São Luís - Na bela capital do Maranhão para participar do 33o Congresso Nacional do Andes.
domingo, 9 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Boa Vista - Dos governos se espera legitimidade e capacidade para organizar e gerir o estado de forma responsável. O sistema eleitoral viciado que afiliados e partidos apoiam, beneficia oligarquias com a desculpa de que a democracia é falha, mas... é o melhor que temos.
Esse sistema distribui desproporcionalmente tempo de TV para beneficiar coalizões-mensalões enquanto pequenos partidos têm apenas segundos; sistema controlado por um Legislativo que ano após ano se permite a distribuição de canais de TV; por um Executivo que gasta mal; por licitações dirigidas que cartelizam serviços de má-qualidade.
É um sistema que vai contra toda a lógica da eficiência: mantém ladrões (alguns já puxaram cadeia) em cargos públicos; permite nomeações para secretarias e ministérios com base em indicações partidárias e não em qualificação técnica; enfim, que funciona muito, muito mal.
Esse sistema distribui desproporcionalmente tempo de TV para beneficiar coalizões-mensalões enquanto pequenos partidos têm apenas segundos; sistema controlado por um Legislativo que ano após ano se permite a distribuição de canais de TV; por um Executivo que gasta mal; por licitações dirigidas que cartelizam serviços de má-qualidade.
É um sistema que vai contra toda a lógica da eficiência: mantém ladrões (alguns já puxaram cadeia) em cargos públicos; permite nomeações para secretarias e ministérios com base em indicações partidárias e não em qualificação técnica; enfim, que funciona muito, muito mal.
Não podemos mais acreditar e estimular esse sistema. Fomos 23 milhões na eleição passada. Na próxima seremos muito mais.
sábado, 25 de janeiro de 2014
sábado, 11 de janeiro de 2014
Riobamba - Depois do Chimborazo, a ideia era ir direto para o Pacífico, mas instado pelo amigo equatoriano Hotsmaro Salazar, fizemos uma visita ao Oriente, também conhecido como Amazônia Equatoriana. Uma brusca mudança na paisagem. Canyons, selva e cidades cheias de charme no caminho entre Riobamba e Rio Negro.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Riobamba - Hoje escalei nada menos que 5 mil dos 6.310 metros do Vulcao Chimborazo, a montanha mais alta da Terra. Sim, é o que dizem sobre o Everest, mas a montanha do Himalaia nao está próxima da linha do equador, portanto na face mais externa do planeta. O Chimborazo está mais distante do centro da Terra que qualquer outra elevaçao, portanto mais próxima do sol. Trata-se do cume do planeta, localizado a nada menos 2,1 quilometros acima do Everest (!).
A aventura começou em Riobamba, com uma preparaçao fisica que incluiu adaptaçao à altitude (a cidade fica a 2.850 metros), alimentaçao a base de proteína, super hidrataçao e muita força de vontade para vencer as intempéries, o cansaço e o soroche, o mal das alturas. Logo eu perceberia que a missao é sempre mais complicada durante sua execuçao. Depois de comprar luvas, gorro e um casaco novo, de alpaca, chegara a hora de conquistar meu primeirto vulcao.
Localizado nos Andes equatorianos, onde a Cordilheira Ocidental se divide em dois gigantescos braços a noroeste de Riobamba, o Chimborazo tem seu cume coberto por neves perpétuas e as bases ocupadas por vales férteis onde se cultiva frutas, flores e gado. Um Parque Nacional preserva a fauna e a flora. Ali, vicunhas percorrem a planície e falcoes sobrevoam nossas cabeças.
Depois de chegar de carro ao Parque Nacional, (cerca de 4 mil metros), começamos a jornada a pé. Com uma temperatura de zero grau e uma chuva fina que logo que se tornaria neve, comecamos a subida. A primeira parada foi o refúgio Carrel, a 4,7 mil metros de altitude. A chegada foi dificultada pela falta de ar, o que obriga a dar algumas paradas. Temperatura de -5 cent{igrados. Depois de conversar com japoneses e equatorianos sobre as condiçoes de tempo, percebemos que seria complicado chegar ao segundo refúgio caso a neve persistisse e a névoa aumentasse.
Um pausa para descansar e prosseguimos. A temperatura cai para -7. Tirar os óculos era impossivel. A brancura da neve feria os olhos. Confesso que estive a ponto de desistir por causa do soroche. Cinco quilometros acima do mar é uma regiao com mpouco oxigenio. A falta de ar torna a respiraçao pesada e ofegante. Depois, o sangue tenta se adaptar, correndo mais forte dentro das veias. Em seguida vêm as náuseas e a tontura. Finalmente, passado algum tempo, a pele começa a queimar, os pulmoes diminuem e pepitas de fogo percorrem seus orgaos internos. Nova pausa.
Finalmente, o refúgio Whymper se apresenta, congelado a 5 mil metros de altitude. Uma neve fina cai e derrete sobre o telhado, formando estalactites transparentes de gelo. A jornada precisa parar por aqui. Uma forte névoa cobre o cume e por segurança, ficamos por aqui. Comemoramos o feito com um grupo formado por japoneses, colombianos, mexicanos, brasileiros e equatorianos. Da próxima vez, quem sabe?
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Quito - No centro de Quito, um dominicano corta meu cabelo ao som de música gospel suave, bem diferente dos gritos de horror, digo louvor, que se ouve no Brasil. Conversamos e Alberto me fala que a República Dominicana continua a receber milhares de refugiados do Haiti e enfrenta dificuldades para atender às necessidades de quem perdeu tudo com as guerras civis e o devastador terremoto que completa três anos no próximo dia 12. Diz que o povo é mais receptivo que o local, o que me espanta, já que o povo equatoriano tem demonstrado uma educaçao exemplar.
Caracas - Os Awá são um dos últimos povos nômades caçadores-coletores do Brasil e dependem inteiramente da floresta. Vivem isolados e são vulneráveis a ataques e doenças contra as quais não têm imunidade.
O Brasil, tardiamente, se movimenta contra a exploraçao ilegal de madeira e a preservaçao do povo Awá. Mas o mundo teve que se movimentar antes.
Leia mais aqui.
O Brasil, tardiamente, se movimenta contra a exploraçao ilegal de madeira e a preservaçao do povo Awá. Mas o mundo teve que se movimentar antes.
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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
La Guaira - Depois de muita paciencia e sangue frio, conseguimos passagens de onibus para Caracas, onde chegamos de madrugada e percorremos as ruas desertas e estranhamente vazias da metrópole venezuelana. No terminal de onibus urbano, fui atacado por mosquitos, mas vale tudo para chegar a Quito (rima involuntaria). Passo o dia num pequeno hotel de frente para a Playa Verde em La Guaira, recuperando as forcas com cervejas e mariscos.
domingo, 5 de janeiro de 2014
Puerto Ordaz - Caos total nos transportes aéreo e rodoviário da Venezuela. Para variar, a alta temporada gera fluxos de turismo interno em todos os sentidos e enche os hoteis de todo o país. Santa Elena e todo o Parque Canaima foram invadidos por carros off-road, máquinas possantes que bebem gasolina desarvoradamente e provocam desabastecimento e racionamento.
A confusao é aumentada com mochileiros de diversos países e milhares de brasileiros que sobem com seus carros de Manaus e Boa Vista. Todos sofrem com a falta de hotel, dificuldades com a língua e a comida e a falta de hospedagem, mas vale tudo para chegar ao Caribe e aproveitar as praias e precos baixos do verao mais intenso da recente história venezuelana.
Consigo evitar toda essa confusao com as ferramentas típicas de brazuelano acostumado as vicissitudes locais - nessas horas ter família aqui é fundamental. Mesmo assim, é preciso correr em pleno domingo (dia sagrado por aqui) pela cidade para trocar dólares e comprar passagens a precos interessantes para a próxima parte da jornada que comeca agora, num onibus em direcao a Caracas.
A confusao é aumentada com mochileiros de diversos países e milhares de brasileiros que sobem com seus carros de Manaus e Boa Vista. Todos sofrem com a falta de hotel, dificuldades com a língua e a comida e a falta de hospedagem, mas vale tudo para chegar ao Caribe e aproveitar as praias e precos baixos do verao mais intenso da recente história venezuelana.
Consigo evitar toda essa confusao com as ferramentas típicas de brazuelano acostumado as vicissitudes locais - nessas horas ter família aqui é fundamental. Mesmo assim, é preciso correr em pleno domingo (dia sagrado por aqui) pela cidade para trocar dólares e comprar passagens a precos interessantes para a próxima parte da jornada que comeca agora, num onibus em direcao a Caracas.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Boa Vista - A discussão sobre se é esporte ou não subsistirá algum tempo, até que se reconheça o óbvio: triturar seres humanos é pouco edificante. O que mais intriga, entretanto, é como este novo produto das organizações Globo se assenhora da identidade nacional da mesma forma que as telenovelas e o catálogo da Som Livre. Um poder absoluto.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
O ideário da direita é todo pescado da esquerda, menos a parte de legitimar a democracia e a liberdade individual. A capacidade de ser uma esponja tardia dos desejos da sociedade faz da direita e sua moral auto-reprimida um organismo que busca sobretudo a própria sobrevivência: capitalismo e repressão como alimento físico e a planificação do pensamento como bússola espiritual. No Brasil, assistimos com indiferença e preconceito José Mujica e outros líderes latino-americanos enfrentar com coragem o monstro dos oleodutos e limusines. Embora não estejam sozinhos: representam pequenas nações e grandes pensamentos inaceitáveis para o padrão estabelecido.
José Mujica, presidente do Uruguay |
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Rafael Correa, presidente do Equador |
domingo, 15 de dezembro de 2013
sábado, 14 de dezembro de 2013
Palavras do mestre
Milton Santos, grande homem. O presidente que nunca tivemos. Tive a sorte de ver uma de suas últimas palestras na FFLCH-USP. |
O terrível é que, nesse mundo de hoje, aumenta o número de letrados e diminui o de intelectuais. Não é este um dos dramas atuais da sociedade brasileira? Tais letrados, equivocadamente assimilados aos intelectuais, ou não pensam para encontrar a verdade, ou, encontrando a verdade, não a dizem. Nesse caso, não se podem encontrar com o futuro, renegando a função principal da intelectualidade, isto é, o casamento permanente com o porvir, por meio da busca incansada da verdade.
(Milton Santos. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. p. 74)
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
O governo da Guiana planeja instalar uma barragem em terras do povo Akawaio, no Alto Mazaruni. A hidrelétrica poderá ter um super lago que inundaria a terra ancestral dos Akawaio e uma aldeia Arekuna, impactando severamente a biodiversidade. A Survival International denuncia que empresas brasileiras envolvidas na represa de Belo Monte, construirão a barragem, que forneceria energia para as indústrias de mineração da Guiana e do Brasil. Leia aqui
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
A Prefeitura encaminhou e a Câmara Municipal de Boa Vista aprovou a criação de dezenas de cargos comissionados para contratar engenheiros sem concurso público. O salário será de R$ 7 mil contra os R$ 1,5 mil dos concursados. Já o governo de Roraima, aumentou o salário dos engenheiros em 35% contra 4,5% dos demais servidores. Como são engenhosos nossos representantes.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Observo nossos representantes e vejo exploradores da miséria, cínicos e paus-mandados. Gente que domina os meios de comunicação e mantém a população refém de discursos vazios e falsa propaganda. Que comanda órgãos ambientais para facilitar o desmatamento e de pesquisa para não pesquisar nada. Que aprova projetos absurdos e perigosos como o plantio de espécies exóticas (Acacia mangium) e cana-de-açúcar, para jogar o ultra-poluente vinhoto em nossos rios. Que pretende acabar com as corredeiras do Bem-Querer e seus escritos rupestres para construir hidrelétricas, mesmo estando próximos de ser ligados ao Sistema Nacional de Energia. Projetos absurdos, campanhas publicitárias ilusórias e UM NADA ABSOLUTO de resultados faz-nos perceber que, nunca mais na história deste País, teremos representantes do quilate de Darcy Ribeiro, Ulysses Guimarães ou mesmo do direitão Roberto Campos. Estamos entregues aos canalhas.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Capitalismo
A religião do capitalismo sobrevive à base de sofismas e de especulação porque esta é sua natureza. Apresentar a queda da URSS e a lista da Forbes como evidências de sucesso, mas é falsa a promessa de que todos podem chegar lá, basta CRER. Como qualquer religião, mantém os áulicos em cabresto mental e confia na destruição de alternativas para sua consolidação. São torcedores zoando um adversário em desvantagem, sem conhecer os minutos finais do jogo.
A exploração infinita de recursos limitados, a acumulação desnecessária e a burrice inerente a ela fazem do capitalismo uma gordura existencial, mas também cognitiva e, finalmente, física. Negar ao mundo mais equilíbrio entre os povos origina a violência urbana, o cinismo da juventude e o terrorismo.
A desigualdade social e política não é natural, não deriva da vontade divina, nem sequer é uma consequência da desigualdade natural entre os homens. Pelo contrário, a sua origem é o resultado da propriedade privada, da apropriação privada da riqueza do mundo inteiro, e dos benefícios privados derivados dessa apropriação."
(Jean-Jacques Rousseau, em Sobre a origem da desigualdade entre os homens)
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Leia a entrevista do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos: "Não acredito que haja equilíbrio entre democracia e capitalismo. Não haverá sociedade democrática enquanto houver capitalismo. O que se pode tentar é limitar o poder do capitalismo, com uma democracia mais robusta, que possa segurar o avanço do capitalismo até que o socialismo volte à agenda política.."; na íntegra no site da Caros Amigos: http://bit.ly/19XmypO
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