Divinópolis - Item importantíssimo da série "como ainda não tinha lido isso?", o livro reúne três novelas que se imbricam num momento e se repelem no outro, que se afastam e se reaproximam a cada página, num interessante jogo de espelhos, novidade na narrativa de literatura policial. Um roteiro pré-Pulp fiction (o filme) e pós pulp-fiction (a verve), se é que me faço entender.
Auster tem grandeza intelectual indiscutível, mas aqui ela é apenas insinuada. O autor não a deixa emergir, para não prejudicar o andamento aparentemente simples das três histórias. Cidade de Vidro começa com um telefonema recebido tarde da noite por um escritor de contos policiais que é confundido com um detetive particular chamado... Paul Auster. Em Fantasmas reúnem-se paranóias de investigadores e investigados nos anos 1940, em clima noir, onde os nomes não importam, todos substituídos por cores como Blue, Black, White, Brown e os papéis se invertem: loucura entra em cena.
O quarto fechado é a última novela e quase explica o início do livro, mas faz bem em não cumprir a missão. Melhor procurar o escritor maluco que não quer ser encontrado e ficar à mercê do mistério que a previsibilidade da literatura fácil dos que desconhecem Milton e não entendem porque o Harvey Keitel insiste em fotografar sempre a mesma cena em Smoke, o filme.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
São Paulo - Intelectuais como Susan Son tag , Noam Ch omsky e outros menos ilustres, provam que ainda existe opinião própria e lúcida na A...
-
Curioso com a imagem, busco informações sobre o cavalo mais bonito do mundo de 2013 e descubro uma história de glória e tristeza. Ele per...
-
Alunos de pós-graduação da Universidade Federal da Bahia usaram em sua pesquisa sobre jornais-laboratório universitários uma velha home pag...
Sem comentários:
Enviar um comentário