Brasília - Informe de um professor: a UFSC tornou-se um celeiro de neo-nazistas nos últimos anos, com ações contínuas de repressão que culminaram na batida policial de março passado. Na ocasião, estudantes foram humilhados e professores agredidos numa operação que custou R$ 4 milhões aos cofres públicos e terminou com a apreensão de dois míseros cigarros de maconha. O "investimento" em segurança pública virou lenda na UFSC, onde até hoje se comenta como o erário foi usado para apreender "os dois baseados mais caros da História": R$ 2 milhões por bituca.
sábado, 5 de abril de 2014
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Brasília - Hoje tomo assento no Grupo de Trabalho de Comunicação e Artes do Andes-SN. Entre as atribuições, pensar e elaborar novos produtos de comunicação, como uma área de submissão de documentos para as associações de docentes e uma revista leve, ágil e atraente para comunicar as ações do sindicatos.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Boa Vista - Na assembleia geral de hoje à tarde, os professores da UFRR saberão que: a) o Sinasefe, que representa docentes e técnicos da Rede Federal de Educação Básica, Técnica e Tecnológica deflagra greve nacional no dia 21 de abril; b) que a Fasubra, que representa técnicos-administrativos das IFEs está em greve desde o mês passado; c) que já foram aprovados indicativos de greve em pelo menos 12 seções sindicais de docentes federais; d) que Dilma Rousseff e o Ministério da Educação não dão a mínima.
terça-feira, 1 de abril de 2014
Boa Vista - Doutor honoris causa é um título tão ou mais importante que o de doutor. É o reconhecimento da sociedade científica a quem desenvolveu ou apoiou de forma extraordinária pesquisas e outras atividades que transformaram o desenvolvimento de uma região, de uma nação, da humanidade. Transformar esta honraria em moeda política e concedê-la a pessoas envolvidas em malversação do dinheiro público atenta contra a inteligência de uma região, de uma nação. É uma vergonha para uma instituição com mais de 20 séculos de tradição. E para a humanidade.
sexta-feira, 14 de março de 2014
segunda-feira, 10 de março de 2014
Boa Vista - É absolutamente natural que jovens conservadores de direita sejam considerados os rebeldes do momento, embora oposição e rebeldia sejam coisas diferentes. A confusão ideológica é típica do pós-modernismo. Mas é provável que as pessoas ainda possam ser divididas entre as que querem progresso social ou que aceitam as coisas como são. É o que define esquerda e direita, vanguarda e tradição, avanço e regresso. A cultura rock surge no seio dessa dicotomia, mas com uma definição muito clara sobre seus objetivos: transformar. Acontece que na pós-modernidade, o visual e o som do rock são usados por qualquer idiota para auto-promoção. De Gustavo Lima a Lobão.
domingo, 9 de março de 2014
Boa Vista - O Brasil tem obrigação de indenizar a Bolívia pelas enchentes do rio Beni, que aumentou de nível por causa das hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, em Rondônia. Um fiasco alertado há muitos anos por ambientalistas, mas o governo nunca deu ouvidos. Amazônia não é lugar de hidrelétrica. O exemplo da Bolívia precisa convencer nossos representantes a pensar em formas alternativas de produção de energia e não em megaprojetos como este que pretendem fazer no rio Branco, em Roraima. Quem vai pagar a conta quando acontecer o mesmo em Manaus?
quinta-feira, 6 de março de 2014
Boa Vista - A revista Nature, que repercutiu com estardalhaço que revistas científicas do Brasil trocavam citações entre si para elevar artificialmente seus índices, revelou que as revistas científicas Springer e IEEE publicaram mais de 120 artigos entre 2008 e 2013 feitos por geradores de lero-lero: programas de computador que alimentados com algumas palavras-chave criam artigos sem sentido. Li aqui.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Alerta? Que alerta? |
Boa Vista - Transferir dinheiro da educação pública para a privada, criar universidades sem condições de funcionamento, assédio moral e desvalorização do professor são responsabilidades que três governos (FHC, Lula e Dilma) assumem com os brasileiros do futuro.
Em 2012, professores federais ficaram 123 dias em greve, a maior da história da educação. O movimento foi seguido por policiais federais e alastrou-se por diversas categorias nos três poderes. O governo jogou duro e não negociou. Subestimada pela imprensa e pouco compreendida entre a população, a greve não foi encerrada, mas suspensa.
Em 2013 a população reconheceu este e outros problemas e foi às ruas em manifestações grandiosas. O ano de 2014 começa com apenas uma certeza: tanto a greve quanto as manifestações populares estão momentaneamente suspensas. Professores e cidadãos continuam mobilizados.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Boa Vista - Não sei quanto àquela professora da PUC-RJ, mas toda vez que vejo no aeroporto pessoas simples em seus vestidos baratos, cabelos alisados, as calças novas compradas para a ocasião e o entusiasmo verdadeiro dos que atingiram uma nova etapa na vida, vou às lágrimas de felicidade. O povo brasileiro precisa demonstrar ao restante da humanidade que desaprova a discriminação étnicas a, de gênero e de classe. E que lamenta por ainda haver gente assim, afinal a professora é mais vítima que ideóloga do abismo social. O futuro será de tolerância e oportunidades para todos ou não haverá futuro. Precisamos de voluntários para espalhar mais doçura e gentileza por aí.
domingo, 16 de fevereiro de 2014
sábado, 15 de fevereiro de 2014
O mais retrógrado, vergonhoso, ditatorial, fascista, espúrio e repulsivo projeto de lei desde o Ato Institucional número 5 quer usar o cadáver do jornalista Santiago Andrade como adubo. Conduzido de chofre por senadores que já foram considerados éticos (Jorge Viana e Paulo Paim, do partido que já foi considerado de esquerda, o PT), o Projeto de Lei 499/13 quer transformar o Brasil em um estado policial nos moldes dos Estados Unidos.
A tal lei antiterrorismo quer mais criminalizar as manifestações de trabalhadores contra o governo do que proteger a vidraça dos bancos das pedras dos black blocs. Enquanto do lado de lá acontece a primavera árabe, por aqui se implanta um estado policial a partir da união de um partido que se diz socialista mas se alia com os setores mais retrógrados da sociedade.
O governo do PT quer debelar o direito à greve e à manifestação do povo criando uma indústria de multas para os sindicatos. E quem provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa ou tentativa de ofensa (Art. 2º) receberá uma pena de 15 a 30 anos de prisão. O que é pânico? O que é terror? Enquanto bandidos de colarinho branco pagam multas com vaquinhas nada magras, o direito de manifestar é tratado como ameaça à segurança nacional.
Algo me diz que isso tudo tem a ver com a histórica greve dos professores federais em 2012, que redundou na primavera brazuca de junho de 2013. Ou então o governo não teria determinado que servidores públicos sejam penalizados com o DOBRO da pena concedida à população, além de demissão sumária.
As manifestações que acontecem no Brasil não têm nada a ver com terrorismo. Elas estão relacionadas com a má gestão. Ninguém deseja a desestabilização do estado ou o fim da democracia, a não ser o acuado governo que violenta cada vez mais a sociedade. Os atos isolados de vandalismo acontecem em sua maioria contra o patrimônio particular de bancos e franquias, cujos impostos financiam o terrorismo de estado.
Terrorismo é sufocar na garganta o grito de revolta que pela primeira vez une brasileiros da extrema esquerda à extrema direita. Durante a ditadura militar, os manifestantes eram chamados de subversivos. Hoje, a democracia petista considera-os terroristas. Que país, esse.
A tal lei antiterrorismo quer mais criminalizar as manifestações de trabalhadores contra o governo do que proteger a vidraça dos bancos das pedras dos black blocs. Enquanto do lado de lá acontece a primavera árabe, por aqui se implanta um estado policial a partir da união de um partido que se diz socialista mas se alia com os setores mais retrógrados da sociedade.
Que vergonha, Paim. Que vergonha. |
Algo me diz que isso tudo tem a ver com a histórica greve dos professores federais em 2012, que redundou na primavera brazuca de junho de 2013. Ou então o governo não teria determinado que servidores públicos sejam penalizados com o DOBRO da pena concedida à população, além de demissão sumária.
As manifestações que acontecem no Brasil não têm nada a ver com terrorismo. Elas estão relacionadas com a má gestão. Ninguém deseja a desestabilização do estado ou o fim da democracia, a não ser o acuado governo que violenta cada vez mais a sociedade. Os atos isolados de vandalismo acontecem em sua maioria contra o patrimônio particular de bancos e franquias, cujos impostos financiam o terrorismo de estado.
Terrorismo é sufocar na garganta o grito de revolta que pela primeira vez une brasileiros da extrema esquerda à extrema direita. Durante a ditadura militar, os manifestantes eram chamados de subversivos. Hoje, a democracia petista considera-os terroristas. Que país, esse.
São Luís - Nivelar por baixo não dá conta da realidade. O jornalismo é e sempre será um trabalho sério, digno e essencial. Sem ele, boa parte da população não saberia nem formular as estatísticas que chuta. Trabalho infelizmente deturpado pelos donos de veículos e asseclas capazes de qualquer coisa para permanecer no poder. Some-se a isso uma população iletrada e temos o caos. A fórmula é simples: desligar a TV, não comprar jornal, não acessar o site, não ouvir o rádio e deixar morrer pela falta de audiência o que nunca deveria ter vindo à tona.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Todos queremos mais médicos e mais escolas, mas quantidade não implica em qualidade. Construir prédios sem dotá-los de laboratórios e condições de trabalho; ampliar o número de salas de aula sem ampliar o de professores e manter os professores atuais desmotivados e sem carreira demonstram que a propaganda é forte, mas as ações, pífias. Além de inchar as universidades federais e transferir dinheiro público para as privadas (reuni e prouni), o governo do PT mantém aliança com os setores mais retrógrados da sociedade brasileira (Sarney, por exemplo) e age com subserviência ao capital transnacional, como é o caso da General Motors. E como definir a entrega do pré-sal à Shell e à Exxon além de pura e simples privatização? Discursos quantitativistas governistas a gente vê por aqui. O PT nunca imaginou que a sociedade brasileira fosse dar o grito de liberdade. E tratar a grita do povo decepcionado como mugido, latido não é apenas mal-educado, mas típico de quem vive no tempo em que os animais falavam.
Os professores foram à greve em 2012. O povo saiu às ruas em 2013. Não vai ser nessa mesma toada que as coisas vão se acalmar em 2014. Hoje FHC está à esquerda de Dilma. Quem diria.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
São Luís - Em debate no 33o Congresso do Andes-SN, a unificação das centrais sindicais. Se a CUT e a Força Sindical viraram apêndices do governo e a CSP-Conlutas ainda não demonstrou independência do partido que a criou, é o momento de pensar em uma central nacional que englobe todas as tendências dos movimentos de trabalhadores. Ou não?
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
São Luís - Todos queremos mais médicos e mais escolas, mas quantidade não implica em qualidade. O governo Dima acaba de entregar mais quatro universidades, mas em que situação? Construir prédios sem dotá-los de laboratórios e condições de trabalho; ampliar o número de salas de aula sem ampliar o de professores e manter os professores atuais desmotivados e sem carreira demonstram que a propaganda é forte, mas as ações, pífias. Além de inchar as universidades federais e transferir dinheiro público para as privadas (Reuni e Prouni), o governo do PT mantém aliança com os setores mais retrógrados da sociedade brasileira (José Sarney, para dar um único e suficiente exemplo) e age com subserviência ao capital transnacional, como é o caso da GM. E como definir a entrega do petróleo do pré-sal à Shell e à Exxon, além de privatização? Os professores foram à greve em 2012. O povo saiu às ruas em 2013. Não vai ser nessa mesma toada que as coisas vão se acalmar em 2014. Hoje FHC está à esquerda de Dilma Rousseff. Quem diria.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Mato eles?
São Luís - O Governo de Roseana Sarney não se destaca apenas na corrupção e no abandono do patrimônio cultural da humanidade que é o conjunto arquitetônico de São Luís. Movimentos de direitos humanos responsabilizam a governadora pelas atrocidades cometidas no Presídio de Pedrinhas, onde desde o ano passado 65 presos foram assassinados em condições medievais.
A tática faria Rachel Sheherazade e boa parte da população brasileira vibrar de felicidade: basta misturar facções rivais nas mesmas celas, como fizeram Bélgica e Inglaterra na colonização da África. A indiferença da ONU diante do genocídio em Uganda também inspirou a política de segurança do clã Sarney, que mantém o caso em segredo desde que a Polícia Militar ocupou o presídio, em dezembro.
Pergunta óbvia: por que não houve intervenção federal no presídio? Porque o governo Dilma, que tem amizade fraterna com Sarney e aliados, prefere perseguir movimento sociais, criminalizar manifestações e deslocar a Força Nacional para os protestos de rua. Os encarcerados no presídio mais inseguro do planeta e os operários da Copa da Corrupção que morram à míngua.
A tática faria Rachel Sheherazade e boa parte da população brasileira vibrar de felicidade: basta misturar facções rivais nas mesmas celas, como fizeram Bélgica e Inglaterra na colonização da África. A indiferença da ONU diante do genocídio em Uganda também inspirou a política de segurança do clã Sarney, que mantém o caso em segredo desde que a Polícia Militar ocupou o presídio, em dezembro.
Pergunta óbvia: por que não houve intervenção federal no presídio? Porque o governo Dilma, que tem amizade fraterna com Sarney e aliados, prefere perseguir movimento sociais, criminalizar manifestações e deslocar a Força Nacional para os protestos de rua. Os encarcerados no presídio mais inseguro do planeta e os operários da Copa da Corrupção que morram à míngua.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
São Luís - Juízes, prefeitos, fazendeiros e a bancada ruralista avançam sobre as terras quilombolas no Maranhão. Nos últimos anos, uma serie de reintegrações de posse em áreas garantidas constitucionalmente aos remanescentes de quilombo fazem a lei andar para trás, o que não é nenhuma surpresa na Capitania Hereditária da família Sarney. No final de janeiro, um líder quilombola foi ameaçado de morte em público: Catarino dos Santos Costa, liderança do território quilombola Cruzeiro, no município de Palmeirândia (MA) foi ameaçado por Baltazar Garcia, secretário do município e tio do prefeito, Nilson Garcia. Ele disse que matará Catarino dos Santos Costa caso este tente impedi-lo de prosseguir com a invasão do território quilombola.
São Luís - Começa o 33o Congresso Nacional do Andes. Professores de universidades públicas de norte a sul do Brasil debaterão nos próximos dias uma série de temas que vão de alterações do estatuto até questões agrárias, urbanas e ambientais, passe livre e transporte público. No campo político-sindical, a privatização e mercantilização da educação; formas de financiamento da educação pública e precarização do trabalho. Há seções sindicais que não descartam paralisação e greve em 2014.
domingo, 9 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Boa Vista - Dos governos se espera legitimidade e capacidade para organizar e gerir o estado de forma responsável. O sistema eleitoral viciado que afiliados e partidos apoiam, beneficia oligarquias com a desculpa de que a democracia é falha, mas... é o melhor que temos.
Esse sistema distribui desproporcionalmente tempo de TV para beneficiar coalizões-mensalões enquanto pequenos partidos têm apenas segundos; sistema controlado por um Legislativo que ano após ano se permite a distribuição de canais de TV; por um Executivo que gasta mal; por licitações dirigidas que cartelizam serviços de má-qualidade.
É um sistema que vai contra toda a lógica da eficiência: mantém ladrões (alguns já puxaram cadeia) em cargos públicos; permite nomeações para secretarias e ministérios com base em indicações partidárias e não em qualificação técnica; enfim, que funciona muito, muito mal.
Esse sistema distribui desproporcionalmente tempo de TV para beneficiar coalizões-mensalões enquanto pequenos partidos têm apenas segundos; sistema controlado por um Legislativo que ano após ano se permite a distribuição de canais de TV; por um Executivo que gasta mal; por licitações dirigidas que cartelizam serviços de má-qualidade.
É um sistema que vai contra toda a lógica da eficiência: mantém ladrões (alguns já puxaram cadeia) em cargos públicos; permite nomeações para secretarias e ministérios com base em indicações partidárias e não em qualificação técnica; enfim, que funciona muito, muito mal.
Não podemos mais acreditar e estimular esse sistema. Fomos 23 milhões na eleição passada. Na próxima seremos muito mais.
sábado, 25 de janeiro de 2014
sábado, 11 de janeiro de 2014
Riobamba - Depois do Chimborazo, a ideia era ir direto para o Pacífico, mas instado pelo amigo equatoriano Hotsmaro Salazar, fizemos uma visita ao Oriente, também conhecido como Amazônia Equatoriana. Uma brusca mudança na paisagem. Canyons, selva e cidades cheias de charme no caminho entre Riobamba e Rio Negro.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Riobamba - Hoje escalei nada menos que 5 mil dos 6.310 metros do Vulcao Chimborazo, a montanha mais alta da Terra. Sim, é o que dizem sobre o Everest, mas a montanha do Himalaia nao está próxima da linha do equador, portanto na face mais externa do planeta. O Chimborazo está mais distante do centro da Terra que qualquer outra elevaçao, portanto mais próxima do sol. Trata-se do cume do planeta, localizado a nada menos 2,1 quilometros acima do Everest (!).
A aventura começou em Riobamba, com uma preparaçao fisica que incluiu adaptaçao à altitude (a cidade fica a 2.850 metros), alimentaçao a base de proteína, super hidrataçao e muita força de vontade para vencer as intempéries, o cansaço e o soroche, o mal das alturas. Logo eu perceberia que a missao é sempre mais complicada durante sua execuçao. Depois de comprar luvas, gorro e um casaco novo, de alpaca, chegara a hora de conquistar meu primeirto vulcao.
Localizado nos Andes equatorianos, onde a Cordilheira Ocidental se divide em dois gigantescos braços a noroeste de Riobamba, o Chimborazo tem seu cume coberto por neves perpétuas e as bases ocupadas por vales férteis onde se cultiva frutas, flores e gado. Um Parque Nacional preserva a fauna e a flora. Ali, vicunhas percorrem a planície e falcoes sobrevoam nossas cabeças.
Depois de chegar de carro ao Parque Nacional, (cerca de 4 mil metros), começamos a jornada a pé. Com uma temperatura de zero grau e uma chuva fina que logo que se tornaria neve, comecamos a subida. A primeira parada foi o refúgio Carrel, a 4,7 mil metros de altitude. A chegada foi dificultada pela falta de ar, o que obriga a dar algumas paradas. Temperatura de -5 cent{igrados. Depois de conversar com japoneses e equatorianos sobre as condiçoes de tempo, percebemos que seria complicado chegar ao segundo refúgio caso a neve persistisse e a névoa aumentasse.
Um pausa para descansar e prosseguimos. A temperatura cai para -7. Tirar os óculos era impossivel. A brancura da neve feria os olhos. Confesso que estive a ponto de desistir por causa do soroche. Cinco quilometros acima do mar é uma regiao com mpouco oxigenio. A falta de ar torna a respiraçao pesada e ofegante. Depois, o sangue tenta se adaptar, correndo mais forte dentro das veias. Em seguida vêm as náuseas e a tontura. Finalmente, passado algum tempo, a pele começa a queimar, os pulmoes diminuem e pepitas de fogo percorrem seus orgaos internos. Nova pausa.
Finalmente, o refúgio Whymper se apresenta, congelado a 5 mil metros de altitude. Uma neve fina cai e derrete sobre o telhado, formando estalactites transparentes de gelo. A jornada precisa parar por aqui. Uma forte névoa cobre o cume e por segurança, ficamos por aqui. Comemoramos o feito com um grupo formado por japoneses, colombianos, mexicanos, brasileiros e equatorianos. Da próxima vez, quem sabe?
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Quito - No centro de Quito, um dominicano corta meu cabelo ao som de música gospel suave, bem diferente dos gritos de horror, digo louvor, que se ouve no Brasil. Conversamos e Alberto me fala que a República Dominicana continua a receber milhares de refugiados do Haiti e enfrenta dificuldades para atender às necessidades de quem perdeu tudo com as guerras civis e o devastador terremoto que completa três anos no próximo dia 12. Diz que o povo é mais receptivo que o local, o que me espanta, já que o povo equatoriano tem demonstrado uma educaçao exemplar.
Caracas - Os Awá são um dos últimos povos nômades caçadores-coletores do Brasil e dependem inteiramente da floresta. Vivem isolados e são vulneráveis a ataques e doenças contra as quais não têm imunidade.
O Brasil, tardiamente, se movimenta contra a exploraçao ilegal de madeira e a preservaçao do povo Awá. Mas o mundo teve que se movimentar antes.
Leia mais aqui.
O Brasil, tardiamente, se movimenta contra a exploraçao ilegal de madeira e a preservaçao do povo Awá. Mas o mundo teve que se movimentar antes.
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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
La Guaira - Depois de muita paciencia e sangue frio, conseguimos passagens de onibus para Caracas, onde chegamos de madrugada e percorremos as ruas desertas e estranhamente vazias da metrópole venezuelana. No terminal de onibus urbano, fui atacado por mosquitos, mas vale tudo para chegar a Quito (rima involuntaria). Passo o dia num pequeno hotel de frente para a Playa Verde em La Guaira, recuperando as forcas com cervejas e mariscos.
domingo, 5 de janeiro de 2014
Puerto Ordaz - Caos total nos transportes aéreo e rodoviário da Venezuela. Para variar, a alta temporada gera fluxos de turismo interno em todos os sentidos e enche os hoteis de todo o país. Santa Elena e todo o Parque Canaima foram invadidos por carros off-road, máquinas possantes que bebem gasolina desarvoradamente e provocam desabastecimento e racionamento.
A confusao é aumentada com mochileiros de diversos países e milhares de brasileiros que sobem com seus carros de Manaus e Boa Vista. Todos sofrem com a falta de hotel, dificuldades com a língua e a comida e a falta de hospedagem, mas vale tudo para chegar ao Caribe e aproveitar as praias e precos baixos do verao mais intenso da recente história venezuelana.
Consigo evitar toda essa confusao com as ferramentas típicas de brazuelano acostumado as vicissitudes locais - nessas horas ter família aqui é fundamental. Mesmo assim, é preciso correr em pleno domingo (dia sagrado por aqui) pela cidade para trocar dólares e comprar passagens a precos interessantes para a próxima parte da jornada que comeca agora, num onibus em direcao a Caracas.
A confusao é aumentada com mochileiros de diversos países e milhares de brasileiros que sobem com seus carros de Manaus e Boa Vista. Todos sofrem com a falta de hotel, dificuldades com a língua e a comida e a falta de hospedagem, mas vale tudo para chegar ao Caribe e aproveitar as praias e precos baixos do verao mais intenso da recente história venezuelana.
Consigo evitar toda essa confusao com as ferramentas típicas de brazuelano acostumado as vicissitudes locais - nessas horas ter família aqui é fundamental. Mesmo assim, é preciso correr em pleno domingo (dia sagrado por aqui) pela cidade para trocar dólares e comprar passagens a precos interessantes para a próxima parte da jornada que comeca agora, num onibus em direcao a Caracas.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Boa Vista - A discussão sobre se é esporte ou não subsistirá algum tempo, até que se reconheça o óbvio: triturar seres humanos é pouco edificante. O que mais intriga, entretanto, é como este novo produto das organizações Globo se assenhora da identidade nacional da mesma forma que as telenovelas e o catálogo da Som Livre. Um poder absoluto.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
O ideário da direita é todo pescado da esquerda, menos a parte de legitimar a democracia e a liberdade individual. A capacidade de ser uma esponja tardia dos desejos da sociedade faz da direita e sua moral auto-reprimida um organismo que busca sobretudo a própria sobrevivência: capitalismo e repressão como alimento físico e a planificação do pensamento como bússola espiritual. No Brasil, assistimos com indiferença e preconceito José Mujica e outros líderes latino-americanos enfrentar com coragem o monstro dos oleodutos e limusines. Embora não estejam sozinhos: representam pequenas nações e grandes pensamentos inaceitáveis para o padrão estabelecido.
José Mujica, presidente do Uruguay |
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Rafael Correa, presidente do Equador |
domingo, 15 de dezembro de 2013
sábado, 14 de dezembro de 2013
Palavras do mestre
Milton Santos, grande homem. O presidente que nunca tivemos. Tive a sorte de ver uma de suas últimas palestras na FFLCH-USP. |
O terrível é que, nesse mundo de hoje, aumenta o número de letrados e diminui o de intelectuais. Não é este um dos dramas atuais da sociedade brasileira? Tais letrados, equivocadamente assimilados aos intelectuais, ou não pensam para encontrar a verdade, ou, encontrando a verdade, não a dizem. Nesse caso, não se podem encontrar com o futuro, renegando a função principal da intelectualidade, isto é, o casamento permanente com o porvir, por meio da busca incansada da verdade.
(Milton Santos. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. p. 74)
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
O governo da Guiana planeja instalar uma barragem em terras do povo Akawaio, no Alto Mazaruni. A hidrelétrica poderá ter um super lago que inundaria a terra ancestral dos Akawaio e uma aldeia Arekuna, impactando severamente a biodiversidade. A Survival International denuncia que empresas brasileiras envolvidas na represa de Belo Monte, construirão a barragem, que forneceria energia para as indústrias de mineração da Guiana e do Brasil. Leia aqui
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
A Prefeitura encaminhou e a Câmara Municipal de Boa Vista aprovou a criação de dezenas de cargos comissionados para contratar engenheiros sem concurso público. O salário será de R$ 7 mil contra os R$ 1,5 mil dos concursados. Já o governo de Roraima, aumentou o salário dos engenheiros em 35% contra 4,5% dos demais servidores. Como são engenhosos nossos representantes.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Observo nossos representantes e vejo exploradores da miséria, cínicos e paus-mandados. Gente que domina os meios de comunicação e mantém a população refém de discursos vazios e falsa propaganda. Que comanda órgãos ambientais para facilitar o desmatamento e de pesquisa para não pesquisar nada. Que aprova projetos absurdos e perigosos como o plantio de espécies exóticas (Acacia mangium) e cana-de-açúcar, para jogar o ultra-poluente vinhoto em nossos rios. Que pretende acabar com as corredeiras do Bem-Querer e seus escritos rupestres para construir hidrelétricas, mesmo estando próximos de ser ligados ao Sistema Nacional de Energia. Projetos absurdos, campanhas publicitárias ilusórias e UM NADA ABSOLUTO de resultados faz-nos perceber que, nunca mais na história deste País, teremos representantes do quilate de Darcy Ribeiro, Ulysses Guimarães ou mesmo do direitão Roberto Campos. Estamos entregues aos canalhas.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Capitalismo
A religião do capitalismo sobrevive à base de sofismas e de especulação porque esta é sua natureza. Apresentar a queda da URSS e a lista da Forbes como evidências de sucesso, mas é falsa a promessa de que todos podem chegar lá, basta CRER. Como qualquer religião, mantém os áulicos em cabresto mental e confia na destruição de alternativas para sua consolidação. São torcedores zoando um adversário em desvantagem, sem conhecer os minutos finais do jogo.
A exploração infinita de recursos limitados, a acumulação desnecessária e a burrice inerente a ela fazem do capitalismo uma gordura existencial, mas também cognitiva e, finalmente, física. Negar ao mundo mais equilíbrio entre os povos origina a violência urbana, o cinismo da juventude e o terrorismo.
A desigualdade social e política não é natural, não deriva da vontade divina, nem sequer é uma consequência da desigualdade natural entre os homens. Pelo contrário, a sua origem é o resultado da propriedade privada, da apropriação privada da riqueza do mundo inteiro, e dos benefícios privados derivados dessa apropriação."
(Jean-Jacques Rousseau, em Sobre a origem da desigualdade entre os homens)
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Leia a entrevista do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos: "Não acredito que haja equilíbrio entre democracia e capitalismo. Não haverá sociedade democrática enquanto houver capitalismo. O que se pode tentar é limitar o poder do capitalismo, com uma democracia mais robusta, que possa segurar o avanço do capitalismo até que o socialismo volte à agenda política.."; na íntegra no site da Caros Amigos: http://bit.ly/19XmypO
terça-feira, 29 de outubro de 2013
sábado, 26 de outubro de 2013
Um conto curto
Sonhava trabalhar na Der Spiegel, mas não falava alemão. Hoje vende salsichas com temperos especiais na Neumann Straße, indiferente à crise econômica e aos jovens de cabeça raspada que chegaram de repente.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
terça-feira, 22 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Brasil, ano 2013. Hum milhão de estudantes com financiamento público sobreinvestem impostos no ensino superior privado, enquanto nas universidades públicas investe-se demais em pesquisas para as indústrias química, farmacêutica e em projetos casuísticos dos dinossauros da academia.
John Keynes já dizia que a crise do capitalismo é essencialmente uma questão de investimento. Se governos capitalistas ditos de esquerda adotassem um plano racional de longo prazo, relacionando o aumento da capacidade de produção ao uso de energia limpa e redução do custo tecnológico, talvez tivéssemos mais investimento em educação pública de qualidade.
Mas as decisões de investir, segundo Keynes, NÃO SEGUEM NENHUM PLANO RACIONAL. Não haveria crise se os empreendedores continuassem a investir. O problema vem de um subinvestimento privado e público. É quando percebemos que não há governos capitalistas de esquerda. Apenas governos capitalistas. E Keynes, Karl Marx e o Cacique Seattle são incapazes de educar nossos representantes.
John Keynes já dizia que a crise do capitalismo é essencialmente uma questão de investimento. Se governos capitalistas ditos de esquerda adotassem um plano racional de longo prazo, relacionando o aumento da capacidade de produção ao uso de energia limpa e redução do custo tecnológico, talvez tivéssemos mais investimento em educação pública de qualidade.
Mas as decisões de investir, segundo Keynes, NÃO SEGUEM NENHUM PLANO RACIONAL. Não haveria crise se os empreendedores continuassem a investir. O problema vem de um subinvestimento privado e público. É quando percebemos que não há governos capitalistas de esquerda. Apenas governos capitalistas. E Keynes, Karl Marx e o Cacique Seattle são incapazes de educar nossos representantes.
Brasil, ano 2013. Hum milhão de estudantes com financiamento público sobreinvestem impostos no ensino superior privado, enquanto nas universidades públicas investe-se demais em pesquisas para as indústrias química, farmacêutica e em projetos casuísticos dos dinossauros da academia.
John Keynes já dizia que a crise do capitalismo é essencialmente uma questão de investimento. Se governos capitalistas ditos de esquerda adotassem um plano racional de longo prazo, relacionando o aumento da capacidade de produção ao uso de energia limpa e redução do custo tecnológico, talvez tivéssemos mais investimento em educação pública de qualidade.
Mas as decisões de investir, segundo Keynes, NÃO SEGUEM NENHUM PLANO RACIONAL. Não haveria crise se os empreendedores continuassem a investir. O problema vem de um subinvestimento privado e público. É quando percebemos que não há governos capitalistas de esquerda. Apenas governos capitalistas. E Keynes, Karl Marx e o Cacique Seattle são incapazes de educar nossos representantes.
John Keynes já dizia que a crise do capitalismo é essencialmente uma questão de investimento. Se governos capitalistas ditos de esquerda adotassem um plano racional de longo prazo, relacionando o aumento da capacidade de produção ao uso de energia limpa e redução do custo tecnológico, talvez tivéssemos mais investimento em educação pública de qualidade.
Mas as decisões de investir, segundo Keynes, NÃO SEGUEM NENHUM PLANO RACIONAL. Não haveria crise se os empreendedores continuassem a investir. O problema vem de um subinvestimento privado e público. É quando percebemos que não há governos capitalistas de esquerda. Apenas governos capitalistas. E Keynes, Karl Marx e o Cacique Seattle são incapazes de educar nossos representantes.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
A quadrilha mais perigosa não está nas ruas vandalizando o patrimônio público. Está na mídia vandalizando sua cabeça. Gente como Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo, Luiz Pondé e outros niilistas de direita querem entortar seu pensamento e determinar para onde segue a onda. Os cães de guarda do fascismo querem a ditadura para finalmente ter a quem puxar saco. Não prosperarão. Focinheira neles.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
quarta-feira, 19 de junho de 2013
O Brasil é lindo, mas o povo brasileiro sempre me pareceu um coletivo esquizofrênico, ao mesmo tempo cruel e bovino. Gente que elege Maluf, Afanásio, Anchieta e pastores loucos; que transforma rio em esgoto e joga lixo da janela do carro não é exatamente um ideal de sociedade. Mas nos últimos dias, assaltado por um orgulho inédito, o povo começa a entender o conceito de nação. Nas passeatas, professores e jornalistas protestam contra a PEC 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público. Jovens despertam do sonho do ópio do consumo e defendem uma sociedade menos corrupta. Mães levam filhos pra ensinar-lhes desde cedo que direitos sociais precisam estar acima das conveniências do poder. A nação brasileira é este monstro na rua, formado por brancos, pretos e índios, patricinhas, gays, funcionários públicos, estudantes, aposentados, prostitutas, religiosos e telespectadores. Um monstro que surge nos subterrâneos e faz milhares de desconhecidos cantarem juntos o Hino Nacional no metrô. Brasileiros com muito orgulho, com muito amor.
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terça-feira, 21 de maio de 2013
O ministro do STF, Joaquim Barbosa, em conversa com acadêmicos, disse que no Brasil há partidos políticos "de mentirinha", sem nenhuma consistência ideológica que disputam o poder pelo poder e que o Legislativo obedece prioritariamente à pauta do Executivo, votando as matérias do seu interesse.
A reação do Congresso foi imediata, mas não responde às verdades proferidas pelo ministro. O Brasil É SIM, um país sobrecarregado de partidos sem orientação político-ideológica. Por aqui, o PC do B não é comunista; o Partido Verde não é ambientalista; a Rede é evangélica e há partidos deslaicizantemente inconstitucionais como os Democrata Cristão e Social Cristão. Além disso, como pode ser aceita a existência de um partido que é, ao mesmo tempo, Social e Liberal?
Os brasileiros não votam em partidos, mas em pessoas. Não pensam ideologicamente, mas com o fígado e o cartão do Bolsa Família. Por incrível que pareça, o único partido que faz jus à sua ideologia de direita é o DEM. Provando que neste país, a coerência vem de onde menos se espera.
A reação do Congresso foi imediata, mas não responde às verdades proferidas pelo ministro. O Brasil É SIM, um país sobrecarregado de partidos sem orientação político-ideológica. Por aqui, o PC do B não é comunista; o Partido Verde não é ambientalista; a Rede é evangélica e há partidos deslaicizantemente inconstitucionais como os Democrata Cristão e Social Cristão. Além disso, como pode ser aceita a existência de um partido que é, ao mesmo tempo, Social e Liberal?
Os brasileiros não votam em partidos, mas em pessoas. Não pensam ideologicamente, mas com o fígado e o cartão do Bolsa Família. Por incrível que pareça, o único partido que faz jus à sua ideologia de direita é o DEM. Provando que neste país, a coerência vem de onde menos se espera.
terça-feira, 23 de abril de 2013
A redes de comunicação contemporâneas confundem o conceito clássico de zeitgeist. Uma época que coincide com o fim da criação e o início do longo e tenebroso período da resignificação, este talento nato dos manipuladores. Esta nova idade das trevas é um mistério futuro. Na época medieval, tivemos o Renascimento. E agora?
quinta-feira, 7 de março de 2013
segunda-feira, 4 de março de 2013
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
O uso de nossos impostos para financiar a adoração a deuses é uma atitude correta? E dinheiro para Umbanda, Candomblé, Hinduísmo, Islamismo, rola?
http://www.roraimaemfoco.com/conteudo/noticias/variedases/1007-prefeitura-e-omer-firmam-parceria-para-a-realiza%C3%A7%C3%A3o-da-marcha-para-jesus.html
http://www.roraimaemfoco.com/conteudo/noticias/variedases/1007-prefeitura-e-omer-firmam-parceria-para-a-realiza%C3%A7%C3%A3o-da-marcha-para-jesus.html
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Hatfields & McCoys, a série sobre uma guerra entre famílias que realmente aconteceu no século 19, é um primor em fotografia, roteiro e direção de arte, embora o verdadeiro Anse "Devil" Hatfield se pareça mais com Harry Dean Stanton que Kevin Costner.
Mas quando o assunto é interpretação, as cusparadas de Costner e Bill Paxton não se comparam ao brilhantismo pungente de Mare Winningham, a melhor atriz da geração brat pack.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
A Mostra Canta Roraima VII virou CD pelo SESC e novamente traz uma maioria de trabalhos ligados à bodemusic e ao sub-gênero regiobodemusic, com sutis toques de ornitobodemusic e gastrobodemusic.
As belas vozes de Alessandra Denz (segura, pronta para interpretar e produzir standards) e Janio Tavares (voz andrógina, timbres inesperados) são os destaques da produção, assim como o blues ácido-filosófico de Jediael Roraima. Luís Campos canta bem, mas não se emascula o suficiente para interpretar o poema lúbrico da precoce Odara Rufino.
Estradas, a road music de Zanny Adairalba cantada em tom muito alto por Cláudia Lima, foi prejudicada pelo arranjo over. Merece nova produção em estúdio. Aliás, a poluição sonora ocorre em boa parte das faixas: teclados medíocres preenchendo silêncios necessários, percussão ansiosa e violoncelos deslocados realçam a pobreza musical dos arranjadores.
As coisas mudaram, Morrissey. Agora é “hang the producer”.
As belas vozes de Alessandra Denz (segura, pronta para interpretar e produzir standards) e Janio Tavares (voz andrógina, timbres inesperados) são os destaques da produção, assim como o blues ácido-filosófico de Jediael Roraima. Luís Campos canta bem, mas não se emascula o suficiente para interpretar o poema lúbrico da precoce Odara Rufino.
Estradas, a road music de Zanny Adairalba cantada em tom muito alto por Cláudia Lima, foi prejudicada pelo arranjo over. Merece nova produção em estúdio. Aliás, a poluição sonora ocorre em boa parte das faixas: teclados medíocres preenchendo silêncios necessários, percussão ansiosa e violoncelos deslocados realçam a pobreza musical dos arranjadores.
As coisas mudaram, Morrissey. Agora é “hang the producer”.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Os Waimiri Atroari se autodenominam kinja (gente verdadeira) e têm cantos rituais que são puro jornalismo. Exterminados desde as primeiras incursões portuguesas até a abertura da BR-174 nos anos 1970, o povo sobreviveu e há pouco tempo a população começou a aumentar.
Uma hidrelétrica já foi construída em suas terras e querem instalar outra rio Branco acima. Caso isso aconteça, um lago gigantesco mudará as características da região e comprometerá a caça e a pesca rio abaixo. Para esse povo sobreviver, o Brasil precisa encontrar outra solução para a geração de energia.
Estudos comprovam que totalmente aproveitado, nosso potencial de energia eólica e solar abastece 13 Brasis. O que favorece a corrupção nos grandes projetos é o desprezo pela vida e natureza aliado à apatia do cidadão urbano que desperdiça energia. Defenda a vida. Clique Contra a Hidrelétrica no rio Branco e assine a petição contra o projeto Bem-Querer.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
You bet, you bet, you Betting
Joelmir Betting morreu e o chato de se perder um jornalista de texto sagaz como ele é que dificilmente haverá substituição.
A constituição de uma inteligência capaz de analisar os acontecimentos contemporâneos com acuidade e luvas de pelica só é possível a partir de uma somatória que inclui escola, formação política e leitura dos clássicos.
Pergunto-me quantos estudantes de jornalismo fazem isso, agora, no Brasil.
A constituição de uma inteligência capaz de analisar os acontecimentos contemporâneos com acuidade e luvas de pelica só é possível a partir de uma somatória que inclui escola, formação política e leitura dos clássicos.
Pergunto-me quantos estudantes de jornalismo fazem isso, agora, no Brasil.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Sobre representatividade
Já
somos quase 23 milhões e estamos em crescimento. Em números exatos, 22.735.725
eleitores brasileiros resolveram não votar na última eleição. É
como se toda a população do Chile e do Paraguai decidisse não ir
às urnas.
O
crescimento da população não-votante é notável. Foram pouco mais
de 18 milhões na eleição anterior, em 2010. Até então, o índice
de abstenção chegava a 14,5 por cento. Desta vez, mais de 16,4 por
cento do eleitorado brasileiro não votou. Em São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais o índice ultrapassou 18 por cento, enquanto
no Maranhão chegou a 19 por cento.
Em
Boa Vista, 16,72 por cento dos eleitores decidiram que não valia a
pena sair de casa para votar. Foram mais de 30 mil ausentes, o que
significa mais da metade do total de votos obtidos pela prefeita
eleita. Se alguém aí pensou em crise de representatividade, acertou
em cheio.
Alienação?
Niilismo? Farra? As explicações se acumulam, mas o recado parece
ser claro: o voto não pode mais ser obrigatório e o sistema
eleitoral precisa de regras mais transparentes. Com investimento
pesado em educação para uma melhor reflexão diante da urna, a
democracia brasileira pode chegar a algo mais que uma sociedade
anônima, fatiada entre PT, PSDB, PMDB e DEM. O povo é bobo, mas
não o tempo todo.
sábado, 6 de outubro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
Dilmá
Brasília - A presidente Dilma Roussef se considera a nova Dama de Ferro, mas está muito longe do status de Margaret Tatcher, Angela Merkel ou Condoleeza Rice. Na verdade, age como uma versão piorada de Cristina Kirchner, o que é patético.
Capa da Forbes ou capa da Caras, tanto faz.
O fato de não conseguir explicar porque não amplia o investimento em educação será cobrado agora e no futuro. Tratar um movimento sindical legítimo com polícia, truculência e recadinhos pela imprensa não passará despercebido pela História. A oportunidade perdida de revolucionar a educação brasileira ficará no currículo da presidente.
Capa da Forbes ou capa da Caras, tanto faz.
O fato de não conseguir explicar porque não amplia o investimento em educação será cobrado agora e no futuro. Tratar um movimento sindical legítimo com polícia, truculência e recadinhos pela imprensa não passará despercebido pela História. A oportunidade perdida de revolucionar a educação brasileira ficará no currículo da presidente.
Índice de Mercado da Educação
Brasília - Vem aí um ranking das universidades brasileiras, produzido pela Folha de São Paulo (!). O grupo, que junto com Rede Globo e Editora Abril defende o fim do jornalismo diplomado, pretende classificar as universidades brasileiras de acordo com os seguintes critérios: produção científica (55 pontos), inovação (5 pontos), reputação no mercado (20 pontos) e qualidade de ensino (20 pontos).
Classificação ilusória, baseada na Times Higher Education (não confundir com baseado na High Times), a lista da FSP não apresentará surpresas, visto que os critérios quantitativistas e mercadológicos não levam em conta inserção social, ações afirmativas ou cursos inovadores, temas que sem dúvida melhorariam a nota de universidades do Norte e Nordeste do País.
O índice é nova forma de ganhar dinheiro com anúncios do setor privado de educação. Não acredite ser mera coincidência que as mais caras faculdades particulares apareçam no índice. E depois aumentem a mensdalidade.
Classificação ilusória, baseada na Times Higher Education (não confundir com baseado na High Times), a lista da FSP não apresentará surpresas, visto que os critérios quantitativistas e mercadológicos não levam em conta inserção social, ações afirmativas ou cursos inovadores, temas que sem dúvida melhorariam a nota de universidades do Norte e Nordeste do País.
O índice é nova forma de ganhar dinheiro com anúncios do setor privado de educação. Não acredite ser mera coincidência que as mais caras faculdades particulares apareçam no índice. E depois aumentem a mensdalidade.
sábado, 1 de setembro de 2012
Estudantes e professores unidos pela educação: uma resistência permanente |
Enquanto estudantes de todo o mundo se envolvem com causas sociais, a maioria dos nossos (não todos, nunca todos) hiberna na alienação política e cultural. Gado não sabe que é gado. Talvez isso aconteça porque muitos de nossos professores agem como pastores e não como guias provisórios nos caminhos do saber.
Mais uma vez damos razão a Sérgio Buarque de Holanda e sua visão do brasileiro como "homem cordial". A universidade precisa buscar e promover a libertação do indivíduo. A atitude contrária é, e sempre será, prejudicial à humanidade.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
A bota no pescoço do trabalhador
Brasília - O Governo Federal confiscou parte do salário de milhares de famílias de servidores federais, que tiveram o ponto cortado em julho. A medida retirou R$ 21 milhões de circulação, o que prejudicou de concessionárias a lojistas, de açougues a mercearias.
Mais do que tirar dinheiro do trabalhador, o governo “pacificou” - no melhor sentido orwelliano -, os movimentos sindicais dentro de sua estrutura. Com 15 por cento de reajuste retalhado em 3 anos, a tendência é a desqualificação do serviço público. Uma colaboração indispensável ao estado mínimo neoliberal.
Mais do que tirar dinheiro do trabalhador, o governo “pacificou” - no melhor sentido orwelliano -, os movimentos sindicais dentro de sua estrutura. Com 15 por cento de reajuste retalhado em 3 anos, a tendência é a desqualificação do serviço público. Uma colaboração indispensável ao estado mínimo neoliberal.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Nas favelas, no senado...
Brasília - A audiência com os senadores hoje pela manhã demonstrou, inequivocamente, que os docentes federais discordam da forma ditatorial com que o governo trata quem segura a onda do ensino, pesquisa e extensão no Brasil.
Um perplexo Cássio Cunha Lima (PSDB!) alertou que a expansão do ensino superior é irresponsável e que a carreira, do jeito que está, não atrai professores - o que todos, sociedade, docentes e governo, já sabemos.
Um perplexo Cássio Cunha Lima (PSDB!) alertou que a expansão do ensino superior é irresponsável e que a carreira, do jeito que está, não atrai professores - o que todos, sociedade, docentes e governo, já sabemos.
Cunha Lima chegou a dizer, pedindo perdão por usar a expressão, que o governo não pode conduzir as negociações na base do "dá ou desce". Não costumo concordar com tucanos, mas... Nós descemos. E quanto ao Patifes?
O senador Cristovam Buarque disse que o senado pode modificar o orçamento em qualquer momento. Que o Plano Nacional de Educação não muda nada.
Já o senador Eduardo Suplicy, prolixo como nunca, conseguiu dizer nada em 10 minutos.
O secretário do MEC, Amaro Lins, chegou a dizer que o ANDES não apresentou proposta, e que o solícito Patifes assinou quatro acordos (!). mas foi desmentido imediatamente pela presidente Marinalva Oliveira. Desde 2010, o ANDES apresenta propostas que são ignoradas pelo governo.
"Nós não blefamos", vaticinou Amaro. Quem não blefa somos nós, secretário. A greve é forte. A greve continua.
O senador Cristovam Buarque disse que o senado pode modificar o orçamento em qualquer momento. Que o Plano Nacional de Educação não muda nada.
Já o senador Eduardo Suplicy, prolixo como nunca, conseguiu dizer nada em 10 minutos.
O secretário do MEC, Amaro Lins, chegou a dizer que o ANDES não apresentou proposta, e que o solícito Patifes assinou quatro acordos (!). mas foi desmentido imediatamente pela presidente Marinalva Oliveira. Desde 2010, o ANDES apresenta propostas que são ignoradas pelo governo.
"Nós não blefamos", vaticinou Amaro. Quem não blefa somos nós, secretário. A greve é forte. A greve continua.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Os pés pelas mãos
Brasília - A presidente Dilma Rousseff se considera a nova Dama de Ferro, mas está muito longe do status de Margaret Thatcher, Angela Merkel ou Condoleeza Rice. Na verdade, age como uma versão piorada de Cristina Kirchner, o que é patético.
Capa da Forbes ou capa da Caras, tanto faz.
O fato de não conseguir explicar porque não amplia o investimento em educação será cobrado agora e no futuro. Tratar um movimento sindical legítimo com polícia, truculência e recadinhos pela imprensa não passará despercebido pela História. A oportunidade perdida de revolucionar a educação brasileira ficará no currículo da presidente.
sábado, 25 de agosto de 2012
No Castelo de Roussef
Brasília - Cercados por um forte esquema de segurança (havia dois por manifestante, todos com um salário maior que o da maioria dos professores ali), paramos diante do Palácio do Planalto e tentamos protocolar o documento com a proposta do ANDES - que abre mão de salário para garantir a reestruturação da carreira.
Inicialmente queriam nos receber numa barraca improvisada, onde fica a guarda palaciana. Insistimos que aquela é uma situação indigna. Discussões e telefonemas depois, o castelo baixa a ponte levadiça e entramos. O documento é entregue ao chefe de gabinete da Secretaria Geral da República, Manoel Messias de Souza Ribeiro, numa sala do Palácio do Planalto.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Polícia para quem precisa
Ato público no Ministério da Educação |
Brasília - No megafone, faço um diagnóstico da universidade pública brasileira. Enquanto isso, professores com máscaras sem expressão, fazem gestos
Faltam verbas para pesquisa e extensão.Falta consideração
aos professores. Não somos massa de manobra.
As instituições federais de ensino estão repletas de alunos, mas faltam professores.
A educação precisa ser considerada prioridade máxima não só para este, mas para qualquer governo.
A educação precisa ser considerada um investimento estratégico e não mera despesa no orçamento
Nossas universidades e institutos são ampliados sem o devido cuidado. Muitos prédios foram construídos precariamente e já sofrem problemas de infiltração e drenagem.
Em todo o Brasil, o Reuni não respeitou a arquitetura original dos campi, nem seus planos diretores, conduzindo a uma favelização das cidades universitárias.
Existem instituições federais de ensino sem internet confiável, prejudicando a toda a comunidade acadêmica.
Em todo o Brasil, professores e pesquisadores estão sem laboratório ou com laboratórios em situação precária.
Os docentes federais acreditam que a contratação de professores temporários precisa ser limitada. Professores temporários precisam ser uma exceção, e não a regra que o governo quer impor.
Os contratos dos professores temporários ferem frontalmente a Constituição e às Leis Trabalhistas. Depois de dois anos, todos são dispensados sem direitos.
Educação não é gasto. Educação é investimento.
Desviar recursos públicos é GRAVE. Desprezar a educação é GREVE.
Os professores querem reestruturar a instituições federais de ensino, mas o governo não abre espaço para negociação. Prefere pressionar educadores que já trabalham em situação-limite.
Falta remunerar cargos de chefia e coordenação.
Falta tinta para as impressoras das instituições federais de ensino.
Falta papel higiênico nos banheiros das instituições federais de ensino.
Faltam salas de aula adequadas e bem iluminadas.
Faltam carteiras ergonomicamente adequadas para estudantes e professores.
Falta acessibilidade para estudantes e professores com necessidades especiais.
Faltam drenagem, saneamento e limpeza adequada nas instituições federais de ensino.
Falta conhecer nossa
proposta de renegociação, que nem ao menso chegou a ser
condiderada.
Não falta cobrança de
produtividade, tornando a vida acadêmica competitiva e degradante.
Não falta verba para
eventos esportivos como Copa do Mundo e Olimpíadas.
Não falta isenção de
impostos para a rica indústria automobilística.
Não falta dinheiro
para pagar a agiotagem dos bancos.
Não faltam lobby e
negociatas no Congresso Nacional, conduzidas pelo governo e por
empresários.
Não falta tempo nem
dinheiro para resolver as demandas dos grandes empresários.
Não falta verba para
publicidade institucional na grande imprensa.
O que falta ao governo
é vergonha. O que não nos falta é disposição para lutar por uma
educação digna, pública, gratuita, de qualidade e socialmente
referenciada.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Protocolo
Brasília - Hoje obtivemos dois importantes avanços na luta pela reestruturação da carreira. À base de muita pressão, barulho e atos públicos, conseguimos protocolar no Ministério da Educação e no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão nossa contraproposta ao governo. Um desgaste desnecessário, já que as "autoridades" poderiam ter feito isso há duas semanas.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Brasília - A Via Campesina invade a Capital do Protesto. Neste momento, milhares de manifestantes descem o Eixo Monumental em direção à Esplanada dos Ministérios. Uma das maiores passeatas do ano. Infensa aos protestos e à queda na popularidade, a presidente Dilma Roussef toma chá no Palácio do Planalto. Negociar, nem pensar.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Vida de jornalista
Janet Jagan |
Itamar Franco |
Rafael Caldera |
Porém, nada como o tratamento recebido em Belo Horizonte, em 2006: très chic, entro no salão recepcionado pelos Dragões da Inconfidência. Grande Itamar Franco.
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