sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Polícia para quem precisa


Ato público no Ministério da Educação
Brasília - No megafone, faço um diagnóstico da universidade pública brasileira. Enquanto isso, professores com máscaras sem expressão, fazem gestos

As instituições federais de ensino estão repletas de alunos, mas faltam professores.

A educação precisa ser considerada prioridade máxima não só para este, mas para qualquer governo.

A educação precisa ser considerada um investimento estratégico e não mera despesa no orçamento

Nossas universidades e institutos são ampliados sem o devido cuidado. Muitos prédios foram construídos precariamente e já sofrem problemas de infiltração e drenagem.

Em todo o Brasil, o Reuni não respeitou a arquitetura original dos campi, nem seus planos diretores, conduzindo a uma favelização das cidades universitárias.

Existem instituições federais de ensino sem internet confiável, prejudicando a toda a comunidade acadêmica.

Em todo o Brasil, professores e pesquisadores estão sem laboratório ou com laboratórios em situação precária.

Os docentes federais acreditam que a contratação de professores temporários precisa ser limitada. Professores temporários precisam ser uma exceção, e não a regra que o governo quer impor.

Os contratos dos professores temporários ferem frontalmente a Constituição e às Leis Trabalhistas. Depois de dois anos, todos são dispensados sem direitos.

Educação não é gasto. Educação é investimento.

Desviar recursos públicos é GRAVE. Desprezar a educação é GREVE.

Os professores querem reestruturar a instituições federais de ensino, mas o governo não abre espaço para negociação. Prefere pressionar educadores que já trabalham em situação-limite.

Falta remunerar cargos de chefia e coordenação.

Falta tinta para as impressoras das instituições federais de ensino.

Falta papel higiênico nos banheiros das instituições federais de ensino.

Faltam salas de aula adequadas e bem iluminadas.

Faltam carteiras ergonomicamente adequadas para estudantes e professores.

Falta acessibilidade para estudantes e professores com necessidades especiais.

Faltam drenagem, saneamento e limpeza adequada nas instituições federais de ensino.

Faltam verbas para pesquisa e extensão.Falta consideração aos professores. Não somos massa de manobra.

Falta conhecer nossa proposta de renegociação, que nem ao menso chegou a ser condiderada.

Não falta cobrança de produtividade, tornando a vida acadêmica competitiva e degradante.

Não falta verba para eventos esportivos como Copa do Mundo e Olimpíadas.

Não falta isenção de impostos para a rica indústria automobilística.

Não falta dinheiro para pagar a agiotagem dos bancos.

Não faltam lobby e negociatas no Congresso Nacional, conduzidas pelo governo e por empresários.

Não falta tempo nem dinheiro para resolver as demandas dos grandes empresários.

Não falta verba para publicidade institucional na grande imprensa.

O que falta ao governo é vergonha. O que não nos falta é disposição para lutar por uma educação digna, pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.



Sem comentários:

Guerra fria