sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
"Nos homens e nas mulheres comuns há uma certa quantidade de ativa maldade, sob forma de uma má vontade dirigida contra possíveis inimigos e de satisfação espontânea perante o mal alheio. Habitualmente, isso é simulado sob a capa de frases amáveis - metade da moral convencional não passa de uma máscara. É necessário tomar plena consciência de tal fato se se pretende realizar a finalidade da moral: melhorar a nossa conduta. A maldade revela-se de mil maneiras, umas importantes, outras insignifcantes: na satisfação manifestada pelos que propalam e acreditam no escândalo; no modo deplorável como se tratam os criminosos, quando se sabe que um melhor tratamento seria mais benéfico à sua reabilitação; no barbarismo incrível com que os negros são tratados pelos brancos. Essa maldade ativa é um dos aspectos mais desagradáveis da natureza humana, que se torna necessário modificar para tornar o mundo mais feliz. É verossímil que ela represente uma das causas mais vulgares da guerra, sobrepondo-se à conjugação das razões económicas e políticas."
(Bertrand Russel, filósofo galês.)
(Bertrand Russel, filósofo galês.)
domingo, 29 de janeiro de 2017
"De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização. "
(Milton Santos, geógrafo brasileiro)
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
(Achille Mbembe, historiador camaronês)
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
"Nas sociedades capitalistas em que vivemos e que, aliás, além de serem capitalistas, são colonialistas e patriarcais, não é possível democracia plena porque ela só opera (e mesmo assim com muitos limites) ao nível do sistema político, enquanto as relações sociais diretamente decorrentes dos três modos de dominação (capitalismo, colonialismo e patriarcado. Ou seja, as relações patrão/trabalhador, branco/negro ou indígena, homem/mulher) só muito marginalmente podem ser democratizadas a partir do atual sistema político. A democracia brasileira tinha mais intensidade antes do golpe parlamentar-midiático-judicial do que tem agora. A simples composição do governo mostra como a democracia é agora mais capitalista, colonialista e patriarcal."
(Boaventura de Sousa Santos, sociólogo português)
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
"Você pode protestar com palavras o quanto quiser. Há apenas uma condição associada à liberdade que nós gostaríamos muito de encorajar: seus protestos podem ser tão barulhentos quanto possível, desde que continuem a ser ineficazes... Qualquer tentativa de remover seus opressores pela força é uma ameaça à sociedade civilizada e ao processo democrático... Se vocês recorrerem à força, nós vamos, se necessário, tirá-los da face da terra pela resposta comedida que faz chover fogo dos céus".
(Barrington Moore, sociólogo norte-americano sobre o poder da máquina em 1968)
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
Chegamos finalmente a uma era em que todo debate é inútil. A conjuntura internacional demonstra que chegamos a um ponto de ruptura. Polônia, Hungria, Turquia e Estados Unidos já estão sob as mãos da direita. A França pode ser a próxima. E se houver não reação ao fenômeno, em 2018 será a vez do Brasil.
A classe trabalhadora, que é historicamente ( e estoicamente) conservadora, não entendeu as conquistas sociais que a deixou numa nuvem de felicidade, se comparada ao século 19. A classe trabalhadora não apenas ignora, mas detesta história. Alega que o passado não interessa porque é passado. Pensa no futuro na forma de dívidas de longo prazo.
O poder de comunicação da velha direita supera qualquer capacidade de diálogo. O fascismo vai grassar por todo o mundo ocidental nos próximos anos. Depois de sofrer bastante por nossa causa, nossos descendentes conseguirão remover essas barreiras porque aprenderão com o banco de dados, A história e seus ensinamentos vão se impor graças à internet.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Julian Assange tem poucas horas para fechar um acordo aceitável com os Estados Unidos antes da saída de Barack Obama. O activista não terá a mesma oportunidade após Donald Trump assumir o cargo. Obama sinalizou a possibilidade em dois gestos. Ontem comutou a pena de Chelsea Manning, a militar transsexual que divulgou 700 mil documentos secretos, presa desde 2013. Foi Manning que divulgou o vídeo do helicóptero a bombardear civis friamente no Iraque e atraiu a atenção internacional para os crimes de guerra norte-americanos. Na última entrevista como presidente, há alguns minutos, Obama defendeu o direito de expressão e a liberdade de imprensa, o que parece ser um segundo gesto em favor do acordo. Julian Assange está sitiado na embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012. Uma pena injusta e já cumprida.
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
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