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terça-feira, 12 de novembro de 2019

Evo Morales



Com a Cruz e a Espada
queimaremos tua casa
roubaremos teu ouro
e quando finalmente
conquistarmos a terra
que chamas de mãe
serás banido para sempre. Índio! 

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

domingo, 24 de abril de 2016

Brasil redefine o conceito de escravidão

Faro - Enquanto o brasileiro neo politizado celebra ruralistas, pentecostais e torturadores, avança na Câmara o projeto mais nefasto desde que se decretou o fim da escravidão em 1888. Vejamos seus personagens:
Princesa Isabel do Brasil foi a primeira mulher a administrar o país. Há anos D. Pedro II tentava dar fim à escravidão, mas não obtinha sucesso porque os ruralistas não deixavam. Havia muita pressão internacional. O país era visto como atrasado. Isabel sancionou durante viagem de D. Pedro ao exterior. Isso foi nos estertores do século 19, época em que ainda vivem nossos congressistas e o povo.
Deputado Moreira Mendes (PSD-RO)

Deputado Rubens Moreira Mendes (PSD-RO) foi condenado em 2014 a perda de direitos políticos por fraude a licitação e improbidade administrativa: vendia passagens aéreas à Assembleia Legislativa de Rondônia ao mesmo tempo em que era procurador da casa. Sua mulher também era funcionária de lá, talvez por coincidência. Ele é pai do ex-vereador de Porto Velho, Guilherme Erse (PPS-RO), tio do deputado estadual Davi Erse (PC do B) e cunhado do ex-prefeito de Porto Velho, Chiquilito Erse.

Família é a base de tudo. O filho de Moreira Mendes, o ex-vereador de Porto Velho, Guilherme Erse (PPS-RO), teve sua candidatura a deputado cassada pelo TRE-RO.  Ele comprava eleitores com cursos na área de informática oferecidos pelo Instituto Guilherme Erse Moreira Mendes, uma entre milhares de entidades "sem fins lucrativos" mantidas por políticos para financiar suas campanhas em todo o país.

Moreira Mendes tem um sobrinho, o deputado estadual Davi Erse (PC do B), que já foi cassado por infidelidade partidária. Ele foi eleito vereador pelo PSB, mas resolveu "virar à esquerda" e pulou para o Partido Comunista do Brasil, que conhecemos apenas como PC do B. Perdeu o mandato e deixou o TRE em prantos, alegando injustiça. Essa mudança "ideológica" também é coisa de famiglia, Seu falecido pai foi prefeito de Porto Velho. Chamava-se Chiquilito Erse.

Chiquilito pertenceu ao PDS, partido de sustentação da ditadura militar. Ele é o motivo pelo qual o último presidente general, João Batista Figueiredo, passou a manter um gravador em cima da mesa. Figueiredo estava cético em relação ao candidato dos militares a presidente, Paulo Maluf. Confidenciou a sensação a Chiquilito, que botou a boca no trombone e usou a informação para mudar de lado e votar em Tancredo Neves. O general ficou em maus lençois e nunca mais confiou em ninguém.

Por algum motivo, o exemplar Moreira Mendes manteve seus direitos políticos, já que é deputado federal. Ele assina o PL 3842/12, que redefine o conceito de trabalho escravo. A semântica é simples: a pessoa não será considerada escrava se tiver buscado o trabalho (?). Ou seja, não poderá alegar que foi enganada e desconhecia as condições degradantes definidas em leis e acordos internacionais. Só se tiver sido sequestrada, amarrada e jogada na senzala.


Luís Carlos Heinze: mudanças são
 para impedir desapropriação de imóveis rurais.
O projeto foi aprovado na íntegra pela Comissão de Agricultura. O relator é Luís Carlos Heinze (PP-RS), sucesso no Youtube, onde afirma que quilombolas, índios, gays e lésbicas são "tudo que não presta". Heinze quer mudar a lei para impedir a desapropriação de imóveis rurais. O projeto já está na Comissão de Trabalho. Depois vai à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, e se aprovado, irá a Plenário. Como os latifundiários que dominam o Brasil desde o Império são maioria no Congresso, as chances de aprovação são grandes.

E finalmente, o último personagem, aquele incapaz de chegar ao segundo parágrafo de qualquer texto. O eleitor neo politizado que se diz escravo da corrupção pode acessar a íntegra do projeto aqui. Custa o mesmo que curtir a página de Jair Bolsonaro no Facebook: um simples clique.

Guerra fria