Olho a estante e ele permanece lá, impávido, há quase 30
anos. Não esta edição, que comprei num sebo em São Paulo há apenas uma década e
meia, mas a Obra em si. Nunca concluído
desde que o conheci na Biblioteca da Escola Gonçalves Dias, adolescente. Não
terminei de ler à época como não terminei de ler em mais seis ou oito
tentativas. A verdade é que Sem olhos em Gaza (Aldous Huxley, de quem li quase
tudo) me assombra menos pela perspectiva de ser concluído (e ainda será) que por
ter influenciado um dos meus primeiros contos de ficção, lá pelos 16 anos, uma novela
pretensiosa sobre seres manipulados geneticamente, dilemas bioéticos e as
reflexões de um cientista inclinado a protagonista. Quanto ao livro do Huxley, continuo sem olhos para ele.
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