Simbólica, a última do lado A sugere um lado B
Mas na era do CD não há lado (nem plano) B
Toca o disco até riscar, sem saber por quê
Escrever dói, e achava melhor a dor de escrever
Que a dor de pensar
Mas pensava com dor, dúvida e desvelo
Por isso voltava a escrever
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
domingo, 26 de setembro de 2010
Debate dos presidenciáveis na TV Record
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Televisão
Um homem que via a vida pela TV (Peter Sellers) e um homem que vivia dentro da TV (Jim Carey) em "Muito Além do jardim" e "O Show de Truman", que começam agora, na TV.
A Escola de Funk Furt (O Bonde do Adornão)
Theodor Adorno ou MC Adornão |
Detestava sertanejo, axé, pagode e forró
O amigo Horkheimer era chato por igual
Irritado e inteligente, lutava contra as forças do mal.
Desencantados com a mídia,
da mesmice sempre igual, Adorno e Horkheimer desenvolveram o conceito
de que tudo que é malfeito vem da indústria Cultural.
A indústria cultural destrói qualquer sentido
de arte que queira subsistir
num mundo criado à parte,
que é mais limbo que devir,
que é mais todo do que parte.
Para saber mais sobre o Bonde de Funkfurt, desconfie até o fim.
Leia sobre Habermas sobre o Jazz e sobre Walter Benjamin.
E pra esse funk não acabar, date-me um martelo
e martela, martela, martela o Matellart.
Então martela, martela, martela o Matellart.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Uma piada interna sem graça para o leitor
Suíte é fundamental em Jornalismo, apesar do costume de privilegiar kitinetes.
Fulano anuncia que vai construir ponte ou fábrica ou que vai abrir a sessão da ONU ou que vai subir ao espaço em foguete caseiro e a imprensa publica ipsis literis, sem questionar em nenhum momento, como se a mera declaração fosse suficiente para concretizar as mais absurdas intenções. Trata-se da preguiça tradicional do "jornalismo declaratório".
Incorrido o primeiro erro, o segundo é fatal: a imprensa em muitas ocasiões não verifica, não questiona. Não faz uma atividade básica no seu trabalho que é a repercussão do tema, o que no Jornalismo chamamos de suíte.
Fulano anuncia que vai construir ponte ou fábrica ou que vai abrir a sessão da ONU ou que vai subir ao espaço em foguete caseiro e a imprensa publica ipsis literis, sem questionar em nenhum momento, como se a mera declaração fosse suficiente para concretizar as mais absurdas intenções. Trata-se da preguiça tradicional do "jornalismo declaratório".
Incorrido o primeiro erro, o segundo é fatal: a imprensa em muitas ocasiões não verifica, não questiona. Não faz uma atividade básica no seu trabalho que é a repercussão do tema, o que no Jornalismo chamamos de suíte.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
De bate e assopra
sábado, 24 de julho de 2010
Um poema
Brisa Marinha
(Stéphane Mallarmé)
A carne é triste, sim, e eu li todos os livros.
Fugir! Fugir! Sinto que os pássaros são livres,
Ébrios de se entregar à espuma e aos céus imensos.
Nada, nem os jardins dentro do olhar suspensos,
Impede o coração de submergir no mar
Ó noites! nem a luz deserta a iluminar
Este papel vazio com seu branco anseio,
Nem a jovem mulher que preme o filho ao seio.
Eu partirei! Vapor a balouçar nas vagas,
Ergue a âncora em prol das mais estranhas plagas!
Um tédio, desolado por cruéis silêncios,
Ainda crê no derradeiro adeus dos lenços!
E é possível que os mastros, entre ondas más,
rompam-se ao vento sobre os náufragos, sem mastros,
sem mastros, nem ilhas férteis a vogar...
Mas, ó meu peito, ouve a canção que vem do mar!
(Stéphane Mallarmé)
A carne é triste, sim, e eu li todos os livros.
Fugir! Fugir! Sinto que os pássaros são livres,
Ébrios de se entregar à espuma e aos céus imensos.
Nada, nem os jardins dentro do olhar suspensos,
Impede o coração de submergir no mar
Ó noites! nem a luz deserta a iluminar
Este papel vazio com seu branco anseio,
Nem a jovem mulher que preme o filho ao seio.
Eu partirei! Vapor a balouçar nas vagas,
Ergue a âncora em prol das mais estranhas plagas!
Um tédio, desolado por cruéis silêncios,
Ainda crê no derradeiro adeus dos lenços!
E é possível que os mastros, entre ondas más,
rompam-se ao vento sobre os náufragos, sem mastros,
sem mastros, nem ilhas férteis a vogar...
Mas, ó meu peito, ouve a canção que vem do mar!
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