Belo Horizonte - A revista eletrônica de micronarrativas é temática. O número 1 tratou dO Banal. O atual, dO Azul. Além de jovens talentos de Portugal, Espanha e Brasil, há criações gráficas de Margarida Delgado, Dionísio Leitão e Ana Oliveira. Bela foto de Margarida Delgado ilustra a capa.
Projeto editorial maduro, graficamente bem organizado, autores afiados, Minguante é literatura contemporânea em pixels. Muda-se o suporte, mantém-se a mensagem. Loas ao corpo editorial formado por Fernando Gomes , Henrique Manuel Bento Fialho, Luís N. e Margarida Delgado.
Todos os textos merecem leitura, mas aí vão duas dicas de cada país: Inmaculada Luna e Francis Vaz (Espanha), Sílvia Chueire e Márcia Maia ( Brasil) , Rui Almeida e Vitor Mateus (Portugal).
Nesta edição, um noir infame de minha autoria. Publique lá também.
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
Na vitrola
Belo Horizonte - Hoje, do Paralamas.
Barry Adamson, que é sugestão do Israel Barros e toca com o Nick Cave. Sim, ele é uma bad seed.
OK Go, que é divertido, de arranjos interessantes e pouco juízo. Na linha Sha-Na-Na.
Jet, que é a nova salvação do rock n' rol, tipo se você detesta o rótulo, precisa lembrar de Justin Timberlake, Kevin Federline, Robbie Willians, Pussy Cat Dolls e James Blunt. Portanto, no contexto da indústria cultural, blá blá, blá, blá, blá.
Barry Adamson, que é sugestão do Israel Barros e toca com o Nick Cave. Sim, ele é uma bad seed.
OK Go, que é divertido, de arranjos interessantes e pouco juízo. Na linha Sha-Na-Na.
Jet, que é a nova salvação do rock n' rol, tipo se você detesta o rótulo, precisa lembrar de Justin Timberlake, Kevin Federline, Robbie Willians, Pussy Cat Dolls e James Blunt. Portanto, no contexto da indústria cultural, blá blá, blá, blá, blá.
segunda-feira, 9 de outubro de 2006
Totem 2
Belo Horizonte - Numa cantina italiana, oito amigos discutem a vida pós-estouro da bolha da blogosfera. A discussão já dura uma hora e estamos num momento impreciso da cronologia, pois que no virtual esta frase tem a mesma (val)idade que esta e enquanto isso não se sabe mais com quem está a palavra. A mistura de discursos exige uma tomada de providência. Resolvo assumir a parada, embora sem nenhuma intenção de encerrar o assunto.
- Não, não, interrompi. Acho que vivemos algo parecido com a transição da literatura para o cinema e daí para a televisão. Da mesma forma que as pessoas passaram a ler menos com o audiovisual, o hipertexto passou a ser desprezado se se mantém apenas como texto. Os internautas deste século querem ver, ouvir. Viajar em sensações programadas, ser conduzidos pela grade de opções da rede, como telespectadores dos programas de domingo à tarde.
- É, mas isso não é de todo verdade, diz Leãdro Wojak. O cinema, por exemplo, já foi tido como destruidor da literatura, mas não conseguiu fazer isso, e nem era essa sua intenção. Assim como a televisão não destruiu o cinema. As mídias podem conviver umas com as outras, tranqüilamente.
- Sim, mas isso não explica a queda brutal de audiência do meu blog, ri Edgar Borges.
- É que você é um ciberdissidente, gargalha Vandré Fonseca, reconhecendo logo depois a própria condição de publicador bissexto.
- O problema é que a gente não ocupa bem esse território anárquico do ciberespaço. Nós temos que avançar, rapaziada, entrar de sola nas outras formas de sociabilidade, com áudio, vídeo e o escambau, propõe um empolgado Israel Barros.
- Rapaz, não tenho certeza disso. Falta afetividade. Em vários lugares a territorialidade é importante. E não falo só do Acre. Em Guarulhos, não há campanha na TV. A eleição se decide com santinho e cartazete na rua. Ao mesmo tempo, a política é exercida de forma cada vez menos territorial e mais virtual. Portanto acho que é a possibilidade de falar, isso mesmo, simplesmente falar, que vai garantir nossa sobrevivência, atesta um messiânico Maurício Bittencourt.
- Mas isso só aumenta a dispersão, avalia Nei Costa. A internet é um punhado de lixo, muitas vezes reciclado, a maior parte inútil. Garimpar algo bom é tão difícil quanto garimpar mesmo. Por isso é que temos de instigar o povo a assumir os media.
- Falas como um comunicólogo, meu caro. O que todos nesta mesa, de certa forma, são, observo.
- E o corporativismo, onde fica? Não é assim não, qualquer um metendo o bedelho na nossa mais-valia?, grita Rogério Christofoletti, posando de sindicalista radical.
- Ó pá, mas que diabos vocês estão a dizer? Blogue é edição. Blog é edição. Blogging is editing. Mesmo, Avery, que um bandalho como tu, armado em chico esperto na terra da pavórnia, venha a dizer o contrário. E peçamos algo para comer, decreta Luís Ene.
- Só se for agora, atalha Leãdro, ávido por umas saltenhas chilenas das que têm na Vila Madalena. Saltenhas!
- Chico Esperto, como é que é isso?
- É comida italiana, italiana, grita o Vicenzo.
- Então mande mais algumas biras, grita Edgar.
- Você não era assim, diz Nei.
- Ô vida dura.
- Não, não, interrompi. Acho que vivemos algo parecido com a transição da literatura para o cinema e daí para a televisão. Da mesma forma que as pessoas passaram a ler menos com o audiovisual, o hipertexto passou a ser desprezado se se mantém apenas como texto. Os internautas deste século querem ver, ouvir. Viajar em sensações programadas, ser conduzidos pela grade de opções da rede, como telespectadores dos programas de domingo à tarde.
- É, mas isso não é de todo verdade, diz Leãdro Wojak. O cinema, por exemplo, já foi tido como destruidor da literatura, mas não conseguiu fazer isso, e nem era essa sua intenção. Assim como a televisão não destruiu o cinema. As mídias podem conviver umas com as outras, tranqüilamente.
- Sim, mas isso não explica a queda brutal de audiência do meu blog, ri Edgar Borges.
- É que você é um ciberdissidente, gargalha Vandré Fonseca, reconhecendo logo depois a própria condição de publicador bissexto.
- O problema é que a gente não ocupa bem esse território anárquico do ciberespaço. Nós temos que avançar, rapaziada, entrar de sola nas outras formas de sociabilidade, com áudio, vídeo e o escambau, propõe um empolgado Israel Barros.
- Rapaz, não tenho certeza disso. Falta afetividade. Em vários lugares a territorialidade é importante. E não falo só do Acre. Em Guarulhos, não há campanha na TV. A eleição se decide com santinho e cartazete na rua. Ao mesmo tempo, a política é exercida de forma cada vez menos territorial e mais virtual. Portanto acho que é a possibilidade de falar, isso mesmo, simplesmente falar, que vai garantir nossa sobrevivência, atesta um messiânico Maurício Bittencourt.
- Mas isso só aumenta a dispersão, avalia Nei Costa. A internet é um punhado de lixo, muitas vezes reciclado, a maior parte inútil. Garimpar algo bom é tão difícil quanto garimpar mesmo. Por isso é que temos de instigar o povo a assumir os media.
- Falas como um comunicólogo, meu caro. O que todos nesta mesa, de certa forma, são, observo.
- E o corporativismo, onde fica? Não é assim não, qualquer um metendo o bedelho na nossa mais-valia?, grita Rogério Christofoletti, posando de sindicalista radical.
- Ó pá, mas que diabos vocês estão a dizer? Blogue é edição. Blog é edição. Blogging is editing. Mesmo, Avery, que um bandalho como tu, armado em chico esperto na terra da pavórnia, venha a dizer o contrário. E peçamos algo para comer, decreta Luís Ene.
- Só se for agora, atalha Leãdro, ávido por umas saltenhas chilenas das que têm na Vila Madalena. Saltenhas!
- Chico Esperto, como é que é isso?
- É comida italiana, italiana, grita o Vicenzo.
- Então mande mais algumas biras, grita Edgar.
- Você não era assim, diz Nei.
- Ô vida dura.
domingo, 8 de outubro de 2006
Manifesto
Estão abolidas, a partir de agora, todas as novas idéias sobre como manter as coisas do jeito que estão.
terça-feira, 3 de outubro de 2006
Lula x Alckmin
Belo Horizonte - E agora, votar em quem? Faça nos comentários sua sugestão para o segundo turno da eleição para presidente do Brasil.
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