina Kirchner, o que é patético.

Capa da Forbes ou capa da Caras, tanto faz.

O fato de não conseguir explicar porque não amplia o investimento em educação será cobrado agora e no futuro. Tratar um movimento sindical legítimo com polícia, truculência e recadinhos pela imprensa não passará despercebido pela História. A oportunidade perdida de revolucionar a educação brasileira ficará no currículo da presidente.

Índice de Mercado da Educação

Brasília - Vem aí um ranking das universidades brasileiras, produzido pela Folha de São Paulo (!). O grupo, que junto com Rede Globo e Editora Abril defende o fim do jornalismo diplomado, pretende classificar as universidades brasileiras de acordo com os seguintes critérios: produção científica (55 pontos), inovação (5 pontos), reputação no mercado (20 pontos) e qualidade de ensino (20 pontos).

Classificação ilusória, baseada na Times Higher Education (não confundir com baseado na High Times), a lista da FSP não apresentará surpresas, visto que os critérios quantitativistas e mercadológicos não levam em conta inserção social, ações afirmativas ou cursos inovadores, temas que sem dúvida melhorariam a nota de universidades do Norte e Nordeste do País.

O índice é nova forma de ganhar dinheiro com anúncios do setor privado de educação. Não acredite ser mera coincidência que as mais caras faculdades particulares apareçam no índice. E depois aumentem a mensdalidade.

sábado, 1 de setembro de 2012

Estudantes e professores unidos pela educação: uma resistência permanente 
Brasília - A falta de um debate qualificado, com mais informação e menos adjetivos deletérios, com mais visão coletiva e menos individualismo, marca esta greve. A impressão é de que perdemos a oportunidade de discutir seriamente os problemas da universidade brasileira.

Enquanto estudantes de todo o mundo se envolvem com causas sociais, a maioria dos nossos (não todos, nunca todos) hiberna na alienação política e cultural. Gado não sabe que é gado. Talvez isso aconteça porque muitos de nossos professores agem como pastores e não como guias provisórios nos caminhos do saber. 

Mais uma vez damos razão a Sérgio Buarque de Holanda e sua visão do brasileiro como "homem cordial". A universidade precisa buscar e promover a libertação do indivíduo. A atitude contrária é, e sempre será, prejudicial à humanidade.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A bota no pescoço do trabalhador

Brasília - O Governo Federal confiscou parte do salário de milhares de famílias de servidores federais, que tiveram o ponto cortado em julho. A medida retirou R$ 21 milhões de circulação, o que prejudicou de concessionárias a lojistas, de açougues a mercearias.

Mais do que tirar dinheiro do trabalhador, o governo “pacificou” - no melhor sentido orwelliano -, os movimentos sindicais dentro de sua estrutura. Com 15 por cento de reajuste retalhado em 3 anos, a tendência é a desqualificação do serviço público. Uma colaboração indispensável ao estado mínimo neoliberal.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Nas favelas, no senado...




Brasília - A audiência com os senadores hoje pela manhã demonstrou, inequivocamente, que os docentes federais discordam da forma ditatorial com que o governo trata quem segura a onda do ensino, pesquisa e extensão no Brasil.

Um perplexo Cássio Cunha Lima (PSDB!) alertou que a expansão do ensino superior é irresponsável e que a carreira, do jeito que está, não atrai professores - o que todos, sociedade, docentes e governo, já sabemos. 

Cunha Lima chegou a dizer, pedindo perdão por usar a expressão, que o governo não pode conduzir as negociações na base do "dá ou desce". Não costumo concordar com tucanos, mas... Nós descemos. E quanto ao Patifes?

O senador Cristovam Buarque disse que o senado pode modificar o orçamento em qualquer momento. Que o Plano Nacional de Educação não muda nada.

Já o senador Eduardo Suplicy, prolixo como nunca, conseguiu dizer nada em 10 minutos.

O secretário do MEC, Amaro Lins, chegou a dizer que o ANDES não apresentou proposta, e que o solícito Patifes assinou quatro acordos (!). mas foi desmentido imediatamente pela presidente Marinalva Oliveira. Desde 2010, o ANDES apresenta propostas que são ignoradas pelo governo.

"Nós não blefamos", vaticinou Amaro. Quem não blefa somos nós, secretário. A greve é forte. A greve continua.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Os pés pelas mãos


Brasília - A presidente Dilma Rousseff se considera a nova Dama de Ferro, mas está muito longe do status de Margaret Thatcher, Angela Merkel ou Condoleeza Rice. Na verdade, age como uma versão piorada de Cristina Kirchner, o que é patético.  

Capa da Forbes ou capa da Caras, tanto faz.

O fato de não conseguir explicar porque não amplia o investimento em educação será cobrado agora e no futuro. Tratar um movimento sindical legítimo com polícia, truculência e recadinhos pela imprensa não passará despercebido pela História. A oportunidade perdida de revolucionar a educação brasileira ficará no currículo da presidente.

sábado, 25 de agosto de 2012

No Castelo de Roussef



Brasília - Cercados por um forte esquema de segurança (havia dois por manifestante, todos com um salário maior que o da maioria dos professores ali), paramos diante do Palácio do Planalto e tentamos protocolar o documento com a proposta do ANDES - que abre mão de salário para garantir a reestruturação da carreira. 

Inicialmente queriam nos receber numa barraca improvisada, onde fica a guarda palaciana. Insistimos que aquela é uma situação indigna. Discussões e telefonemas depois, o castelo baixa a ponte levadiça e entramos. O documento é entregue ao chefe de gabinete da Secretaria Geral da República, Manoel Messias de Souza Ribeiro, numa sala do Palácio do Planalto.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Polícia para quem precisa


Ato público no Ministério da Educação
Brasília - No megafone, faço um diagnóstico da universidade pública brasileira. Enquanto isso, professores com máscaras sem expressão, fazem gestos

As instituições federais de ensino estão repletas de alunos, mas faltam professores.

A educação precisa ser considerada prioridade máxima não só para este, mas para qualquer governo.

A educação precisa ser considerada um investimento estratégico e não mera despesa no orçamento

Nossas universidades e institutos são ampliados sem o devido cuidado. Muitos prédios foram construídos precariamente e já sofrem problemas de infiltração e drenagem.

Em todo o Brasil, o Reuni não respeitou a arquitetura original dos campi, nem seus planos diretores, conduzindo a uma favelização das cidades universitárias.

Existem instituições federais de ensino sem internet confiável, prejudicando a toda a comunidade acadêmica.

Em todo o Brasil, professores e pesquisadores estão sem laboratório ou com laboratórios em situação precária.

Os docentes federais acreditam que a contratação de professores temporários precisa ser limitada. Professores temporários precisam ser uma exceção, e não a regra que o governo quer impor.

Os contratos dos professores temporários ferem frontalmente a Constituição e às Leis Trabalhistas. Depois de dois anos, todos são dispensados sem direitos.

Educação não é gasto. Educação é investimento.

Desviar recursos públicos é GRAVE. Desprezar a educação é GREVE.

Os professores querem reestruturar a instituições federais de ensino, mas o governo não abre espaço para negociação. Prefere pressionar educadores que já trabalham em situação-limite.

Falta remunerar cargos de chefia e coordenação.

Falta tinta para as impressoras das instituições federais de ensino.

Falta papel higiênico nos banheiros das instituições federais de ensino.

Faltam salas de aula adequadas e bem iluminadas.

Faltam carteiras ergonomicamente adequadas para estudantes e professores.

Falta acessibilidade para estudantes e professores com necessidades especiais.

Faltam drenagem, saneamento e limpeza adequada nas instituições federais de ensino.

Faltam verbas para pesquisa e extensão.Falta consideração aos professores. Não somos massa de manobra.

Falta conhecer nossa proposta de renegociação, que nem ao menso chegou a ser condiderada.

Não falta cobrança de produtividade, tornando a vida acadêmica competitiva e degradante.

Não falta verba para eventos esportivos como Copa do Mundo e Olimpíadas.

Não falta isenção de impostos para a rica indústria automobilística.

Não falta dinheiro para pagar a agiotagem dos bancos.

Não faltam lobby e negociatas no Congresso Nacional, conduzidas pelo governo e por empresários.

Não falta tempo nem dinheiro para resolver as demandas dos grandes empresários.

Não falta verba para publicidade institucional na grande imprensa.

O que falta ao governo é vergonha. O que não nos falta é disposição para lutar por uma educação digna, pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Protocolo


Brasília - Hoje obtivemos dois importantes avanços na luta pela reestruturação da carreira. À base de muita pressão, barulho e atos públicos, conseguimos protocolar no Ministério da Educação e no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão nossa contraproposta ao governo. Um desgaste desnecessário, já que as "autoridades" poderiam ter feito isso há duas semanas.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012


Brasília - A Via Campesina invade a Capital do Protesto. Neste momento, milhares de manifestantes descem o Eixo Monumental em direção à Esplanada dos Ministérios. Uma das maiores passeatas do ano. Infensa aos protestos e à queda na popularidade, a presidente Dilma Roussef toma chá no Palácio do Planalto. Negociar, nem pensar.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Vida de jornalista

Janet Jagan
Brasíia - Conheci alguns presidentes, brasileiros e estrangeiros (que entrevistei na língua deles), personagens da História apenas porque nós lhes garantimos um lugar nela.

Itamar Franco
Rafael Caldera
O mais educado foi Rafael Caldera. A mais vaselina, Janet Jagan. O mais assoberbado, Fernando Henrique Cardoso. O mais superestimado, Lula da Silva. O mais irritado, Hugo Chávez.

Porém, nada como o tratamento recebido em Belo Horizonte, em 2006: très chic, entro no salão recepcionado pelos Dragões da Inconfidência. Grande Itamar Franco.
Brasília - Numa época de super oferta de informação como a atual, o obscurantismo dos governos ainda é fato perturbador para pesquisadores e ativistas de todo o mundo. A disposição de manter em segredo números e ações espúrias de governos encontra no Brasil um locus ideal. Coisa que a greve de professores federais desmascara, ao revelar como é gasto o dinheiro público no Brasil.

Sabemos que metade do orçamentnto é usado para pagar dívidas com bancos e uma parte considerável vai para atividades que não trazem retorno nenhum (como os eventos esportivos que vêm aí). O Governo Dilma não quer gastar 6 por cento do orçamento com educação, mas doa graciosamente 10 bilhões de dólares para as falidas Grécia e Espanha. Isenta de impostos a poluente indústria automobilística e perdoa ruralistas que cometeram crimes ambientais. Enquanto isso, 300 mil servidores mobilizados aguardam negociar com um governo que não poderia estar mais à direita.

As tentativas de vencer o obscurantismo e dar mais transparência às ações de governos ditos democráticos terminam em situações escabrosas, como a do ciberativista Julian Assange, o australiano expulso da Suécia e com a cabeça a prêmio nos Estados Unidos por ter relevado documentos secretos da diplomacia do império. Assange agora é perseguido no Reino Unido, que desrespeita as leis internacionais ao sitiar a embaixada do Equador. A era da informação não pode mais conviver com esse tipo de brutalidade.

Pela wikileakização dos atos de todos os governos, já!!!

domingo, 19 de agosto de 2012

Brasília - De volta à cidade e ao Comando Nacional da Greve, reencontrando velhos amigos, perdendo outros. Aparelhos queimam em diferentes voltagens. Crianças crescem na escola, no parque, diante da tela. Minha mãe curte as netas. Na solidão dos inconformados, eu e meus filhos, espalhados por diferentes cidade. De novo. E de novo e de novo.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Manaus - Os professores da UFAM estão firmes em relação à greve. Aqui, como em todos os estados, um punhado de pelegos financiados pelo MEC distribui informação falsa sobre o fim da greve, mas não há nada parecido no horizonte.  

Pelo contrário, o abandono (depois negado em entrevistas) das negociações deixa o governo em situação vexatória. Após quase 80 dias de tergiversação, o governo do "Partido dos Tra  balhadores" ameaça de forma totalitária um movimento sindical legítimo.   O ANDES Sindicato Nacional é uma instituição absolutamente democrática. Todas as decisões são tomadas pela base. Acreditamos em educação de qualidade.

Nossa luta não é apenas por salários como o governo e a mídia pregam. É pela recuperação da universidade brasileira. Precisamos decidir agora se queremos mudar o Brasil para melhor ou não.   Aqui em Manaus, os colegas da UFAM decidiram encarar esse desafio. Daqui em diante, se é radicalismo que o governo quer, faremos a sua vontade.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Manaus - Ao interromper as negociações e ameaçar corte de salários dos docentes federais em greve, o governo (o poder é doce e estupefaciente) posiciona a bota no pescoço dos professores. Vergonha é pouco.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Manaus - Flavio Fachel: "O excesso de conteúdo atropela o jornalismo". De acordo. Mas o que me preocupa - enquanto consumidor e professor de jornalismo - é a falta de conteúdo, o que, no meu Estado, é a crise mais flagrante. Matérias de cunho institucional, fornecidas por assessorias abastecem todos os veículos. A crise é de pauta. Ou seja, de imaginação e de credibilidade. Comparar a imprensa de Roraima com a do Amazonas é covardia. 

terça-feira, 31 de julho de 2012

Seminário de Jornalismo da Amazônia

Manaus - Com um grupo de alunos da UFRR, chego a Manaus para o Seminário de Jornalismo da Amazônia. Mais do mesmo regional para quem já conhece o babado. Mas uma novidade irresistível para os estudantes, que encontram seus ídolos da reportagem na Rede Globo.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Brasília - Depois de duas semanas de trabalho exaustivo no Comando Nacional de Greve, encerro minha participação em Brasília e volto à base em algumas horas, consciente do processo histórico que desencadeamos no dia 17 de maio.

Neste momento, professores de 53 universidades federais e alunos de 42 instituições estão em greve. É a maior paralisação na história do Brasil. Uma greve incompreendida por parte da população, que ignora as condições de nossas universidades, mas aplaude a construção de estádios (como o Nacional de Brasília) que se tornarão obsoletos depois da Copa do Mundo. Enquanto latifundiários, banqueiros e indústria automobilística faturam, subsidiados pelo país “emergente”.

Emergente em quê? Temos uma emergência em curso, sim: a falência do ensino superior público, aquele que produz cientistas, que são cooptados por países mais conscientes do valor dos professores, dos pesquisadores, dos pensadores. Não exportamos apenas soja, milho, café. Exportamos cérebros. A falta de atenção do governo faz pesquisadores abandonarem a Amazônia e o Nordeste pelo Sul-Sudeste. E estes, o Brasil pela Europa e outros centros avançados.

Nossa maior dúvida, no princípio, era se teríamos apoio dos principais interessados numa educação de qualidade: os estudantes. A adesão foi surpreendente. Os estudantes perceberam que é preciso parar e repensar o ensino superior público. Querem uma universidade laica, livre de preconceitos e socialmente referenciada. Os professores querem uma carreira estruturada e salário digno.

Este movimento é coletivo. Hoje não se dissocia mais a greve dos professores da dos estudantes. A universidade brasileira está em greve de Roraima ao Rio Grande do Sul. É bom que a sociedade e governo atentem para isso. A arrancada de professores e estudantes indica que chegou a hora de valorizar quem pensa, de preservar a inteligência antes que a debelemos das prioridades nacionais, conformados em ser a grande roça do mundo.

Na baixa umidade
do cerrado
do planalto
duas torres entre cuias
que me tomam de assalto

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Brasília - Deputado Francisco Praciano (PT-AM) visita o Comando de Greve dos professores federais. "Sou do PT, mas não sou governista.", afirma Praciano, cujo índice de votos favoráveis ao governo é de 86 por cento. Afirma que é favorável à greve. "Aprendi com o PT a apoiar os movimentos. Apoio sua pauta e a reestruturação da carreira."

Praciano defende tratamento diferenciado para a Amazônia nas áreas de saúde e educação. Um óbvio ululante que somente a cegueira política nacional não consegue perceber. "Nenhum profissional médico ou professor com nível superior quer atuar no interior da Amazônia. É preciso atrair profissionais com salários atrativos. Ou então não há desenvolvimento nacional"

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Há quatro anos, neste blog

Boa Vista - Em janeiro de 2003, o índio Aldo da Silva Mota estava ajoelhado e com os braços levantados quando levou um tiro que lhe atravessou o tórax. Foi enterrado numa cova rasa na Fazenda Retiro. A conclusão dos legistas é de que ele estava no chão, de joelhos, com os braços levantados, dominado e indefeso. 

Em Roraima, ações terroristas em terras indígenas acontecem há muito tempo, mas uma eficiente soma de omissão política e propaganda racista nos meios de comunicação permitiu que esses grupos permanecessem atuando ao longo dos últimos 30 anos sem punição.

Desde 1981, houve 21 homicídios; 21 tentativas de homicídio; 54 ameaças de Morte; 51 agressões físicas; 80 casas destruídas; 71 prisões ilegais; cinco roças destruídas e cinco pessoas mantidas em cárcere privado - dados de 2003. já desatualizados.

A milícia travestida de agronegócio já espancou e matou índios e missionários. Suas ações já renderam a morte por tiros do índio Paulo José de Souza, em Uiramutã, em fevereiro de 1999. No mesmo mês, foram assassinados os índios Regelino Nascimento Souza (estrangulado) e o adolescente Renan Almeida André, de apenas 14 anos. No mesmo mês, o padre Egon Heck foi esfaqueado e um grupo de índios espancado.

Em janeiro de 2004, um grupo invadiu a Missão Surumu e seqüestrou os padres Ronildo França e Cezar Avallaneda e o diácono João Carlos Matinez, mantendo-os reféns por três dias. Em 2005, um grupo de 150 homens incendiou a missão do Surumu, destruindo uma escola, um hospital e uma igreja. Um professor foi espancado e um homem ficou queimado. O mesmo grupo provocou três incêndios e alguns espancamentos em 2004.

Atualmente, a Vila Surumu está isolada. Pontes foram destruídas e uma bomba caseira fabricada para novas ações terroristas explodiu nas mãos de Renato Quartieiro, filho do líder da resistência do agrobussiness em Raposa Serra do Sol, Paulo César Quartieiro. Centenas de policiais federais já chegaram e novos grupos continuam a chegar em Roraima para tentar a desapropriação exigida pela lei.

Roraima ficou de fora

Brasília - Havia deputados e senadores de vários estados do Brasil presentes ao lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Piso Nacional dos Jornalistas. Da Amazônia, Pará, Amazonas e Rondônia tinham representantes. De Roraima, ninguém se interessou pelo tema. Pra lamentares.

Piso Nacional dos Jornalistas

Brasília - Hoje participei do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Piso Nacional dos Jornalistas, no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Meu nome foi citado pelo mestre de cerimônias. Chique. Mas não é isso que os jornalistas querem. A defesa de um piso nacional é mais do que garantia de vida digna para os profissionais de imprensa. É uma chance a mais para a sociedade receber notícias de qualidade.

Jornalistas são uma das categorias mais desvalorizadas, não obstante seu peso político no equilíbrio democrático. Em alguns estados, o piso é inferior a R$ 1 mil. Em Roraima, os veículos pagam o que dá na telha. O maior piso do Brasil é pago em Alagoas: R$ 2,4 mil.
Brasília - Professores em greve por educação de qualidade acreditam em utopia.

Governo entrincheirado entre discurso e prática promove distopia.

Sociedade alienada por futebol e telenovela viceja na entropia.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Brasília - Na Rio -20, um debate sobre ativismo em rede será conduzido pelo bilionário midiático Ted Turner; o presidente do Grupo Abril, Fabio Barbosa e pelo apresentador e lobista do funk carioca, Luciano Huck. A piada não podia ser maior.

domingo, 27 de maio de 2012

Cérberos

Brasília - Vejo cães assassinos no Repórter Record. Pit bulls usados em rinhas e para atacar humanos. Pessoas morrem todos os anos pelos ataques. Já houve projeto no Senado propondo a castração dessas feras, mas nada foi feito.

Transformados em máquinas de matar por humanos irracionais - que acham natural estraçalhar seres humanos para proteger bens materiais - não podem mais ser aceitos. Já fui atacado por uma dessas feras. A dor foi indescritível, a recuperação complicada e carrego as cicatrizes.

Que a raça pit bull seja castrada e eliminada do Brasil. Que os donos de cães assassinos sejam encarcerados. E não perca seu tempo escrevendo comentários favoráveis às feras no meu espaço pessoal no Facebook, porque serão apagados. Minha democracia não contempla sociopatas.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Brasília - O governo cancelou a reunião que teria na segunda-feira, 28,com os professores federais em greve. O encontro seria no Ministério do Planejamento (MP), mas o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público, Sérgio Mendonça, suspendeu o encontro sem justificativas. Veja aqui.

O Comando Nacional de Greve (CNG) avalia que o cancelamento "demonstra o desrespeito do governo em relação aos prazos estabelecidos por seus próprios representantes. Isso evidencia também a ausência de proposta efetiva a ser apresentada aos professores para resolver o impasse da greve".

Brasília - E Dilma vetou... pelo menos parcialmente. Restaurar áreas degradadas é o mínimo que produtores rurais, que tiram sua riqueza da terra que pertence a todos nós, podem fazer.
Brasília - A NBB não tem o glamour da NBA. Nossos ginásios são antiquados e poliesportivos e carecemos de grandes arenas exclusivas para o esporte. O basquete brasileiro tem talentos extraordinários. merece patrocinadores e mais espaço na TV aberta como num passado recente. Mas nos últimos anos, o Brasil passou a pensar e agir à maneira futebolística. Nações monoesportivas pagam o pato nas olimpíadas.
Brasília - Pinheiros vence o Brasília por 109 a 105 na segunda prorrogação, no jogo de basquete mais emocionante do ano.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Boa Vista - A Prefeitura de Boa Vista deve estrear o Portal da Transparência com informações sobre o monopólio no Transporte Público. Vai expor os valores e os prazos dos contratos; os itinerários que não são respeitados e a redução da frota durante os fins de semana. 

Já o Governo de Roraima vai expor no seu Portal da Transparência todos os contratos mantidos com empresas fornecedoras que eventualmente pertençam a parentes com cargos na administração pública.

 #MundoIdeal #PlanetaBizarro

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Boa Vista - O Brasil começa mal com a recém-implantada Lei de Acesso à Informação. A maioria dos arquivos - principalmente os relacionados a salários e licitações - permanece oculto em várias instituições. Em Roraima, o sítio da Assembleia Legislativa é excessivamente transparente: saiu do ar. O do Governo apresenta contas defasadas, a maioria de 2009. Já a Prefeitura de Boa Vista ignora completamente a lei: não há absolutamente nenhum dado disponível para consulta pública

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Boa Vista - Mensagem que chega por e-mail faz comparações entre o brasileiro e outros povos, que foram à luta por educação, ambiente, transparência na política. E apresenta o Brasil como nação alienada, mais dedicada a futebol, telenovela e religiosidade exacerbada que a direitos fundamentais como educação de qualidade. Nessa hora, o "cidadão consciente", nossa versão contemporânea de Policarpo Quaresma, ergue a voz para negar o que é absolutamente óbvio. E mascara com discurso nacionalista o que Sérgio Buarque de Holanda e Euclides da Cunha já percebiam há um século. O imobilismo do país do futebol e das commodities é caro a seus filhos.

sábado, 12 de maio de 2012

Brasília - Os estudantes universitários do interior de Minas Gerais provam ser os mais politizados do Brasil. Enquanto em todo o país, a adesão da estudantada é tímida, na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, alunos entram em greve no dia 17 de maio, junto com os professores. A Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha conta com o apoio dos alunos e na Federal de Ouro Preto, mais de 30 repúblicas declararam apoio à greve no dia 17. A página do movimento da UFOP no Facebook já tem mais de 700 cadastrados.
Brasília - O direito de greve é garantido por lei quando uma das partes quebra acordos ou não se dispõe a negociar. Desde o dia 4 de agosto de 2010 o Governo Federal não apresenta absolutamente nenhuma proposta satisfatória para os docentes. E no dia 31 de março quebrou o acordo de incorporação das gratificações e reajuste de 4 por cento. Portanto, deu todos os motivos para que a categoria paralise a partir do dia 17.
Brasília - O Governo se movimenta diante da greve iminente. Promete encaminhar na segunda-feira a Medida Provisória ao Congresso, como se os parlamentares fossem adiar celeumas como o Código Florestal Ruralista e a CPMI do Cachoeira.
Brasília - A sala do hotel que sediaria a reunião de professores de universidades federais ficou pequena para o número de presentes. O encontro foi transferido para a sede do ANDES.

A indignação com os últimos acontecimentos se mistura à expectativa de que o Projeto de Lei 2203/11 seja transformado em Medida Provisória. A sugestão é do ministro Aloizio Mercadante. A decisão é da presidente Dilma Roussef. O interesse é nacional.
Brasilia - A sala do hotel que sediaria a reunião de professores de universidades federais ficou pequena para o número de presentes. O encontro foi transferido para a sede do ANDES. 

A indignação com os últimos acontecimentos se mistura à expectativa de que o Projeto de Lei 2203/11 seja transformado em Medida Provisória. A sugestão é do ministro Aloizio Mercadante. A decisão é da presidente Dilma Roussef. O interesse é nacional.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Manaus - A economia da Grécia está em frangalhos, mas o basquete vai muito bem. Enquanto na Eurozona a confusão impera, Panatinaikos e Olimpiakos estäo nas semifinais da Euroliga contra os russos do CSKA e os catalães do Barcelona.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

"A prudência é uma 
solteirona velha e rica 
cortejada pela incapacidade" 
(William Blake)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Boa Vista - Cobertura da Band à reintegração de terras ao povo Pataxó no sul da Bahia é típica: mostra indígenas como invasores, fazendeiros como coitados sujeitos ao prejuízo financeiro e encerra abruptamente com a informação de que um índio foi baleado por um "pistoleiro". Jornalismo sério começa a matéria pela tentativa de homicídio. Além da bala na perna, o índio leva bala da imprensa. Algo que o povo de Roraima  conhece muito bem.

sábado, 10 de março de 2012


Vejo o Parque Caçari como uma mistura de Agrestic e Wisteria Lane, mas minha filha acha mesmo que é Suburgatory.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O desafiante

Capriles Radonski
Porlamar - Capriles Radonski em coletiva ontem, garantiu aO Estado de Sao Paulo que compensará o déficit da balanca comercial com o Brasil explorando a super reserva do rio Orinoco. Garante que a PDVSA continuará sob o controle do Estado, assim como a saúde, a educacao e os programas sociais. Mas que a iniciativa privada é quem entende de negócios. Para o jovem político de 39 anos, a estatizacao de empresas só tornou a Venezuela menos competitiva. Os números estao disponíveis, para quem duvida.
Porlamar - Mais de 3 milhoes de venezuelanos votaram nas eleicoes primárias. Um sinal de que a alternancia de poder é um desejo popular, embora o caprichoso presidente atual se considere irremovível. Principalmente depois de formar milícias armadas entre os jovens e ter ministros envolvidos em grupos armados como o La Piedrita.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Porlamar - Porlamar. Décadence sans elégance. Ruas sujas, terrenos baldios, fachadas encarquilhadas e o comércio informal crescendo agressivamente. Haverá retorno para o charme perdido?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Güíria - A estrada para Macuro é apenas licenca poética dos mapas. Barcos fazem o transporte costeando o Atlântico venezuelano, mas lembram a inseguranca dos que fazem a travessia de Corriverton a Nieuw Nickerie. Acabei em Güíria, damned fucking town of broken promises. Volto aqui depois de 15 anos e tudo continua igual. Hibridismo caribenho embalado ao ritmo da soca que vem da vizinha Trinidad e Tobago.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Away

Carúpano - Estou a pouco mais de 100 quilômetros de Güíria, mas nao vou pra lá. Güíria é uma cidade onde promessas sao quebradas. Mas nao descarto uma ida a Macuro, no extremo oriental da Venezuela.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

1984

Carúpano - A Venezuela aprovou uma lei contra desestabilizacao política e terrorismo. Agora cidadaos podem ser abordados a qualquer momento por suas opinioes. Chama-se Ley Orgánica contra la Delincuencia Organizada y Financiamiento al Terrorismo. Estrangeiros que emitam juízos desfavoráveis ao regime também estao sujeitos à lei. Para quem critica os Estados Unidos por suas posicoes conflitantes em relacao a liberdade política, o retrocesso é evidente.


Sabe aquela lei que permite a qualquer norte-americano denunciar imigrantes ilegais? O artigo 13 da Ley Orgánica contra la Delincuencia Organizada y Financiamiento al Terrorismo afirma que qualquer sujeito, natural ou jurídico, é obrigado a denunciar o que o governo considera tentativa de desestabilizacao política. Ou terrorismo, segundo a novilíngua chavista.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O Coronel em seu labirinto

Hugo Chávez: que revolucao mesmo?
Cumaná - Há vários dias o presidente aparece na Televisao para falar sobre o nada. Aliás, há vários anos. O politburo do autointitulado comandante-en-jefe teniente-coronel Hugo Rafael Chávez Frías usa os meios de comunicacao para falar apenas sobre o próprio presidente. Um culto à personalidade que se estende por murais, cartazes, outdoors e placas nas estradas de todo o país.

Uma maioria cada vez mais evidente de artistas e intelectuais venezuelanos deixa de acreditar na suposta revolucao bolivariana, que mudou o nome e a constituicao do país, mas nao mudou o estado de miséria como se esperava. Cerca de 37% da populacao venezuelana continua a viver abaixo da linha de pobreza e 20%  nao recebeu educacao formal.(2006). Um terco da populacao nao tem acesso a saneamento básico, segundo a ONU e 17 por cento nao tem água potável. Conheco bem quase 80 por cento do território venezuelano e pelo que vejo, essa estatística está subfaturada.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Li Pesadelo Refrigerado, de Henry Miller

Em Pesadelo Refrigerado, escrito no começo dos anos 40 depois de uma longa viagem pelo país, Henry Miller abre as vísceras dos Estados Unidos para a gente menos interessada em conhecê-las. É que o povo mais belicoso e gordo do mundo preza demais a própria visão obtusa para fazer qualquer juízo. A atual resistência à socialização dos serviços de saúde é muito ilustrativa.

"Somos uma turba vulgar e opressiva cujas paixões são facilmente mobilizadas por demagogos, jornalistas, charlatães, religiosos, agitadores e que tais. Chamar isso aqui de sociedade de povos livres é uma blasfêmia." (p. 23)

Miller faz a viagem acompanhado inicialmente pelo pintor Abe Rattner. A ideia de produzir um livro ilustrado com bolsa da Fundação Guggenhein não dá em nada, mas ele viaja assim mesmo, esperando que pelo menos parte de seus compatriotas entenda o projeto. Um propósito que Miller sabia de certa forma inútil, mas poderia servir como terapia para um ex-expatriado expulso pela guerra da Europa.

"Os únicos artistas do presente que vêm sendo regiamente recompensados por seu trabalho são os charlatães; entre eles estão não apenas a variedade importada, mas também os filhos nativos que são capazes de levantar uma nuvem de poeira quando se trata de questões reais." (p. 146)

Milhares de quilômetros e centenas de páginas escritas depois, a análise de Miller é preciosa e pouco compreendida. Ainda que a America seja desvendada por gente como Miller, Kafka, Morgan Spurlock, Tzvetan Todorov, Allen Ginsberg, John Harris ou Bill Maher, o capítulo conclusivo parece perpetuamente escrito por Halliburton, GE, Taco Bell....

"A América não é lugar para artistas: ser artista é ser um leproso moral, um desajustado econômico, uma obrigação social. Um porco alimentado a milho tem vida melhor que um escritor criativo, um pintor ou um músico. Ser coelho é melhor ainda." (p. 19)

Talvez o problema esteja nas promessas de leite e mel advindas de uma formação religiosa capitalista e excludente. Um problema messiânico. Terras prometidas têm um quê de perfeição incapaz de ser modificado. Quando o cultivo dos próprios valores supera qualquer outra visão contraditória; quando cânones e tabus são respeitados geração após geração apesar do esforço de intelectuais, vanguardistas, visionários; quando o amor pela terra e seus frutos é maior que o amor pelas pessoas, percebemos a inutilidade de qualquer discurso de auto-crítica. Por isso temos Estados Unidos. Por isso temos Roraima.

Livro: Pesadelo Refrigerado
Editora: Francis
Ano: 1945 (Ed. 2006)
Preço: R$ 39

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A chave de Chávez

Las Claritas - A tal revolucao bolivariana é um fracasso. A oposicao unida vai escolher um candidato único no dia 12 e a parte venezuelana da família Veríssimo já se posiciona contra Hugo Rafael Chávez Frías. O grande problema, segundo meu pai, é o alto índice de abstencao. Cinco candidatos disputam a chance de enfrentar o chavismo. Os favoritos sao os governadores de Miranda, Capriles Radonski e de Zulia, Pablo Pérez.

Guerra fria