Kafka pop
Rubens Rusche, que fez competente montagem de Fim de Jogo, de Samuel Beckett, agora dirige um dos mais famosos textos de Franz Kafka, em cartaz no Teatro da ECA/USP (Avenida Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 215, Cidade Universitária – São Paulo - 5ª a Sábado às 21h e Domingo às 20h), grátis, até domingo.
Em O Processo, Rusche fragmentou a mente de Josef K. em mil pedaços e a recompôs em diferentes pontos do palco, fazendo desta peça um exercício de imaginação e humor que pode até desagradar a fiéis leitores do escritor tcheco (fiéis a ele ou às suas obsessões?), mas soluciona um problema clássico nas montagens de textos kafkianos: a dificuldade de adaptar trechos que são demasiados sensoriais para o palco.
Fica a questão: encenar Kafka de uma maneira pop criará interesse nos espectadores pela obra escrita? Em caso positivo, a surpresa terá sido agradável?
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