quinta-feira, 27 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Expedição musical à terra de Makunaima
O jornalista, DJ, multimídia e agitador cultural Israel do Vale escreveu um belo texto sobre Roraima, sua música, sua gente, sua cultura.
Em "Expedição musical à terra de Makunaima", Israel dá uma lição de observação jornalística, apesar de sua curta passagem por aqui.
Imperdível para qualquer culturatti interessado em música "fora do eixo". Leia aqui.
Em "Expedição musical à terra de Makunaima", Israel dá uma lição de observação jornalística, apesar de sua curta passagem por aqui.
Imperdível para qualquer culturatti interessado em música "fora do eixo". Leia aqui.
sábado, 22 de maio de 2010
Dogma
O problema com a célula artificial é que depois de conseguir criar a vida, o homem vai levar um tapinha nas costas e ouvir uma frase: Agora é tua vez, cuida de tudo, dirá Deus.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Livro Eletrônico: alerta escritores
Escrito por Ademir Assunção*
Saiu matéria na Folha de São Paulo sobre o livro eletrônico, que começa a entrar no mercado editorial brasileiro. O texto diz que os livros nacionais ainda são pouquíssimos no formato eletrônico. Por quê? Eis o trecho que mais interessa a nós, escritores: “O livreiro é um dos que defendem que o maior nó no mercado é a rediscussão dos direitos autorais. ‘O medo está aí. Isso vai inundar o Judiciário’”. O livreiro é Pedro Herz, dono da rede de livrarias Cultura. (grifo meu).
Nem todo mundo sabe, mas os autores ganham apenas 10% do preço de capa de cada livro vendido. 10%. Os outros 90% ficam com editoras, distribuidoras e livreiros. 10% é o padrão. Mas há editoras que chegam a pagar 3%. Quando falo isso para leitores que não fazem a menor idéia como funciona a remuneração de direitos autorais no Brasil, muitos ficam espantados, outros indignados.
A entrada do livro eletrônico é uma ótima oportunidade para os autores rediscutirem seus direitos autorais. Ouçam bem: é uma ótima oportunidade. As grandes livrarias já estão pressionando as editoras para venderem livros de seus autores em formato eletrônico. As editoras já estão procurando os autores para assinarem adendo aos contratos autorizando a venda em formato eletrônico.
Conversei com um advogado especialista em direito autoral essa semana. O livro eletrônico foi um dos temas da conversa. Perguntei a ele o que os autores devem fazer em relação às autorizações para comercialização do livro eletrônico. Ele foi claro e taxativo: “Enquanto não redefinirem a remuneração dos direitos autorais, não assinem. O livro eletrônico não tem custos que justifiquem manter os direitos autorais em apenas 10%”.
A matéria da Folha diz que os representantes de cada setor da cadeia produtiva do mercado editorial já estão discutindo a questão. Eu pergunto: quem representa os escritores nessas discussões? A Academia Brasileira de Letras? A União Brasileira dos Escritores? Algum escritor foi procurado para se manifestar?
O advento do livro eletrônico vai provocar grandes mudanças no mercado editorial. Entre outras coisas, vai diminuir os custos de produção dos livros e também os custos de venda pelas livrarias. Tanto escritores, quanto editores, podem fazer vendas diretas em seus sites, a custos quase zero. Essa é uma boa alternativa caso não haja acordo justo em relação ao pagamento de direitos autorais. A pressão vai ser comercial. Em resumo: há todas as condições para o preço do livro diminuir bastante (vantagem para os leitores) e o pagamento de direitos autorais subir bastante (vantagem histórica para os escritores).
Por isso, está dado o alerta: escritores em geral: não sejamos bobos. Não assinemos nenhum contrato enquanto não houver uma discussão aberta sobre direitos autorais de livro eletrônico e um acordo justo. Não caiam na balela de que estamos nos tempos de “quebra de autoria, compartilhamento de informações”, argumento que está sendo utilizado por alguns comerciantes de livros. Eles não vão “compartilhar” nossos livros. Eles vão vendê-los.
Alguns editores já compreenderam a necessidade dessa discussão com seus autores. Já perceberam que se marcarem touca vão beirar a falência, como aconteceu com as gravadoras. São poucos. E provavelmente vão tentar acordos individuais com os autores.
Eu vejo a grande oportunidade de tomarmos uma decisão coletiva. Uma decisão dessa forma vem com muito mais força. Podemos fechar um acordo que beneficie a todos. É uma oportunidade única.
É uma oportunidade única para os editores e livreiros também mostrarem que se preocupam de fato com os autores, que os vêem de fato como “parceiros” (termo da moda).
Alguém aí já se deu conta que na “cadeia produtiva do livro” (outro termo em moda), o único que não é profissional (no sentido de viver do seu trabalho) é o escritor? O livreiro é, o distribuidor é, o editor é, o gráfico é, o balconista da livraria é. Menos aquele que produz a matéria-prima para o trabalho de todos os outros da tal “cadeia produtiva”.
Pensem bem nisso. Caso não haja acordo justo, nada impede que num futuro muito próximo os próprios autores se organizem, criem uma editora virtual, e vendam seus livros diretamente, ganhando 80, 90% de direitos autorais.
Peço aos que entenderam o que diz esse texto que se manifestem. Que passem adiante. Que republiquem em seus blogues. Que discutam nos bares (não é assunto “chato”, não. Diz respeito ao nosso trabalho). Que ampliem essa discussão e pensem formas de partirmos pra ação.
É a hora.
*Ademir Assunção é poeta e jornalista, membro do Colegiado Nacional da Literatura, Livro e Leitura e integrante do Movimento Literatura Urgente
Publicado no blogue espelunca: http://zonabranca.blog.uol. com.br/
domingo, 16 de maio de 2010
Enquanto isso, na Islândia...
Olha o carro do peixe, olha o carro do peixe! Tem Pirarukull, Pakull, Kullrimatã, Arakull Kabeça Gorda...
terça-feira, 27 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Sobre Twitter e censura
Boa Vista - Meio mundo agitado com o governador-ditador-que-processa-tuiteiro em Roraima. Mas abusam da raiva e pagam o pato. Tudo sonho de Vishnu. Confundem emoções com fatos. Por isso fé e ciência são incompatíveis. No dia em que a imprensa local tiver coragem de ouvir o outro lado, sem fingir que "procurou fulano", mas não encontrou, começaremos novo ciclo.
Sim, qualquer jornalista fica indignado com a mordaça. Mas Twitter é uma REDE SOCIAL. Jornalismo se faz em jornal e até em blogs. Há um longo caminho até a maturidade da imprensa local, mas deve-se começar percebendo essas diferenças e principalmente seus defeitos. Se você acredita que está fazendo jornalismo no Twitter, com a imponderável superficialidade de 140 caracteres, por favor não me siga.
Sim, qualquer jornalista fica indignado com a mordaça. Mas Twitter é uma REDE SOCIAL. Jornalismo se faz em jornal e até em blogs. Há um longo caminho até a maturidade da imprensa local, mas deve-se começar percebendo essas diferenças e principalmente seus defeitos. Se você acredita que está fazendo jornalismo no Twitter, com a imponderável superficialidade de 140 caracteres, por favor não me siga.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Um poema
Ghost Song
(Jim Morrison)
Awake.
Shake dreams from your hair
My pretty child, my sweet one.
Choose the day and choose the sign of your day
The day's divinity
First thing you see.
A vast radiant beach and cooled jeweled moon
Couples naked race down by it's quiet side
And we laugh like soft, mad children
Smug in the wooly cotton brains of infancy
The music and voices are all around us.
Choose they croon the Ancient Ones
The time has come again
Choose now, they croon
Beneath the moon
Beside an ancient lake
Enter again the sweet forest
Enter the hot dream
Come with us
Everything is broken up and dances.
Indians scattered,
On dawn's highway bleeding
Ghosts crowd the young child’s,
Fragile eggshell mind
We have assembled inside,
This ancient and insane theater
To propagate our lust for our life,
And flee the swarming wisdom of the streets.
The barns have stormed
The windows kept,
And only one of all the rest
To dance and save us
From the divine mockery of words,
Music inflames temperament.
Ooh great creator of being
Grant us one more hour,
To perform our art
And perfect our lives.
We need great golden copulations,
When the true kings murders
Are allowed to roam free,
A thousand magicians arise in the land
Where are the feast we are promised?
One more thing
Thank you oh lord
For the white blind light
Thank you oh lord
For the white blind light
A city rises from the sea
I had a splitting headache
From which the future's made
(Jim Morrison)
Awake.
Shake dreams from your hair
My pretty child, my sweet one.
Choose the day and choose the sign of your day
The day's divinity
First thing you see.
A vast radiant beach and cooled jeweled moon
Couples naked race down by it's quiet side
And we laugh like soft, mad children
Smug in the wooly cotton brains of infancy
The music and voices are all around us.
Choose they croon the Ancient Ones
The time has come again
Choose now, they croon
Beneath the moon
Beside an ancient lake
Enter again the sweet forest
Enter the hot dream
Come with us
Everything is broken up and dances.
Indians scattered,
On dawn's highway bleeding
Ghosts crowd the young child’s,
Fragile eggshell mind
We have assembled inside,
This ancient and insane theater
To propagate our lust for our life,
And flee the swarming wisdom of the streets.
The barns have stormed
The windows kept,
And only one of all the rest
To dance and save us
From the divine mockery of words,
Music inflames temperament.
Ooh great creator of being
Grant us one more hour,
To perform our art
And perfect our lives.
We need great golden copulations,
When the true kings murders
Are allowed to roam free,
A thousand magicians arise in the land
Where are the feast we are promised?
One more thing
Thank you oh lord
For the white blind light
Thank you oh lord
For the white blind light
A city rises from the sea
I had a splitting headache
From which the future's made
terça-feira, 13 de abril de 2010
Um poema
Receita para arrancar poemas presos
(Viviane Mosé)
Você pode arrancar poemas com pinças buchas vegetais óleos medicinais
com as pontas dos dedos com as unhas com banhos de imersão com o pente
com uma agulha com pomada basilicão alicate de cutículas massagens e hidratação
Mas não use bisturi nunca
em caso de poemas difíceis use a dança
a dança é uma forma de amolecer os poemas
endurecidos do corpo. uma forma de soltá-los das dobras dos dedos dos pés.
das vértebras dos punhos. das axilas. do quadril
São os poema cóccix.
Os poema virilha.
Os poema olho.
Os poema peito.
Os poema sexo.
Os poema cílio.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
140
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depois o que está pensando
depois o que faria,
se agisse depois de pensar
querem a urgência do discurso
um incriminador duplipensar
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terça-feira, 30 de março de 2010
sábado, 27 de março de 2010
Bodas Wapishana
Eunice segura nervosa o buquê de flores, minutos antes da cerimônia. Está mais calma agora, mas ainda há pouco respirava com dificuldade, como se o longo vestido branco tivesse ficado mais justo. Uma parenta lhe ajuda com a saia. Ajeita delicadamente os cabelos diante do espelho. Está quase pronta para o casamento.
Na mesma sala, Anacleto comporta-se de forma exemplar. Não aparenta nervosismo, mas parece muito sério. O terno lhe cai bem. Confere a altura da calça em relação aos sapatos pretos, encolhe a barriga e anda empertigado sem se importar com a velha superstição de que o noivo não pode ver o vestido antes da cerimônia.
Do outro lado da rua, os convidados começam a chegar e a ocupar mesas onde mais tarde serão servidos bolo, refrigerante, churrasco e damorida. A festa é na comunidade de Truaru, uma vila Wapishana localizada no oeste de Roraima.
Os Wapishana falam uma língua Arawak, tronco que agrupa diversos povos. Há falantes de Arawak nas Antilhas, no Caribe, na Amazônia, na Argentina... Quando Cristóvão Colombo chegou à Américas foi recepcionado pelos extintos Tainos, falantes de uma língua Arawak. Em Roraima os Wapishana formam uma exceção entre falantes de línguas Karib como os Makuxi, Taurepang e Ingarikó.
Eunice conheceu Anacleto há mais de meio século, quando a vila não era muito diferente de hoje, exceto pela luz elétrica, carros e antenas parabólicas. Hoje os dois comemoram 50 anos de casamento. Bodas de Ouro. Filhos, netos, bisnetos, parentes distantes, vizinhos e amigos prestigiam o evento, que só vai terminar quando o dia amanhecer.
O pastor espera impaciente a preparação do som e do cerimonial de entrada. Tem pressa em realizar as bodas, uma atividade inédita no seu currículo. Quer falar sobre a sabedoria do rei Salomão, um homem que teve 700 mulheres e certamente inspirará um casamento próspero.
Está preparado para repetir as palavras de Deus sobre a boa esposa, descritas em Provérbios 31. Dirá que a mulher virtuosa é esposa e mãe ideal e exemplo a ser seguido. Que é empreendedora, supervisiona empregados, cuida da família, fia roupas para marido e filhos, produz lucros, faz caridade, está sempre ocupada e trabalha até tarde. “Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada”, diz.
O carro de som aumenta a trilha sonora. Depois reduz o volume. O pastor fala sobre a importância do amor diário como forma de preservar o casamento. “Porque ela é tua. Deus que te deu”, reforça. “Querem que eu fale mais?”, pergunta. A platéia diz que não. Ele dá o troco: “Só não quer ouvir quem pensa em trair a sua esposa ou seu marido. Pois vou continuar...”. Minutos depois de falar sobre preguiça, desleixo, trabalho e sexo diário - “Viagra e Ciallis não adiantam nada sem o amor de Deus” – encerra, para alívio do grupo de adolescentes que espera bolo e refrigerantes.
O bolo chega, trazido por garçons e garçonetes mirins que podem muito bem ser um dos 35 netos ou 5 bisnetos de Seu Anacleto, pecuarista e ex-tuxaua, um dos líderes que conquistou na década de 70 a homologação da terra onde moram.
Uma fila se forma na parte de trás do malocão, onde são servidos churrasco de boi, farofa, arroz, pernil de carneiro, macarronada, damorida e caldo de carne.
As músicas de Tom Cléber e Chitãozinho e Chororó, um mix de Parabéns pra Você, sucessos dos anos 80 e música sertaneja, logo dão lugar ao forró, que só termina de manhã. Para desgosto do pastor, as letras falam de bebedeira, traição e violência. Seu Anacleto e dona Eunice, evangélicos, deixam a festa para os mais jovens. Afinal, é noite de núpcias.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Li "Boa Vista, 1953 - Uma Aventura", de Laucides Oliveira
Boa Vista - Quando Laucides Oliveira chegou a Boa Vista, nos idos de 1953, havia dois cinemas na cidade e os boêmios tocavam chorinho. Hoje há apenas um cinema e os boêmios ouvem forró, mas certas coisas não mudaram: o jeito de fazer política, as artimanhas do serviço público, a natureza bela e ultrajada.
Mais fiel à história de Roraima que certos livros já publicados com o carimbo da política partidária e anti-indígena, Laucides acerta ao misturar memórias pessoais e história. Lembra Eric Hobsbawn em "Tempos Interessantes". Laucides jantou com Juscelino Kubitschek nas obras de Brasília e assistiu à final da Copa de 1950: uma vida rica. Vida de jornalista.
Há passagens poéticas, como a que narra a confusão entre o som de um avião distante e o barulho do vento na boca de uma garrafa perdida no Maciço das Guianas. Tem Dick Farley, Jazz e Still Pan. Tem classe, artigo em falta na imprensa hodierna. Tem saborosos lugares-comuns que só ficariam bem no texto de Laucides, um de meus gurus pessoais da profissão.
Para quem vive a era dos relacionamentos fugazes e divórcios em série, o eterno romance com a mulher Clotilde surpreende. A mistura eficiente de biografia, romance e história que compõe o primeiro livro de Laucides merece uma segunda edição mais cuidadosa de seus poderosos patrocinadores. Nosso dinossauro mais ilustre merece.
Mais fiel à história de Roraima que certos livros já publicados com o carimbo da política partidária e anti-indígena, Laucides acerta ao misturar memórias pessoais e história. Lembra Eric Hobsbawn em "Tempos Interessantes". Laucides jantou com Juscelino Kubitschek nas obras de Brasília e assistiu à final da Copa de 1950: uma vida rica. Vida de jornalista.
Há passagens poéticas, como a que narra a confusão entre o som de um avião distante e o barulho do vento na boca de uma garrafa perdida no Maciço das Guianas. Tem Dick Farley, Jazz e Still Pan. Tem classe, artigo em falta na imprensa hodierna. Tem saborosos lugares-comuns que só ficariam bem no texto de Laucides, um de meus gurus pessoais da profissão.
Para quem vive a era dos relacionamentos fugazes e divórcios em série, o eterno romance com a mulher Clotilde surpreende. A mistura eficiente de biografia, romance e história que compõe o primeiro livro de Laucides merece uma segunda edição mais cuidadosa de seus poderosos patrocinadores. Nosso dinossauro mais ilustre merece.
quinta-feira, 18 de março de 2010
O petróleo é nosso
Cariocas e capixabas estrebucham, mas o dinheiro do pré-sal tem que beneficiar as regiões mais pobres do Brasil. Afinal, somos uma federação. O petróleo é do País, fica a 300 milhas da costa, a quilômetros de profundidade e não à flor da terra, em Macaé.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Viva Zapata, diz o DEM
Orlando Zapata, o dissidente cubano que morreu em greve de fome, era totalmente desconhecido pela mídia e pela direita brasileira. Agora que começou a campanha eleitoral, virou herói de falsos sentimentos humanitários.
Será que o DEM e os tucanos faziam campanha silenciosa em favor dos direitos humanos, defendiam dissidentes do anacrônico regime fidelista e a gente não sabia? Hang your public relations, fellows.
Será que o DEM e os tucanos faziam campanha silenciosa em favor dos direitos humanos, defendiam dissidentes do anacrônico regime fidelista e a gente não sabia? Hang your public relations, fellows.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Formsprings.me
E em termos pragmáticos? O que não se aprende na faculdade por falta de espaço de prática? by marcusvflacerda
Acho que falta mesmo é teoria nos cursos de jornalismo. Deontologia, sociologia, apreço à vida humana. As tecnologias de comunicação obliteram a reflexão e favorecem muito a técnica, o que é erro fatal.
A técnica jornalística é simples, aprende-se em três semanas – por isso muita gente considera uma atividade simplória, como, por exemplo o ministro Gilmar Mendes. Mas não se trata disso. Jornalismo é arte, técnica e serviço. Mas antes de tudo é humanismo.
Pergunte qualquer coisa: http://www.formspring.me/averyverissimo
Acho que falta mesmo é teoria nos cursos de jornalismo. Deontologia, sociologia, apreço à vida humana. As tecnologias de comunicação obliteram a reflexão e favorecem muito a técnica, o que é erro fatal.
A técnica jornalística é simples, aprende-se em três semanas – por isso muita gente considera uma atividade simplória, como, por exemplo o ministro Gilmar Mendes. Mas não se trata disso. Jornalismo é arte, técnica e serviço. Mas antes de tudo é humanismo.
Pergunte qualquer coisa: http://www.formspring.me/averyverissimo
Por que você nunca gostou de dar entrevista a jornalistas? A questão é falha na formação acadêmica dos atuais profissionais de imprensa ou é falha de caráter dos mesmos? by ricardodivino
Pergunta tinhosa. Tinha que ser de jornalista. Veja: há falhas sim, mas na (auto) formação acadêmica. Nenhuma faculdade pode ser culpada pelos maus jornalistas que saem de lá. A responsabilidade é dos próprios, que não seguem as recomendações e a bibliografia dadas. O que termina sendo uma boa desculpa para os que exercem a profissão sem diploma. Vejo falta de caráter mais nestes últimos, que ingressam numa atividade sem formação adequada, sem estudar ética jornalística, as linguagens individuais de cada meio, as formas corretas de se comportar no vídeo e no escrevinhar.
No mais, já tive entrevistas deturpadas (falha no caráter?) por descuido e, o que é mais grave, desinformação do entrevistador. Jornalista que não sabe a origem do Big Brother, quem é Truman Capote ou Winston Smith ou Raskohlnikov ou William Gibson ou Paulo Francis ou Stan Lee, deveria ter o diploma cassado. Quem estuda sabe a diferença entre crítica e calúnia. Não pode reclamar de processo depois. Temos que nos afirmar como área nobre do conhecimento e por isso é válido vetar as hordas bárbaras.
Pergunte qualquer coisa: http://www.formspring.me/averyverissimo
Pergunta tinhosa. Tinha que ser de jornalista. Veja: há falhas sim, mas na (auto) formação acadêmica. Nenhuma faculdade pode ser culpada pelos maus jornalistas que saem de lá. A responsabilidade é dos próprios, que não seguem as recomendações e a bibliografia dadas. O que termina sendo uma boa desculpa para os que exercem a profissão sem diploma. Vejo falta de caráter mais nestes últimos, que ingressam numa atividade sem formação adequada, sem estudar ética jornalística, as linguagens individuais de cada meio, as formas corretas de se comportar no vídeo e no escrevinhar.
No mais, já tive entrevistas deturpadas (falha no caráter?) por descuido e, o que é mais grave, desinformação do entrevistador. Jornalista que não sabe a origem do Big Brother, quem é Truman Capote ou Winston Smith ou Raskohlnikov ou William Gibson ou Paulo Francis ou Stan Lee, deveria ter o diploma cassado. Quem estuda sabe a diferença entre crítica e calúnia. Não pode reclamar de processo depois. Temos que nos afirmar como área nobre do conhecimento e por isso é válido vetar as hordas bárbaras.
Pergunte qualquer coisa: http://www.formspring.me/averyverissimo
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Carnaval
Intelectuais não apreciam carnaval porque racionalizam tudo. Acadêmicos não apreciam carnaval porque não é explicável pela ciência. Roqueiros não apreciam carnaval porque as músicas não oferecem som e fúria. Budistas não apreciam carnaval porque lhes afasta do Nirvana. Evangélicos não apreciam carnaval porque o consideram coisa maligna. Plantonistas de hospital e paramédicos não apreciam carnaval por causa da sobrecarga de trabalho. Há artistas que não apreciam carnaval porque o consideram uma bobagem alegre, alienação cultural, comércio do corpo e deturpação da alma. De minha parte, concordo com todos.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Magic Buzz
Chama-se Buzz o novo produto de uma companhia que já guarda para si as informações pessoais de 17 por cento dos internautas. Os algoritmos do Google estão preparados para acabar com sua privacidade. Pretende se alimentar das informações de plataformas concorrentes e virar a maior rede social. Sua estrutura permite blogging, chat, compartilhamento e integração com produtos da casa. As contas no Gmail, Blogger, etc passam a ser adminstradas a partir de um perfil comum. A partir de agora, você se chama assim: www.google.com/profiles/voce.
Sobre Educação em Roraima
Segundo o IBGE, Boa Vista apresenta o maior percentual de alunos sexualmente ativos. Nas escolas públicas, 33,1% dos alunos declararam ter feito sexo. Nas particulares, 29,2%.
Dos casos de agressão com facas e estiletes, os maiores índices se encontram em Boa Vista (9,5%) e os menores em Porto Velho (4,1%). Quem disse que lá é o Velho Oeste?
Nos casos de arma de fogo, a capital de Roraima lidera as estatísticas (9,4%), seguida de Curitiba (9,2%).
Os dados abaixo fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde com o Escolar (PENSE), realizada pelo IBGE em todo o Brasil.
Numa terra em que os políticos pagam com dinheiro público shows de pornoforró, não é difícil entender porque ostentamos esses índices.
Dos casos de agressão com facas e estiletes, os maiores índices se encontram em Boa Vista (9,5%) e os menores em Porto Velho (4,1%). Quem disse que lá é o Velho Oeste?
Nos casos de arma de fogo, a capital de Roraima lidera as estatísticas (9,4%), seguida de Curitiba (9,2%).
Os dados abaixo fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde com o Escolar (PENSE), realizada pelo IBGE em todo o Brasil.
Numa terra em que os políticos pagam com dinheiro público shows de pornoforró, não é difícil entender porque ostentamos esses índices.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
J. D. Salinger morreu?
J.D. Salinger morreu mesmo ou é golpe publicitário? (piadinha mórbida sobre escritores reclusos, que deve ser feita de preferência durante o velório).
Se houver um céu dos escritores, Salinger será recepcionado por Zelda e F. Scott Fitzgerald, que farão o discurso de recepção e imitarão quadrúpedes para a diversão da platéia. Truman Capote contará piadas ácidas e espirituosas sobre as frescuras salingerianas. Serge Gainsbourg tocará (mal) alguma coisa ao piano. Virgina Woolf, Silvia Plath e Ernest Hemingway ficarão reclamando da vida post-morten e Hermann Hesse, cansado da bagunça e alegando dor de cabeça, vai mandar todo mundo pra casa mais cedo. Joseph Pulitzer vai achar bom, por causa do barulho e... ops, Pulitzer era jornalista. Jornalistas não vão para o céu.
PS: Chegou a hora de ler o Apanhador no Campo de Centeio. Tá, sei, já devia ter feito isso. Mas também não li O Pequeno Príncipe. Fiquei ocupado com Homero, Sartre, Platão, Saramago, Henry Miller, Don Delillo...
Um poema
Se perdem gestos, cartas de amor, malas, parentes
Se perdem vozes, cidades, países, amigos.
Romances perdidos, objetos perdidos, histórias se perdem.
Se perde o que fomos e o que queríamos ser
Se perde o momento
Mas não existe perda, existe movimento".
(Poema de Sombra - Bruna Lombardi)
Se perdem vozes, cidades, países, amigos.
Romances perdidos, objetos perdidos, histórias se perdem.
Se perde o que fomos e o que queríamos ser
Se perde o momento
Mas não existe perda, existe movimento".
(Poema de Sombra - Bruna Lombardi)
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Leio A misteriora chama da rainha Loana, de Umberto Eco
Um homem de 60 anos sofre um acidente vascular cerebral e não lembra mais da mulher, filhos, netos, nem do próprio rosto. A Amnésia, porém, não atinge a parte racional do cérebro.
Livreiro e bibliófilo, Yambo lembra de citações e obras diversas, mas perde o arcabouço emocional que lhe fazia ser quem era. Por isso parte em busca de seu passado vasculhando a memória de amigos e parentes, velhas revistas, discos e livros. O passeio pelas letras é acompanhado por imagens. É um romance ilustrado, avisa a capa brasileira.
Nesta bela história de Umberto Eco, percebemos como a sociedade do século 20 foi ligeiramente homogênea em relação aos produtos culturais da época. Tanto a geração de Yambo (nascida nos anos 1930) quanto a minha, nascida nos anos 1970, tiveram a infância embebida em literatura, cinema e quadrinhos.
O defeito, como na maioria dos livros de Eco, são umas 100 páginas a mais do que a estória realmente necessita. Talvez UE seja um dos autores com maior número de catataus publicados per capita. Acabo de testar isso com os volumes de Baudolino, O Nome da Rosa, O Pêndulo de Foucault e A misteriosa chama da rainha Loana: todos ficam em pé, sem necessidade de apoio.
Se preciso pegar alguma coisa no alto da estante, basta empilhar quatro livros do Umberto Eco.
Livro: A misteriora chama da rainha Loana
Autor: Umberto Eco
Editora: Record
Páginas: 454
Preço: R$ 40,00
Livreiro e bibliófilo, Yambo lembra de citações e obras diversas, mas perde o arcabouço emocional que lhe fazia ser quem era. Por isso parte em busca de seu passado vasculhando a memória de amigos e parentes, velhas revistas, discos e livros. O passeio pelas letras é acompanhado por imagens. É um romance ilustrado, avisa a capa brasileira.
Nesta bela história de Umberto Eco, percebemos como a sociedade do século 20 foi ligeiramente homogênea em relação aos produtos culturais da época. Tanto a geração de Yambo (nascida nos anos 1930) quanto a minha, nascida nos anos 1970, tiveram a infância embebida em literatura, cinema e quadrinhos.
O defeito, como na maioria dos livros de Eco, são umas 100 páginas a mais do que a estória realmente necessita. Talvez UE seja um dos autores com maior número de catataus publicados per capita. Acabo de testar isso com os volumes de Baudolino, O Nome da Rosa, O Pêndulo de Foucault e A misteriosa chama da rainha Loana: todos ficam em pé, sem necessidade de apoio.
Se preciso pegar alguma coisa no alto da estante, basta empilhar quatro livros do Umberto Eco.
Livro: A misteriora chama da rainha Loana
Autor: Umberto Eco
Editora: Record
Páginas: 454
Preço: R$ 40,00
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Uma canção
Once in a lifetime
Talking Heads
You may find yourself living in a shotgun shack
You may find yourself in another part of the world
You may find yourself behind the wheel of a large automobile
You may find yourself in a beautiful house with a beautiful wife
You may ask yourself, well, how did I get here?
Letting the days go by, let the water hold me down
Letting the days go by, water flowing underground
Into the blue again after the money's gone
Once in a lifetime, water flowing underground
You may ask yourself, how do I work this?
You may ask yourself, where is that large automobile?
You may tell yourself, this is not my beautiful house
You may tell yourself, this is not my beautiful wife
Same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was, same as it ever wasSame as it ever was, same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was
Water dissolving and water removing
There is water at the bottom of the ocean
Remove the water, carry the water
Remove the water from the bottom of the ocean
Letting the days go by, let the water hold me down
Letting the days go by, water flowing underground
Into the blue again, after the money's gone
Once in a lifetime, water flowing underground
Into the blue again, into silent water
Under the rocks and stones, there is water underground
Letting the days go by, into silent water
Once in a lifetime, water flowing underground
You may ask yourself, what is that beautiful house?
You may ask yourself, where does that highway lead to?
You may ask yourself, am I right, am I wrong?
You may say to yourself, my god, what have I done?
Letting the days go by, let the water hold me down
Letting the days go by, water flowing underground
Into the blue again, after the money's gone
Once in a lifetime, water flowing underground
Into the blue again, into silent water
Under the rocks and stones, there is water underground
Letting the days go by, into silent water
Once in a lifetime, water flowing underground
Same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was
Same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was
Time isn't holding us, time isn't after us
Time isn't holding us, time doesn't hold you back
Time isn't holding us, time isn't after us
Time isn't holding us...
Letting the days go by, letting the days go by, letting the days go by, once in a lifetime
Talking Heads
You may find yourself living in a shotgun shack
You may find yourself in another part of the world
You may find yourself behind the wheel of a large automobile
You may find yourself in a beautiful house with a beautiful wife
You may ask yourself, well, how did I get here?
Letting the days go by, let the water hold me down
Letting the days go by, water flowing underground
Into the blue again after the money's gone
Once in a lifetime, water flowing underground
You may ask yourself, how do I work this?
You may ask yourself, where is that large automobile?
You may tell yourself, this is not my beautiful house
You may tell yourself, this is not my beautiful wife
Same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was, same as it ever wasSame as it ever was, same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was
Water dissolving and water removing
There is water at the bottom of the ocean
Remove the water, carry the water
Remove the water from the bottom of the ocean
Letting the days go by, let the water hold me down
Letting the days go by, water flowing underground
Into the blue again, after the money's gone
Once in a lifetime, water flowing underground
Into the blue again, into silent water
Under the rocks and stones, there is water underground
Letting the days go by, into silent water
Once in a lifetime, water flowing underground
You may ask yourself, what is that beautiful house?
You may ask yourself, where does that highway lead to?
You may ask yourself, am I right, am I wrong?
You may say to yourself, my god, what have I done?
Letting the days go by, let the water hold me down
Letting the days go by, water flowing underground
Into the blue again, after the money's gone
Once in a lifetime, water flowing underground
Into the blue again, into silent water
Under the rocks and stones, there is water underground
Letting the days go by, into silent water
Once in a lifetime, water flowing underground
Same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was
Same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was, same as it ever was
Time isn't holding us, time isn't after us
Time isn't holding us, time doesn't hold you back
Time isn't holding us, time isn't after us
Time isn't holding us...
Letting the days go by, letting the days go by, letting the days go by, once in a lifetime
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Bola ao cesto
1 - Lakers x Cavaliers emocionante no Canal Space, com narrador tiete de Lebron James e comentarista em crise criativa. Jogo com cara de playoff. Deu Cavaliers, 93 a 87. O brasileiro Anderson Varejão marcou os dois últimos pontos em arremessos livres, definindo a partida.
2 - Darren Collison, jogador-revelação do Memphis Grizzlies, é filho dos corredores guianenses Dennis - recordista nos 100 e 200 metros rasos nos Jogos Pan Americanos - e June, segunda colocada nos 400 metros rasos no Pan de 1979 e correu pela Guiana na Olimpíada de Los Angeles, em 1984.
2 - Darren Collison, jogador-revelação do Memphis Grizzlies, é filho dos corredores guianenses Dennis - recordista nos 100 e 200 metros rasos nos Jogos Pan Americanos - e June, segunda colocada nos 400 metros rasos no Pan de 1979 e correu pela Guiana na Olimpíada de Los Angeles, em 1984.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Corpos de bebê em geladeira
Deu na Folha de São Paulo que uma equipe do Ministério Público de Roraima achou seis corpos de bebês armazenados numa geladeira comum na maternidade de Boa Vista.
Corpos de fetos e crianças natimortas estavam embrulhados em plásticos pretos e em fraldas. Segundo os promotores, um deles estava no local desde agosto. A geladeira estava numa sala do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, única maternidade pública da cidade. Em vistoria na quinta passada, também foi encontrada na geladeira a perna de um adulto, diz a matéria.
Leia mais aqui.
PS: Que tal um novo artigo sobre saúde pública, governador?
Corpos de fetos e crianças natimortas estavam embrulhados em plásticos pretos e em fraldas. Segundo os promotores, um deles estava no local desde agosto. A geladeira estava numa sala do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, única maternidade pública da cidade. Em vistoria na quinta passada, também foi encontrada na geladeira a perna de um adulto, diz a matéria.
Leia mais aqui.
PS: Que tal um novo artigo sobre saúde pública, governador?
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Polititica
Leio artigo de ghost-writer assinado pelo governador de Roraima e ainda me surpreendo com a capacidade inata de mentir dos políticos. Se assinam o que não escrevem, faz sentido descumprir o que prometem.
Roraima sedia uma espécie de Show de Truman, onde nada é real. Prometem pagar empréstimos milionários e melhorar saúde, estradas, educação (bocejo), como se o estado tivesse construído, em 20 anos de existência, bases econômicas estáveis ou pelo menos uma mentalidade auto-sustentável para poder arrogar-se a algo mais que protetorado da União Federal. Vivemos uma pré-história do intelecto: somos enganados e agradecemos com sorrisos. Nenhum ex-governador é inocente.
Pelo contrário, os “pensadores econômicos”, que assessoram o governo são os mesmos há décadas. Mas fora o desenvolvimento pessoal e a contagem de milhas aéreas, não conseguiram vislumbrar algo além da pecuária, monoculturas poluentes e extrativismo selvagem. Vez em quando, trazem aventureiros gaúchos, pesquisadores japoneses, empresários chineses e gananciosos indonésios que vão embora sem deixar rastro a não ser a conta do hotel.
No texto, velhos ardis para despertar a simpatia do eleitor: a palavra Desenvolvimento aparece quatro vezes; Povo, três vezes; Respeito quatro vezes e Economia (conta de mentiroso, dizem os antigos) em sete ocasiões. Já palavras que deviam fazer parte do discurso de qualquer político, não estão lá. Vejamos quantas vezes aparecem no artigo. Ecologia: zero; Ambiente: zero; Sustentado ou Sustentável: zero; Natureza: zero; Indígena: zero.
O governador deixa claro que é sucessor fiel dos pequenos ditadores que já passaram por seu posto e pretende conduzir um Estado com 70 por cento de áreas protegidas sem assessoria ambiental, sem desenvolvimento sustentável e sem contar com as populações indígenas. Combina bem com a monarquiazinha que se constituiu por aqui.
Roraima sedia uma espécie de Show de Truman, onde nada é real. Prometem pagar empréstimos milionários e melhorar saúde, estradas, educação (bocejo), como se o estado tivesse construído, em 20 anos de existência, bases econômicas estáveis ou pelo menos uma mentalidade auto-sustentável para poder arrogar-se a algo mais que protetorado da União Federal. Vivemos uma pré-história do intelecto: somos enganados e agradecemos com sorrisos. Nenhum ex-governador é inocente.
Pelo contrário, os “pensadores econômicos”, que assessoram o governo são os mesmos há décadas. Mas fora o desenvolvimento pessoal e a contagem de milhas aéreas, não conseguiram vislumbrar algo além da pecuária, monoculturas poluentes e extrativismo selvagem. Vez em quando, trazem aventureiros gaúchos, pesquisadores japoneses, empresários chineses e gananciosos indonésios que vão embora sem deixar rastro a não ser a conta do hotel.
No texto, velhos ardis para despertar a simpatia do eleitor: a palavra Desenvolvimento aparece quatro vezes; Povo, três vezes; Respeito quatro vezes e Economia (conta de mentiroso, dizem os antigos) em sete ocasiões. Já palavras que deviam fazer parte do discurso de qualquer político, não estão lá. Vejamos quantas vezes aparecem no artigo. Ecologia: zero; Ambiente: zero; Sustentado ou Sustentável: zero; Natureza: zero; Indígena: zero.
O governador deixa claro que é sucessor fiel dos pequenos ditadores que já passaram por seu posto e pretende conduzir um Estado com 70 por cento de áreas protegidas sem assessoria ambiental, sem desenvolvimento sustentável e sem contar com as populações indígenas. Combina bem com a monarquiazinha que se constituiu por aqui.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Pródigo
Tipo assim: assisto agora a um modorrento Orlando Magic x Denver Nuggets lembrando do tempo em que Vince Carter era sinônimo de Toronto Raptors e Steve Nash de Dallas Mavericks, da mesma forma que Michael Jordan só ocuparia um posto no Washington Wizards depois da aposentadoria. Mas desde que Kevin Garnett passou a defender os Celtics e Ron Artest virou Lakers desde criancinha, a única notícia bacana para saudosistas de self-made players é o retorno do irrequieto Allen Iverson ao Philadelphia 76ers, depois de bizarras passagens por Hornetts e Pistons. Que os deuses da bola ao cesto mantenham-no lá e a Kobe Bryant nos Lakers e, principalmente, convença a ESPN a transmitir jogos mais interessantes. E a propósito, por que deixaram de transmitir o "massacre" do Spurs sobre os Lakers (105 a 85, com Bryant saindo machucado) como estava previsto aqui? Heim?!
sábado, 9 de janeiro de 2010
Esporte cruel
Boa Vista - Das atrocidades bôeres às mutilações em Serra Leoa; das minas terrestres em Angola ao ataque à seleção do Togo, podemos ter certeza de que são africanos os revolucionários mais imbecis do mundo. Sorry, Coetzee, but’s true.
sábado, 19 de dezembro de 2009
The End
Brasília - Depois de insistir muito com a organização, consegui o bilhete para voltar a Roraima. Enquanto isso, aqueles baianos do interior aguardam novidades...
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
No One Here Gets Out Alive
Brasília - Até o momento (são quase 19 horas de quinta-feira), várias delegações não sabem como voltar para seus estados de origem. Uma delegação do interior da Bahia acaba de perder o voo que lhes levaria até Salvador. De qualquer forma, não havia passagens terrestres para que eles fossem ao interior.
Da delegação de Roraima, conseguiram voltar hoje para Boa Vista apenas quatro delegados. O restante espera sair daqui amanhã. Veremos.
Da delegação de Roraima, conseguiram voltar hoje para Boa Vista apenas quatro delegados. O restante espera sair daqui amanhã. Veremos.
When the music's over
Brasília - O último dia de trabalho da Conferência Nacional de Comunicação revelou-se simbólico. Os movimentos sociais se instalaram à esquerda do imenso auditório, enquanto os representantes das empresas sentavam-se do lado direito.
Aqui, saias indianas, barbas, cabeludos, tatuados, sindicalistas. Ali, senhoras de cabelo escovado, carecas em camisas azuis portando crachás azuis e ganhando lautas diárias, além de uma maioria de funcionários obrigados a votar de acordo com o lobby.
Em cada votação de interesse das empresas, o lado direito do auditório agia em uníssono. Verdadeira colônia. Ali, a unanimidade não é burra. Enquanto isso, os movimnentos sociais se dividiam e perdiam votações importantes, como a do Conselho Nacional de Comunicação.
No final, o saldo é positivo porque conseguimos colocar em pauta diversas demandas da sociedade.Tantas, que é difícil elencá-las aqui.
Aqui, saias indianas, barbas, cabeludos, tatuados, sindicalistas. Ali, senhoras de cabelo escovado, carecas em camisas azuis portando crachás azuis e ganhando lautas diárias, além de uma maioria de funcionários obrigados a votar de acordo com o lobby.
Em cada votação de interesse das empresas, o lado direito do auditório agia em uníssono. Verdadeira colônia. Ali, a unanimidade não é burra. Enquanto isso, os movimnentos sociais se dividiam e perdiam votações importantes, como a do Conselho Nacional de Comunicação.
No final, o saldo é positivo porque conseguimos colocar em pauta diversas demandas da sociedade.Tantas, que é difícil elencá-las aqui.
Chegando na Rodoviária viu as luzes de natal
Brasília - A bela iluminação de natal de Brasília, com árvores milionárias, cascatas de luzes e painéis gigantescos lembram que esta época de congraçamento e etceteras é muito propícia para a benevolência com políticos corruptos.
Eu fico aqui, você vai no meu lugar
Brasília - ... e o governador de Roraima não foi cassado pelo TSE. José de Anchieta foi ameaçado de cassação por uso da máquina pública, caracterizando abuso de poder político.
Ottomar Pinto e seu vice José de Anchieta sortearam eletrodomésticos, deram tratores, títulos de terra, vale-alimentação, contrataram 4 mil cargos comissionados, 3 mil estagiários e isso fez a a Procuradoria Geral Eleitoral entender que Anchieta conseguiu seu mandato "graças a supostas condutas ilícitas e ilegais praticadas na campanha". Hummm.
E tudo isso três meses antes da eleição. Nunca o axiona "A justiça é cega" pôde ser tão bem aplicado.
Agora é gov. aqui do DF (José Arruda) que espera o mesmo presente de natal.
Pergunta: Quanto vale um ministro do TSE?
Ottomar Pinto e seu vice José de Anchieta sortearam eletrodomésticos, deram tratores, títulos de terra, vale-alimentação, contrataram 4 mil cargos comissionados, 3 mil estagiários e isso fez a a Procuradoria Geral Eleitoral entender que Anchieta conseguiu seu mandato "graças a supostas condutas ilícitas e ilegais praticadas na campanha". Hummm.
E tudo isso três meses antes da eleição. Nunca o axiona "A justiça é cega" pôde ser tão bem aplicado.
Agora é gov. aqui do DF (José Arruda) que espera o mesmo presente de natal.
Pergunta: Quanto vale um ministro do TSE?
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Pra lamentares
Brasília - Porrada (virtual) na conferência de comunicação. O bate-boca de centenas de cidadãos de diferentes ideologias dá nisso. O Centro de Convenções treme neste momento. O que os GTs não conseguiram acordar veio à plenária e a confusão é grande.
Enquanto isso, mais um governador de Roraima corre o risco de ser cassado. Acho bom. Quanto mais cassações, mais esperto o eleitor. Almoço no Lago Sul e encontro dois parlamentares roraimenses que, infelizmente, não nos representam bem. Pena.
Apesar de inevitável, por conta da tal democracia, ainda acho que médicos e radialistas deveriam ser impedidos de se candidatar. Para os rádio-parlamentares, é fácil convencer o eleitor incauto de que suas palavras no rádio não são apenas teatro e auto-promoção. E é muito cômodo para médicos do setor público usar essa condição para CHANTAGEAR o eleitor a votar em quem "cuidou de sua saúde".
NENHUM parlamentar eleito por RR compareceu à Confecom. Sabem que correm o risco de perder a concesão de suas "rádios comunitárias".
Enquanto isso, mais um governador de Roraima corre o risco de ser cassado. Acho bom. Quanto mais cassações, mais esperto o eleitor. Almoço no Lago Sul e encontro dois parlamentares roraimenses que, infelizmente, não nos representam bem. Pena.
Apesar de inevitável, por conta da tal democracia, ainda acho que médicos e radialistas deveriam ser impedidos de se candidatar. Para os rádio-parlamentares, é fácil convencer o eleitor incauto de que suas palavras no rádio não são apenas teatro e auto-promoção. E é muito cômodo para médicos do setor público usar essa condição para CHANTAGEAR o eleitor a votar em quem "cuidou de sua saúde".
NENHUM parlamentar eleito por RR compareceu à Confecom. Sabem que correm o risco de perder a concesão de suas "rádios comunitárias".
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Hello, I love you
Brasília - Sorry, Barack Obama, mas Lula é certamente a personalidade mais interesante do cenário internacional. A oratória e o domínio que tem sobre a platéia parece crescer a cada discurso, asim como os índices de popularidade que ostenta, maiores do que os do próprio governo.
O Ministro das Comunicaçãoes, Hélio Costa, que o diga. Falou antes de Lula e foi vaiado pela platéia, que o acusava de ligações intestinas com a Rede Globo - qual é a novidade?. Já durante a fala do presidente, a platéia interrompia seu discurso para dizer coisas como "O Brasil te ama, Lulinha".
Por isso é que bater em Lula não dá certo. Se desse, gente como Diogo Mainardi mereceria algum respeito e venderia mais livros (?). O problema dos opositores de Lula é que sua resistência ao ex-sindicalista resvala no preconceito. Já vi acadêmicos e gente sem escola reclamar de sua baixa escolaridade, mas nada que se diga o torna menos popular e admirado.
Wild Child
Brasília - Johnny Saad, dono do grupo Bandeirantes, foi o único empresário de teledifusão presente na abertura do evento. A Band faz oposição velada ao governo e tem um pé no ruralismo, mas seu preposto veio à conferência e falou coisas interesantes - que terminaram atingindo Hélio Costa no flanco - como a imoralidade (o termo é meu) que é a participação de grupos da TV aberta comandando a distribuição de sinais fechados de TV. Aguém aí falou em Globocabo?!
A recente compra da rede aberta NBC pela Comcast, que distribui sinal fechado de televisão, é o que amedronta Saad. O medo da canibalização sempre existirá no meio empresarial, da mesma forma que os canibais.
Break on through
Brasília - Apesar da tentativa de parte do setor empresarial de boicotar a conferência, a movimentação de alguns (Rede TV! e Band, supreendentemente) deu certo e agora é inevitável. Afinal, nunca, na história deste país, se debateu a Comunicação neste nível.
Talvez o interese repentino das concessionárias de TV aberta se explique pela digitalização do sinal. Neste momento, lembrou Johnny Saad, a única fonte de renda das TVs abertas é a publicidade. A TV por asinatura consegue dinheiro pela venda do sinal e pela receita publicitária. Logo logo, com o sinal aberto digital, essa disparidade cresceria. Principalmente se as Teles entram no mercado, o que é muito, muito provável.
Talvez o interese repentino das concessionárias de TV aberta se explique pela digitalização do sinal. Neste momento, lembrou Johnny Saad, a única fonte de renda das TVs abertas é a publicidade. A TV por asinatura consegue dinheiro pela venda do sinal e pela receita publicitária. Logo logo, com o sinal aberto digital, essa disparidade cresceria. Principalmente se as Teles entram no mercado, o que é muito, muito provável.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
The ceremony is about to begin
Brasília - A grande batalha da Conferência Nacional de Comunicação não será contra a inabilidade do Governo Federal em regular o setor ou contra a irresponsabilidade social da mída. O problema chama-se Telebrasil, a gigante criada com partes da Alcatel Lucent, Oi, Vivo, Claro, Tim, Acel, Abeprest e Brasil Telecom.
Durante as conferências estaduais, a Tele-Frankenstein abocanhou a maioria das vagas em diversos estados. Companheira do Tocantins informa que lá a fatia das teles foi expressiva, apesar da mobilização do setor empresarial local. Em Roraima, a Telebrasil ainda ficou com 40 por cento das vagas do setor empresarial.
A Telebrasil está disposta, como Galactus, a devorar tudo o que encontra pela frente. Além de fornecer serviços de telefonia fixa, móvel, internet discada e em banda larga, o monstro quer abocanhar generosas fatias da televisão por assinatura e fornecer serviços para o setor público. Os diversos contratos da Telefonica com o Governo de São Paulo que o digam.
Isso é perigoso. Os governos (principalmente o Federal) precisam ter sua própria plataforma de comunicações, para não depender do setor privado. Uma coisa é participar da mobilização mundial em favor do neo-liberalismo travestido de responsabilidade social. Outra é cometer este suicídio logístico e de segurança.
Precisamos fazer aqui, no Centro de Convenções Ullysses Guimarães, uma composição que envolva os três setotes (público, civil e empresarial) contra o monstro que se anuncia.
Durante as conferências estaduais, a Tele-Frankenstein abocanhou a maioria das vagas em diversos estados. Companheira do Tocantins informa que lá a fatia das teles foi expressiva, apesar da mobilização do setor empresarial local. Em Roraima, a Telebrasil ainda ficou com 40 por cento das vagas do setor empresarial.
A Telebrasil está disposta, como Galactus, a devorar tudo o que encontra pela frente. Além de fornecer serviços de telefonia fixa, móvel, internet discada e em banda larga, o monstro quer abocanhar generosas fatias da televisão por assinatura e fornecer serviços para o setor público. Os diversos contratos da Telefonica com o Governo de São Paulo que o digam.
Isso é perigoso. Os governos (principalmente o Federal) precisam ter sua própria plataforma de comunicações, para não depender do setor privado. Uma coisa é participar da mobilização mundial em favor do neo-liberalismo travestido de responsabilidade social. Outra é cometer este suicídio logístico e de segurança.
Precisamos fazer aqui, no Centro de Convenções Ullysses Guimarães, uma composição que envolva os três setotes (público, civil e empresarial) contra o monstro que se anuncia.
Is everybody in?
Brasília - Se Hemingway tivesse conhecido esta cidade, o título de "Paris é uma festa" teria sido diferente.
Nestes dias, Brasília é um centro de confraternização e um campo de batalha. Diversos encontros e conferências ocorrem por toda a cidade. O setor hoteleiro está lotado, o Sistema Único de Saúde faz programa de capacitação; manifestantes protestam contra politicos corruptos (o governador José Roberto Arruda é acusado de diversos crimes e o governador de Roraima, Anchieta Júnior, vai ser julgado aqui na quarta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral); manifestantes protestam contra a falta de chamada em concurso público. Manifestantes protestam contra a desorganização da Conferência Nacional de Comunicação...
Enquanto isso, diante da Infraero e das Lojas Americanas, um cartaz pregado num poste informa: "Esta cidade é de Jesus".
Nestes dias, Brasília é um centro de confraternização e um campo de batalha. Diversos encontros e conferências ocorrem por toda a cidade. O setor hoteleiro está lotado, o Sistema Único de Saúde faz programa de capacitação; manifestantes protestam contra politicos corruptos (o governador José Roberto Arruda é acusado de diversos crimes e o governador de Roraima, Anchieta Júnior, vai ser julgado aqui na quarta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral); manifestantes protestam contra a falta de chamada em concurso público. Manifestantes protestam contra a desorganização da Conferência Nacional de Comunicação...
Enquanto isso, diante da Infraero e das Lojas Americanas, um cartaz pregado num poste informa: "Esta cidade é de Jesus".
Nesse país lugar melhor não há
Manaus - Depois de doze horas de ônibus por uma BR-174 esburacada como a Lua, chegamos alquebrados a Manaus para aguardar, por mais três horas a saída do voo que levará a Brasília a equipe de delegados da I Conferência Nacional de Comunicação. A organização da Confecom simplesmente não reservou passagens para os delegados eleitos por Roraima.
A empresa responsável pela aquisição das passagens alega não ter comprado os bilhetes a tempo por causa de voos lotados. Porém descobrimos, aqui, que as passagens foram obtidas por preços promocionais. O que considerávamos ser apenas incompetência e falta de programação na verdade era um corte de custos para maior rendimento no contrato licitado com o Governo Federal. Com isso, uma agência de viagens ganha seu quinhão e um grupo de pessoas é sacrificado nas estradas amazônicas. Um mau começo, mas ainda dá tempo de protestar contra o Arruda.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Conferência de Comunicação (II)
Boa Vista - Talvez a maior aspiração dos roraimenses com relação a um novo modelo de comunicação para o país tenha a ver com a banda larga. Isolados do resto do Brasil por estradas, os habitantes de Roraima têm uma relação física e cultural muito maior com Venezuela e Guiana do que com o próprio Brasil.
Apesar das promessas do Governo Federal, nenhuma das grandes teles oferecia o serviço em Roraima. A Oi começou a operar o Velox recentemente, mas somente no centro de Boa Vista.
A banda larga pode salvar vidas. Se pessoas em lugares isolados da Amazônia tiverem acesso à tecnologia, terão educação de qualidade. Poderão tratar de doenças com orientação à distância. Para a Amazônia, será uma revolução.
Apesar das promessas do Governo Federal, nenhuma das grandes teles oferecia o serviço em Roraima. A Oi começou a operar o Velox recentemente, mas somente no centro de Boa Vista.
A banda larga pode salvar vidas. Se pessoas em lugares isolados da Amazônia tiverem acesso à tecnologia, terão educação de qualidade. Poderão tratar de doenças com orientação à distância. Para a Amazônia, será uma revolução.
Conferência de Comunicação (I)
Boa Vista - Começa daqui a pouco a Conferência Estadual de Comunicação. Depois de dois meses de trabalho e discussões de todos os gêneros, Roraima é o quinto estado a apresentar mais propostas e elege amanhã um grupo de delegados para a Conferência Nacional em Brasília.
A discussão em torno de um novo modelo de comunicação para o Brasil remonta a tempos pré-Constituição de 1988. Ainda nos estertores dos governos militares a censura à televisão, filmes, discos e peças de teatro foi abolida. Mas o que se viu depois (e ainda se vê) é uma falta total de critérios sobre o que se exibe na tela. Falta controle governamental. Falta ética às empresas.
A discussão em torno de um novo modelo de comunicação para o Brasil remonta a tempos pré-Constituição de 1988. Ainda nos estertores dos governos militares a censura à televisão, filmes, discos e peças de teatro foi abolida. Mas o que se viu depois (e ainda se vê) é uma falta total de critérios sobre o que se exibe na tela. Falta controle governamental. Falta ética às empresas.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Uma canção
Chocolate Jesus
Tom Waits
Don't go to church on Sunday
Don't get on my knees to pray
Don't memorize the books of the Bible
I got my own special way
I know Jesus loves me
Maybe just a little bit more
I fall down on my knees every Sunday
At Zerelda Lee's candy store
Well it's got to be a chocolate Jesus
Make me feel good inside
Got to be a chocolate Jesus
Keep me satisfied
Well I don't want no Abba Zabba
Don't want no Almond Joy
There ain't nothing better
Suitable for this boy
Well it's the only thing
That can pick me up
Better than a cup of gold
See only a chocolate Jesus
Can satisfy my soul
(Solo)
When the weather gets rough
And it's whiskey in the shade
It's best to wrap your savior
Up in cellophane
He flows like the big muddy
But that's ok
Pour him over ice cream
For a nice parfait
Well it's got to be a chocolate Jesus
Good enough for me
Got to be a chocolate Jesus
Good enough for me
Well it's got to be a chocolate Jesus
Make me feel good inside
Got to be a chocolate Jesus
Keep me satisfied
Tom Waits
Don't go to church on Sunday
Don't get on my knees to pray
Don't memorize the books of the Bible
I got my own special way
I know Jesus loves me
Maybe just a little bit more
I fall down on my knees every Sunday
At Zerelda Lee's candy store
Well it's got to be a chocolate Jesus
Make me feel good inside
Got to be a chocolate Jesus
Keep me satisfied
Well I don't want no Abba Zabba
Don't want no Almond Joy
There ain't nothing better
Suitable for this boy
Well it's the only thing
That can pick me up
Better than a cup of gold
See only a chocolate Jesus
Can satisfy my soul
(Solo)
When the weather gets rough
And it's whiskey in the shade
It's best to wrap your savior
Up in cellophane
He flows like the big muddy
But that's ok
Pour him over ice cream
For a nice parfait
Well it's got to be a chocolate Jesus
Good enough for me
Got to be a chocolate Jesus
Good enough for me
Well it's got to be a chocolate Jesus
Make me feel good inside
Got to be a chocolate Jesus
Keep me satisfied
terça-feira, 3 de novembro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Los Amazing Funky Pereira
"Los Funky Pereira tinham uma visão multifacetada da vida"
Timothy Leary
"Eles amarelaram quando falei que comeria 30 dias seguidos no McDonald's"
Morgan Spurlock
"Eu fiz uma jam com eles uma vez, sabe? Tá me entendendo?"
Janis Joplin
"Era como um hiato aberto no tempo, ao mesmo tempo marginal e divino. A verdadeira banda larga!"
Gilberto Gil
"Eles me aconselharam a produzir esse último disco, com canções natalinas."
Bob Dylan
"Dizem que de todas as grandes lendas do rock, os mais
contestadores, boêmios, perdulários, heréticos, sarcásticos e anti-dogmáticos
sempre foram Los Funky Pereira"
Roger Waters
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Coliseu
Em algum
lugar do sul de Roraima, o vaqueiro veste-se para mais uma sessão de
tortura. Benze-se e faz uma prece. Monta sobre o cavalo, que é golpeado por esporas e chicote. Com um companheiro, persegue um novilho em disparada. Puxa a
cauda do animal, enrola no pulso e derruba-o ao chão. Sorri satisfeito e é aplaudido pela platéia, espectadores de um neo-coliseu romano. Desta
vez, os cristãos são bois e os leões são cristãos.
domingo, 11 de outubro de 2009
Lost in translation
São João da Baliza - O ócio pode levar a mente humana a extremos. Nessa hora, produz-se forró, axé music (nao este escriba) e até traduções aproximadas e infames dos nomes de cidades do Sul de Roraima. Confira:
São João da Baliza (St. John Of Spear)
São Luiz do Anauá (St Louis of There's no A)
Caroebe (Dear Hebe)
sábado, 10 de outubro de 2009
Crônicas do Centro da Terra
São João da Baliza - Aqui no meio do mundo, onde passa a linha do Equador e araras cruzam o espaço urbano, ministro oficina de jornalismo para professores e alunos da rede pública de ensino de três municípios do sul de Roraima: Caroebe, São Luiz do Anauá e São João da Baliza.
Aqui, onde não há cursos de jornalismo e a política partidária é clientelista e cruel, há uma incrível média de uma igreja por quadra. Dois motivos, entre outros, que justificam ações como a Caravana Científico-Cultural da Universidade Federal de Roraima, que fica aqui durante o fim-de-semana.
Mas há outros indícios de mudança na região: a vice-prefeita de São João e os prefeitos de São Luiz e Caroebe são professores, o que é um bom presságio. A educação muda vidas, transforma cidades, limita mitomanias. Só a educação salva.
Aqui, onde não há cursos de jornalismo e a política partidária é clientelista e cruel, há uma incrível média de uma igreja por quadra. Dois motivos, entre outros, que justificam ações como a Caravana Científico-Cultural da Universidade Federal de Roraima, que fica aqui durante o fim-de-semana.
Mas há outros indícios de mudança na região: a vice-prefeita de São João e os prefeitos de São Luiz e Caroebe são professores, o que é um bom presságio. A educação muda vidas, transforma cidades, limita mitomanias. Só a educação salva.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Casiopea
Um dia vou ser Hermann Hesse ou Rémy Girard. Casa à margem do lago, feliz e misantropo, distante da fama inglória que a província impõe aos discretos.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Quarteto Sarcástico
Babu, Soup Nazi, o advogado do Kramer e a miríade de coadjuvantes loucos que reaparecem no último episódio de Seinfeld - que passou ainda há pouco na TV e assisti como se fosse a primeira vez - lembram que todo mundo é estranho.
Amanhã a série recomeça do primeiro episódio. Vêm aí nove temporadas. Oba.
domingo, 27 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Lula e o molusco
Boa Vista - O presidente Lula está em Roraima. A chegada foi silenciosa. A recepção, nem tanto. Ruralistas promoveram baderna no Aeroporto e apanharam da Polícia Militar. Engraçado escrever isso. É como uma anti-Manchete da Veja. Ou uma manchete da Anti-Veja. Caetaneável.
Roraima é um universo paralelo onde tudo é diferente. Aqui os ricos apanham da polícia e políticos inauguram "internet rápida" numa escola em greve. Enquanto isso, artigos desmentem o Ibope e classificam Lula como o pior presidente da História (!). A imprensa, com seu doutorado em Antropologia, decide que os índios não são originários da região e citam a referência bibliográfica: o jornal Valor Econômico.
Esta natureza assustadoramente bela, é ameaçada por uma velha aristocracia rural que conduz uma massa ignara movida a pão e circo. Isto é Roraima: um polvo cujos tentáculos estão fora de controle.
Roraima é um universo paralelo onde tudo é diferente. Aqui os ricos apanham da polícia e políticos inauguram "internet rápida" numa escola em greve. Enquanto isso, artigos desmentem o Ibope e classificam Lula como o pior presidente da História (!). A imprensa, com seu doutorado em Antropologia, decide que os índios não são originários da região e citam a referência bibliográfica: o jornal Valor Econômico.
Esta natureza assustadoramente bela, é ameaçada por uma velha aristocracia rural que conduz uma massa ignara movida a pão e circo. Isto é Roraima: um polvo cujos tentáculos estão fora de controle.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
Mondo blog
* Hoje estas e-pístolas foram acessadas em Oyj (Finlândia), Dublin (Irlanda), Edgartown (EUA) e em Mogi-Guaçu;
*O maior número de leitores deste blog (79%) está no Brasil. Em Portugal, vivem 8%; Estados Unidos 4%; México, França e Uruguai 1%; Espanha 0,5%; Argentina 0,4%; Alemanha, Inglaterra, Venezuela e Japão (0,3%).
* Na África estão 0,1% dos leitores.
* Na América Central, 1,3%.
* Na Europa, 8%.
* A América do Sul responde por 82% dos acessos.
* Cerca de 7% dos leitores acessa este blog entre as 17 e 18 horas.
* Os dias mais acessados são terça e quinta-feira (16% cada).
* Na República Dominicana, e-pístolas já foi acessado 52 vezes.
* Algo chato sobre serviços gratuitos: além das propagandas, há bugs. Na transição da webstats para a Motigo, o contador ficou desativado por mais de um ano. Pela média histórica, deixaram de ser contabilizados uns 9 mil acessos.
*O maior número de leitores deste blog (79%) está no Brasil. Em Portugal, vivem 8%; Estados Unidos 4%; México, França e Uruguai 1%; Espanha 0,5%; Argentina 0,4%; Alemanha, Inglaterra, Venezuela e Japão (0,3%).
* Na África estão 0,1% dos leitores.
* Na América Central, 1,3%.
* Na Europa, 8%.
* A América do Sul responde por 82% dos acessos.
* Cerca de 7% dos leitores acessa este blog entre as 17 e 18 horas.
* Os dias mais acessados são terça e quinta-feira (16% cada).
* Na República Dominicana, e-pístolas já foi acessado 52 vezes.
* Algo chato sobre serviços gratuitos: além das propagandas, há bugs. Na transição da webstats para a Motigo, o contador ficou desativado por mais de um ano. Pela média histórica, deixaram de ser contabilizados uns 9 mil acessos.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Uma canção
Light and day
(Polyphonic Spree)
Light and day
is more than you'll say
cus all
my feelings are more
than i can let by
or not
more than you've got
just follow the day
follow the day and reach for the sun!
you don't see me flyin to the red
one more you're done
just follow the seasons and find the time
reach for the bright side
you don't see me flyin to the red
one more you're nuts
just follow the day
follow the day and reach for the sun
just follow the day
follow the day and reach for the
you don't see me flyin to the red
one more you're nuts
just follow the seasons and find the time
reach for the bright side
you don't see me flyin to the red
one more you're nuts
just follow the day
follow the day and reach for the sun!
just follow the day
follow the day and reach for the sun!
just follow the day
follow the day and reach for the sun!
(Polyphonic Spree)
Light and day
is more than you'll say
cus all
my feelings are more
than i can let by
or not
more than you've got
just follow the day
follow the day and reach for the sun!
you don't see me flyin to the red
one more you're done
just follow the seasons and find the time
reach for the bright side
you don't see me flyin to the red
one more you're nuts
just follow the day
follow the day and reach for the sun
just follow the day
follow the day and reach for the
you don't see me flyin to the red
one more you're nuts
just follow the seasons and find the time
reach for the bright side
you don't see me flyin to the red
one more you're nuts
just follow the day
follow the day and reach for the sun!
just follow the day
follow the day and reach for the sun!
just follow the day
follow the day and reach for the sun!
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Digsby
Não obstante a quantidade de barras de ferramentas e propaganda instaladas simultaneamente, dentre os vários gerenciadores de conta que encontramos por aí, o mais eficiente parece ser o Digsby. Google Talk, Yahoo Messenger, MSN, ICQ, Facebook, My Space, Gmail E Yahoo Mail funcionam bem, mesmo em conexões discadas. Recomendo.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Dinheiro do Fundef é desviado em Roraima
Boa Vista - Anotem estes nomes: Jander Gener César Guerreiro, ex-secretário estadual da Fazenda e Jorci Mendes de Almeida, ex-coordenador do Tesouro, foram citados em ação civil pelo Ministério Público por desvio de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
De acordo com a investigação, os caras transferiram R$ 22 milhões em recursos da conta do Fundef para uma conta do Estado de Roraima, retornando pouco menos de 14 milhões. Do dia para a noite, mais de R$ 8 milhões desapareceram e terão que ser devolvidos aos cofres públicos.
Para quem rouba dinheiro da educação (deveria ser crime de lesa-pátria), toda indisponibilidade de bens e cadeia ainda será pouca.
De acordo com a investigação, os caras transferiram R$ 22 milhões em recursos da conta do Fundef para uma conta do Estado de Roraima, retornando pouco menos de 14 milhões. Do dia para a noite, mais de R$ 8 milhões desapareceram e terão que ser devolvidos aos cofres públicos.
Para quem rouba dinheiro da educação (deveria ser crime de lesa-pátria), toda indisponibilidade de bens e cadeia ainda será pouca.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Sobre imbecilidade não-adquirida
Boa Vista - Tentar fazer alguém, artificialmente, passar por imbecil é típico dos literalmente imbecis. Já estes, não precisam de ajuda para que seja revelada sua condição. O que irrita é a tentativa de nos filiar às suas hostes, eivadas de incompetência auto-piedosa.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Agressão a povos indígenas no Brasil
Boa Vista - Até o final da tarde de segunda-feira (3), nenhuma atitude foi tomada pelo governo brasileiro para impedir novos ataques por assentados do Projeto Nova Amazônia contra indígenas da comunidade Lago da Praia, região do Murupu. Leia mais no Ciberdissidência e no CIR.
sábado, 1 de agosto de 2009
Leio Almost Blue, de Carlo Lucarelli
Boa Vista - Carlo Lucarelli é músico. Neste Almost Blue, ele convida os leitores a ingressar em universos repletos de paranóia, auto-piedade e tensão pré-mestrual ao som de Chet Baker, AC/DC e Nine Inch Nails.
O romance segue um estilo noir-pop, se é que existe tal classificação. Um assassino serial esgueira-se pelos becos e universidades da indecifrável Bolonha, assume a identidade das próprias vítimas e deixa a polícia embasbacada. Recomendo ler-ouvindo a Compact Jazz Series de Baker. E, claro, Almost Blue.
Observação importante: se o leitor tiver a inteligência média dos ouvintes de axé music, não vai entender como a narrativa pode transitar da primeira para terceira pessoa. Aliás, a preocupação é inútil. Ouvintes de axé não leem.
Livro: Almost Blue
Autor: Carlo Lucarelli
Editora: Conrad
Preço: R$ 7,90!!(Promoção na La Selva Bookstore do Aeroporto de Brasília. Ainda restam dois)
O romance segue um estilo noir-pop, se é que existe tal classificação. Um assassino serial esgueira-se pelos becos e universidades da indecifrável Bolonha, assume a identidade das próprias vítimas e deixa a polícia embasbacada. Recomendo ler-ouvindo a Compact Jazz Series de Baker. E, claro, Almost Blue.
Observação importante: se o leitor tiver a inteligência média dos ouvintes de axé music, não vai entender como a narrativa pode transitar da primeira para terceira pessoa. Aliás, a preocupação é inútil. Ouvintes de axé não leem.
Livro: Almost Blue
Autor: Carlo Lucarelli
Editora: Conrad
Preço: R$ 7,90!!(Promoção na La Selva Bookstore do Aeroporto de Brasília. Ainda restam dois)
terça-feira, 14 de julho de 2009
Leio o Frenesi Polissilábico, de Nick Hornby
Se existe algo que qualquer escriba-genial-ignorado-do-grande-público gostaria de escrever, é um livro sobre livros. Membro postiço do libelo de Nick Hornby, Frenesi... apresenta obras interessantes para apreciadores da literatura, sem floreios e meneios.
No livro foram reunidas 28 colunas que Hornby produziu para a revista The Believer, publicação dirigida por sinistro grupo de jovens de roupão branco fanáticos de direita. Entre os mimos literários estão Dickens, C. S. Lewis e coisas novas, quase todas escritas em língua inglesa.
É provável que a pop prosa de Hornby seja resultado das auto-impostas limitações idiomáticas. O autor de Alta Fidelidade pode até apreciar Mario Vargas Llosa ou José Saramago, mas decidiu escrever fácil, extremamente fácil. O que por um lado repopulariza os livros (eles estavam impopulares?), por outro causa a impressão de que as linguagens falada e escrita são homogeneizáveis. Mas o que é bom para a comunicação torna-se trágico para o sentido artístico da obra escrita.
Certas curiosidades são impagáveis, como saber que Richard Yates, o autor de Revolutionary World, serviu de modelo para Alton Benes, o pai de Elaine, de Seinfeld. Sim, você poderia passar sem essa informação. Mas sou fã de Seinfeld.
Livro: Frenesi Polissilábico
Autor: Nick Hornby
Editora: Rocco
Preço: R$ 33,00
No livro foram reunidas 28 colunas que Hornby produziu para a revista The Believer, publicação dirigida por sinistro grupo de jovens de roupão branco fanáticos de direita. Entre os mimos literários estão Dickens, C. S. Lewis e coisas novas, quase todas escritas em língua inglesa.
É provável que a pop prosa de Hornby seja resultado das auto-impostas limitações idiomáticas. O autor de Alta Fidelidade pode até apreciar Mario Vargas Llosa ou José Saramago, mas decidiu escrever fácil, extremamente fácil. O que por um lado repopulariza os livros (eles estavam impopulares?), por outro causa a impressão de que as linguagens falada e escrita são homogeneizáveis. Mas o que é bom para a comunicação torna-se trágico para o sentido artístico da obra escrita.
Certas curiosidades são impagáveis, como saber que Richard Yates, o autor de Revolutionary World, serviu de modelo para Alton Benes, o pai de Elaine, de Seinfeld. Sim, você poderia passar sem essa informação. Mas sou fã de Seinfeld.
Livro: Frenesi Polissilábico
Autor: Nick Hornby
Editora: Rocco
Preço: R$ 33,00
Les Mini-Feuilletés de Thon!
Boa Vista - Merci, Delphine. Je t'aime!!!
Informations générales :
* Temps de préparation : 20 minutes
* Temps de cuisson : 15 minutes - Thermostat 6
Ingrédients (environ 20 feuilletés):
* 200 grammes de thon à l'huile
* 1/2 poivron
* 1 gros oignon
* 100 grammes de gruyère râpé
* 2 grosses cuillères à soupe de moutarde
* Persil haché
* Graines de sésame
* 2 pâtes feuilletée
* 1 œuf
* Sel et Poivre
Préparation:
* Égoutter le thon
* Couper en dés le 1/2 poivron
* Couper en petits morceaux l'oignon
* Faire revenir l'oignon et le poivron dans une poêle
* Mélanger dans un saladier le thon + l'oignon + le poivron + le gruyère râpé + la moutarde + le persil + le sel et le poivre
* Couper la pâte feuilletée à l'aide d'un bol pour faire des ronds afin de former les mini-feuilletés
* Mettre la farce sur la pâte et fermer chaque feuilleté
* Battre l'œuf en omelette et "badigeonner" le dessus de chaque mini-feuilletés
* Saupoudrer de graines de sésame
* Chauffer pendant 15 minutes -Thermostat 6
Astuce:
* Ne pas avoir peur de mélanger avec les mains la farce !!
Informations générales :
* Temps de préparation : 20 minutes
* Temps de cuisson : 15 minutes - Thermostat 6
Ingrédients (environ 20 feuilletés):
* 200 grammes de thon à l'huile
* 1/2 poivron
* 1 gros oignon
* 100 grammes de gruyère râpé
* 2 grosses cuillères à soupe de moutarde
* Persil haché
* Graines de sésame
* 2 pâtes feuilletée
* 1 œuf
* Sel et Poivre
Préparation:
* Égoutter le thon
* Couper en dés le 1/2 poivron
* Couper en petits morceaux l'oignon
* Faire revenir l'oignon et le poivron dans une poêle
* Mélanger dans un saladier le thon + l'oignon + le poivron + le gruyère râpé + la moutarde + le persil + le sel et le poivre
* Couper la pâte feuilletée à l'aide d'un bol pour faire des ronds afin de former les mini-feuilletés
* Mettre la farce sur la pâte et fermer chaque feuilleté
* Battre l'œuf en omelette et "badigeonner" le dessus de chaque mini-feuilletés
* Saupoudrer de graines de sésame
* Chauffer pendant 15 minutes -Thermostat 6
Astuce:
* Ne pas avoir peur de mélanger avec les mains la farce !!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Fábulas Maranhenses
Boa Vista - O texto não tem autoria reconhecida e não é novo. Mas vale uma reflexão sobre os tempos atuais. Enquanto o presidente da República emplaca 80 por cento de aprovação, Judiciário e Legislativo naufragam em denúncias de todo gênero. Para engrossar os coros de "Fora, Gilmar" e "Fora, Sarney", segue o texto:
Para nascer, Maternidade Marly Sarney. Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou, Roseana Sarney. Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney.
Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um tal de José Sarney;
Para inteirar-se das notícias, leia o jornal "O Estado do Maranhão", ou ligue a TV na "TV Mirante", ou, se preferir ouvir rádio, sintonize as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney. Se estiver no interior do Estado ligue para uma das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante, todas do mesmo proprietário.
Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney (recém batizado com esse nome, o que é proibido pela Constituição, coisa que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor).
Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas 'maravilhosas' rodovias maranhenses e aporte no município José Sarney.
Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? Vá, então, ao Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney...
Seria cômico se não fosse tão triste....
E quando o Zé Sarney morrer.... o Maranhão fica para seus filhos ou volta para o povo????
Quando José Sarney (Presidente do Senado do Brasil) morrer...certamente irão trocar o nome do Maranhão.
Para nascer, Maternidade Marly Sarney. Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou, Roseana Sarney. Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney.
Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um tal de José Sarney;
Para inteirar-se das notícias, leia o jornal "O Estado do Maranhão", ou ligue a TV na "TV Mirante", ou, se preferir ouvir rádio, sintonize as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney. Se estiver no interior do Estado ligue para uma das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante, todas do mesmo proprietário.
Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney (recém batizado com esse nome, o que é proibido pela Constituição, coisa que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor).
Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas 'maravilhosas' rodovias maranhenses e aporte no município José Sarney.
Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? Vá, então, ao Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney...
Seria cômico se não fosse tão triste....
E quando o Zé Sarney morrer.... o Maranhão fica para seus filhos ou volta para o povo????
Quando José Sarney (Presidente do Senado do Brasil) morrer...certamente irão trocar o nome do Maranhão.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Quatro anos
Boa Vista - Um ponto comum no apoio à queda do diploma para jornalistas são elucubrações precárias como a já clássica "Nelson Rodrigues e Claudio Abramo não tinham diploma". Bom, Abramo e Rodrigues são de tempos pré-diploma e liam Tucídides. A tentativa de comparar-se a eles é heresia.
A falta de conhecimento sobre a profissão é comum na sociedade, entre ministros do STF e debalde entre os que "praticam" jornalismo sem diploma.
Na imprensa de Boa Vista, onde o diploma nunca teve força suficiente para se impor, a pièce de résistance é o jornal Roraima Hoje. Até a afiliada local da Rede Globo mantém estagiários em seu quadro. Os demais praticam um serviço de notícias parnasiano, sensacionalista e eleitoreiro difícil de suportar.
E tudo isso porque os rábulas locais se recusam a passar quatro anos numa faculdade. Apenas quatro anos.
A falta de conhecimento sobre a profissão é comum na sociedade, entre ministros do STF e debalde entre os que "praticam" jornalismo sem diploma.
Na imprensa de Boa Vista, onde o diploma nunca teve força suficiente para se impor, a pièce de résistance é o jornal Roraima Hoje. Até a afiliada local da Rede Globo mantém estagiários em seu quadro. Os demais praticam um serviço de notícias parnasiano, sensacionalista e eleitoreiro difícil de suportar.
E tudo isso porque os rábulas locais se recusam a passar quatro anos numa faculdade. Apenas quatro anos.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Acabou chorare
Boa Vista - Passada a perplexidade, não com a desregulamentação, que pouco afeta a vida de quem já atua na área, mas com a falta de tino do STF sobre critérios para exercer a profissão, resta sacudir a poeira, pegar os limões que a vida oferece e pensar numa agenda positiva.
A probabilidade de gente de outras áreas ingressar no jornalismo é grande, mas com a desvantagem de ignorar ações mais complexas que elaborar um texto ou fazer uma passagem diante da câmera.
Outro detalhe: a miríade de funcionários públicos, donas de casa e patricinhas exibicionistas que buscam o curso para aumentar o salário, imitar Ana Maria Braga e entrevistar "selebridades" vai ser reduzida. Assim, poderão começar seu próprio programa em estúdio caseiro e não incomodarão aos professores perguntando o que é Unesco.
Quem é competente continuará no mercado, com ou sem curso de jornalismo. Empresas sérias continuarão a ser empresas sérias. As outras são as outras e só.
A probabilidade de gente de outras áreas ingressar no jornalismo é grande, mas com a desvantagem de ignorar ações mais complexas que elaborar um texto ou fazer uma passagem diante da câmera.
Outro detalhe: a miríade de funcionários públicos, donas de casa e patricinhas exibicionistas que buscam o curso para aumentar o salário, imitar Ana Maria Braga e entrevistar "selebridades" vai ser reduzida. Assim, poderão começar seu próprio programa em estúdio caseiro e não incomodarão aos professores perguntando o que é Unesco.
Quem é competente continuará no mercado, com ou sem curso de jornalismo. Empresas sérias continuarão a ser empresas sérias. As outras são as outras e só.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Céu de Brigadeiro
Porto Velho - O penúltimo dia do Intercom Norte foi eivado de acontecimentos fortuitos, como pneus furados e atrasos de alunos espalhados pelo Norte do Brasil. Ainda assim, na segunda tarde de apresentações da Expocom, tudo correu bem.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Gilmar mente
Porto Velho - “A formação específica em cursos de jornalismo não é meio idôneo para evitar eventuais riscos à coletividade ou danos a terceiros.” (Gilmar Mendes)
A estapafúrdia frase do presidente do do STF ignora que a formação em Direito causa mais danos à coletividade que o jornalismo. Quem nunca teve problemas com um advogado que atire a primeira impressora.
A decisão de tornar o jornalismo atividade qualquer é inaceitável.
Como o brasileiro é assaz manso, é provável que não mova palha para exigir uma imprensa de qualidade, calcada em princípios éticos, morais, científicos e intelectuais. Princípios que ministros revanchistas e ignorantes (tá, eles podem entender de leis e bravatas, mas o que sabem de Teorias da Comunicação?)desconhecem.
Salta aos olhos a monocórdica voz de Gilmar Mendes, aquele da farra das passagens e cuja esposa Guiomar é secretária do TSE - nepotismo, portanto - afirmando balelas sobre a liberdade de expressão, quando na verdade acaba com ela.
A estapafúrdia frase do presidente do do STF ignora que a formação em Direito causa mais danos à coletividade que o jornalismo. Quem nunca teve problemas com um advogado que atire a primeira impressora.
A decisão de tornar o jornalismo atividade qualquer é inaceitável.
Como o brasileiro é assaz manso, é provável que não mova palha para exigir uma imprensa de qualidade, calcada em princípios éticos, morais, científicos e intelectuais. Princípios que ministros revanchistas e ignorantes (tá, eles podem entender de leis e bravatas, mas o que sabem de Teorias da Comunicação?)desconhecem.
Salta aos olhos a monocórdica voz de Gilmar Mendes, aquele da farra das passagens e cuja esposa Guiomar é secretária do TSE - nepotismo, portanto - afirmando balelas sobre a liberdade de expressão, quando na verdade acaba com ela.
Justiça tardia e falha
Perplexos e indignados os jornalistas brasileiros enfrentam neste momento uma das piores situações da história da profissão no Brasil. Contrariando todas as expectativas da categoria e a opinião de grande parte da sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou, nesta quarta-feira (17/6), o voto do ministro Gilmar Mendes considerando inconstitucional o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Outros sete ministros acompanharam o voto do relator. Perde a categoria dos jornalistas e perdem também os 180 milhões de brasileiros, que não podem prescindir da informação de qualidade para o exercício de sua cidadania. A decisão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF aos interesses da elite brasileira.
Leia mais aqui
Leia mais aqui
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Imprensa
Porto Velho - A decisão de derrubar o diploma de jornalista prova que a atual composição do STF rende-se fácil aos encantos da mídia média. Pena que eles não derrubem o diploma de advogado, categoria profissional que atua baseada em códigos e pode, facilmente, ser substituída por um software.
Expocom
Porto Velho - Desde 2008 coordeno a Exposição de Projetos Experimentais em Comunicação (Expocom Norte), atividade que terei nos próximos dois anos em outras capitais amazônicas.
A Expocom é uma mostra de trabalhos de alunos de graduação de todas as áreas da Comunicação (Jornalismo, Audiovisual, Relações Públicas, Publicidade, Áreas emergentes). É o momento em que se descobre talentos nos campos das ciências e das artes.
Filmes experimentais, documentários, campanhas publicitárias, conscientização ambiental, revistas, mostras fotográficas, jornais-laboratório, programas de rádio, design de embalagens e uma miríade de outras produções podem ser vistas na exposição, que acontece na tarde de amanhã (18) e na manhã de sexta-feira (19) em Porto Velho.
É na Expocom que são revelados talentos acadêmicos e artísticos. Dali podem sair professores, pesquisadores, cineastas e o escambau. Porque o escambau, sabemos bem, está em toda parte.
A Expocom é uma mostra de trabalhos de alunos de graduação de todas as áreas da Comunicação (Jornalismo, Audiovisual, Relações Públicas, Publicidade, Áreas emergentes). É o momento em que se descobre talentos nos campos das ciências e das artes.
Filmes experimentais, documentários, campanhas publicitárias, conscientização ambiental, revistas, mostras fotográficas, jornais-laboratório, programas de rádio, design de embalagens e uma miríade de outras produções podem ser vistas na exposição, que acontece na tarde de amanhã (18) e na manhã de sexta-feira (19) em Porto Velho.
É na Expocom que são revelados talentos acadêmicos e artísticos. Dali podem sair professores, pesquisadores, cineastas e o escambau. Porque o escambau, sabemos bem, está em toda parte.
O Intercom em Rondônia
Porto Velho - Começa amanhã o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom) em Porto Velho (RO). Esta é a oitava edição do evento na sua versão regional e acontece pela primeira vez em Rondônia. Em 2008 aconteceu, também pela primeira vez, em Boa Vista (RR).
O congresso é promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares de Comunicação, um pool de pesquisadores de diversas áreas do conhecimento, que ao longo dos últimos 30 anos tem produzido o que há de mais avançado em estudos de comunicação e áreas afins em plagas sulamericanas. Há debates, colóquios, palestras, painéis, música, cultura e o escambau (o escambau sempre aparece).
O congresso é promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares de Comunicação, um pool de pesquisadores de diversas áreas do conhecimento, que ao longo dos últimos 30 anos tem produzido o que há de mais avançado em estudos de comunicação e áreas afins em plagas sulamericanas. Há debates, colóquios, palestras, painéis, música, cultura e o escambau (o escambau sempre aparece).
terça-feira, 16 de junho de 2009
Polititica
Brasília - No Irã, um conhecido amigo de Hugo Chávez foi reeleito (sinal dos tempos?) para mais um mandato. Ahmadinejad não ganhou fácil. A oposição parece que não vai retaliar, num impreciso exame da democracia dos aiatolás. Mas protestos velados começam a surgir em Teerã e grandes cidades. Um convênio de turismo entre Irã e Venezuela garante passagens baratas para o outro lado do mundo. Meu irmão, que mora lá (Na Venezuela, não no Irã) é que me disse.
Enquanto isso, Marcelo Fortes lê o xará do padre mais cético do mundo (Isso não existe!!), Francisco Quevedo (Sonhos). Ele diz que é literatura neobarroca, mas acho mesmo que é auto-ajuda.
Enquanto isso, Marcelo Fortes lê o xará do padre mais cético do mundo (Isso não existe!!), Francisco Quevedo (Sonhos). Ele diz que é literatura neobarroca, mas acho mesmo que é auto-ajuda.
Notícias do Planalto
Brasília - É Bloomsday, faz frio e o Los Angeles Lakers ganhou o campeonato. Kobe Bryant deu novo espetáculo e não vi absolutamente nada. Culpo Porto Velho (RO) e Santana do Livramento (RS) por isso, mas há coisas na vida mais importantes que basquete. Há?!
terça-feira, 2 de junho de 2009
Minguante, a missão
quinta-feira, 28 de maio de 2009
O fim da Minguante
Boa Vista - O número 14 é o último da Minguante, anuncia o Luís Ene.
A revista ibero-americana de micronarrativas produziu quinze edições (porque existe um número zero) de irrepreensível qualidade técnica e literária.
Escritores de vários países ajudaram a desenvolver esse projeto coletivo de web art que agora fica eternizado na ciberesfera.
O último tema é, apropriadamente, O FIM. Abaixo, dois petiscos:
o fim
somos tão felizes juntos. recordo, como se fosse hoje, quando aqui chegaste
(o começo de o fim).
suicidaste-te, apenas, porque eu morri. és tão romântico, amor.
(Olinda de Freitas)
(João Pereira de Matos)
Leia (veja) o restante lá.
A revista ibero-americana de micronarrativas produziu quinze edições (porque existe um número zero) de irrepreensível qualidade técnica e literária.
Escritores de vários países ajudaram a desenvolver esse projeto coletivo de web art que agora fica eternizado na ciberesfera.
O último tema é, apropriadamente, O FIM. Abaixo, dois petiscos:
o fim
somos tão felizes juntos. recordo, como se fosse hoje, quando aqui chegaste
(o começo de o fim).
suicidaste-te, apenas, porque eu morri. és tão romântico, amor.
(Olinda de Freitas)
(João Pereira de Matos)
Leia (veja) o restante lá.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Leio A Carta Esférica, de Arturo Pérez-Reverte
Boa Vista - Arturo Pérez-Reverte é a próxima sensação literária ibérica. O escritor espanhol é autor do roteiro de "Território Comanche", um dos melhores filmes de jornalismo dos 1990 e do aclamado "O pintor de Batalhas". Aqui, uma história sobre caçadores de tesouros naufragados, marinheiros empedernidos, torturadores argentinos e mulheres loucas por dinheiro.
Infelizmente, "A Carta Esférica" não atinge algumas expectativas. Os personagens são estereotipados e há longas descrições inúteis de portos, becos e bares das docas. No caso do protagonista, a representação é arquetípica: lembra um Jack Kerouac arrancado dos trilhos de trem e jogado no cais. A personalidade pitbull do marinheiro Coy contradiz terrivelmente seu gosto por bebop e cool jazz. Além disso, o cara lê apenas obras sobre o mar e navegação. Coisa que nem este blogueiro fã de Amyr Klink, Joseph Conrad e Herman Melville faria.
Título: A Carta Esférica
Autor: Arturo Pérez-Reverte
Editora: Cia. das Letras
Páginas: 529
Preço: R$ 49,50
Infelizmente, "A Carta Esférica" não atinge algumas expectativas. Os personagens são estereotipados e há longas descrições inúteis de portos, becos e bares das docas. No caso do protagonista, a representação é arquetípica: lembra um Jack Kerouac arrancado dos trilhos de trem e jogado no cais. A personalidade pitbull do marinheiro Coy contradiz terrivelmente seu gosto por bebop e cool jazz. Além disso, o cara lê apenas obras sobre o mar e navegação. Coisa que nem este blogueiro fã de Amyr Klink, Joseph Conrad e Herman Melville faria.
Título: A Carta Esférica
Autor: Arturo Pérez-Reverte
Editora: Cia. das Letras
Páginas: 529
Preço: R$ 49,50
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Leio A vida secreta dos grandes autores, de Robert Schnakenberg
Boa Vista - Livros como este provam que o culto às celebridades pode não estar totalmente reduzido àquele grupo de pessoas com o QI abaixo da temperatura ambiente. Neste caso, a fofoca torna-se interessante por ser reveladora de conteúdos literários brilhantes. Embora escandalosos, perturbadores, bizarros, traumáticos.
Dos filhos ilegítimos de Shakespeare à concupiscência de Lord Byron; do glutão Balzac ao gótico Allan Poe; das excênctricas irmãs Brontë ao nacionalista Walt Whitman, tudo o que você não precisava saber sobre sexo, drogas e bons livros.
Título: A Vida Secreta dos Grandes Autores
Autor: Robert Schnakenberg
Editora: Ediouro
Páginas: 312
Preço: R$ 41,90
Dos filhos ilegítimos de Shakespeare à concupiscência de Lord Byron; do glutão Balzac ao gótico Allan Poe; das excênctricas irmãs Brontë ao nacionalista Walt Whitman, tudo o que você não precisava saber sobre sexo, drogas e bons livros.
Título: A Vida Secreta dos Grandes Autores
Autor: Robert Schnakenberg
Editora: Ediouro
Páginas: 312
Preço: R$ 41,90
domingo, 12 de abril de 2009
Os reis da baixaria (Cap. 2)
Boa Vista - Estaria a intelligentsia condenada ao gueto da TV paga? Estaria o povo condenado a uma televisão de péssima qualidade?
Como os donos das concessões são políticos ou gente ligada a eles, o campeonato da baixaria é disputado por todas as redes de TV, embora já exista uma emissora favorita:
RedeTV! é condenada a indenizar Xororó por ofender sua honra em programa
RedeTV! deve indenizar operador de câmera chamado de "Todinho" por Monique Evans
RedeTV! descumpre norma judicial e pode pagar R$ 1,5 milhão a Carolina Dieckmann
RedeTV! é condenada a indenizar Clodovil
Como os donos das concessões são políticos ou gente ligada a eles, o campeonato da baixaria é disputado por todas as redes de TV, embora já exista uma emissora favorita:
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