O dito e o não-dito, muitas vezes o já-dito, se refazem a cada dia nas escolas e universidades. Aí percebemos que quem entra em sala de aula não são alunos e professores, mas pais, amigos, igrejas, polícias, governos, nações. Cada qual espelhado nas falas, nos sentidos atribuídos e suprimidos, nos relacionamentos e nas tensões, nas relações de poder e alienação.
Compreender a linguagem e suas implicações tem a distância do infinito, é como se a cada passo dado na compreensão déssemos mil na incompreensão. No entanto, o sentido de compreender passa por esse indissolúvel dilema Shakespeareano / pós-moderno, ser ou não ser. Ou ser o não-ser.
Pablo Varela, no Pobre Diabo
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