sábado, 10 de outubro de 2009
Crônicas do Centro da Terra
Aqui, onde não há cursos de jornalismo e a política partidária é clientelista e cruel, há uma incrível média de uma igreja por quadra. Dois motivos, entre outros, que justificam ações como a Caravana Científico-Cultural da Universidade Federal de Roraima, que fica aqui durante o fim-de-semana.
Mas há outros indícios de mudança na região: a vice-prefeita de São João e os prefeitos de São Luiz e Caroebe são professores, o que é um bom presságio. A educação muda vidas, transforma cidades, limita mitomanias. Só a educação salva.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Casiopea
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Quarteto Sarcástico
Amanhã a série recomeça do primeiro episódio. Vêm aí nove temporadas. Oba.
domingo, 27 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Lula e o molusco
Roraima é um universo paralelo onde tudo é diferente. Aqui os ricos apanham da polícia e políticos inauguram "internet rápida" numa escola em greve. Enquanto isso, artigos desmentem o Ibope e classificam Lula como o pior presidente da História (!). A imprensa, com seu doutorado em Antropologia, decide que os índios não são originários da região e citam a referência bibliográfica: o jornal Valor Econômico.
Esta natureza assustadoramente bela, é ameaçada por uma velha aristocracia rural que conduz uma massa ignara movida a pão e circo. Isto é Roraima: um polvo cujos tentáculos estão fora de controle.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
Mondo blog
*O maior número de leitores deste blog (79%) está no Brasil. Em Portugal, vivem 8%; Estados Unidos 4%; México, França e Uruguai 1%; Espanha 0,5%; Argentina 0,4%; Alemanha, Inglaterra, Venezuela e Japão (0,3%).
* Na África estão 0,1% dos leitores.
* Na América Central, 1,3%.
* Na Europa, 8%.
* A América do Sul responde por 82% dos acessos.
* Cerca de 7% dos leitores acessa este blog entre as 17 e 18 horas.
* Os dias mais acessados são terça e quinta-feira (16% cada).
* Na República Dominicana, e-pístolas já foi acessado 52 vezes.
* Algo chato sobre serviços gratuitos: além das propagandas, há bugs. Na transição da webstats para a Motigo, o contador ficou desativado por mais de um ano. Pela média histórica, deixaram de ser contabilizados uns 9 mil acessos.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Uma canção
(Polyphonic Spree)
Light and day
is more than you'll say
cus all
my feelings are more
than i can let by
or not
more than you've got
just follow the day
follow the day and reach for the sun!
you don't see me flyin to the red
one more you're done
just follow the seasons and find the time
reach for the bright side
you don't see me flyin to the red
one more you're nuts
just follow the day
follow the day and reach for the sun
just follow the day
follow the day and reach for the
you don't see me flyin to the red
one more you're nuts
just follow the seasons and find the time
reach for the bright side
you don't see me flyin to the red
one more you're nuts
just follow the day
follow the day and reach for the sun!
just follow the day
follow the day and reach for the sun!
just follow the day
follow the day and reach for the sun!
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Digsby
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Dinheiro do Fundef é desviado em Roraima
De acordo com a investigação, os caras transferiram R$ 22 milhões em recursos da conta do Fundef para uma conta do Estado de Roraima, retornando pouco menos de 14 milhões. Do dia para a noite, mais de R$ 8 milhões desapareceram e terão que ser devolvidos aos cofres públicos.
Para quem rouba dinheiro da educação (deveria ser crime de lesa-pátria), toda indisponibilidade de bens e cadeia ainda será pouca.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Sobre imbecilidade não-adquirida
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Agressão a povos indígenas no Brasil
sábado, 1 de agosto de 2009
Leio Almost Blue, de Carlo Lucarelli
O romance segue um estilo noir-pop, se é que existe tal classificação. Um assassino serial esgueira-se pelos becos e universidades da indecifrável Bolonha, assume a identidade das próprias vítimas e deixa a polícia embasbacada. Recomendo ler-ouvindo a Compact Jazz Series de Baker. E, claro, Almost Blue.
Observação importante: se o leitor tiver a inteligência média dos ouvintes de axé music, não vai entender como a narrativa pode transitar da primeira para terceira pessoa. Aliás, a preocupação é inútil. Ouvintes de axé não leem.
Livro: Almost Blue
Autor: Carlo Lucarelli
Editora: Conrad
Preço: R$ 7,90!!(Promoção na La Selva Bookstore do Aeroporto de Brasília. Ainda restam dois)
terça-feira, 14 de julho de 2009
Leio o Frenesi Polissilábico, de Nick Hornby
No livro foram reunidas 28 colunas que Hornby produziu para a revista The Believer, publicação dirigida por sinistro grupo de jovens de roupão branco fanáticos de direita. Entre os mimos literários estão Dickens, C. S. Lewis e coisas novas, quase todas escritas em língua inglesa.
É provável que a pop prosa de Hornby seja resultado das auto-impostas limitações idiomáticas. O autor de Alta Fidelidade pode até apreciar Mario Vargas Llosa ou José Saramago, mas decidiu escrever fácil, extremamente fácil. O que por um lado repopulariza os livros (eles estavam impopulares?), por outro causa a impressão de que as linguagens falada e escrita são homogeneizáveis. Mas o que é bom para a comunicação torna-se trágico para o sentido artístico da obra escrita.
Certas curiosidades são impagáveis, como saber que Richard Yates, o autor de Revolutionary World, serviu de modelo para Alton Benes, o pai de Elaine, de Seinfeld. Sim, você poderia passar sem essa informação. Mas sou fã de Seinfeld.
Livro: Frenesi Polissilábico
Autor: Nick Hornby
Editora: Rocco
Preço: R$ 33,00
Les Mini-Feuilletés de Thon!
Informations générales :
* Temps de préparation : 20 minutes
* Temps de cuisson : 15 minutes - Thermostat 6
Ingrédients (environ 20 feuilletés):
* 200 grammes de thon à l'huile
* 1/2 poivron
* 1 gros oignon
* 100 grammes de gruyère râpé
* 2 grosses cuillères à soupe de moutarde
* Persil haché
* Graines de sésame
* 2 pâtes feuilletée
* 1 œuf
* Sel et Poivre
Préparation:
* Égoutter le thon
* Couper en dés le 1/2 poivron
* Couper en petits morceaux l'oignon
* Faire revenir l'oignon et le poivron dans une poêle
* Mélanger dans un saladier le thon + l'oignon + le poivron + le gruyère râpé + la moutarde + le persil + le sel et le poivre
* Couper la pâte feuilletée à l'aide d'un bol pour faire des ronds afin de former les mini-feuilletés
* Mettre la farce sur la pâte et fermer chaque feuilleté
* Battre l'œuf en omelette et "badigeonner" le dessus de chaque mini-feuilletés
* Saupoudrer de graines de sésame
* Chauffer pendant 15 minutes -Thermostat 6
Astuce:
* Ne pas avoir peur de mélanger avec les mains la farce !!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Fábulas Maranhenses
Para nascer, Maternidade Marly Sarney. Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou, Roseana Sarney. Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney.
Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um tal de José Sarney;
Para inteirar-se das notícias, leia o jornal "O Estado do Maranhão", ou ligue a TV na "TV Mirante", ou, se preferir ouvir rádio, sintonize as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney. Se estiver no interior do Estado ligue para uma das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante, todas do mesmo proprietário.
Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney (recém batizado com esse nome, o que é proibido pela Constituição, coisa que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor).
Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas 'maravilhosas' rodovias maranhenses e aporte no município José Sarney.
Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? Vá, então, ao Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney...
Seria cômico se não fosse tão triste....
E quando o Zé Sarney morrer.... o Maranhão fica para seus filhos ou volta para o povo????
Quando José Sarney (Presidente do Senado do Brasil) morrer...certamente irão trocar o nome do Maranhão.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Quatro anos
A falta de conhecimento sobre a profissão é comum na sociedade, entre ministros do STF e debalde entre os que "praticam" jornalismo sem diploma.
Na imprensa de Boa Vista, onde o diploma nunca teve força suficiente para se impor, a pièce de résistance é o jornal Roraima Hoje. Até a afiliada local da Rede Globo mantém estagiários em seu quadro. Os demais praticam um serviço de notícias parnasiano, sensacionalista e eleitoreiro difícil de suportar.
E tudo isso porque os rábulas locais se recusam a passar quatro anos numa faculdade. Apenas quatro anos.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Acabou chorare
A probabilidade de gente de outras áreas ingressar no jornalismo é grande, mas com a desvantagem de ignorar ações mais complexas que elaborar um texto ou fazer uma passagem diante da câmera.
Outro detalhe: a miríade de funcionários públicos, donas de casa e patricinhas exibicionistas que buscam o curso para aumentar o salário, imitar Ana Maria Braga e entrevistar "selebridades" vai ser reduzida. Assim, poderão começar seu próprio programa em estúdio caseiro e não incomodarão aos professores perguntando o que é Unesco.
Quem é competente continuará no mercado, com ou sem curso de jornalismo. Empresas sérias continuarão a ser empresas sérias. As outras são as outras e só.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Céu de Brigadeiro
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Gilmar mente
A estapafúrdia frase do presidente do do STF ignora que a formação em Direito causa mais danos à coletividade que o jornalismo. Quem nunca teve problemas com um advogado que atire a primeira impressora.
A decisão de tornar o jornalismo atividade qualquer é inaceitável.
Como o brasileiro é assaz manso, é provável que não mova palha para exigir uma imprensa de qualidade, calcada em princípios éticos, morais, científicos e intelectuais. Princípios que ministros revanchistas e ignorantes (tá, eles podem entender de leis e bravatas, mas o que sabem de Teorias da Comunicação?)desconhecem.
Salta aos olhos a monocórdica voz de Gilmar Mendes, aquele da farra das passagens e cuja esposa Guiomar é secretária do TSE - nepotismo, portanto - afirmando balelas sobre a liberdade de expressão, quando na verdade acaba com ela.
Justiça tardia e falha
Leia mais aqui
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Imprensa
Expocom
A Expocom é uma mostra de trabalhos de alunos de graduação de todas as áreas da Comunicação (Jornalismo, Audiovisual, Relações Públicas, Publicidade, Áreas emergentes). É o momento em que se descobre talentos nos campos das ciências e das artes.
Filmes experimentais, documentários, campanhas publicitárias, conscientização ambiental, revistas, mostras fotográficas, jornais-laboratório, programas de rádio, design de embalagens e uma miríade de outras produções podem ser vistas na exposição, que acontece na tarde de amanhã (18) e na manhã de sexta-feira (19) em Porto Velho.
É na Expocom que são revelados talentos acadêmicos e artísticos. Dali podem sair professores, pesquisadores, cineastas e o escambau. Porque o escambau, sabemos bem, está em toda parte.
O Intercom em Rondônia
O congresso é promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares de Comunicação, um pool de pesquisadores de diversas áreas do conhecimento, que ao longo dos últimos 30 anos tem produzido o que há de mais avançado em estudos de comunicação e áreas afins em plagas sulamericanas. Há debates, colóquios, palestras, painéis, música, cultura e o escambau (o escambau sempre aparece).
terça-feira, 16 de junho de 2009
Polititica
Enquanto isso, Marcelo Fortes lê o xará do padre mais cético do mundo (Isso não existe!!), Francisco Quevedo (Sonhos). Ele diz que é literatura neobarroca, mas acho mesmo que é auto-ajuda.
Notícias do Planalto
terça-feira, 2 de junho de 2009
Minguante, a missão
quinta-feira, 28 de maio de 2009
O fim da Minguante
A revista ibero-americana de micronarrativas produziu quinze edições (porque existe um número zero) de irrepreensível qualidade técnica e literária.
Escritores de vários países ajudaram a desenvolver esse projeto coletivo de web art que agora fica eternizado na ciberesfera.
O último tema é, apropriadamente, O FIM. Abaixo, dois petiscos:
o fim
somos tão felizes juntos. recordo, como se fosse hoje, quando aqui chegaste
(o começo de o fim).
suicidaste-te, apenas, porque eu morri. és tão romântico, amor.
(Olinda de Freitas)
(João Pereira de Matos)
Leia (veja) o restante lá.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Leio A Carta Esférica, de Arturo Pérez-Reverte
Infelizmente, "A Carta Esférica" não atinge algumas expectativas. Os personagens são estereotipados e há longas descrições inúteis de portos, becos e bares das docas. No caso do protagonista, a representação é arquetípica: lembra um Jack Kerouac arrancado dos trilhos de trem e jogado no cais. A personalidade pitbull do marinheiro Coy contradiz terrivelmente seu gosto por bebop e cool jazz. Além disso, o cara lê apenas obras sobre o mar e navegação. Coisa que nem este blogueiro fã de Amyr Klink, Joseph Conrad e Herman Melville faria.
Título: A Carta Esférica
Autor: Arturo Pérez-Reverte
Editora: Cia. das Letras
Páginas: 529
Preço: R$ 49,50
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Leio A vida secreta dos grandes autores, de Robert Schnakenberg
Dos filhos ilegítimos de Shakespeare à concupiscência de Lord Byron; do glutão Balzac ao gótico Allan Poe; das excênctricas irmãs Brontë ao nacionalista Walt Whitman, tudo o que você não precisava saber sobre sexo, drogas e bons livros.
Título: A Vida Secreta dos Grandes Autores
Autor: Robert Schnakenberg
Editora: Ediouro
Páginas: 312
Preço: R$ 41,90
domingo, 12 de abril de 2009
Os reis da baixaria (Cap. 2)
Como os donos das concessões são políticos ou gente ligada a eles, o campeonato da baixaria é disputado por todas as redes de TV, embora já exista uma emissora favorita:
RedeTV! é condenada a indenizar Xororó por ofender sua honra em programa
RedeTV! deve indenizar operador de câmera chamado de "Todinho" por Monique Evans
RedeTV! descumpre norma judicial e pode pagar R$ 1,5 milhão a Carolina Dieckmann
RedeTV! é condenada a indenizar Clodovil
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Os reis da baixaria (Cap. 1)
Infelizmente, por falta de estudo, nossos diretores de programação só lêem o caput do Artigo 220, esquecendo que sua principal missão é cumprir o que está disposto no Artigo 221:
A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Leio A cidade do sol, de Khaled Hosseini
Esta pungente história de duas mulheres que têm seus destinos cruzados num país em ebulição mostra que, apesar de exilado político nos Estados Unidos há muitos anos, Hosseini mantém a poética descritiva do oriente, com um texto lítrico, ainda que direto. Belo e triste livro.
Título: A cidade do sol
Autor: Khaled Hosseini
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 368
Preço: R$ 39,90
segunda-feira, 9 de março de 2009
Leio Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu!, de Roberto Freire
Título: Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu!
Autor: Roberto Freire
Editora: Símbolo
Páginas: 342
Preço: R$ 33,00
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Leio Marley e Eu, de John Grogan
Mas o modelo objetivista de escrita norte-americana chega a ser agressivamente funcionalista.
Título: Marley & Eu
Autor: John Grogan
Editora: Ediouro
Páginas: 272
Preço: R$ 26,91
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Minguante
ACERVO DE SOMBRAS
Meu marido ronca ao lado meu, levanto-me com os ossos do ofício, fico na solidão eletrônica apalpando webcam, repassando canais, desligada de modas que a tela esquecerá, nada de sonhos, isso não me cabe perfume, não me fala arrepios, minhas mãos já não pegam no falo-não-calo com aquela crença no mundo, meu marido ronca abraçado aos temperos dalgum sonho ou de outro pesadelo que não eu; detesto-o quando chega tarde, mais ainda quando nunca chega – mesmo tendo chegado com cinco palavras, miúdo como um gato molhado, isso é o que me lembra quando chega e fala uns mínimos contos diluídos nalgum sorriso que um dia me absorveu com framboesa, mas já não é tempo de framboesas, tempo é de alicate na alma, turquez na carne, alfinetes malditos, ainda vivo a esperança de matar algo em mim, para que, talvez, possa continuar deste lado da cama, do mundo, longe de ti, do meu marido já morto ao lado meu, arfando feito baleia arpoada, barco louco avariado. Creio em sombras, não em deus-pai, na assombração que é o Mundo, nada de réquiem. Sinto pelos bamboleios nas paredes da mente que o medo existe, e assombra a ação.
(Darlan Cunha - Minguante)
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Brevissima Enciclopaedia do Rock Roraima
Veludo Branco faz uma garagem entulhada de velhos amplificadores Marshall e garrafas vazias de Jak Daniel's um lugar mais aprazível.
Mr. Jungle faz hard rock como nos velhos tempos.
ALT-F4: Molecada cheia de punch. Eles querem ser Batman.
A longeva banda Garden faz rock n' roll sério e bem produzido e flerta, sem medo, com o temível regionalismo.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Publicado aqui
Sad, sad day
That's it. Intollerance wins. Homophobia wins. Barbarians win. Fundamentalism wins. Rich people wins. Ignorant people, also. So, good-bye rock n' roll, hello Garth Brooks. Good-bye books, hi E! Entertainement Television. Good-bye yellow brick road, what's up, oil fields? We're living The Days of Our Lives and the president seems like an hibrid of Doctor Drake Ramoray (Friends) and Doctor Strangelove.Sorry, dears readers, but unhappiness and rock n' roll are better told in english.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Assassinos
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Miudezas
Os coleguinhas deviam se importar com a segurança de Muntadar al-Zaidi, isso sim. Com Bush não aconteceu nada, mas será que o jornalista ainda está vivo???
Na imagem ao lado, a brutalidade dos seguranças na entrevista coletiva.
Aqui, uma comunidade pró al-Zaidi, no Orkut.
Salvem al-Zaidi
O jornalista Muntadar al-Zaidi teve costelas e mão quebradas durante sessão de espancamento ao vivo e depois numa masmorra iraquiana, a mando do presidente dos Estados Unidos. A informação é de Dhirgham al-Zaidi, irmão do jornalista, que até esta manhã não havia conseguido a visita de nenhum advogado, apesar de muitas tentativas.
Entidades de direitos humanos e a imprensa européia tentam contato com o jornalista, mas ele está incomunicável. Será que vai sobreviver? A foto é da Associated Press.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Muntadar al-Zaidi para presidente!
Desde o "incidente" em Bagdá, dezenas de games
e vídeos criativos (como esse, ao estilo Austin Powers) se espalharam pela internet.
Ao lado, as imagens originais do "atentado" ao homem mais detestado da era da informação.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Leio Crônicas: Volume 1, de Bob Dylan
Título: Crônicas, Volume 1
Autor: Bob Dylan
Editora: Planeta
Páginas: 328
Preço: R$ 44,90
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Leio "Encontros com homens notáveis", de G. I. Gurdjieff
Encontros com Homens Notáveis
Editora Pensamento
R$ 28,48
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Educação em primeiro lugar
Na verdade, houve muita discussão sobre o destino das verbas. Parte do grupo queria mandar o dinheiro para o Governo do Estado, parte à Prefeitura de Boa Vista. Diante do impasse, resolveram enviar para a UFRR. Um deputado não conseguia disfarçar a irritação de não ter enviado dinheiro para seu nicho eleitoral. Azar o dele, sorte da educação.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Barack Obama
O discurso moderado e sem revanchismos do senador foi compreendido no resto do mundo antes de ser entendido na America.
O que, de certa forma, não supreende. O povo mais ignorante do mundo nunca ouviu, até agora, o resto do mundo. Nós, o resto do mundo, já considerávamos Bush Jr. o presidente mais impopular por suas ações unilaterais e waspismo exacerbado, sem falar das dificuldades cognitivas.
Obama pode não ser a salvação do "mundo livre" (esse é o Bush), mas cria indícios de multilateralismo, apoio a causas sociais e o fim de algumas guerras. Estamos na torcida.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Leio "O Mago", de Fernando Morais
O autor Fernando Morais atuou com rigor jornalístico e conseguiu revelações pessoais raras numa biografia autorizada. E ainda nclui informações adicionais em diversas ocasiões do livro, como links que acrescentam dados à leitura. Paulo Coelho rules, queiram ou não. Um grande persoagem num grande livro.
Livro: O Mago
Autor: Fernando Morais
Editora: Planeta
Páginas: 650
Valor: R$ 49,00
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Os selvagens
Manifestantes de uma ONG que protege os animais protestam, na Bélgica, contra o terrível, macabro, desumano, abjeto, aético, amoral, infeliz "esporte" conhecido por tourada, uma doença espanhola encontrada em países sulamericanos.
Este absurdo medieval continua a acontecer em diversos países mundo afora, inclusive com financiamento público. Torturar e matar touros com trejeitos afetadíssimos faz do toureiro a mais perigosa das drag queens.
O rodeio e a vaquejada, tão comuns no Brasil, não são "esportes" menos cruéis.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Leio Observatórios de Mídia, de vários autores
Editora: Paulus
Preço: R$ 33,00
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Leio "Perfeição", de Vladimir Nabokov
A maioria foi produzida na década de 20. É provável que Nabokov tenha inspirado de alguma forma gente como Jean-Paul Sartre e Hermann Hesse. Há contos sobre professores pobres e nerds com medo do mar, garçons cocainômanos e ideólogos vingativos.
Nabokov é prosa de luxo, linguagem clássica que contrasta com a atual intelligentsia literária brasileira, permanentemente calcada no modernismo de 1922 que ainda impregna boa parte de nossos autores contemporâneos e aproxima perigosamente a palavra escrita do coloquialismo. Que haja mais Nabokov na cesta básica dos cursos de Comunicação e Letras.
Livro: Perfeição
Autor: Vladimir Nabokov
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 208
Preço: R$ 45,00
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Anacrônicos
En el más típico estilo totalitarista bananero, los tres mandatarios no modifican el discurso por más que hayan pasado más de 100 años desde que los comunistas empezaron a pregonar su torcido, irreal, criminal y fracasado sistema.
No importa cual es la pregunta que se les haga, se salen por las ramas contestando con eslóganes que no tienen conexión con la cuestión en sí. Lo patético es que lo hacen frente a millones de televidentes y no faltan los que los aplauden.
Mais aqui.
(José Brechner, ex-deputado boliviano, é analista político e defensor da propriedade privada, da economia de mercado e das liberdades e direitos individuais)
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Amigos
2 - Edgar Borges (Boa Vista) agora tem livro publicado na Internet. O e-book Roraima Blues foi produzido pela Minguante, com excelente programação visual e bons textos que misturam posts e micronarrativas.
3 - Israel Barros (Marseille) e Paulo Ratdke (Berlin) dão uma pausa em seu Cabuloso Destino para voltar em algumas semanas, com o site completamente reformulado.
4 - Antonio Marcos Pereira (Salvador), que vi pela última vez em Berlin (bar de Belo Horizonte), agora publica o Ozu da Bahia.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
sábado, 13 de setembro de 2008
Bomba!!
Boa Vista - Tem gente brincando com a paz na América Latina. Enquanto a Bolívia ferve em crise política, o presidente Hugo Chávez continua a fazer compras bélicas e permite exercícios militares da Rússia no Caribe venezuelano
O velho supermercado russo de armas está em promoção para clientes estacionados na Guerra Fria. Os novos aviões supersônicos recém-adquiridos pela Venezuela podem carregar ogivas nucleares e são usados em propaganda anti-americana ao norte de Pacaraima.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Criacionistas à beira de um ataque de nervos
É possível desenvolver criaturas desde o nível celular até organismos complexos, cidades e até planetas. A ousadia não passou incólume diante do cristianismo. A corrente criacionista - gente que não acredita em Carl Sagan - já se manifestou contra o jogo, porque este está mais próximo da ciência que dos mitos.
A propósito, Darwin Pond é um game freeware muito mais herege que o Spore.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Isto é Roraima
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Raposa Serra do Sol, o trhiller
Suspender a sessão logo após o voto do ministro Carlos Ayres Britto – que se declarou favorável ao decreto de homologação – foi motivo de comemoração para a bancada ruralista que acompanhava o julgamento no STF. Para julgar uma questão que quase sempre foi pautada pela violência, o STF mobilizou um esquema de segurança inédito.
O responsável pelo pedido de vistas chama-se Carlos Alberto Menezes Direito, ministro que ingressou no STF através do Quinto Constitucional, em vaga destinada a advogados do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (pela porta dos fundos, como se diz no jargão jurídico). Direito é paraense de nascimento e costuma adiar decisões em temas polêmicos. Em março deste ano, pediu vistas no processo que pretende legalizar o uso de células-tronco pela medicina no Brasil.
Direito disse que não havia examinado a questão Raposa Serra do Sol com profundidade e que precisaria de mais tempo para tomar uma decisão. Legalmente, ele tem 10 dias, com possibilidade de renovar o prazo duas vezes. Mas se os 30 dias forem insuficientes para examinar o processo, Direito terá o tempo que achar necessário.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Leia Observatórios de mídia: olhares da cidadania
O livro chama-se "Observatórios de Mídia: Olhares da cidadania", saiu pela Editora Paulus, tem 230 páginas e é uma reunião de textos de 17 pesquisadores brasileiros que compõem a Rede Nacional de Observatórios de Imprensa (Renoi). Será lançado em Natal-RN, durante o Intercom nacional, na primeira semana de setembro.
Sumário
Parte 1 – Por que observar?
Observatórios: da resistência ao desenvolvimento humano- Luiz Gonzaga Motta
A mídia e a construção do cotidiano: uma epistemologia do social-midiático - Wellington Pereira
Monitoramento de mídia e estratégias de cooperação com as personagens da notícia - Guilherme Canela
Parte 2 – Como observar?
Ver, olhar. Observar - Rogério Christofoletti
Monitorando telejornais: desafios e perspectivas - Fernando Arteche Hamilton
Por que os observatórios não observam "boas práticas"? - Luiz Martins da Silva e Fernando Oliveira Paulino
Crianças e adolescentes em pauta: observando a mídia na Amazônia - Ana Prado, Danila Cal e Vânia Torres
Parte 3 - Passado, presente e futuro
Pequena história da crítica de mídia no Brasil - Angela Loures
Um observatório, mais observatórios - Luiz Egypto e Mauro Malin
O futuro do jornalismo: democracia, conhecimento e esclarecimento - Victor Gentilli
Media Literacy na Inglaterra e no Brasil - Danilo Rothberg e Alexandra Bujokas
Notas da vigilância - Avery Veríssimo
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Leio Jazz - Das Raízes ao pós-bop, de Augusto Pellegrini
Se você não conhece Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Miles Davis, Louis Armstrong, Duke Ellington, Benny Goodman, Dave Brubeck e Chet Baker, entre outros, faça um esforço e compre o livro, que é quase didático. Depois agradeça aos deuses do Jazz e comece a ouvir música de verdade ao invés de Jota Quest, CPM22, NX Zero, Rabo de Vaca e outras coisas de nomes inspirados em placa de carro, animais peçonhentos e mulheres mal-batizadas.
Livro: Jazz - Das Raízes ao pós-bop
Autor: Augusto Pellegrini
Editora: Record
Páginas: 400
Valor: R$ 49,00
sábado, 12 de julho de 2008
Leio O general em seu labirinto, de Gabriel García-Márquez
A exaustiva pesquisa feita por García-Márquez lembra que o cara é excelente jornalista e pesquisador. Usou dezenas de livros e fez várias entrevistas com biógrafos e parentes do libertador para realizar um de seus livros mais difíceis de ser produzido. O resultado é um livro excepcional, visceral, fundamental.
Livro: O general em seu labirinto
Autor: Gabriel García-Márquez
Editora: Record
Páginas: 281
Valor: R$ 35,00
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Intercom Roraima
Por aqui coordenei a Exposição de Projetos Experimentais em Comunicação (Expocom), que revelou talentos estudantis de todos os estados amazônicos. Há gente muito boa em Roraima, Amazonas e no Pará produzindo curtas-metragens, jornais e revistas de alta qualidade, ainda na graduação.
Como a vida segue e um dia já estivemos do lado de lá, espera-se que um dia essa juventude passe comandar os futuros intercoms. E que o mercado enxergue a qualidade de quem queima as pestanas estudando...
Além disso, temos a oportunidade de rever amigos de outras plagas: Paulo César Ribas veio de Belo Horizonte; Maurício Bittencourt, de Rio Branco e Adolpho Queiroz de São Paulo.
domingo, 15 de junho de 2008
Pedofilia
No país dos habeas corpus e do direito de resposta em liberdade, a prisão dos pedófilos é um rápido alento, logo confrontado com a corrupção generalizada e com a impunidade dos que desviam dinheiro público e vivem às custas da falta de serviços essenciais à população.
terça-feira, 10 de junho de 2008
Colarinhos brancos
A prisão da quadrilha de desajustados que incluía autoridades do governo, empresários e servidores públicos na semana passada ainda não é o suficiente para atenuar o sentimento de impunidade e ineficiência que todos os brasileiros, e em especial os roraimenses, sentem em relação à Justiça.
No país dos habeas corpus e do direito de resposta em liberdade, a prisão dos pedófilos é um rápido alento, logo confrontado com a corrupção generalizada e com a impunidade dos que desviam dinheiro público e vivem às custas da falta de serviços essenciais à população.
Nos últimos cinco anos a Polícia Federal prendeu mais de 100 políticos em todo o Brasil, envolvidos em crimes diversos. Entre as diversas operações destacam-se a Praga do Egito, que em novembro de 2003 botou na cadeia um ex-governador e oito ex-deputados estaduais de Roraima.
domingo, 8 de junho de 2008
Fest Rock
sábado, 7 de junho de 2008
Arraial
domingo, 11 de maio de 2008
Leio Jimi Hendrix, de Sharon Lawrence
Foi acusada de "puxar o saco" do músico por causa de sua ligação afetiva com ele, mas isso é coisa de crítico invejoso.
Lawrence consegue reconstituir a história do maior dos guitarristas desde a infância conturbada, a vida no exército e os primeiros trabalhos como músico profissional.
"Lenda" é o termo mais adequado para definir James Marshall Hendrix, o guitarrista mestiço de negros e índios nascido em Seattle que alterou para sempre o jeito de tocar (e ouvir) guitarra elétrica.
Dono de uma técnica muito pessoal, o mestre era amante de BBB: Bob Dylan, Beatles e Blues (pensou ontra coisa?).
Se estivesse vivo, muita gente penduraria a guitarra e talvez não fôssemos obrigados a ouvir Yngwie Malmsteen e outros chatos que confundem velocidade com criatividade.
Livro: Jimi Hendrix - A dramática história de uma lenda do rock
Autor: Sharon Lawrence
Editora: Jorge Zahar
Páginas: 356
Valor: R$ 29,90
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Leio Os filmes de minha vida, de Alberto Fuguet
Alberto Fuguet é um escritor chileno dedicado a criar um novo movimento nas letras latino-americanas disposto a se contrapor ao realismo fantástico de Gabriel García-Márquez e que se chama... McCondo (!)
Fuguet é autor de "Os filmes da minha vida", que não causa surpresas estilísticas nem consegue inaugurar nada de novo, mas tem a capacidade de gerar lembranças em gente que viveu algo parecido. Eu, por exemplo, e minha infância na Venezuela. O fato de ter vivido noutro país, de conviver com duas línguas e se sentir estrangeiro onde quer que esteja é uma sensação que conheço bem, mas acaba aí. Os filmes que assistiu, inclusive coisas obscuras interessantes, que pouca gente lembra, mal recebem uma análise superficial.
O escritor parece tão disposto a comer um Big McCondo que esquece as tortillas, ignora vulcões e povos indígenas. A prosa é norte-americana e compreende-se porquê.
Livro: Os filmes da minha vida
Autor: Alberto Fuguet
Editora: Agir
Páginas: 296
Valor: R$ 40,41
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Notícias da semana
Em Roraima, ações terroristas em terras indígenas acontecem há muito tempo, mas uma eficiente soma de omissão política e propaganda racista nos meios de comunicação permitiu que esses grupos permanecessem atuando ao longo dos últimos 30 anos sem punição.
Desde 1981, houve 21 homicídios; 21 tentativas de homicídio; 54 ameaças de Morte; 51 agressões físicas; 80 casas destruídas; 71 prisões ilegais; cinco roças destruídas e cinco pessoas mantidas em cárcere privado - dados de 2003. já desatualizados.
A milícia travestida de agronegócio já espancou e matou índios e missionários. Suas ações já renderam a morte por tiros do índio Paulo José de Souza, em Uiramutã, em fevereiro de 1999. No mesmo mês, foram assassinados os índios Regelino Nascimento Souza (estrangulado) e o adolescente Renan Almeida André, de apenas 14 anos. No mesmo mês, o padre Egon Heck foi esfaqueado e um grupo de índios espancado.
Em janeiro de 2004, um grupo invadiu a Missão Surumu e seqüestrou os padres Ronildo França e Cezar Avallaneda e o diácono João Carlos Matinez, mantendo-os reféns por três dias. Em 2005, um grupo de 150 homens incendiou a missão do Surumu, destruindo uma escola, um hospital e uma igreja. Um professor foi espancado e um homem ficou queimado. O mesmo grupo provocou três incêndios e alguns espancamentos em 2004.
Atualmente, a Vila Surumu está isolada. Pontes foram destruídas e uma bomba caseira fabricada para novas ações terroristas explodiu nas mãos de Renato Quartieiro, filho do líder da resistência do agrobussiness em Raposa Serra do Sol, Paulo César Quartieiro. Centenas de policiais federais já chegaram e novos grupos continuam a chegar em Roraima para tentar a desapropriação exigida pela lei.
terça-feira, 4 de março de 2008
Memórias de um dinossauro
O ano de 1968 foi de perdas e conquistas. Foi um tempo de vitórias importantes no campo social, com conquistas como a igualdade de direitos civis, a liberação sexual, o reconhecimento das lutas dos estudantes e da diversidade cultural.
O clima tenso tomou conta daquele ano. Maio pode ser considerado o estopim. Naquele mês as revoltas foram sentidas com mais força e transmitidas de um país a outro pelos meios de comunicação de massa, principalmente a televisão.
Vá lá e leia.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
O desafio de Carlos Saraiva
que tem amor à verdade
que eu lhe mostrarei um
redator de publicidade
Tá lá no blog dele.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Leio Viagens no Scriptorium , de Paul Auster
Autor: Paul Auster
Editora: Companhia das Letras
Número de Paginas : 128
Preço: R$ 33,00
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Leio Deus, um delírio, de Richard Dawkins
O que inquieta Richard Darkins: o fanatismo religioso é um grande impeditivo do desenvolvimento humano, ao lado da corrupção, das guerras e do tráfico humano, de armas e de drogas. Nada mais contrário às verdades científicas e grandes descobertas humanas que os velhos livros sagrados de sempre, com suas fábulas alucinantes sobre homens feitos de barro, virgens grávidas ou seis dúzias delas destinadas a presentear homens-bomba, entre outros desvarios míticos. Religiões são a anti-ciência. E é da natureza das religiões negar direitos fundamentais do ser humano.
Todos os cultos – principalmente os monoteístas – baseiam-se no mistério. Não podemos saber mais do que está escrito ou interpretado. Por isso você, ateu, dificilmente conseguirá conversar sobre este assunto com algum crente. Será considerado “impuro”, autor de bestial ignomínia. Não podemos exigir mais informação, mas respeitar as lacunas (desculpem, mistérios) e resignar-se a dados sem nenhuma comprovação.
Por isso suportemos a negação da existência dos dinossauros e o mito de que todos somos descendentes de um homem que foi parido por outro homem, sendo este criador de tudo o que existe, conhecedor de todos os acontecimentos passados, presentes e futuros, organizador do caos cósmico e da direção dos cometas, da freqüência dos pulsares e da vazão das marés. Responsável por castigos terríveis numa certa vida post-morten, exige obediência, servidão, orações diárias.
A mulher, nos cultos monoteístas, é tratada como cidadão de segunda categoria porque assim ensinam os livros sagrados. Dependendo da interpretação que os homens fazem de tão antiga e defasada bibliografia, são obrigadas a jamais cortar o cabelo ou usar vestimenta negra que lhe cobre dos pés à cabeça. Não podem celebrar missas nem têm direito ao aborto, podendo por isso ser censuradas e, em alguns casos, condenadas.
Estes mesmos censores são capazes de enviar jovens para a morte ou mutilação numa guerra pelo petróleo, mas são contrários ao aborto e à eutanásia. Em pleno século 21 é inaceitável o domínio político e social por grupos religiosos anacrônicos que condenam cientistas, ateus, homossexuais, mulheres e crentes noutras religiões a um inferno cotidiano que pode ser prolongado num lugar cheio de fogo e torturas comandadas por um ex-funcionário do paraíso. Se Deus é um delírio, que dizer do Diabo...
Alguns trechos interessantes:
“Não dá para se safar dizendo ‘se você tentar me impedir de insultar homossexuais, estará violando minha liberdade de preconceito’, mas dá pra se safar dizendo: ‘isso viola minha liberdade de religião’. Qual é a diferença, pensando bem?” (p. 49)
“O Fórum da Comunidade Católica nos dá uma mão e lista 5.120 santos, junto com suas áreas de especialidade, que incluem dores abdominais, vítimas de abuso, anorexia, vendedores de armas, ferreiros, fraturas de ossos, técnicos de explosivos e problemas intestinais, para ficar só no comecinho da lista.” (p. 60)
“Lembre-se da definição perspicaz de Ambrose Bierce para o verbo ‘rezar’: ‘pedir que as leis do universo sejam anuladas em nome de um único requisitante, confessadamente desmerecedor’.” (p. 92)
“Quando um livro de ciência está errado, alguém acaba descobrindo o erro e ele é corrigido nos livros subseqüentes. Isso evidentemente não acontece com os livros sagrados.” (p. 362)
Livro: Deus, um delírio
Autor: Richard Dawkins
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 520
Preço: R$ 36
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Político tem bens bloqueados
O ex-prefeito defende monoculturas poluentes e contesta os direitos indígenas. É da turma dos que justificam crimes de corrupção e ameaças a populações autóctones como "efeito colateral" de uma nada provável luta-contra-imperialistas-que-querem-dominar-a-Amazônia.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
O(s) Idiota(s)
Agora a Assembléia Legislativa age em nome dos bons costumes, embora não tenha tomado qualquer atitude quando o "lutador" confirmava compra de votos para a eleição da diretoria da Câmara de Boa Vista em telefonemas interceptados. Corrupção pode. Mostrar a cueca, não.
PS: Há menos Dostoiévski que Lars Von Trier no título deste post, (e)leitor.Roraima existe?
O mundo perdido
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Leio Como vivem os mortos, de Will Self
No caos post morten criado pelo britânico em seu quarto romance, a tabagista Bloom desobedece às regras do limbo onde vive (hahaha) para atuar com voyeur na vida das próprias filhas, uma drogada perdida e uma capitalista
O livro é um espetacular desfile de reflexões acerca da política mundial, drogas, taxistas cipriotas de costas peludas, terrorismo, judeus, moda, negros, britânicos empedernidos e norte-americanos consumistas. Às vezes fica difícil acreditar que é Lilly Bloom e não o próprio autor quem narra tantas digressões a respeito da sociedade inglesa contemporânea.
Vale a pena ler, mesmo que seus conhecimentos gerais não sejam suficientes. Will Self não está nem um pouco preocupado em que não lhe compreeendam a prosa. Escreve da forma que acha melhor, sem facilidades ou coloquialismos, com vasta erudição e verve crítica. Observar as coisas de forma tão venenosa é de causar inveja.
Pop will eat Will Self? Veremos.
Livro: Como Vivem os Mortos
Autor: Will Self
Número de páginas: 368
Editora: Objetiva
Preço: R$ 47,90
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Decálogo do bom pesquisador (aos alunos de Metodologia)
1 - O prazo é meu inimigo mortal. Não devo me aproximar dele;
2 - Meu trabalho é, de todos, o mais importante;
3 - Jamais irei à pesquisa de campo sem ulterior pesquisa bibliográfica;
4 - Tempestades, terremotos e inundações não interromperão meus trabalhos;
5 - Acidentes, incidentes, doenças e golpes de estado, tampouco;
6 - Cataclismas de qualquer ordem e outros incidentes não interferirão no meu cronograma;
7 - Meu orientador é meu pastor e nada me faltará;
8 - Ele me guia por bibliografias complexas e apascenta meu problema metodológico;
9 - Jamais dispensarei orientação, pois sou jovem pesquisador honesto e determinado;
10 - Meu objetivo é produzir um projeto de pesquisa. Agora ou no ano que vem, Amém.
Boa Vista, Outubro de 2007
sábado, 27 de outubro de 2007
Leio Baudolino, de Umberto Eco
Livro: Baudolino
Autor: Umberto Eco
Editora: Record
Páginas : 459
Preço: R$ 43,00
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Um conto
Em certo país e cidade, há uma espécie de café e nele uma mesa em particular. A ela se sentam e a ela regressam aqueles clientes que notaram um dia o espelho defronte. Através do vidro velho, irregular e manchado, cada desses clientes tem a impressão de contemplar no lugar de si um outro, estranhamente próximo de qualquer coisa que desejaria em segredo ser: O velho eleva a chávena aos lábios dum eu antigo, de costas mais direitas; O pobre acende um cigarro amarfanhado mas saboreia a cigarrilha fina do vulto bem vestido que lhe segue os gestos; A jovem perplexa observa-se e detecta algo de claramente masculino no gesto simples de endireitar os óculos. Conheço bem aquela mesa. E esses vultos distorcidos, feitos da essência do desejo – dizer que os conheço bem seria bem pouco. Faço o que posso e me compete. Mas quando lá ao fundo a mesa está vaga e há que matar o tempo, sirvo-me deste caderninho que alguém nela deixou em desalento e vou alinhando palavras sobre as linhas azuis. Assim, devagar. Da direita para a esquerda.
(Carlos Tijolo, na Minguante)
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Duas canções
(Rodrigo Amarante)
Posso ouvir o vento passar, assistir à onda bater
mas o estrago que faz a vida é curta pra ver
Eu pensei que quando morrer
vou acordar para o tempo e para o tempo parar
um século, um mês, três vidas e mais um passo pra trás
Por que será? Vou pensar
Como pode alguém sonhar o que é impossível saber
Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer
e isso, eu vi, o vento leva
Não sei mais, sinto que é como sonhar
e o esforço pra lembrar é a vontade de esquecer
E isso porque diz mais!
Uh... Se a gente já não sabe mais
rir um do outro meu bem, então o que resta é chorar
e talvez, se tem que durar, vem renascido o amor bento de lágrimas
um século, três, se as vidas atrás são parte de nós
E como será?
O vento vai dizer, lento, o que virá
e se chover demais, a gente vai saber, claro que um trovão
se alguém depois sorrir em paz
só de encontrar
Slideshow
(Rufus Wainwright)
Do I love you because you treat me so indifferently?
Or is it the medication? Or is it me?
Do I love you because you don't want me to rub your back?
Or is it the medication? Or is it you? Or is it true?
And I better be prominently featured in your next slideshow
Because I paid a lot of money to get you over here, you know?
And if I am not prominently featured in your next slideshow
I don't know what I'm gonna do
Do I love you, or is this feeling just a little pain?
A treasure chest is broken easily open
And usually I am such a happy prince
Behind the iron curtain, the city walls a solid prison
And I better be prominently featured in your next slideshow
'Cause I paid a lot of money to get you over here, you know?
And if I am not prominently featured in your next slideshow
I don't know what I'm gonna do!Do I love you?Do I love you?Yes I do
Do I love you? Yes I do
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Bergman e Antonioni
alguém comentou
sexta-feira, 20 de julho de 2007
A morte de Antônio Carlos Magalhães
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quinta-feira, 12 de julho de 2007
Leio O trovador solitário, de Arthur Dapieve
Marcadores: Arthur Dapieve, Legião Urbana, Renato Russo
Avery Veríssimo, Quinta-feira, 12 de Julho de 2007 às 15:01 | alguém comentou
Cruviana
sábado, 23 de junho de 2007
Epílogo
Belém - A Amazônia tem a pior distribuição de renda, os piores índices de educação e algumas das piores condições de vida do Brasil. Por aqui temos uma imensa riqueza concentrada nas mãos dos coronéis políticos, das grandes mineradoras e do agronegócio. Nossas populações carecem de saúde, educação e moradia.
A Amazônia Legal ocupa 2/3 do Brasil. Vinte milhões de pessoas vivem aqui, pressionados por grupos que algumas vezes se igualam em radicalismo. Entre as necessidades ambientais mais urgentes está a necessidade de conservação da floresta e a produção sustentada. Mas exigir ações ecologicamente corretas de quem vive em condições sub-humanas não gera o mesmo apelo que a distribuição de moto-serras, camisetas, bonés, cestas básicas e outras moedas eleitorais. É que às vezes a ciência não cobra políticas públicas adequadas com medo de perder as poucas verbas disponíveis nos orçamentos. Mas de pouco adianta um vistoso campus em meio à cidade partida.
A pesquisa científica na região tem sido tão direcionada pelas grandes indústrias que pouco se produz sobre as populações que habitam este imenso lugar. Índios, profissionais liberais, ribeirinhos, funcionários públicos e latifundiários convivem forçosamente com todo tipo de intempérie. As principais são os políticos locais, tão ricos e tão cegos para os problemas sociais, como os do bairro Guamá, um dos mais pobres da capital paraense, a maior metrópole da Amazônia, com 1,5 milhão de habitantes. A UFPA fica no Guamá. Basta sair dos limites da cidade universitária para mergulhar num mundo insalubre e medieval, com as pessoas vivendo sobre os próprios dejetos.
Minha profissão já me levou a bairros pobres em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Juiz de Fora, Manaus. Já estive em favelas na Venezuela, em bairros sem nenhuma infraestrutura em Georgetown e vi a pobreza extrema nos redutos orientais de Paramaribo. Masos extensos canais de podridão que substitutem as calçadas dos moradores da periferia de Belém são imbatíveis. Por ali, crianças brincam entre urubus. Açougues, oficinas, escolas, lanchonetes, toda a organização urbana suspensa sobre um grosso caldo formado por esgotos, restos de animais, garrafas plásticas e todo tipo de lixo doméstico.
Enquanto na periferia o saneamento é zero, o centro de Belém viceja com praças bem cuidadas e vigiadas contra vagabundos. O centro-histórico de quase 400 anos é um dos mais bem-conservados do Brasil. Na margem da baía, a Estação das Docas (projeto de 20 milhões de reais) se destaca como área de lazer e movimentação cultural e turística. Tem 11 bares e restaurantes e músicos suspensos sobre a platéia.
A cidade conta ainda com um grande complexo para eventos, feiras, congressos e convenções, o Hangar (98 milhões de reais), engrossa o rol de grandes obras junto com o parque ecológico Mangal das Garças, que custou 15 milhões de reais. Mas a grande expectativa por aqui chama-se Portal da Amazônia, uma via de seis quilômetros na orla da cidade que concentrará centros comerciais diversos, pretende melhorar o trânsito e vai custar mais de 100 milhões de reais.
Pergunta: quanto custaria sanear o Guamá, pelo menos no entorno da universidade, para justificar a sua existência ali? A Belém dos turistas luta contra a Belém real, mas o combate é injusto.
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