Projeto Igor
Se o rock n' roll, como a alta costura ou a indústria automobilística, dependesse de "tendências", o Projeto Igor certamente não existiria. Isento de qualquer culpa, confortavelmente influenciado pelos mestres do gênero e escrito como se tanto o excesso literário quanto as letras simplórias fossem inimigos mortais da mensagem, o Projeto Igor oferece reflexão (Ah, eu vou embora um dia / Vou levar só o que carregar (...) sei que agora estou dormindo / tanto vento: tu estás vindo - Avenida Principal, 777), política (Levante as mãos quem acreditou / o futuro éramos nós / perdidos e sem voz - Bandeiras vermelhas) e ironia (Não pude conter um sorriso / quando contaram para mim / que ele tinha ido embora - Vingança). Com a psicodelia da última faixa, tem-se tudo que é necessário para fazer o bom rock. Autofagia em dose certa, por Leãdro Wojak.
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