terça-feira, 5 de novembro de 2013

Capitalismo

A religião do capitalismo sobrevive à base de sofismas e de especulação porque esta é sua natureza. Apresentar a queda da URSS e a lista da Forbes como evidências de sucesso, mas é falsa a promessa de que todos podem chegar lá, basta CRER. Como qualquer religião, mantém os áulicos em cabresto mental e confia na destruição de alternativas para sua consolidação. São torcedores zoando um adversário em desvantagem, sem conhecer os minutos finais do jogo.

A exploração infinita de recursos limitados, a acumulação desnecessária e a burrice inerente a ela fazem do capitalismo uma gordura existencial, mas também cognitiva e, finalmente, física. Negar ao mundo mais equilíbrio entre os povos origina a violência urbana, o cinismo da juventude e o terrorismo.

A desigualdade social e política não é natural, não deriva da vontade divina, nem sequer é uma consequência da desigualdade natural entre os homens. Pelo contrário, a sua origem é o resultado da propriedade privada, da apropriação privada da riqueza do mundo inteiro, e dos benefícios privados derivados dessa apropriação."
(Jean-Jacques Rousseau, em Sobre a origem da desigualdade entre os homens)

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