sábado, 30 de agosto de 2003
Wanderley, Takamine e o Diabo
São Paulo - Vamos registrar o que estamos conversando. É tudo que foi gravado até aqui, neste século, não sei, talvez sabão, projetos gráficos, sabão, tem a mesma origem gráfica, mas time levou tudo praticamente, depois do, de, do, mestre de lá, não é cuteireres, gutem, pô cara, literatura pura, dez, treze, 834, minha, talvez, ... leitura, muito louca, louco, objetivo, litero, absoluto, tudo e nada, língua, será?, qual? Não sou tudo, só poesia, você sempre registra, você sintetiza, ideologia, Leminski, Boldo, Jorge, todos podemos fazer, afinal, o vivo. E outra, espero que ele escreva não isso mesmo que vai acontecer, mas você tem que falar um pouquinho, buraco desse jeito, aquele lance todo que aconteceu, o carro tem que ter digitamento para escrever o que vier na memória é um tormento é uma frase, é uma fase. Uma fase que a gente. Uma fase que a gente... que a gente. Senta o pé, senta a pua. A centopéia está na rua.
sexta-feira, 29 de agosto de 2003
terça-feira, 19 de agosto de 2003
Adeus a Vieira de Melo
O diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Melo, alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, morreu num atentado a bomba hoje, em Bagdá.
Vieira de Melo chefiou equipes humanitárias em Kosovo e Ruanda, atuou na reconstrução e nas primeiras eleições livres do Timor Leste e era o representante oficial da ONU no Iraque ocupado. Um brasileiro exemplar.
Update às 21h - Imolação
O diplomata brasileiro morreu por culpa exclusiva de uma, no máximo duas pessoas. E não falo de homens-bomba.
Vê-se que o prédio da ONU foi atacado por algum grupo obtuso e desprovido de qualquer ideologia política. A ação é lamentável e descabida. O terrorismo original é atitude extrema de sacrifício, mas nasce da opressão e da consciência de que a opressão pode ser interminável. Se há atentados contra as tropas norte-americanas, é fato compreensível. O ataque às Nações Unidas é estranho. Até hoje, somente Estados Unidos e Grã-Bretanha trataram a ONU como lixo, ao invadir o país de Saddam Husseim.
Os acéfalos que atacaram a ONU sacrificam indefesos mas os únicos responsáveis pelo banho de sangue no Iraque chamam-se George W. Bush e Tony Blair. O sangue de Sérgio Vieira de Melo mancha suas mãos.
O diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Melo, alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, morreu num atentado a bomba hoje, em Bagdá.
Vieira de Melo chefiou equipes humanitárias em Kosovo e Ruanda, atuou na reconstrução e nas primeiras eleições livres do Timor Leste e era o representante oficial da ONU no Iraque ocupado. Um brasileiro exemplar.
Update às 21h - Imolação
O diplomata brasileiro morreu por culpa exclusiva de uma, no máximo duas pessoas. E não falo de homens-bomba.
Vê-se que o prédio da ONU foi atacado por algum grupo obtuso e desprovido de qualquer ideologia política. A ação é lamentável e descabida. O terrorismo original é atitude extrema de sacrifício, mas nasce da opressão e da consciência de que a opressão pode ser interminável. Se há atentados contra as tropas norte-americanas, é fato compreensível. O ataque às Nações Unidas é estranho. Até hoje, somente Estados Unidos e Grã-Bretanha trataram a ONU como lixo, ao invadir o país de Saddam Husseim.
Os acéfalos que atacaram a ONU sacrificam indefesos mas os únicos responsáveis pelo banho de sangue no Iraque chamam-se George W. Bush e Tony Blair. O sangue de Sérgio Vieira de Melo mancha suas mãos.
sexta-feira, 15 de agosto de 2003
Kafka pop
Rubens Rusche, que fez competente montagem de Fim de Jogo, de Samuel Beckett, agora dirige um dos mais famosos textos de Franz Kafka, em cartaz no Teatro da ECA/USP (Avenida Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 215, Cidade Universitária – São Paulo - 5ª a Sábado às 21h e Domingo às 20h), grátis, até domingo.
Em O Processo, Rusche fragmentou a mente de Josef K. em mil pedaços e a recompôs em diferentes pontos do palco, fazendo desta peça um exercício de imaginação e humor que pode até desagradar a fiéis leitores do escritor tcheco (fiéis a ele ou às suas obsessões?), mas soluciona um problema clássico nas montagens de textos kafkianos: a dificuldade de adaptar trechos que são demasiados sensoriais para o palco.
Fica a questão: encenar Kafka de uma maneira pop criará interesse nos espectadores pela obra escrita? Em caso positivo, a surpresa terá sido agradável?
Rubens Rusche, que fez competente montagem de Fim de Jogo, de Samuel Beckett, agora dirige um dos mais famosos textos de Franz Kafka, em cartaz no Teatro da ECA/USP (Avenida Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 215, Cidade Universitária – São Paulo - 5ª a Sábado às 21h e Domingo às 20h), grátis, até domingo.
Em O Processo, Rusche fragmentou a mente de Josef K. em mil pedaços e a recompôs em diferentes pontos do palco, fazendo desta peça um exercício de imaginação e humor que pode até desagradar a fiéis leitores do escritor tcheco (fiéis a ele ou às suas obsessões?), mas soluciona um problema clássico nas montagens de textos kafkianos: a dificuldade de adaptar trechos que são demasiados sensoriais para o palco.
Fica a questão: encenar Kafka de uma maneira pop criará interesse nos espectadores pela obra escrita? Em caso positivo, a surpresa terá sido agradável?
Li Os Versos Satânicos, de Salman Rushdie
Talvez Salman Rushdie seja um dos poucos escritores em quem podemos depositar nossas esperanças de uma literatura de transição, que assuma a pós-modernidade que desejamos: human(ist)a sem prescindir da tecnologia, inteligente sem sectarismo. Não se trata de Willian Gibson, para quem é cômodo falar do futuro, ainda que imediato, nem de experimentalismos léxicos joyceanos. Trata-se de secularização.
No livro, dois homens caem de um avião em alucinada aventura entre o Ocidente e o Oriente. Peregrinos sedentos, poetas eunucos, comerciais de televisão, províncias metropolitanas, metrópoles provincianas, despersonalização e cultura pop completam o quadro. Impossível entender porque a interpretação livre do Alcorão lhe valeu uma condenação à morte.
As reflexões do escritor sobre identidade, cultura e exílio, não por acidente inundam a mente da personagem Saladin Samcha. Versos Satânicos traz o incrívelfantásticoextraordinário para a sala de jantar, o que é convite para devorá-lo imediatamente. Mas deve-se consumir em pequenas doses.
Leio
Leviatã - Paul Auster
Talvez Salman Rushdie seja um dos poucos escritores em quem podemos depositar nossas esperanças de uma literatura de transição, que assuma a pós-modernidade que desejamos: human(ist)a sem prescindir da tecnologia, inteligente sem sectarismo. Não se trata de Willian Gibson, para quem é cômodo falar do futuro, ainda que imediato, nem de experimentalismos léxicos joyceanos. Trata-se de secularização.
No livro, dois homens caem de um avião em alucinada aventura entre o Ocidente e o Oriente. Peregrinos sedentos, poetas eunucos, comerciais de televisão, províncias metropolitanas, metrópoles provincianas, despersonalização e cultura pop completam o quadro. Impossível entender porque a interpretação livre do Alcorão lhe valeu uma condenação à morte.
As reflexões do escritor sobre identidade, cultura e exílio, não por acidente inundam a mente da personagem Saladin Samcha. Versos Satânicos traz o incrívelfantásticoextraordinário para a sala de jantar, o que é convite para devorá-lo imediatamente. Mas deve-se consumir em pequenas doses.
Leio
Leviatã - Paul Auster
quarta-feira, 13 de agosto de 2003
Na tela
O novo filme de Woody Allen, Dirigindo no escuro, é bastante comercial, o que sugere análises instantâneas do tipo Allen consegue equilibrar inteligência com humor banal. Na falta de explicação melhor para a história do diretor de cinema que fica temporariamente cego, digamos que o último filme de Woody Allen é menos inteligente e muito, muito mais engraçado.
O novo filme de Woody Allen, Dirigindo no escuro, é bastante comercial, o que sugere análises instantâneas do tipo Allen consegue equilibrar inteligência com humor banal. Na falta de explicação melhor para a história do diretor de cinema que fica temporariamente cego, digamos que o último filme de Woody Allen é menos inteligente e muito, muito mais engraçado.
domingo, 10 de agosto de 2003
quinta-feira, 7 de agosto de 2003
Morto
Aconteceu. O patriarca das Organizações Globo morreu de verdade. Roberto Marinho foi um dos caras que mais vezes morreu nos trotes entre jornalistas, um dos cadáveres mais aguardados de todos os tempos. Marinho entra para a história como um dos maiores empresários de comunicação do Brasil, áulico de Willian Randolph Hearst, proxeneta da Ditadura, lobista-mor do país do Carnaval.
Aconteceu. O patriarca das Organizações Globo morreu de verdade. Roberto Marinho foi um dos caras que mais vezes morreu nos trotes entre jornalistas, um dos cadáveres mais aguardados de todos os tempos. Marinho entra para a história como um dos maiores empresários de comunicação do Brasil, áulico de Willian Randolph Hearst, proxeneta da Ditadura, lobista-mor do país do Carnaval.
quarta-feira, 6 de agosto de 2003
90 a 82
Que o time de basquete masculino seja recebido com honras militares na volta ao Brasil. Derrotar os Estados Unidos é feito digno de louvor. Marcelinho, Guilherme, Tiago, Demetrius, Varejão e companhia, orgulho nacional, agora só têm que ganhar da República Dominicana (hoje às 22) para levar o ouro no Panamericano.
Que o time de basquete masculino seja recebido com honras militares na volta ao Brasil. Derrotar os Estados Unidos é feito digno de louvor. Marcelinho, Guilherme, Tiago, Demetrius, Varejão e companhia, orgulho nacional, agora só têm que ganhar da República Dominicana (hoje às 22) para levar o ouro no Panamericano.
segunda-feira, 4 de agosto de 2003
sábado, 2 de agosto de 2003
Gêmeos [23 mai a 22 jun]
Você é comunicativo, curioso, bem humorado, inteligente e tem duas caras. Sua inconstância e preguiça fazem de você um manipulador de primeira. Você não liga pro que os outros sentem e adora distribuir chifres por aí. Geminianos costumam fazer muito sucesso como professores, na política, no circo, na novela das oito e pulando cerca.
Os outros 11 signos, sem piedade, aqui.
Você é comunicativo, curioso, bem humorado, inteligente e tem duas caras. Sua inconstância e preguiça fazem de você um manipulador de primeira. Você não liga pro que os outros sentem e adora distribuir chifres por aí. Geminianos costumam fazer muito sucesso como professores, na política, no circo, na novela das oito e pulando cerca.
Os outros 11 signos, sem piedade, aqui.
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