Sem título
Ele queria escrever. E escreveu. Mas escreveu sobre não ter o que escrever,
como sempre fazem os que escrevem.
quinta-feira, 15 de abril de 2004
quinta-feira, 8 de abril de 2004
Smells like teen spirit
Há 10 anos Kurt Cobain se matava em Seattle, encerrando mais cedo os anos 90. O que viria depois no rock, de Radiohead a Smashing Pumpkins, de Beck Hansen a Belle and Sebastian, de Pizzicato Five a Coldplay, já encerrava um pouco do que ouvimos agora, nos 2000. Estou no time dos que acham que o Nirvana foi a salvação do rock nos anos 90, mas não culpo a geração anterior (Smiths, The Cure, Jesus and Mary Chain, Echo and the Bunnymen, The Cult, U2...) ou a atual (The Hives, The Vines, The Strokes, White Stripes, Kings of Leon) pela ausência de ícones. Talvez Cobain, imolado pelo maisntrean, fãs obtusos, depressão e drogas represente exatamente isso: o fim dos heróicos anti-heróis do rock n' roll.
terça-feira, 6 de abril de 2004
Réquiem
Ao professor Octavio Ianni, que morreu no domingo e reunia agudeza intelectual com afetividade, ativismo com temperança e muito colaborou na conclusão da minha pós-graduação. Suas sugestões ajudaram meu Índio na Rede a encontrar equilíbrio entre a sociedade da informação e o pensamento selvagem.
Ao professor Octavio Ianni, que morreu no domingo e reunia agudeza intelectual com afetividade, ativismo com temperança e muito colaborou na conclusão da minha pós-graduação. Suas sugestões ajudaram meu Índio na Rede a encontrar equilíbrio entre a sociedade da informação e o pensamento selvagem.
segunda-feira, 5 de abril de 2004
terça-feira, 30 de março de 2004
Pelo telefone
Os grupos Telefônica, Telemar e Brasil Telecom uniram-se no Consórcio Calais para comprar a Embratel da falida MCI. Cobriram a oferta da Telmex argumentando que o consórcio é nacional (tem nome de cidade portuária da França), que o negócio será o melhor para o Brasil etc. A intempestiva reunião das gigantes da telefonia guarda o vírus do oligopólio, já visível na reduzida diferença entre preços nos serviços e a falta de transparência nas tarifas cobradas por cada empresa. A Telmex pode ser estrangeira, mas nenhuma das que já dividem os lucros da telefonia brasileira é genuinamente nacional. A entrada de novo grupo pode, eventualmente, evitar a disparada dos preços que essa estranha união de "concorrentes" pode provocar. A Anatel precisa exercer um papel pró-consumidor.
Os grupos Telefônica, Telemar e Brasil Telecom uniram-se no Consórcio Calais para comprar a Embratel da falida MCI. Cobriram a oferta da Telmex argumentando que o consórcio é nacional (tem nome de cidade portuária da França), que o negócio será o melhor para o Brasil etc. A intempestiva reunião das gigantes da telefonia guarda o vírus do oligopólio, já visível na reduzida diferença entre preços nos serviços e a falta de transparência nas tarifas cobradas por cada empresa. A Telmex pode ser estrangeira, mas nenhuma das que já dividem os lucros da telefonia brasileira é genuinamente nacional. A entrada de novo grupo pode, eventualmente, evitar a disparada dos preços que essa estranha união de "concorrentes" pode provocar. A Anatel precisa exercer um papel pró-consumidor.
Sociedade alternativa
Isaías viu shows do cantor em São Paulo, Santos, Santo André, São Bernardo, por toda parte. Fotografava, colecionava reportagens, gravava entrevistas. Tinha discos que não acabava mais e fotos na sala, cozinha, banheiro, até em cima do tanque. "A casa dele parecia um museu", diz Valdenice. Depois que entrou para a Igreja Universal, Isaías encerrou esse capítulo. "Quebrei e botei fogo em tudo", conta. "A verdade é uma só: Jesus. Como eu não conhecia o superior a ele, para mim Raul era o máximo. Mas eu me libertei."
Isaías Sena Souza, marceneiro do Itaim Paulista (Zona Leste de São Paulo) que nos velhos tempos conseguiu batizar a própria rua com o nome de Raul Seixas, domingo, no Estadão.
Isaías viu shows do cantor em São Paulo, Santos, Santo André, São Bernardo, por toda parte. Fotografava, colecionava reportagens, gravava entrevistas. Tinha discos que não acabava mais e fotos na sala, cozinha, banheiro, até em cima do tanque. "A casa dele parecia um museu", diz Valdenice. Depois que entrou para a Igreja Universal, Isaías encerrou esse capítulo. "Quebrei e botei fogo em tudo", conta. "A verdade é uma só: Jesus. Como eu não conhecia o superior a ele, para mim Raul era o máximo. Mas eu me libertei."
Isaías Sena Souza, marceneiro do Itaim Paulista (Zona Leste de São Paulo) que nos velhos tempos conseguiu batizar a própria rua com o nome de Raul Seixas, domingo, no Estadão.
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