Faz pouco mais três meses, deixou-nos Eduardo Galeano, o mestre uruguaio que dedicou a vida a retratar o continente latino-americano sob uma perspectiva histórico-humanista como poucos conseguiram fazer. Texto econômico, jornalismo de profundidade, maestria acadêmica lhe caracterizavam. Era capaz de falar sobre qualquer coisa, desde que tivesse importância suficiente para desestabilizar os inertes e deleitar seus muitos fãs com análises precisas sobre sociedade, consumo, política, história. Seu legado permanece. Poucos seres humanos reuniram tantas qualidades ignoradas. Não troco minha vida por nenhuma outra: repleta de aventuras, viagens, paisagens e amigos que me fazem vivo e relevante. Trabalho com a palavra e não conseguiria fazer outra coisa. Tenho poucos desejos, porque estes são sofrimento. Mas um dia espero escrever como Galeano.
sábado, 25 de julho de 2015
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