terça-feira, 3 de abril de 2018

Love hurts

Resultado de imagem para hector berliozParis, December 5, 1830. Hector Berlioz spent the year organizing the premiere of the Symphonie Fantastique, which he composed full of passion for actress Harriet Smithson.

The theater was packed with la crème de la crème bourgeoisie. In the audience, Niccolò Paganini, Franz Liszt, Frédéric Chopin, George Sand, Victor Hugo and Alexandre Dumas, among others. Harriet never showed up. But they eventually maried.

The Evil itself

Since 1964, a media corporation is responsible for unstabilize democratic governments in Brazil. Globo Network was created by Time-Life group in the sixties with support of anti-nationalist generals and now works to put Lula da Silva in jail.

There's no country in the world with something like Globo Network. Their soap opera are racist and classist. Their jornalism are guided by the money. Their "reality shows" are gross. They defend obsessively capitalism and corrup politicians since its creation. They unstabilize governments and give free space to generals who intent to take power by force.

A public concession with hundreds of local stations, Globo is an octopus wich sucks public budgets with infamous results. Their next step is remove democracy in Brazil.

The world watches it. The western democracies watch it. Do they know Brazil is a fascism laboratory wich incertain results for all of us?



quarta-feira, 28 de março de 2018

Would you let they kill them all?

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Lula da Silva: who wants him dead?
Brazil's former presidente Lula da Silva and his fellows of PT (Partido dos Trabalhadores) were attacked by shots in Paraná, yesterday. Lula was travelling in nearby of Curitiba, where the coup was developed in its judiciary dimension.

"We have three identical buses and several cars. A bus was hit and it could be President Lula's bus. This is a political attack on an escalation of political violence that is taking place in Brazil", said congressist Maria do Rosário.

They killed Marielle Franco. 

They're trying to kill Lula da Silva. 

Would you let they kill them all?

terça-feira, 27 de março de 2018

Gunshots hit two buses in a caravan for former President Lula da Silva (NYT)

Gunshots hit two buses in a caravan for former President Luiz Inacio Lula da Silva's campaign tour in southern Brazil on Tuesday, officials in his Worker's Party said. No one was hurt.

Da Silva wasn't in either of the two buses, which were carrying guests and journalists, da Silva spokesman Jose Crispiniano said.

Da Silva has been traveling around southern Brazil to rally support for another presidential run in October. But the former president has been convicted of corruption, and it looks increasingly likely that he will be jailed and barred from contesting the election.

domingo, 25 de março de 2018

Copy cat or cop buddy? The Mechanism as a José Padilha's self-portrait

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The brazilian serie The Mechanism (Netflix), directed by José Padilha have a nice cast, good budget, careful production and relative creative freedom in these times when entertainment industry is becoming younger, reckeless and empty. To satisfy this industry, many works are mischaracterized. Characters change country, gender and profession; a pet that was not in the script could emerge as deus ex machina. Stereotypes of amorality and violence illustrates southern americans.And for that, Padilha is the right guy.
For some artists, dignity is not negotiable. For others, the control is bearable, OK, we add the dog. There is also a third group that portrays their own culture with platitudes of a north-american look. The effort for the colonizer's approval is paid in a closed-door meeting, where the terms of Mephistopheles are accepted one by one. Minutes later, a gorgeous filmmaker crosses the waiting room, filled with candidates for the pantheon, with a smile on his face.

José Padilha has expertise in Mondo Cane. Doesn’t have the literacy of Paulo Lins, the crudity of Peckimpah, the verve of Loach or the aesthetics of Tarantino. But intents to transforms violent TV shows in movies. He loves crimes and heroes, but especially crimes. His heroes are lawyers and policemen who act as templars of the authoritarian state on a divine mission. They live on the edge of reason, and this distemper is considered human complexity.
But there is no complexity in Padilha’s world. His dissatisfaction with “a corrupted system” doesn’t allow he thinks about the system itself. That is why the apologetic The Mechanism is based on books with titles like the megalomanous “Judge Sérgio Moro and the backstage of the operation that shook Brazil” (Vladimir Netto) and the forgetable “The fight against corruption: Lava Jato and the future of a country marked by impunity” (Deltan Dallagnol).
There are few technical defects in José Padilha's works. The locations and technical staff are fine, but the result is oblivion: his movies are functional and ideological, in a poor and violent universe of ruthless drug dealers, powerful businessmen, robotized cops and robot cops with incendiary and nihilistic speech. Average movies for average guys.
The Mechanism is juts like that. A revenge against left politicians that makes him more an internet hater than a film maker. His full-of-rage sub-elite manifests follow goebbelian paths that threatens society and arts in general and amuses a plethora of increasing fascists groups wich hate poors. 
He is a man of his time, knows himself as replaceable and will surf the conservative wave long as he can, enhancing hate and compromizing his artistic survival with a bunch of lies that makes The Mechanism a big fiasco. Time will tell if his raging manifest will generate more reflection than entertainment.

sábado, 24 de março de 2018

O Incendiário

A série brasileira O Mecanismo (Netflix) dirigida por José Padilha com os excelentes Selton Mello e Enrique Diaz, pode orgulhar-se do elenco, do orçamento gordo, da produção esmerada e da relativa liberdade criativa num momento em que a indústria do entretenimento torna-se refém de um público cada vez mais jovem e exigente.

Para atender à indústria, muitas obras são descaracterizadas. Personagens mudam de país, gênero e profissão; um animal de estimação que não estava no roteiro pode surgir como deus ex machina. Estereótipos de amoralidade, violência e brejeirice que ilustram o imaginário norte-americano sobre seus vizinhos do sul são contemplados.

É preciso despir-se de orgulho e vaidade. É preciso despir-se.

Para alguns artistas, a dignidade não é negociável. Para outros, o controle é suportável, OK,  acrescentamos o cão. Há ainda um terceiro grupo que retrata a própria cultura com platitudes do olhar norte-americano. O esforço pela aprovação do colonizador é compensado numa reunião a portas fechadas, onde os termos de Mefistófeles são aceitos um a um. Minutos depois, um faustoso cineasta atravessa a sala de espera repleta de candidatos ao panteão com um sorriso no rosto.

José Padilha é um especialista em mondo cane. Não tem a literacia de Paulo Lins, a crueza de Peckimpah, a verve de Loach ou a estética de Tarantino, mas consegue tornar programas de TV policialescos em linguagem de cinema. Seus heróis são advogados e policiais que agem como templários do estado autoritário, em missão divina. Vivem no limite da razão e esse destempero é vendido como resultado da complexidade humana.

Mas não há complexidade no cinema de Padilha. Sua insatisfação é com o "sistema corrompido", não com o sistema em si. Por isso a apologética O Mecanismo baseia-se em "Lava Jato: o juiz Sérgio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil. O livro de Vladimir Netto integra a Cesta de Leituras do MBL, um conjunto de escritos produzido na esteira do golpe com palavras-chave e títulos longos para leitores sem tempo de ler. Entre estes destacam-se "Operação Lava Lula" (Adib Abdouni), "O jogo sujo da corrupção" (Luiz Flávio Gomes) e o melhor de todos: "A luta contra a corrupção: a Lava Jato e o futuro de um país marcado pela impunidade", de Deltan Dallagnol.

Há poucos defeitos técnicos nas obras de José Padilha. As locações são excelentes e a equipe técnica é competente, mas o resultado é funcional e ideológico, num universo que vai de traficantes impiedosos a empresários poderosos e de policiais robôs a robôs policiais, num discurso incendiário e niilista. Average movies for average guys.

Vista a obra, percebe-se que o grande adversário de José Padilha é a esquerda, especificamente o PT, terceiro partido citado numa lista do doleiro de Enrique Diaz, logo após PMDB e PSDB. Causa a impressão de que a corrupção será discutida em suas origens, mas a falsa isenção dura pouco. Logo depois surgem as caricaturas de Lula da Silva e Dilma Rousseff como políticos ávidos por dinheiro, impiedosos com trabalhadores que pagam impostos. Gênios do mal que desafiam os herois de toga e colete.

Padilha sabe manipular o ódio deste brasileiro neo-politizado e "anti-corrupção" com resultados de Jornal Nacional. Para isso, vale colocar na boca de Lula uma frase de Romero Jucá: "estancar a sangria". Defende o orquestrador do golpe e acusa o PT na mesma cena. Quase brilhante. O casuísmo de produzir uma série no calor da investigação revela a sede de vingança de Padilha. extravasada em herois sombrios, reativos e feitos de aço. Líderes ideais para o hater brasileiro que leva a cruz numa mão, a espada na outra e não carrega um livro porque ninguém tem três mãos.

A criminalização da esquerda e a defesa de uma sub-elite raivosa manifesta em seus filmes revelam a opção por um caminho goebbeliano que ameaça a sociedade e as artes. Socialmente excludente, o cinema de Padilha é bem-vindo em tempos de crescente fascismo. Ele é um homem do seu tempo, sabe-se substituível e surfará a onda conservadora enquanto ela se sustentar. Mas não há redenção ou temperança na obra padilhesca que indiquem sua sobrevivência artística. O tempo dirá se o libelo policialesco que inaugurou em Tropa de Elite produziu mais reflexão que entretenimento.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Would they kill them all?

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The politician Marielle Franco was shot by Policia Federal bullets
The fascist swelling in Brazil is loud and clear, but international community didn't turn its concern into concrete actions.

Meanwhile, an abject elite supported by think tanks, plants hate speeches among a certain indebted racist under-schooling middle class. A plethora of liberals, small traders, conservative youth and government servants, believers in  the most popular and illusory brazilian dream: be accepted by the elite.

A week after the killing of Marielle Franco and Anderson Pedro by Federal Police's bullets in Rio de Janeiro, another brazilian activist was attacked by shots in Alter do Chão. Raoni Valle is archeologist and antropologist. As many other friends related to science, arts and politics in Brazil, struggles for social rights in a harmful place.

Nobody knows who's next.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Do you think there's something wrong?

On the eve of the World Economic Forum, Oxfam presents its report of world's income concentration: 

2013: the poorest 50 percent of the world population produced 0.7 percent of the wealth. On the rich side, that same percentage was divided by 85 people. Bad. Brutal. 

2016: the poorest 50 percent owned only 0.2 percent of the world's wealth. On the wealthy side, this wealth is hit by only eight people. A fair result, thanks to the free world.

2017: the poorest 50 percent no longer have wealth that can be measured. They own zero percent. On the rich side there is good news: 82 percent of the world's wealth belongs to 1 percent of the population. No comments

2017: 100 million brazilians (50% of population) had the same wealth as 5 people.
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terça-feira, 2 de janeiro de 2018

About social changes

Social changes do not arise from the masses in their eternal expectation of command, of direction. They come from a small group of people, ideas and voices. People dedicated to improve the lives of those who ignore, criticize or attack the vanguard. Social changes are not social upheavals.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

The others

Pedants are people who knows subjects we don't understand.

Pedantes são todas as pessoas que dominam assuntos que não entendemos.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Elis

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Elis: bigger than language
Elis Regina is great. Bigger than herself. I heard yesterday: "Don't speak portuguese, but understand everything she sings."

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Two margins

1
Brazilian artists censored. Art galleries and museums boycotted by people who do not go to art galleries and museums. A crusade of morality is led by politicians, religious and people of dubious history.

2
Flames destroy the country while politicians swap accusations of which party is most responsible for environmental chaos and deaths. The Pinhal de Leiria, one of the oldest national forests in the world, was almost completely devastated. But while the country is shocked, emotionally unstable and politically divided, a big business that enriches investors and creates unemployment and wealth concentration is about to happen.

1.1
An uncertain contingent of venezuelans, bolivians, haitians, paraguayans, and other nationalities works in a situation analogous to slavery in Brazil. They are exploited in the textile industry, crops, domestic service, prostitution and drug traffic. In addition to foreigners, thousands of brazilian rural workers live in situations analogous to slavery (abolished 11 years before the 20th century) on cattle ranches, sugar cane and other degrading services, generation after generation.

2.1
Altice is a multinational corporation from the Netherlands with business in eight countries (mobile telephony, internet and entertainment). Altice plans to take over the portuguese Media Capital, which includes the open channel TVI, radios, internet providers and video production, among other businesses. Altice already produces owns the operators MEO and Nowo.

1.2
The brazilian coup government officially abandons the alignment with the guidelines of the International Labor Organization and softens the law that penalizes slave labor. A law whose penalties are already mild: 2 to 8 years. It has now become more difficult for workers to prove they were abused. From now on, to apply the classification of slave labor, only with images of private prisons and shackles.

2.2
By acquiring open TV channels, operators and audiovisual production clusters, Altice violates all possible ethical standards, but who can stop a lobby giant? The subject is discussed at the moment in the Regulatory Entity of Social Communication.

Conclusion
The cases have in common the fact that predominant subjects in media and social networks (trending) are useless. Thus, any changes in laws for the benefit of the 1% go unnoticed.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

sábado, 26 de agosto de 2017

quinta-feira, 25 de maio de 2017

The damage is done.

The damage is done. And if it is too late to fix the damage of living a delegitimating era? How to repair the damage of hopelessness (impression about the future) in the present?

quinta-feira, 11 de maio de 2017

terça-feira, 9 de maio de 2017

Viva a Europa

Dia da Europa. Uma embarcação com 400 pessoas, refugiados sírios, tenta chegar à costa da Itália. A gravação com vozes desesperadas, via rádio e celulares, mostram que a marinha italiana ignorou o pedido de socorro por 5 horas. Quase todos morreram.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Fênix

O trompetista Ben Cauley foi o único sobrevivente do acidente aéreo que matou Otis Redding e quase toda a banda de apoio (The Bar-Kays) em dezembro de 1967. Como o pequeno avião estava lotado, o baixista James Alexander teve que pegar outro voo e também sobreviveu. Juntos, Cauley e Alexander recriaram os Bar-Kays. A banda está em atividade desde 1966.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Parole


Trabalho com a palavra há 30 anos. Entrevistei músicos, políticos, homicidas, lendas vivas e mortas. O jornalismo ameaçava morrer, virei professor. E novamente estudante. Ainda trabalho com a palavra. Ainda ganho por falar e escrever. Ainda que não acredite. Ainda que a palavra tenha sido usurpada por hordas ágrafas e mantida refém em redes antissociais.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Da arte da trapaça

Bryan Cranston conseguiu fazer de Sneaky Pete (Amazon) um sucesso à altura de Breaking Bad. Séries como Game of Thrones são grandiosas, mas não há figurino ou grande incêndio que supere um bom roteiro. 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Aquele disco do Supertramp

Resultado de imagem para supertramp paris[Ouvi tantas vezes o Paris do Supertramp, que lembro de gritos da plateia. Um dos grandes discos de rock gravados ao vivo, com versões definitivas de Hide in your shell e Logical Song. Para minha surpresa, foi inteiramente filmado. Reza a lenda que Roger Hodgson reprovou o trabalho feito por um realizador da BBC. Muitos anos depois as imagens e o áudio original foram encontradas num depósito empoeirado na fazenda do baterista Bob Siebenberg. Transformado em Blu-ray em 2012, o vídeo contém versões de Goodbye Stranger e Breakfast in America ausentes do disco duplo de 1980. Agora esta preciosidade pode ser apreciada no Youtube.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

The music of Komitas - Armenian classic folk music

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"Nos homens e nas  mulheres comuns há uma certa quantidade de ativa maldade, sob forma de uma má vontade dirigida contra possíveis inimigos e de satisfação espontânea perante o mal alheio. Habitualmente, isso é simulado sob a capa de frases amáveis - metade da moral convencional não passa de uma máscara. É necessário tomar plena consciência de tal fato se se pretende realizar a finalidade da moral: melhorar a nossa conduta. A maldade revela-se de mil maneiras, umas importantes, outras insignifcantes: na satisfação manifestada pelos que propalam e acreditam no escândalo; no modo deplorável como se tratam os criminosos, quando se sabe que um melhor tratamento seria mais benéfico à sua reabilitação; no barbarismo incrível com que os negros são tratados pelos brancos. Essa maldade ativa é um dos aspectos mais desagradáveis da natureza humana, que se torna necessário modificar para tornar o mundo mais feliz. É verossímil que ela represente uma das causas mais vulgares da guerra, sobrepondo-se à conjugação das razões económicas e políticas." 
(Bertrand Russel, filósofo galês.)

domingo, 29 de janeiro de 2017

Foto de Avery Veríssimo.

"De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização. "


(Milton Santos, geógrafo brasileiro)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Foto de Avery Veríssimo.

"Como os mercados se transformam cada vez mais em estruturas e tecnologias algorítmicas, o único conhecimento útil será algorítmico. Em vez de pessoas com corpo, história e carne, inferências estatísticas serão tudo o que conta. Como resultado da confusão de conhecimento, tecnologia e mercados, o desprezo se estenderá a qualquer pessoa que não tiver nada para vender. A noção humanística e iluminista do sujeito racional capaz de deliberação e escolha será substituída pela do consumidor conscientemente deliberante e eleitor. Já em construção, um novo tipo de vontade humana triunfará. Este não será o indivíduo liberal que, não faz muito tempo, acreditamos que poderia ser o tema da democracia. O novo ser humano será constituído através e dentro das tecnologias digitais e dos meios computacionais."
(Achille Mbembe, historiador camaronês)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017



"Nas sociedades capitalistas em que vivemos e que, aliás, além de serem capitalistas, são colonialistas e patriarcais, não é possível democracia plena porque ela só opera (e mesmo assim com muitos limites) ao nível do sistema político, enquanto as relações sociais diretamente decorrentes dos três modos de dominação (capitalismo, colonialismo e patriarcado. Ou seja, as relações patrão/trabalhador, branco/negro ou indígena, homem/mulher) só muito marginalmente podem ser democratizadas a partir do atual sistema político. A democracia brasileira tinha mais intensidade antes do golpe parlamentar-midiático-judicial do que tem agora. A simples composição do governo mostra como a democracia é agora mais capitalista, colonialista e patriarcal."


(Boaventura de Sousa Santos, sociólogo português)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017



Roger Waters não é exatamente o maior fã de muros. Para demonstrar isso ao presidente dos Estados Unidos, a digressão Us and Them percorre os Estados Unidos de norte a sul em 2017. O recado do comunista e criador do Pink Floyd foi curto: "A resistência começa hoje".


"Você pode protestar com palavras o quanto quiser. Há apenas uma condição associada à liberdade que nós gostaríamos muito de encorajar: seus protestos podem ser tão barulhentos quanto possível, desde que continuem a ser ineficazes... Qualquer tentativa de remover seus opressores pela força é uma ameaça à sociedade civilizada e ao processo democrático... Se vocês recorrerem à força, nós vamos, se necessário, tirá-los da face da terra pela resposta comedida que faz chover fogo dos céus".
(Barrington Moore, sociólogo norte-americano sobre o poder da máquina em 1968)


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017



Chegamos finalmente a uma era em que todo debate é inútil. A conjuntura internacional demonstra que chegamos a um ponto de ruptura. Polônia, Hungria, Turquia e Estados Unidos já estão sob as mãos da direita. A França pode ser a próxima. E se houver não reação ao fenômeno, em 2018 será a vez do Brasil.


A classe trabalhadora, que é historicamente ( e estoicamente) conservadora, não entendeu as conquistas sociais que a deixou numa nuvem de felicidade, se comparada ao século 19. A classe trabalhadora não apenas ignora, mas detesta história. Alega que o passado não interessa porque é passado. Pensa no futuro na forma de dívidas de longo prazo.


O poder de comunicação da velha direita supera qualquer capacidade de diálogo. O fascismo vai grassar por todo o mundo ocidental nos próximos anos. Depois de sofrer bastante por nossa causa, nossos descendentes conseguirão remover essas barreiras porque aprenderão com o banco de dados, A história e seus ensinamentos vão se impor graças à internet.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Verás que um filisteu não foge à luta.
Branco, gordo, religioso e não frequentou a universidade. O perfil do eleitor de Donald Trump, que comemora hoje uma nova era de incertezas, pode ser encontrado com poucas variações na França e no Brasil.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Julian Assange tem poucas horas para fechar um acordo aceitável com os Estados Unidos antes da saída de Barack Obama. O activista não terá a mesma oportunidade após Donald Trump assumir o cargo. Obama sinalizou a possibilidade em dois gestos. Ontem comutou a pena de Chelsea Manning, a militar transsexual que divulgou 700 mil documentos secretos, presa desde 2013. Foi Manning que divulgou o vídeo do helicóptero a bombardear civis friamente no Iraque e atraiu a atenção internacional para os crimes de guerra norte-americanos. Na última entrevista como presidente, há alguns minutos, Obama defendeu o direito de expressão e a liberdade de imprensa, o que parece ser um segundo gesto em favor do acordo. Julian Assange está sitiado na embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012. Uma pena injusta e já cumprida.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

No Brasil, as universidades estão repletas de núcleos de pesquisa fantasmas que consomem verbas públicas. Centros de Tautologia que aumentam a distância entre a ciência e a sociedade. É dever do cientista sério combater o parasitismo que sangra a universidade pública.

Guerra fria